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Amor absoluto
por Priscila de Loureiro Coelho
*
publicado em 16/06/2004.
O coração queima o amor que teima em arder em toda sua extensão.
Não há espaço que não esteja pleno desta sensação. Prossigo a jornada, minha alma vibra apaixonada, explorando cada
matiz desta emoção. Não existe restrição, não há limite. A vida assiste a desenvoltura deste amor que se perpetua além da eternidade.
Assim entrego-me, deixo-me guiar pela vida, sentindo-me agitada esbaforida, zelosa e cuidadosa deste amor...
Não há nada que interfira nesta história. O amor é por si só a própria glória. Vitória de um coração emocionado que louco, pulsa eternamente
apaixonado.
A andança me cativa como uma dança que improvisa sua coreografia. Deixo contagiar-me pelo ritmo da estranha melodia, que embriaga meus sentidos de suave nostalgia. Há uma leve lembrança, como se a bem-aventurança permitisse este encontro tardio. E um sombrio sussurrar do tempo, é desalento que provoca frio. O pressentir que foi somente consentido, sugere o esboçar de puro alívio.
A caminhada provoca a sensação de bem estar, pretensa liberdade que me preenche inteira, e que me convida a sonhar.
Ah! Este amor sem fronteira, que nas trincheiras da distância persevera em toda sua ânsia de sobreviver. E assim entranha-se para sempre em meu ser.
Amor incondicional, que traz dentro de si o toque sobrenatural, o traço indelével de tudo que é imortal. Em mim esta presença amada estabelece-se definitivamente. Busco desvendar o mistério deste elo, elo que une sem jamais prender, mas que dificilmente pode se romper.
Meu coração passeia distraidamente junto à imagem que me encanta e fascina. Há o infinito vindo ao nosso encontro, pronto a nos abraçar...
Acolhendo-nos com tal facilidade que toda a maldade que há no mundo não pode ali nos alcançar. Trago este amor espalhado por todo meu ser, em cada átomo, célula, espaço físico que ocupo. Presença amada a me cortejar. Alma delicada que junto a minha vem se expressar. A consciência de que este amor transcende todo o entendimento me assola e por pouco não me faz recuar. Amor que é desprendimento, contudo é loucura, deslumbramento, que derrama ternura e causa sofrimento...
Amor que apazigua porque é consentimento! Sigo, prossigo ciente da alegria, contendo a custo um princípio de euforia que ousa me aliciar impunemente. Ah! Tempo irreverente! Tenta desviar propositadamente a emoção. Permite que o destino atue ambiguamente, tecendo o cenário decadente da fria desilusão.Perverso movimento de deslumbramento e de traição!
Mas o coração é valente, lutador e persistente, fácil não se entrega não.A vida então, finalmente, reverencia silente, esta enorme afeição.
Passeio serena calada. A alma tranqüilizada em doce contemplação. Uma sensação fugaz, de que a vida sendo sagaz, pode me auxiliar. O pensamento é amigo, é movimento antigo da alma que vive a amar. Meu coração se une ao coração deste amor desde a antiguidade...bem antes que o universo tivesse idade, e que agora se chama eternidade.
Desde sempre estivemos juntos e nada há que possa nos separar. Descubro de repente emocionada, que nossas almas nunca foram separadas, e que pra sempre seguirão assim. Eu em você, você em mim!
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