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TOMANDO A NUVEM POR JUNO

por Paulo da Mata-Machado Júnior *
publicado em 26/02/2005.

O acachapante peso que a hegemonia norte-americana nos faz suportar, chega a causar tonturas, esgotamento físico. E mental. Embotados, é fácil confundirmos as coisas e dar importância ao que, no fundo no fundo, é uma bobagem.

Cultura é o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade (segundo o Aurélio). Você vê alguma oportunidade de inserir nessadefinição o que hoje é conhecido como indústria cultural? Nem eu.

Pior ainda, na minha modesta porém sincera opinião, é tentarmos incluir entretenimento. Nem é preciso correr ao dicionário para sabermos que aí se trata apenas de diversão. Queremos descansar, nos distrair, acalmar a mente, etc. etc.

Ver televisão, ouvir uma musiquinha de fundo enquanto ocupados com algum outro trabalho, lermos uma revista de fofocas na sala de espera do consultório, isso tudo nos entretém. Não vá agora alguém querer refletir criticamente sobre os valores espirituais e materiais característicos do brasileiro vendo novela, lendo a Caras ou alguma congênere!

Dessa forma é que eu percebo também o cinema americano, a música ianque, e até mesmo a maior parte de sua literatura: são produtos, frutos de uma indústria e como tal, destinados à venda e ao lucro de seus proprietários. E não há menosprezo nisso não. Apenas a constatação de que, assim como vou ao supermercado adquirir feijão, arroz e frutas, posso adquirir essas outras mercadorias colocadas a minha disposição, caso haja interesse.

E às vezes até (raramente) háesse interesse. E sem o menor preconceito eu vou por exemplo ao cinema assistir As Pontes de Madison ou Num Lago Dourado ou até mesmo As Horas. Ou leio um livro de um bom autor. Mas com muita consciência de que nenhum deles me transmitirá coisa alguma de uma pseudo cultura norte-americana. Irão, isso sim (como efetivamente o foram) servir para distrair. Atéemocionar, concedo, mas jamais trazer algo que me enriqueça, que me aperfeiçoe, que transcenda.

Daí porque acho exagerada a crítica que geralmente fazem a certos eventos culturais. O título pode enganar aos ingênuos ou apressados, mas uma crítica mesmo que perfunctória já dirá ao interessado que se trata só de entretenimento. Ou industria. Bussines, as usual. Daí também porque nesse próximo domingo eu não vou perder horas de precioso sono para assistir a mais uma entrega dos prêmios chamados Oscaraos distinguidos membros e membras da indústria americana de cinema. Quem se dispuser a isso, entretanto, tem desde jámeu apoiamento, meu incentivo (afinal é um desfile de lindíssimas mulheres e para quem aprecia homens), meu beneplácito. Agora, que não tomem a nuvem por Juno e fiquem esperando algo mais que superficialidade, diversão. Afinal, Oscar é Oscar e Prêmio Nobel é Prêmio Nobel...

Sobre o Autor

Paulo da Mata-Machado Júnior: Sou mineiro do Rio de Janeiro, das vizinhanças da Praça da Bandeira, rua Mariz e Barros, ao lado do Instituto de Educação, cheio de meninas vestidas de azul e branco / trazendo um sorriso franco / no rostinho encantador: Hospital Gaffrée-Guinle, dezembro de 1942. Antes dos cinco anos virei ilhota, naquele paraíso tropical que era a Ilha do Governador dos anos quarenta: pescava, nadava, andava de bicicleta e nas horas vagas freqüentava com muita má vontade as aulas da escola 5-13 Rotary. E as matinês do Cine Miramar, religiosidade dominical.

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