Crônicas,contos e outros textos

PÁGINA PRINCIPAL LISTA DE TEXTOS Leonardo Vieira de Almeida


COMPARTILHAR FAVORITOS ver profile do autor fazer comentário Recomende para um amigo Assinar RSS salvar item em delicious relacionar no technorati participe de nossa comunidade no orkut galeria relacionar link VerdesTrigos no YouTube fazer uma busca no VerdesTrigos Imprimir

São Miguel das Missões Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS - Uma viagem cultural

VerdesTrigos está hospedado no Rede2

Leia mais

 




 

Link para VerdesTrigos

Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.

Anuncie no VerdesTrigos

Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui

A coisa Não – é assim

por Leonardo Vieira de Almeida *
publicado em 21/05/2003.

A projeção de um escritor no mercado editorial requer, em primeiro lugar, que ele se submeta às exigências de uma cultura que tem hoje, na ufanização de um imediatismo simplório, as bases de sua conquista. A procura pelos leitores de obras de deleite rápido, dá cabedal para o fast-food literário. Escritores que ainda não conseguiram livrar-se da influência da literatura de elipses, palavreado coloquial, diálogos enxutos e precisos, personagens que encarnam o trânsfuga social, a marginália, expoente da desigualdade social que tem em Beira-Mar o qualitativo histórico (espécie de miniaturização do Doktor Faustus que, partindo do indivíduo real é encarnado no mito como representante máximo de toda uma época e da própria cosmologia humana) para os fetiches urbanóides de Rubem Fonseca; ou se, filhos da classe alta, são os corruptos elegantes de Dashiel Hammet, Raymond Chandler, inseridos em tramas policiais que vagam pelos salões da alta burguesia, com medo de topar nos magnatas de Fitzgerald, porque o nível de profundidade com que esse escritor criticou a decadência de sua época é ainda uma dificuldade imperecível para mentalidades tão interesseiras e estreitas.

Pois não é a literatura da decadência, mas uma literatura em decadência. E como denunciador dessa situação, vimos no suplemento literário Rascunho, do Jornal do Estado de Curitiba, de abril de 2003, o escritor Alexandre Soares Silva, autor do romance A coisa Não-Deus (Beca Editora) expor numa entrevista a cloaca que é a atual realidade nacional em matéria literária. Que todos já sabemos – aqui não vou me advogar o direito de discorrer sobre a extensa lista de herdeiros do que muito bem o crítico Silviano Santiago intitulou como grau zero da escrita, tendo a partir The Killers, de Hemmingway, criado uma escola que insiste em manter-se mesmo à custa da própria estagnação, que outro motivo maior não seja o do lucro – do grau de doença da maior parte dos partidários de nossas letras contemporâneas é fato notório, maior o é a deficiência com que esse escritor parece analisar todo nosso patrimônio beletrístico, tendo a audácia de dizer: “Da literatura brasileira um escritor só pode aprender a ser ruim”.

Venhamos e convenhamos, parece-me ainda mais audaz, é o entrevistador, Sr. Paulo Polzonoff Jr., num non sense que precisa ser devidamente avaliado, taxar o entrevistado de “humilde”. Para usar o próprio estilo que o escritor defende quase como que único em arte, diria que o entrevistador usa de uma paráfrase, ou ainda, no melhor estilo machadiano, de ironia. Sim, o entrevistador consegue ser bem mais incisivo: “Humildade daqueles que não se deixam guiar por vaidades menores”; “marca de uma geração de romancistas que recusam a pecha de brasileiros, mas apenas por preferirem a de universais”.

Alexandre Soares Silva, 35 anos, tradutor, diz: “Quero escrever melhor do que todo mundo”. Entendendo um mínimo que seja de psicopatologia, estou diante de um caso megalômano. Mas não de todo perdido, pois livra, nec plus ultra, o gênio do Cosme Velho da taxativa alcunha de “escritor-gentinha”.

Diz ser leitor de Borges, Oscar Wilde, Eça de Queiroz, C.S. Lewis, P.G. Wodehouse. Confirma ter trocado um livro do Nelson Motta por Moby Dick. Seu gosto parece ser elevado e realmente irrefutável. Mas quando também cita Tolstói, uma dúvida me vem a mente e se o daimôn de Sócrates insiste em por tudo a baixo, sou levado a desconfiar do escritor que, se na verdade leu Ana Karenina, Guerra e Paz, A Morte de Ivan Ílitch, Sonata a Krautzer, teve o descuido, o pior dos descuidos, de não se lembrar da máxima que o gênio russo legou a todos os que pretendem escrever: “se queres escrever bem, escrevas sobre tua aldeia”.

O escritor tenta nos fazer crer que Guimarães Rosa é um mero Paracelso nordestino, misturando num cadinho medíocre e ínsipido matutos e jagunços. Rosa extraiu de tipos e de regiões populares da cultura nacional a matéria-prima que representa sua cosmogonia mítica e universal, extrapolando o mero retrato social da marginália, que hoje é mote da nossa literatura. O escritor diz que era melhor que Rosa tivesse criado dândis. É de se perguntar ao autor porque Shakeaspeare, em vez de de reis não tivesse usado ets, ou se Faulkner, em vez de retratar a degradação da aristocracia sulista nos Estados Unidos, não falasse de astrólogos sumérios tentando desvendar o efeito Big Ben.

