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Resgate da Cultura Guarani

Dinah Guimaraens*

Organização: Dinah Guimarães
Editora: Contra Capa
320 páginas

Organização: Dinah Guimaraens
Editora: Contra Capa
320 páginas

A vida dos índios Guarani, seus mitos, costumes e visão de mundo estão reunidos em “Museu de Arte e Origens – Mapa das culturas vivas guaranis”, novo livro da Contra Capa Editora, que conta com o apoio do Programa de Editoração da FAPERJ. A obra foi organizada pela pesquisadora Dinah Papi de Guimaraens e traz textos de cientistas e de indígenas que atuam como educadores nas quatro aldeias da etnia na região da Costa Verde, interior do Rio de Janeiro.

Segundo Dinah Guimaraens, o livro é resultado de uma pesquisa nas áreas de Antropologia Cultural e História da Arte realizada pelo Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e pelo Solar Grandjean de Montigny, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “O projeto Museu de Arte e Origens tem como objetivo investigar e divulgar a memória viva, a tradição oral, o modo de vida e o deslocamento histórico-geográfico dos índios Guarani através do território sul-americano e brasileiro enfatizando aqueles grupos tribais que ocupam aldeias fluminenses”, explica Dinah Guimaraens, que coordenou o projeto do Museu de Arte e Origens no MNBA.

“Museu de Arte e Origens – Mapa das culturas vivas guaranis” reúne textos de pesquisadores como Lucieni Simão, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e de Werá Dkekupé, Tobi Itaúna e Doethyró Tukano, que fazem parte de um grupo de oito indígenas que desde 1999 recebem bolsas da FAPERJ para atuarem como educadores bilingüe (Português/Guarani) e de cultura indígena para as crianças nas aldeias Guarani.

“No passado, os antropólogos interpretavam a cultura indígena. Agora, os próprios integrantes é que falam pela etnia”
, explica Dinah Guimarães, que atualmente é professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá. Segundo ela, o conceito de culturas vivas, presente no livro e no projeto do Museu de Arte e Origens, foi criado pelo pesquisador Mário Pedrosa, um crítico de arte socialista, que morreu no início da década de 1980.

A língua Guarani, segundo Dinah Guimaraens, tornou-se um elemento de referência para outras etnias indígenas, que foram perdendo suas características ao longo do tempo. De acordo com a pesquisadora, o Brasil tem hoje cerca de 350 mil índios. Destes, 50 mil pertencem a diferentes aldeias Guarani, a maioria delas localizada nos estados do Sul e em Mato Grosso. O Rio de Janeiro reúne cerca de 600 guaranis, que vivem em quatro aldeias: Bracuí, próximo a Angra dos Reis; Paraty Mirim e Terra Indígena Rio Pequeno, nas imediações de Parati; e Araponga, próximo a Patrimônio.

O Museu Nacional de Belas Artes abriga, em uma de suas galerias, o acervo do Museu de Arte e Origens com peças representativas das culturas indígena, africana e popular, além de imagens do inconsciente, arte moderna e contemporânea. Existe um projeto para a construção de uma sede própria para o Museu de Arte e Origens, em Parati. A pesquisadora Dinah Guimaraens está desenvolvendo um projeto, em parceria com o Núcleo de Tecnologia Avançada (NTA) da Universidade Estácio de Sá e o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), para a criação de um portal na Internet sobre a cultura Guarani.

Fonte e texto: Plantão de Notícias da FAPERJ

Interessados no estudos das culturas vivas indígenas: entre em contato

Sobre o Autor

Dinah Guimaraens: Pós-Doutora e Professora Adjunta de Antropologia, Department of Anthropology, University of New Mexico Doutora em Antropologia, Museu Nacional/UFRJ e New York University (Fulbright Scholar) Certificado em Museum Studies (Museologia), New York University Mestre em Antropologia (PPGAS-UFRJ) e História Medieval(IFCS-UFRJ) Especialização em Semiótica Visual, Prof. Umberto Eco, USU Graduada em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Santa Úrsula - USU Professora de Antropologia Cultural, PUC-Rio Professora de História da Arte, Faculdade de Comunicação, Universidade Estácio de Sá

 

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