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MARIA VALÉRIA REZENDE afirma: “ouvir muito é tão importante quanto ler”

por Chico Lopes *
publicado em 27/05/2006.

No ano passado, uma nova voz começou a ser ouvida na literatura brasileira. Um nome novo, vindo da Paraíba, começou a ser comentado nos jornais do Sudeste: o de Maria Valéria Rezende, irmã da Congregação de Nossa Senhora - Cônegas de Santo Agostinho, que escreveu um romance cujo valor foi reconhecido pela crítica: "O vôo da guará vermelha", publicado pela editora Objetiva. Maria Valéria, embora resida em João Pessoa há muitos anos, é paulista de Santos. Militando na educação popular a vida toda, é uma mulher de ação e experiência essenciais para o entendimento do Brasil.

Seu livro é a história de um casal brasileiro dos mais desgarrados e patéticos, Rosálio e Irene, ele, pedreiro à deriva, ela prostituta contaminada por Aids. O romance tem uma força inegável, arrastando o leitor para dentro de um mundo de sofrimento, privação e opressão que, no entanto, apresenta uma visão de mundo solidária, capaz de erguer-se da penúria por obra de uma humanidade resistente, de uma concepção generosa da cultura e da vida. Os brasileiros sofredores, dos cafundós mais remotos, retratados por Maria Valéria, perderam tudo, exceto a alma. O livro comove intensamente pela linguagem, elaborada e sentida, de alguém que tem de fato o que dizer.

Mas, Valéria era, acima de tudo, uma leitora apaixonada, e já havia publicado o volume de contos "Vasto mundo", pela editora Beca, com reconhecimento. O romance surgiu em decorrência de um talento que vinha se engendrando e depurando em silêncio.

Tive a sorte de ter meus lidos e compreendidos por Maria Valéria, que consegui tornar correspondente de boas e longas conversas por e-mails. Pedi-lhe esta entrevista, e fiquei surpreso com a torrente de suas respostas, sempre viscerais e sinceras.

Podem guardar este nome: Maria Valéria Rezende. Ela veio à literatura brasileira para ficar, que ninguém tenha dúvida disso. Pertence à estirpe das mulheres que se doam a uma missão, mulheres que integram uma raça de abnegados, de gente "fora de si" no melhor sentido, quixotesca e vital para o mundo, que, sem ela, seria de fato de uma aridez insuportável. Não é por acaso que ela dedica o seu romance à martirizada Dorothy Stang.

Daqui a pouco é a Europa que saberá da existência de Maria Valéria: ela será traduzida na Espanha e terá seus livros lançados também em Portugal.

CHICO LOPES : Você começa a preocupar-se com a literatura numa ocasião que pode ser considerada um pouco tardia... Antes, foi sempre leitora, e leitora apaixonada, como confessa. O que lia? O que chamava a sua atenção, quais autores? De onde, de quais leituras, brotou essa decisão de ser escritora?