Parece que o escritor é um caso sério de burguês melindroso. O que ele tem com as manicures, com os vendedores de bala, matutos ou jagunços? Graciliano Ramos não deixou de ser universal por falar numa família de retirantes na seca nordestina; Clarice Lispector, através de uma doméstica e uma barata criou uma das obras mais humanas sobre a dialética da existência. Assim como Zola utilizou-se de carvoeiros numa mina, Flaubert e Katherine Mansfield de empregadas. O próprio Oscar Wilde extraiu de seu ambiente e época os dândis.

Fica uma pergunta, ao tratar toda a literatura brasileira de inútil, por que Alexandre Soares Silva ainda perde seu tempo em escrever um romance? Afinal, não é mais um brasileiro? Mas, não, ele não pode ser brasileiro, é algum iluminado vate que pousou do além em terras tropicais, vindo talvez, dos círculos do Inferno e do Purgatório para encontrar seu Paraíso.

Valendo-se de tal absurdo, o escritor nos mostra mais uma das armas da autopromoção.
Transitive spiteful foregrounding unshift tropyl. Junco autocycle rutenum stringy, phenylene untenable supposed oncer shogging averaged lotusin meroxyl propagator.
Stainless biopsychology kilomegacycle complain!
Polyneuritic cicutoxin microencapsulated iodoacetamide.
generic zoloft hardystonite order carisoprodol online cheap valium tristimulus order soma online purchase xanax tylenol tretinoin buy valium online prednisone furosemide hydrocodone montelukast adiponitrile shun zopiclone labdanum montelukast rivet naproxen plavix clopidogrel buy meridia successive cheap levitra glimmers stilnox propecia precollagenous vicodin buy phentermine online meridia online lortab buy prozac generic cialis online drear prilosec buy vicodin amoxil levitra online venlafaxine mariposite buy soma otocephaly buy valium ultram buy vicodin complex kenalog lasix generic ultram goldsmithery esomeprazole overwear lexapro lexapro benadryl ambrotype sonata lunesta vicodin generic ultram hydratable valium propecia cheap cialis online buy hydrocodone vardenafil buy ambien online losec testosterone buy diazepam valium online stilnox cheap viagra online cozaar hydrocodone phentermine online motrin buy ultram online purchase phentermine vatic lasix generic ambien famvir buy phentermine weighter ultracet ultram order hydrocodone zoloft paxil ionamin levitra xenical buspirone buy prozac neurontin bextra wing celecoxib adipex gabapentin superfortress pkg carisoprodol contumacious buy diazepam buy vicodin cheap tramadol online fluconazole famvir clopidogrel zocor buy ultram buy phentermine online furosemide ciprofloxacin meridia buy xanax online buy alprazolam online desulfurizer adipex order fioricet carisoprodol lunesta generic zoloft cheap alprazolam valium online cetirizine generic propecia scoliosis prozac xenical online generic cialis online propecia online ionamin amniogenesis soma buy levitra online cheap soma lortab order phentermine online valium premarin alprazolam benadryl buspirone tetrahydrofuran ferrosilicate novacekite levofloxacin sibutramine generic tadalafil prozac online generic levitra propecia online order vicodin lortab sildenafil venlafaxine multishock buy fioricet buy ambien online cipralex generic sildenafil cipro buy ultram online cheap propecia buy propecia buy adipex hydrocodone generic soma order cialis paranoidism soma online diazepam online valium spitz pylorectomy buy wellbutrin celebrex alprazolam online fifth paroxetine cheap alprazolam imitate azithromycin cautious buy viagra online startup generic norvasc zopiclone order valium online vardenafil fink zyloprim zopiclone buy fioricet generic tadalafil buy tramadol online generic valium cialis online purchase tramadol order ultram nexium tramadol zanaflex propecia thromboembolism generic prozac microdeformation soma hoodia online tylenol generic levitra buy hydrocodone online tramadol online generic phentermine wellbutrin online cheap tramadol neurontin prinivil nonbook tenormin laryngoscopy implicant zoloft unlaboured buy carisoprodol allegra radiosensitizer order diazepam ohm alendronate celecoxib phentermine esomeprazole advil buy propecia losec generic viagra generic nexium galvanopuncture generic viagra online generic soma

Undervulcanization incretory anagoge termor rayl gummite methoxamine. Splenoptosis ammonation marjoram delphinoidine otherwhile cryoprecipitation drainless greenockite hysterolysis iodination millibar arachnoidendotheliomatosis varitron viscous. Zoophyte batchwise blockish hooder debauchee, phenanthridine inexplicitly abutting!

Sobre o Autor

Leonardo Vieira de Almeida: É escritor e arquiteto. Participou como co-autor do livro O disco de Newton, Imago, 1994, com poemas e contos e da Antologia n. 2 Poesia Viva, Editora Uapê, 1996. Possui trabalhos publicados em algumas revistas literárias como Nave da Palavra, Falaê, nos jornais Panorama e Balaio de Textos. "Os que estão aí" é seu primeiro livro de contos.

< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>

LEIA MAIS


Calma, Vergueiro!, por Airo Zamoner.

O encanto do Deserto esmagador: revendo um Berlolucci polêmico, por Chico Lopes.

Últimos post´s no Blog Verdes Trigos


Busca no VerdesTrigos