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Verdes Trigos

por Maria Flor de Maio S. Meira *
publicado em 19/03/2005.

Esses meus olhos físicos, nunca viram sequer um único campo de trigo. Mas desde muito os amo pelos olhos de Exupéry, maduros e dourados, também comparados aos cabelos de Ceres, que cintilavam feito às moedas de ouro. Encantei-me quando pequena com os trigais da galinha ruiva do semear ao saborear os deliciosos pães. Vi Rute a colher espigas nos campos de Boas e assim despertar o amor do seu senhor com sua bondade, dedicação e simplicidade. Parei para contemplar em livros e revistas A menima das espigas, também vi trigos maduros nas lembranças da Primeira Eucaristia, nos bordados das missas de domingo e nos Símbolos Pascais, representando a abundância. Percebi a relação profunda entre o homem a sobrevivência o trigo e o sagrado, nas panquecas dessa farinha nas Vinhas da Ira e nos pães ázimos com ervas amargas , degustados assim como as hóstias com reverência e sublimação .

Mas, em tempo algum sequer por um segundo, vislumbrei campos verdes de trigo, nunca havia pensado nesta possibilidade até então. Sempre concebi o trigo como maduro, pronto pra colheita, trituração refinamento e para saciar as bocas famintas.

Como pude ignorar que a semente dourada deitou-se num leito sulcado na terra e esperou lânguida a carícia dos pingos de chuva e dos raios quentes do sol, que a fecundaram e a fizeram inexistir como semente para tornar-se broto, depois hastes longas infinitamente verdes e vibrantes e assim ondulantes ao sabor dos ventos encantar e extasiar os olhos sensíveis que sabem ver a beleza em tudo que contemplam.

Verdes Trigos me abre uma fresta na consciência para perceber que também fui verde, com desejos e sonhos verdes. E agora madura e quase pronta para também me deitar num leito sulcado na terra...

O que inevitavelmente me faz concluir: antes de ser verde, fui madura.

Flor de Maio
06/03/2005.

Sobre o Autor

Maria Flor de Maio S. Meira: Flor de Maio.

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