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RESENHAS
O Artista da Morte
Daniel Silva*
O pano de fundo de O artista da morte é o conflito entre israelenses e palestinos, sobre o qual se desenrolam as tramas que envolvem os serviços secretos de diferentes países, incluindo, sem dúvida, os Estados Unidos; vítimas inocentes, ou melhor, lindas mulheres que se deixam levar pelo glamour irresistível dos agentes secretos; assassinatos espetaculares e missões complicadíssimas. O cenário são as cidades mais charmosas do planeta. O livro certo para quem quer diversão pura, contada em prosa ritmada e despretensiosa.
Gabriel, um herói da causa sionista, retirou-se do time de elite do Mossad, o serviço secreto israelense, depois de perder a mulher e o filho num brutal atentado, uma vingança por uma de suas ações contra terroristas palestinos. Dilacerado por lembranças e culpa, ele passa a viver da profissão que lhe serviu de cobertura ao longo dos anos como espião: restaurador de obras de arte.
Porém, a possibilidade de uma revanche — e de um reencontro muito especial — o retira da aposentadoria forçada na região da Cornualha, Inglaterra. O responsável por fazer com que Gabriel reassuma seu posto é Ari Shamrom, um mito dentro do Mossad, ele próprio reconduzido à ativa para salvar a honra do serviço secreto depois de um série de sucessivos fracassos.
Daí para a frente, o suspense só faz crescer, no estilo cinematográfico que caracteriza essa literatura desenvolvida nos Estados Unidos. Em muitos momentos, chega-se a visualizar o fade cobrindo a tela para dar início à próxima seqüência.
Sobre o Autor
Daniel Silva:
Daniel Silva, hoje escritor profissional que a crítica coloca ao lado de nomes como John Grisham e Stephen King, foi jornalista e produtor da rede americana de televisão all news CNN e cobriu os conflitos no Oriente Médio. Essa experiência certamente lhe forneceu a experiência e os conhecimentos necessários para misturar com tanta segurança ficção e realidade. A descrição do assassinato de Abu Jihad, líder da OLP ao lado de Yasser Arafat, em 1988 em Tunis, é fiel à realidade, mas o desenrolar da trama que antecedeu os tiros disparados à queima-roupa é fruto da imaginação de quem está familiarizado com o modus operandi de ambos os lados da disputa.
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