Crônicas,contos e outros textos

PÁGINA PRINCIPAL LISTA DE TEXTOS Urda Alice Klueger


COMPARTILHAR FAVORITOS ver profile do autor fazer comentário Recomende para um amigo Assinar RSS salvar item em delicious relacionar no technorati participe de nossa comunidade no orkut galeria relacionar link VerdesTrigos no YouTube fazer uma busca no VerdesTrigos Imprimir

São Miguel das Missões Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS - Uma viagem cultural

VerdesTrigos está hospedado no Rede2

Leia mais

 




 

Link para VerdesTrigos

Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.

Anuncie no VerdesTrigos

Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui

CUSCO 2 – Viagem ao Umbigo do Mundo

por Urda Alice Klueger *
publicado em 25/09/2004.

Pois é, eu estava doidinha para contar para vocês sobre os alimentos oriundos da América... quando alguém passou na minha frente. Agora vocês já devem ter lido – foi o JoseMa, de Curitiba – está na página da viagem (www.phd-sc.com.br). Mas acho que mesmo assim dá para contar mais coisas a respeito: este meu lado de historiadora me impede de ficar quieta quanto a assunto tão importante. Penso que é uma boa ocasião para darmos uma valorizada legal na nossa América.

Vamos lá: Até o século XVI (anos 1500), isto é, até o tempo do achamento da América, o europeu costumava morrer de fome como mosquito, bastava uma secazinha ou uma chuvinha a mais. Que tinham eles lá para comer? Tinham trigo, cevada, centeio e mais umas pouquíssimas variedades de grãos com que se alimentar, todos muito frágeis e sensíveis. É bem como falei acima: uns diazinhos de seca, ou um pouquinho mais de chuva, e as plantas morriam ou não frutificavam, e naquele outono já não haveria colheita. Aí vinha o inverno, brabo, de muita neve – e comer o que? E então vinha a fome, trazendo no seu rastro a fraqueza, as doenças, a morte, e morria-se tanto, que durante mais de um milênio a população da Europa ficou quase que o tempo com a mesma quantidade de gente (até diminuiu, durante uma peste muito grande que houve no final da Idade Média).

Aí, achou-se a América (que estava DESCOBERTA fazia muitos milênios, por diversos povos que aqui tinham construído diversas civilizações), e nesta nossa terra bendita, abundavam alimentos novos e resistentes, como o milho, a batata que hoje a gente chama de inglesa, a batata-doce, o aipim, o amendoim, o tomate – gente, era comida a mais não poder, e comida oriunda de plantas resistentes, que sofriam numa boa as chuvas e as secas, como a batata e o milho, plantas essas que foram rapidamente transplantadas para o Velho Mundo, e que fizeram a maior diferença lá. Não foi só para a Europa que tais alimentos foram: é muito interessante saber-se a revolução que elas causaram na Ásia, e como penetraram na África.

E então, o que aconteceu na Europa? (Por enquanto deixamos a Ásia e a África de lado.) Bandulho cheio, quase todas as criancinhas que nasciam acabavam se criando (ainda morria um bocado, devido à imundície em que se vivia naquele continente, bem diferente da vida do americano de então), e daí a pouco a população da Europa passou a crescer. Cresceu tanto e tão rapidamente, que logo estava cheia de energias, o suficiente para dominar todo o mundo então conhecido, mas para falar disto, teríamos que mergulhar um pouco mais profundamente na História. Graças aos alimentos americanos o europeu pode se tornar forte e numeroso, e a população de lá só deixou de crescer neste século, quando resolveu deixar de ter muitas crianças e muita gente achou melhor criar cachorrinhos. Hoje, o europeu cresce tão pouco, numericamente, que tem que buscar imigrantes para fazer os serviços mais simples dos seus países.

Mas que a nossa América fez sua parte para a glória da Europa, é indubitável que fez! E ainda tem gente que acha que a América não é grande coisa!

Ps: mais informações no site: http://www.phd-sc.com.br/

Para receber notícias da viagem, assine a lista: viagem_blumenau_cuzco@grupos.com.br


Sobre o Autor

Urda Alice Klueger: Escritora catarinense de Blumenau, onde vive e trabalha. Publicou inúmeros livros, entre eles "Entre condores e lhamas" e "Crônicas de Natal"

http://geocities.yahoo.com.br/prosapoesiaecia/urdaautores.htm




< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>

LEIA MAIS


O que os Compradores Querem, por Tom Coelho.

Uma obra que ainda faz barulho, por Rodrigo Capella.

Últimos post´s no Blog Verdes Trigos


Busca no VerdesTrigos