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Literatura onde o real e o imaginário se confundem
por Rogério Salgado
*
publicado em 11/05/2007.
Um Carro de Bois que Transportava Logos exala a natureza pura, cristalina, aquela que há muito não vemos e nem sentimos o cheiro em nossas narinas. Fala da terra, de pescaria, de pássaros e principalmente de interior, não só o interior externo, mas o interno que vem de dentro de seus personagens, tais como Mmamaú, Tio Lolival, Zé do Buteco, Meleão, Pilão, Seu Esteves, Dona Ester, entre outros e que, aos olhos do leitor, parecem vivos no branco do papel. Por isso, traça uma literatura onde o real e o imaginário se confundem.
Com uma estrutura literária bem original, o escritor NEWTON EMEDIATO FILHO faz com que o leitor numa viagem imaginária, possa sentir claramente o cheiro de mato, ouvir o pio do inhambu, ou até mesmo sentir exalar o odor de bosta de vaca e da terra úmida do sertão mineiro. Com uma técnica apuradíssima, traça uma literatura feita com qualidade e que não se compara a ninguém, a não ser com ele mesmo (Especial Zanoto/ Correio do Sul/Varginha)
E, além disso, um fragmento do livro Um Carro de bois que trtansportava Logos - propriamente dito.
...[...] Alguns dos tios nunca abandonaram o defeito grave de botar apelidos nos outros, nos pequenos, por pura pirraças. E eles eram soltos da boca sem maiores cerimônias. Há momentos em que esses apelidos, muita vezes, são considerados como uma forma de carinho, mesmo com características insípidas, e com doses duplas de menosprezo. Às vezes uma única criatura possuía vários apelidos até que um sobressaísse sobre os demais, ganhando vida própria. Meleão, Pavão ou Marreco ocorreram muito a contratempo, entre brigas e rusgas com os grandes e com os pequenos. Meleão enfrentava a todos meninos de sua idade ou até mesmo muito mais velhos, em brigas de rolarem no chão quase que o dia inteiro. Bastava um deles soltar a alcunha, e ele brigava não por causa de nomes, mas, sim por uma questão de honra ? tinha aprendido com os homens.
Meleão, ainda quente de briga, pensava com razão que briga estraga prazeres. Caminhou em direção à lagoa, e passou pelo estaleiro de pescar que eles e seus irmãos construíram durante dias. Debaixo da moita de bambu comum avistava outra moita de bambu gigante ? no outro lado da lagoa ?, bem próxima da linha ferroviária. Teve logo a idéia de construir uma jangada. Com raiva de todos os meninos, fazia o trabalho sozinho de cortar e transportar aqueles bambus....[...]. edição do autor p 104 /blockquote>Sobre o Autor
Rogério Salgado: Rogério Salgado (Belo Horizonte/MG). Jornalista e Poeta. Autor, entre outros, de "Ainda Menino" (Belô Poético, 2002) e "Tipo Exportação" (em parceria com Virgilene Araújo, Belô Poético, 2004). Critico Literário do jornal "Correio do Sul", Varginha, Minas Gerais.< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>
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