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Beija-flor - Quase Abril

por Urda Alice Klueger *
publicado em 23/04/2006.

O meu amor é como um beija-flor. Dentro dele mora um pequenino Ser de cristal flexível que é pura poesia e luz – e é desse pequenino Ser de tamanha intensidade que irradia aquela energia toda, que faz o meu beija-flor ter tamanha leveza e velocidade nas suas tênues asas quase translúcidas de tanta ansiedade por tudo conhecer!

Às vezes penso no meu amor como beija-flor; às vezes, penso como borboleta. O fato é que ele vai, e adeja, e investiga, e com seu fino bico de beija-flor suga o néctar do Conhecimento de dentro de diversificados livros, de diversificadas culturas, de diversificadas pessoas. Também adeja ele por sobre a extrema sensibilidades de coisas como a Poesia mais refinada, e fica até um pouco atrapalhado quando é pego de surpresa, com seu jeito de homem sério, e todo mergulhado na alta sensibilidade dos melhores textos que falam à alma!

Ah! Esse meu amor que é tão querido, e que enrubesce como menino de primeira comunhão quando recebe um elogio de quem gosta, como vi um dia como enrubescia ao lado de um seu professor lá dos tempos da juventude, um professor que soubera lê-lo e entendê-lo tão bem, e que sabia com muita certeza o beija-flor que havia dentro dele!

E o meu amor é lindo, mais lindo que aqueles beija-flores verdes e vermelhos que aparecem misteriosamente nas manhãs de Primavera, alimentando-se da doçura escondida lá no mais profundo dos misteriosos hibiscos coloridos que são como milagres de cor nas cercas-vivas, e o meu amor tem aquela leveza que os beija-flores têm quando pairam no ar como se flutuassem, enquanto se alimentam do néctar mais puro!

Também o meu amor me faz pensar em borboletas, na sua fragilidade tão emocionante, pois ele é capaz de sentir e sofrer como só os mais refinados artistas e os maiores amantes da Humanidade o podem. Ele é um pouco acanhado, como um menino de dedo na boca se escondendo atrás da cadeira da mãe, mas não tem pejo de chorar em público quando seu coração dói pela Justiça, pelos outros, pelos povos, não importa a distância em que estão esses outros que precisam de Justiça.

Ah! Esse meu-amor-beija-flor-borboleta – o que a gente faz com um amor tão lindo assim? Só resta amá-lo – o que mais se há de fazer?

Sobre o Autor

Urda Alice Klueger: Escritora catarinense de Blumenau, onde vive e trabalha. Publicou inúmeros livros, entre eles "Entre condores e lhamas" e "Crônicas de Natal"

http://geocities.yahoo.com.br/prosapoesiaecia/urdaautores.htm




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