MARIA VALÉRIA REZENDE: Na minha família todo o mundo lia muito. Havia livros pra todo lado. Desde que consegui ler o primeiro livrinho infantil nunca mais parei. Era insaciável, e no meu tempo de criança havia poucas publicações infantis. Rodei umas três vezes o Lobato e o Tesouro da Juventude. Quando ia fazer 10 anos, pedi a meus pais que em vez de gastar com festinha de aniversário me dessem o dinheiro pra eu comprar livros. Meu pai foi generoso, minha mãe me levou a percorrer as livrarias, e ainda me vejo voltando pela rua, de mãos dadas com ela e as lágrimas escorrendo, porque eu não tinha conseguido gastar o dinheiro todo. Eu já tinha lido quase tudo de literatura infantil que havia nas livrarias, e só tinha conseguido algumas poucas novidades, incluindo três livrinhos em espanhol, que eu teimei em comprar e decifrar e consegui. Devorei tudo em menos de duas semanas. Diante da minha frustração, meus pais concluíram que eu já podia ler livros de adulto, e me passaram "A mão e a luva" do Machado. Ouvi meu pai dizer: "Este, pelo menos, vai nos dar um bom tempo de sossego, pois ela vai custar bastante a ler". Três dias depois eu pedi outro, e me deram "Helena". Daí enveredei pelo Machado, primeiro, porque era o preferido da minha mãe, depois José de Alencar, Eça de Queiroz. Quando meu pai achava os livros impróprios pra minha idade, fechava as páginas mais "cabeludas" com um clip e, quando chegava naquele trecho, me dava uma versão oral mitigada, pra eu poder continuar. Li "O crime do Padre Amaro" e "O primo Basílio" com clips! Mas pouco depois ele achou os clips dispensáveis e fiquei liberada para ler o que quisesse. E li tudo o que me caia nas mãos… Quando fui viver na zona rural da Paraíba, em caso de desespero eu lia aqueles livrinhos de banca de jornal, os únicos que havia pra vender na cidadezinha mais perto. Em cada momento da minha vida, diferentes autores me impressionaram, mas foram tantos que é impossível lembrar e listar. Ler me bastava, de modo que nunca pensei e nem mesmo tomei a decisão de me tornar escritora de ficção, senão quando já tinha meu primeiro livro de contos publicado. Sempre escrevi muito para a educação popular, textos sobre História do Brasil, sociologia, economia e publiquei desde os anos 70. Mas ficção eu só escrevia pelo prazer de escrever, como forma de lazer, para mim mesma e umas poucas pessoas próximas. Um desses textos foi cair por acaso na mão de um editor e daí, depois de muito vai-e-vem, surgiu o "Vasto mundo".

CHICO LOPES: Ter um parente famoso no mundo literário - o poeta Vicente de Carvalho - na certa pesou em sua formação. Em que a poesia dele a afetou?

MARIA VALÉRIA REZENDE: Claro, ele afetava todo o clima da família, além de que teve acho que 13 filhos, com quem convivíamos muito. A viúva dele, Ermelinda, para mim Tia Biloca, já muito idosa, morava em São Vicente e meu pai, que era médico, ia vê-la aos sábados, me levava junto e me ajudava a decorar poemas de Tio Vicente pra recitar pra ela. Eu adorava aquilo, porque me dava o direito de brincar com uma coleção de bichinhos de Murano que ela tinha e que eram intocáveis para outras crianças. Então, ao contrário da ficção, o meu primeiro contacto com a poesia foi logo com poesia de gente grande e não feita pra crianças. Minha peça forte nos saraus literários que havia na casa de minha avó não era o inevitável "A flor e a fonte", que freqüentava os livros didáticos, era "O pequenino morto", que eu nem entendia direito, imagine, aos cinco ou seis anos. Havia outros escritores e poetas na família, e eu cresci achando que ler e escrever, principalmente poesia, eram coisas normais da vida cotidiana como tomar café, almoçar e jantar. Nem sei bem porque quase nunca me meti a escrever poemas.

CHICO LOPES: A mídia insiste em se interessar pelos escritores de um modo circense, superficial, às vezes por razões que com a literatura tem pouco a ver, o que nos incomoda bastante. No seu caso, é o fato de ser freira que vem provocando falatório, por assim dizer. Mas a pergunta se impõe: como conciliar a literatura e as atividades religiosas, pastorais? Imagina-se, naturalmente - são palavras de outro escritor - que haverá um choque entre a habitual reclusão exigida pelo fazer literário e as solicitações externas de uma vida dedicada aos outros...

