Crônicas,contos e outros textos
PÁGINA PRINCIPAL → LISTA DE TEXTOS → José Aloise Bahia →















Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS -
Uma viagem cultural
VerdesTrigos está hospedado no Rede2
Leia mais
-
NOSSOS AUTORES:
- Henrique Chagas
- Ronaldo Cagiano
- Miguel Sanches Neto
- Airo Zamoner
- Gabriel Perissé
- Carol Westphalen
- Chico Lopes
- Leopoldo Viana
- mais >>>>
Link para VerdesTrigos
Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.
Anuncie no VerdesTrigos
Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui
Dezembro Literário: Dois Lançamentos Instigantes
por José Aloise Bahia
*
publicado em 06/12/2005.

Retalhos do Mundo - Como reza Santo Agostinho: "O mundo é um livro, e quem não viaja lê apenas uma página". O passar das páginas anda em léguas, milhas marítimas e faz um arco no ar: Himalaia, Andes, Sierra Nevada. Amazônia, Nepal, Patagônia, Ladakh. Taj Mahal, Teotihuacán, Pashupatinath. Denpasar, El Chaltén, Cidade do México. Retalhos do Mundo (Editora Pulsar, Belo Horizonte, 2005) leva-nos ao redor da Terra numa viagem em que culturas, história, geografia, gastronomia, pessoas e situações inusitadas se mesclam num texto leve e ágil.
Com bom humor e senso de observação, Luís Giffoni "eleva a narrativa brasileira a novos patamares de talento" (World Literature Today) e revisita lugares por onde andou, de grandes centros urbanos a cafundós em vários continentes. Conta-nos como é a falta de ar no Karakoran (Caxemira/China) acima de quatro mil metros de altitude e em Los Angeles (EUA) durante o smog. Testemunha a morte de escaladores no Annapurna (Himalaia). Quase morre durante uma nevasca perto do monte Whitney (Sierra Nevada/Califórnia/EUA). Mergulha na beleza do mar de Bali. Acompanha mateiros no miolo da Floresta Amazônica. Resgata tradições de astecas, indianos, norte-americanos, chilenos e argentinos. Mostra o fatal encontro com uma tribo desconhecida de índios. Atravessa os contrafortes das Torres del Paine (Chile), do monte Fitzroy (Patagônia Argentina) e do Cerro Torre (Patagônia Argentina). Compara comportamentos. Relembra livros e autores. Experimenta cardápios exóticos. Retalhos do Mundo revela a diversidade da Terra e do ser humano - e convida o leitor a participar de algumas aventuras.
Luís Giffoni nasceu em Baependi, MG. Reside em Belo Horizonte. Tem 16 livros publicados, dentre eles Infinito em Pó (Editora Pulsar, 2004), O Poeta e o Quasar (Editora Pulsar, 2003), A Verdade Tem Olhos Verdes (Editora Pulsar, 2001), Adágio Para o Silêncio (Editora Pulsar, 2000), A Árvore dos Ossos (Editora Pulsar, 1999). Recebeu premiações e indicações da APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte, Bienal Nestlé, Prêmio Minas de Cultura, Prêmio Nacional de Romances (e de Contos) Cidade de Belo Horizonte e Prêmio Jabuti.

Um livro visceral, venenoso, vingativo e toda sorte maculada - uma coleção de exclamações, que sorve até a última gota metafórica disponível e inebriante para conseguir exprimir em palavras a sede enorme para estancar o sangue e a procura incessante do autor em seu diálogo com ela, e não ele, a Poesia em pessoa. Que nasce, "a poeta voava pelos telhados/ sonhando com a capital da solidão/ a primavera assassinava o inverno/ no céu surgia um pedaço de lua suja". E, "morre na quarta-feira de cinzas/ a dançarina da ópera limpa as feridas do sambista/ que abraça a cuíca fatigada de chorar na pista/ inventando uma nova estação chamada melancolia". Numa constatação - esperança das esperanças, sonhos de uma noite de verão -, o poeta dialogo em deslocamentos criativos com a sublime poesia expressionista alemã das décadas de 1910/20. Um belo livro, ferino, delirante: "é uma pancada na cabeça de um dinossauro/ é um arranhão distraído no breu das horas".
A máxima do autor, "dinheiro ganho com a poesia se gasta na orgia", ressoa em brados de Clarice e Hilda, em suas águas profundas. Sem falar na implacável Ana, a nebulosa Diadorim, Dolores, Nara, Elis. Redemoinho desassossegado, back bay - a música de Biglione, uma constatação de impotência, nas palavras de Joca Terron em sua síntese certeira, na análise de Luciana Tonelli. O poeta impaciente, elegante em suas roupas e cor predileta - o preto, em contraponto com a faca no fundo vermelho da capa do livro, misturam lâminas e cortes em ecos profundos e lateja em Fratura Exposta aquilo que é a sua força, o transtorno do revide que se deixa invadir, bagunçar e atordoar ossos explícitos pela procura fértil que no seu espanto é a sua assinatura.
Jovino Machado nasceu em Formiga, MG. Foi criado em Montes Claros e reside na Torre dos Azulejos em Belo Horizonte. Nos anos de 1990 estudou letras (UFMG). Atua como restaurateur. Publicou nove livros, entre eles Trint´anos Proustianos (Mazza Edições, 1995), Disco (Orobó Edições, 1998), Samba (Orobó Edições, 1999) e Balacobaco (Orobó Edições, 2002). Participações em Dimensão (Revista Internacional de Poesia, Uberaba, MG, 1998), A Poesia Mineira no Século XX (Imago, Rio de Janeiro, 1999), A Cigarra-Revista de Poesia (Santo André, SP, 2000), O Melhor da Poesia Brasileira - Minas Gerais (Joinville, SC, 2002) e na antologia poética O Achamento de Portugal (anomelivros, Belo Horizonte, MG, 2005). Menção honrosa na revista literária da UFMG (1991) e terceiro prêmio de Poesia Falada de Campos dos Goytacazes (RJ, 2002).
Sobre o Autor

< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>
LEIA MAIS

