Crônicas,contos e outros textos
PÁGINA PRINCIPAL → LISTA DE TEXTOS → Henrique Chagas →















Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS -
Uma viagem cultural
VerdesTrigos está hospedado no Rede2
Leia mais
-
NOSSOS AUTORES:
- Henrique Chagas
- Ronaldo Cagiano
- Miguel Sanches Neto
- Airo Zamoner
- Gabriel Perissé
- Carol Westphalen
- Chico Lopes
- Leopoldo Viana
- mais >>>>
Link para VerdesTrigos
Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.
Anuncie no VerdesTrigos
Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui
Ocaso no inverno - de frente para as águas
por Henrique Chagas
*
publicado em 02/10/2003.
O sol,
se fez como que deitado nesta tarde,
tornando-se vermelho dourado sem muito alarde.
A água como que sólida
tornou-se azul-verde-dourada
antes que o dia e os reflexos solares
desaparecessem.
E na agonia de um colorido inacabado,
como que quisesse falar,
o dia gesticula-se através de cores.
As cores vão mudando
com mutações lentas,
e com elas, agoniza-se o dia.
O sol se foi.
É o fim do dia.
O reflexo turvo do meu desejo
vai saindo através dos meus poros.
E eu já não sei se choro
ou se começo a rir.
Só vejo a água,
o céu
e vi o sol que rapidamente se foi.
O multicolorido fica só na lembrança.
Sinto um vento gélido
que me corta a face e os lábios,
e que me machuca o coração.
E eu começo a ouvir um falar:
o falar deste complexo.
Ouço o falar das cores
que agonizaram de forma harmônica.
Mas eu não consigo entender
o que todo este complexo diz.
Será que diz?
Talvez queira dizer
o que sou a partir dessa minha estranha mania, talvez,
de observar as mutações das cores.
E eu começo a me sentir
como que dentro de uma nova realidade
após contemplar esse quadro
líquido solidificado pelo frio.
Com as minhas pupilas dilatadas,
entrego-me à noite. Adormeço.
Amanhã será um novo dia.
se fez como que deitado nesta tarde,
tornando-se vermelho dourado sem muito alarde.
A água como que sólida
tornou-se azul-verde-dourada
antes que o dia e os reflexos solares
desaparecessem.
E na agonia de um colorido inacabado,
como que quisesse falar,
o dia gesticula-se através de cores.
As cores vão mudando
com mutações lentas,
e com elas, agoniza-se o dia.
O sol se foi.
É o fim do dia.
O reflexo turvo do meu desejo
vai saindo através dos meus poros.
E eu já não sei se choro
ou se começo a rir.
Só vejo a água,
o céu
e vi o sol que rapidamente se foi.
O multicolorido fica só na lembrança.
Sinto um vento gélido
que me corta a face e os lábios,
e que me machuca o coração.
E eu começo a ouvir um falar:
o falar deste complexo.
Ouço o falar das cores
que agonizaram de forma harmônica.
Mas eu não consigo entender
o que todo este complexo diz.
Será que diz?
Talvez queira dizer
o que sou a partir dessa minha estranha mania, talvez,
de observar as mutações das cores.
E eu começo a me sentir
como que dentro de uma nova realidade
após contemplar esse quadro
líquido solidificado pelo frio.
Com as minhas pupilas dilatadas,
entrego-me à noite. Adormeço.
Amanhã será um novo dia.
Sobre o Autor

É professor de Filosofia no Seminário Diocesano de Presidente Prudente/SP, onde leciona o módulo de Formação da Consciência Crítica; e foi professor universitário de Direito Internacional Público e Privado de 1998 a 2002 na Faculdade de Direito da UNOESTE, Presidente Prudente/SP. No setor educacional, foi professor e diretor de escola de ensino de 1º e 2º graus de 1980 a 1984.
Além das suas atividades profissionais ligadas ao direito, Henrique Chagas é escritor e pratica jornalismo cultural no portal cultural VerdesTrigos (www.verdestrigos.org), do qual é o criador intelectual e mantenedor desde 1998. É jurado de vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, entre eles o Prêmio Portugal Telecom de Literatura.
No BLOG Verdes Trigos, Henrique anota as principais novidades editoriais, literárias e culturais, praticando verdadeiro jornalismo cultural. Totalmente atualizado: 7 dias por semana.
< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>
LEIA MAIS

