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O pluralismo literário na América Latina
por Fernanda Massebeuf
*
publicado em 19/10/2007.
Palavras-chave: Mestiçagem, cultura, literatura, América Latina.
RÉSUMÉ: La problématique du métissage culturel et littéraire en Amérique Latine sera étudiée à partir de sa période coloniale, parmi les communautés autochtones, européennes et africaines, jusqu’à aujourd’hui. Ce métissage qui n’a pas été toujours pacifique dénote à la fois diversité et unité remarquables, ce que nous permet de parler de transculture. La faune et la flore sud américaines si exubérantes et généreuses proportionnent l’ambiance nécessaire à la production littéraire, également exubérante en plus d’être fraîche et puissante. Vecteur important d’expression identitaire, cette littérature est un moteur de recherche des origines mettant en valeur le métissage culturel et ethnique dans la mesure où l’émotionnel, le social et le politique coexistent dans la production de plusieurs auteurs, parmi lesquels certains se déclarent porte-parole de la majorité populationnelle avec très peu d’accès à la culture. Dans le milieu poétique, elle est aussi l’instrument direct de la revendication sociale. Ecrire est un moyen pour l’auteur d’assumer sa nature hybride dans la mesure où chacun de ces vingt pays intégrants de l’Amérique du Sud recherchent leur identité individuelle tout en dessinant un profil sud américain. Le métissage unifie tous les Sud Américains dans la mesure où ils possèdent tous en eux un certain héritage, soit sud américain, soit européen, ce qui va donner origine a une hybridité naturelle ou imposée. La réalité américaine est certes forgée à partir du métissage, de la conquête, de la superstition et de la foi lorsqu’elle est aperçue d’un point de vue sud américain et aussi à partir de la perspective de la réalité individuelle de chaque pays qui l’intègre.
Mots-clés: Métissage, culture, littérature, Amérique Latine.
Duas ou mais comunidades se articulam entre si a partir de quatro perspectivas:
a) Quando um grupo minoritário é assimilado, ou seja, quando se torna semalhante ao grupo cultural dominante através da aculturação, esquecendo os traços de sua cultura originária. Então falamos de assimilação;
b) Quando um grupo cultural se desenvolve separadamente de outro grupo, coabitando com ele em um mesmo espaço físico e mantendo com ele um contato mínimo falamos em segregação cultural;
c) Quando grupos culturais minoritários coexistem no seio de um outro grupo dominante falamos em integração pluralista, que dá margem à interdependência entre eles, e também à idéia de recriação, de renovação do sentido e da coerência dessa globalidade;
d) Quando duas culturas diferentes entram em contato e se fundem formando uma terceira, combinando características de ambas falamos em mestiçagem cultural, fenômeno que também pode surgir da composição muito maior de traços de uma das culturas que se integram.
A mestiçagem cultural designa mistura de influências culturais distinta sem termos musicais, pictorais, esculturais, vestimentais e lingüísticos sem corresponder diretamente à mestiçagem genética. No âmbito latino-americano ela se desenvolve entre comunidades autóctones, africanas e européias mostrando ao mesmo tempo diversidade e unidade. Não podemos negligenciar o período colonial, gênese desse processo, através do qual nasceu a primeira geração de mestiços americanos.[2] Além disso, é importante ressaltarmos que os autóctones foram excluídos geográfica e socialmente, dominados pela sociedade urbana e segregacionista dos brancos, detentora de todos os poderes, o que nos incita à reflexão acerca da fatalidade histórica no berço da mestiçagem na América Latina.
Apesar de seus primórdios coloniais nenhum pouco pacíficos falamos de mestiçagem cultural na América Latina na medida em que as cultura indígenas e africanas se mesclaram à branca. Os índios, ao mesmo tempo em que sofreram a aculturação imposta pelos brancos, transmitiram elementos culturais autóctones aos povos dominantes, o que é exemplificado através da herança lingüística, o que percebemos através das expressões: abacaxi, açaí, sabiá, além da culinária e da artística. O contato com os africanos, longe de ser amistoso, também deixou sua herança cultural que poderia ser interpretada como forma de resistência aos brancos através das artes: música e artesanato; da culinária; dos costumes: sincretismo religioso.
A partir daí falamos de uma transculturação bastante turbulenta. Esse processo permite o diálogo criativo da cultura do dominado com a do dominante ao adotar alguns de seus traços num processo de evolução, e não mais de desaparecimento, chegando mesmo a influenciá-lo, como é o caso do sincretismo religioso, visto como forma de resistência cultural de uma classe oprimida em relação a dominação exercida por outra. Dessa forma, associar entidades religiosas de cultos diferentes permitia aos dominados manter acesas suas crenças e ao mesmo tempo persuadir os dominantes quanto as suas preferências religiosas.