MARIA VALÉRIA REZENDE: É verdade, e já me incomodei um bocado com essa história de frisarem sempre "a freira", já fiquei desconfiada de que os elogios a meus livros contivessem uma boa dose de condescendência pela "freirinha"... mas resolvi deixar de me preocupar com isso porque, se isso leva alguém a me ler, o que passa a vogar é o livro em si e, como a mídia é volúvel demais, se meus livros não prestarem, daqui a pouco me esquecem, e se forem bons, eles farão seu próprio caminho. Não há nenhuma incompatibilidade de fundo entre ser freira, continuar com a minha atividade de educadora popular e religiosa e escrever ficção. Pelo contrário, por estar no mundo em uma posição meio "excêntrica", posso ver as coisas por um ângulo diferente que acho que ajuda minha ficção, que é apenas mais um modo de compreender, meditar, refletir e falar da vida e de seus sentidos. Mas é verdade que, como não quero mudar de vida por causa de literatura, tenho, sim, dificuldade em administrar as solicitações externas e o desejo de sossego para escrever. O problema maior é que eu quero as duas coisas! É no meio da atividade que as histórias me brotam na cabeça, quero pô-las no papel, o que é trabalho braçal que demanda silêncio, solidão e tempo, e quase sempre elas têm de esperar muito pelo meu momento de liberdade pra fazer isso. Mas, na verdade, minha vida sempre foi assim, com mais sonhos e projetos do que tempo pra realizá-los todos. Mas uma parte eu acabo conseguindo.

CHICO LOPES: "O vôo da guará vermelha" trouxe seu nome à tona, com força. O livro tem uma marca telúrica, brasileira, bem pronunciada. Começará a ser traduzido no exterior. Como você acha que essa história tão brasileira de dois personagens tão desgarrados e órfãos de tudo poderá chegar a leitores europeus?

MARIA VALÉRIA REZENDE: Sim, é um livro sobre a face submersa do Brasil, mas acho que esse meu romance também comove alguns leitores porque, a seu modo, conta como o humano é capaz de transcender em qualquer situação de sofrimento, mesmo as mais extremas. Eu tenho essa convicção profunda, que não é "intelectual", é visceral, colhida ao longo da minha vida que, na sua maior parte, transcorre em contacto com gente desprezada, desconsiderada e sofrida. Acredito tanto em gente quanto em Deus. O ser humano como imagem de Deus, pra mim, não é metáfora, é experiência mesmo. Andei muito pelo mundo, pela Europa também, nunca como turista e sempre em contacto com comunidades, grupos e ativistas populares, gente pobre e maltratada. Sei, porque vi, que há Rosálios e Irenes, desgarrados e órfãos, por toda parte, inclusive nos países supostamente desenvolvidos, com sua riqueza humana escondida e menosprezada. É nisso, nessa reserva de valor humano, que a sociedade ainda não reconheceu nem esgotou, que vejo a maior esperança de que este nosso mundo ainda melhore. Acho até que se podem escrever histórias análogas, ambientadas quase em qualquer país do mundo, e por isso creio e espero que meu livro seja compreensível, sim, em qualquer lugar.

CHICO LOPES: A situação do escritor brasileiro "fora dos eixos" é sempre a de um penitente. Você vive em João Pessoa, embora tenha nascido em Santos. Abrange, portanto, em termos simbólicos e efetivos, uma vasta porção do país, podendo compreendê-lo melhor que ninguém, aliás, e até pelo fato de viajar bastante... Como vê a situação dos escritores que não estão nos centros metropolitanos que definem o mercado editorial?

