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Mapa das Culturas Vivas Guaranis

Dinah Guimaraens*

Organização: Dinah Guimaraens
Editora: Contra Capa
320 páginas

Este livro decorre da colaboração técnica estabelecida entre o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), órgão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Ministério da Cultura (MinC) e o Solar Grandjean de Montigny, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), durante o período 1997-2002, com patrocínio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

Perguntas como "Tem índio no Rio de Janeiro?" parecem ecoar ainda hoje, sem obter resposta adequada, razão pela qual "Museu de Arte e Origens: mapa das culturas vivas guaranis" tem como principal objetivo informar ao público e aos estudiosos da cultura e da história brasileiras alguns aspectos pouco explorados de nossa realidade indígena.

Sua primeira parte apresenta os resultados de uma pesquisa antropologia histórica que compara a trajetória dos índios Guarani do Brasil à dos nativos Pueblo de Novo México, com base na narrativa das jornadas à atual América do Norte e às Províncias do Rio da Prata - Brasil, Argentina e Paraguai - empreendidas pelo conquistador Cabeza de Vaca no século XVI. Para isso, recorre ao conceito contemporâneo, partilhado pela antropologia social e pela história cultural, de que se deve dar voz ativa aos informantes de culturas "exóticas".

Resultados da aplicação desse conceito a "culturas vivas" brasileiras, de acordo com a proposta de Mário Pedrosa, para quem a riqueza cultural do Brasil se devia em grande parte à pujança da herança indígena e africana, podem ser verificados nos cinco desdobramentos que conformam sua segunda parte.

Werá Djekupé (Brilho Guerreiro) / Marcelo Guarani, bisneto de Tatãentý Ywareté, lider religiosa que, a partir de 1940, guiou os Guarani pelo litoral desde o Estado do Rio Grande do Sul em busca da "terra sem males", relata como ela chegou ao Estado do Rio de Janeiro e cri uma aldeia de Paraty Mirim; na qual hoje se encontra o Tekoa Itaxï, local onde Verá Nhamandú Mirï / Sérgio da Silva exerce o papel de educador bilíngüe.

Tobi Itaúna apresenta seus conhecimentos sobre o poder curativo das plantas medicinais e Taiguã Pataxó / Ademário Dantas dá seu depoimento sobre a resistência cultural indígena no sul da Bahia. Por fim, Doethyró Tukano / Carlos Machado representa os índios amazônicos e descreve não só os mitos de criação do mundo Tukano, como também a tentativa dos padres salesianos de "cristianizar", nas primeiras décadas do século XX, as 13 etnias indígenas de Pari-Cachoeira, onde nasceu e foi criado.

A coletânea traz ainda dois pequenos dicionários Guarani e Tukano, um texto sobre a demografia indígena e seus deslocamentos no território brasileiro, o recenseamento do povo Guarani no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo e informações sobre centros culturais indígenas e estudos de cultura material.

Interessado no estudo das culturas vivas indígenas: entre em contato

Sobre o Autor

Dinah Guimaraens: Pós-Doutora e Professora Adjunta de Antropologia, Department of Anthropology, University of New Mexico Doutora em Antropologia, Museu Nacional/UFRJ e New York University (Fulbright Scholar) Certificado em Museum Studies (Museologia), New York University Mestre em Antropologia (PPGAS-UFRJ) e História Medieval(IFCS-UFRJ) Especialização em Semiótica Visual, Prof. Umberto Eco, USU Graduada em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Santa Úrsula - USU Professora de Antropologia Cultural, PUC-Rio Professora de História da Arte, Faculdade de Comunicação, Universidade Estácio de Sá

 

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