MARIA VALÉRIA REZENDE: É verdade, sim, que até há muito pouco tem sido de "penitente" a situação da maioria dos escritores que teimam em continuar vivendo e escrevendo "fora do eixo" da Via Dutra, em vez de se mudar pra lá como sempre tiveram de fazer quase todos os que se tornaram escritores "brasileiros", no sentido de poder ser lidos em todo o Brasil. Quantos de nós já tivemos a experiência de mandar originais pelo correio, até quando as editoras disseram antes que queriam vê-los, pra depois recebê-los de volta intactos, com sinais evidentes de que nem foram lidos, as pagininhas lisinhas e limpinhas, e uma negativa tipo "seu livro é muito bom, mas..." Pra mim o maior problema nem é tanto para o escritor, embora sofra com isso, mas para o povo brasileiro. Sou educadora e me preocupa muito o fato de que a literatura é fundamental na constituição da auto-imagem de um povo e essa auto-imagem deveria ser alimentada com todos os ângulos de visão da nossa realidade e das nossas mentalidades e não apenas de um ponto-de-vista tão restrito como é o da vida no ambiente pra-lá-de-urbano das megalópoles do Sudeste, que afeta profundamente todo o mundo que vive lá. Mas acho que alguma coisa está mudando, que há escritores que estão passando da posição de penitentes, ou mesmo de desistentes, para a de combatentes e já começamos a ganhar algumas posições nesse combate. Há editoras com distribuição nacional abrindo algum espaço e mesmo procurando autores fora dos eixos, têm aparecido matérias em jornais importantes sobre essa questão. Do início de 2005 para cá, mais de 20 livros de autores residentes na Paraíba foram publicados por editoras do "eixão", com distribuição para todo o país. E vem mais por aí. Mas, para mim, isso é só o primeiro passo. Meu sonho é ver surgir grandes editoras com capacidade de distribuição nacional, em cada região do Brasil, como os gaúchos já conseguiram fazer há muito tempo. Acho que distribuição é uma questão chave. Escritores, designers gráficos e gráficas muito boas já temos por toda parte, mas em geral fazendo belas edições locais de 300 ou no máximo 500 exemplares. Falta é um bocado de ousadia e de capital financeiro e uma prática de alianças regionais pra botar esse capital cultural pro Brasil todo aproveitar. Uma parte da minha utopia é um Brasil inteiro de leitores e escritores.

CHICO LOPES: Reconhece influências sobre o seu modo de escrever? Quais seriam?

MARIA VALÉRIA REZENDE: A influência de que eu tenho mais consciência e que eu busco mesmo é a da fala do povo, não só do Nordeste, mas de todos os lugares por onde ando. Penso que, certamente, para escrever melhor é preciso ler muito, mas acho que ouvir muito é tão importante quanto ler.

CHICO LOPES: Dos autores novos que vêm surgindo, quais, na sua opinião, apresentam um mundo literário digno de ser conhecido e considerado? A literatura da atualidade, pautada pela heterogeneidade, pelos "blogueiros", por uma diversidade muito grande de promessas e presenças, poderá gerar nomes duradouros? Fale um pouco da vida literária em João Pessoa e dos clubes e oficinas de literatura que promove...

MARIA VALÉRIA REZENDE: Depende do que se entende por "que estão surgindo agora"... Conheço muita gente que já é uma escritora ou um escritor "pronto" há tempos e ainda não "surgiu" de maneira forte no cenário editorial nacional, que tem sua lógica própria que já comentamos um pouco. Se estamos falando de autores jovens, não tenho conhecimento suficiente para arriscar opiniões, menos ainda dos que só têm publicado na Internet. Não tenho meios de comprar muito livro e acabo comprando só mesmo o que eu tenho certeza de que é muito bom e quase não tenho tempo pra passear na Internet. Mas vez ou outra leio algum site literário juvenil ou um blog qualquer e às vezes sigo a trilha dos outros blogueiros e sites que aquele indica, pra ver onde vai dar. Às vezes tenho a impressão de uma eterna repetição das mesmas coisas, um mundo reduzido a eu-do-bar-à-alcova, uma chatice. Ou muita preocupação com a inovação da forma, mas sem ter nada pra dizer. Outras vezes transparece a atitude esse-mundo-não-me-merece, que acho uma tristeza. Já li mediocridades rasgando seda para outras mediocridades iguais. Às vezes encontro textos bem interessantes, mas um só conto de um autor não é um mundo literário... Ainda não sei se essa facilidade toda de "publicar" e angariar leitores pela Internet é boa ou má para a literatura. Pode ser terrível, pois creio que o pior que pode acontecer para o desenvolvimento de um jovem, mesmo que seja talentoso, é achar que já está com a bola toda. Mas, por outro lado, não vejo razão nenhuma para crer que não haja inúmeros jovens com verdadeira vocação literária se desenvolvendo com apoio desse meio. A Paraíba é uma terra de poetas e escritores além de grandes artistas de outros campos. Gosto de dizer que se o IBGE medisse a taxa de talento per capita, a pequena Paraíba ia lá pro alto da lista. Sinto-me muito livre pra dizer isso porque nasci paulista e sou paraibana por escolha. Aqui em João Pessoa, temos um grupo espontâneo de escritores, possíveis escritores, amigos de escritores e quem mais vier, sem fronteiras, o Clube do Conto, que se reúne anarquicamente, mas muito fielmente, todos os sábados, num corredor de shopping-center popular, pra conversar e ler seus textos. Uma das melhores coisas do Clube é que reúne gente dos 16 aos quase 70 anos. Ali não tem mestre, nem obrigações, nem sequer regulamento e coordenador. Não foi planejado por ninguém. Foi acontecendo e provando-se na prática que era possível. É movido pelo puro prazer de estar juntos, ler e escrever, criticar-nos com bom humor, desafiar-nos mutuamente... Solidariedade está se mostrando um meio muito mais fértil do que competição. Aprendemos uns com os outros, quase brincando. E lhe asseguro, sem nenhuma "demagogia", que nós, os mais velhos, entre os quais alguns escritores maduros e reconhecidos, com muitos livros publicados e premiados, aprendemos também com os garotos mais jovens. Isso dá um gosto especial à nossa atividade literária e rompe a tão falada solidão do escritor.

CHICO LOPES: Nesta série de entrevistas, finalizamos sempre com esta pergunta: o que é escrever, para você? Fuga ou compromisso? O mal-estar do mundo, as dores inevitáveis de uma realidade brasileira complexa e cruel, devem ser olhados de frente? A condição humana é amenizada pelo fazer literário ou ele só nos faz confrontar-nos infalivelmente com nosso desespero? A literatura pode ser alegria criadora e redentora, ao contrário da imagem tradicional que se atribui ao escritor - a de um deprimido?

MARIA VALÉRIA REZENDE: Escrever ficção surgiu na minha vida quase como lazer, por um lado, e, por outro, como um modo a mais de buscar esperança, de tentar compreender melhor os outros, a vida, esse nosso mundo e suas possibilidades, as brechas que a dura realidade ainda deixa abertas para a gente tentar meter aí uma cunha e abrir novos espaços esperançosos. Acho que isso já responde o que é a literatura para mim, nada de depressão nem de fuga, olhar de frente para a realidade duríssima, sim, mas olhar de bem perto, a ponto de poder encontrar as mais finas rachaduras naquilo que parece, à primeira vista, uma muralha sólida e desesperadora. Eu tenho a sorte de ser esperançosa, entusiasmada, por temperamento, mas também o sou por opção e experiência.

(*Foto: Mônica Câmara)

Sobre o Autor

Chico Lopes: Chico Lopes é autor de dois livros de contos, "Nó de sombras" (2000) e "Dobras da noite" (2004) publicados pelo IMS/SP. Participou de antologias como "Cenas da favela" (Geração Editorial/Ediouro, 2007) e teve contos publicados em revistas como a "Cult" e "Pesquisa". Também é tradutor de sucessos como "Maligna" (Gregory Maguire) e "Morto até o anoitecer" (Charlaine Harris) e possui vários livros inéditos de contos, novelas, poesia e ensaios.

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Francisco Carlos Lopes
Rua Guido Borim Filho, 450
CEP 37706 062 - Poços de Caldas - MG

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