A aliança entre o homem e a natureza foi possível na América Latina, continente exuberante pela riqueza da fauna e da flora. Local de utopia e par construí-la e reconstruí-la foi necessária a literatura. Atribuímos à literatura latino-americana força, inocência estética, primitivismo e engajamento político através de uma escrita exuberante, fresca, forte, às vezes inocente e que busca o retorno às origens. [3]
Se escrever é mergulhar as mãos nas vísceras, penetrando-as até atingir as entranhas desejadas, e então descer para habitar o corpo e reconciliar a palavra com o funcionamento e a produção orgânicas[4] o trabalho de um escritor não pode se definir antes do desfecho de sua obra, sobretudo o latino-americano, que enraiga seu discurso em sua origem, em sua história, em sua cultura, fator que apesar de mostrar a pertinência da literatura latino-americana, pode também confiná-la, limitá-la a seus locais de produção, contando com poucas possibilidades de divulgação nos outros continentes.
A literatura é um importante vetor de expressão identitária[5] e também está intimamente ligada com a fecunda mestiçagem étnica e cultural na medida em que os espaços emocional, social e político locais coexistem nas criações de diversos autores. Devemos precisar que a expressão identitária é na verdade uma busca identitária.
A identidade se define como expressão emocional que permite a cada ser perceber-se como entidade única, apesar de suas contínuas transformações e opõe-se a alteridade e ao mesmo tempo ao reconhecimento de dois ou mais objetos, ou sua identificação, pressupõe sua alteridade, que lhes permite continuar o mesmo, persistir no seu ser. Essa definição transposta às nações latino-americanas evoca o nacionalismo, a busca de uma identidade nacional, que vai se alicerçar na cor local, na valorização do vocabulário popular e regional, da pluricultura reivindicadora da mestiçagem.
No caso da América Latina a mestiçagem escritural não é conseqüência inevitável da mestiçagem cultural. Muitos autores autóctones seguiram modelos europeus como Marx, Joyce, Martí e Kafka, enquanto que outros exilaram-se no Velho Mundo durante o período das ditaduras militares, onde toda forma de expressão artística era proibida. Sendo assim, esses autores assimilaram a cultura das terras que os acolheram, alimentaram-se de suas literaturas, o que vai transparecer em suas obras. Ex.: Guillin em Cuba, Neruda no Chile, Vallejo no Peru e sobretudo o Novo Romance Latino-Americano com Cortázar, Guimarães Rosa, Carlos Fuentes, Vargas Llosa, García Marquez e outros.
Partindo de uma perspectiva de mestiçagem, seja ela cultural, étnica ou literária convém ressaltarmos que ela é inerente ao homem. É impossível não nos impregnarmos constantemente de nossas leituras, de nossas viagens, do relacionamento com pessoas diversas. Então, no domínio escritural as coisas não seriam diferentes. Fala-se de intertextualidade, termo criado por Kristeva[6] para designar o estabelecimento de inter-relações entre diversas obras. Essa teoria foi baseada em Bakhtin[7] e seguida por Genette[8] em Palimpsestes, onde diz que todo texto é um mosaico de citações, ou seja, todo texto funciona como uma rede em que se cruzam vários fios, retomando Barthes[9].
Essas inter-relações não se limitam ao círculo literário. Influenciada pelo meio social num interminável jogo dialético de ações recíprocas, de forças contrapostas, a literatura relava sua função social. José Carlos Mariátegui, autor de Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana (1928), afirma que nos enormes latifúndios o camponês permanece escravo do sistema econômico a partir da invasão do capital financeiro imperialista. Clorinda Matto de Turner, por sua vez denuncia sobretudo a exploração indígena, além do sofrimento do trabalho urbano em sua obra.
Juan Carlos Portantiero e José Juan Arrom caracterizam a atual literatura latino-ameriana como nacionalista através da busca da palavra essencial, essa literatura sem rodeios através de uma linguagem direta e do apego às coisas imediatas : el pan vuelve a ser pan y el vino vino, pero un vino de zumos amargos y un pan amasado con ira.[10]
A literatura sul americana é engajada sócio, política e economicamente. Ela dá visibilidade aos desfavorecidos, inclusive seus autores declaram-se porta-vozes da maioria da população com pouco ou nenhum acesso à cultura. No campo poético a literatura latino-americana também se declara instrumento direto de reivindicação social desde seus primeiros movimentos poéticos, como o Nativismo e o Cholismo dos países andinos, híbridos com os movimentos de vanguarda europeus, o marxismo, a questão indígena e a mestiçagem étnica. Foram estes movimentos que abrirão as portas para a poesia social nos anos trinta através de autores como Vallejo, Neruda, Guillén, González Tuñon. Os dois primeiros são sem dúvida os mais influentes na medida em que evocam o papel dos escritores como atores de uma revolução moral, intelectual e sobretudo social a fim de tocar o coração ferido do povo latino-americano, como dizem os verso de Neruda: Yo pongo el alma mía donde quiero./ Y no me nutro del papel cansado,/ adobrado de tinta y de tintero, através dos quais brada sua indignação social frente ao espetáculo das Antilhas ainda presas nas redes da dependência. Então, é reforçado o cunho agitador político e ideológico da literatura latino-americana.
A escrita de Cortázar é provocadora e assume um texto desalinhado, desnudo, incoerente, minuciosamente antinovelístico, lançando assim uma nova forma de transgressão do tradicional. Como por exemplo em Rayuela. Seguindo essa mesma conduta profissional, García Marquez consagra o realismo fantástico, como por exemplo, Cien años de soledad.
A poesia latino-americana é tão engajada quanto a prosa, o que constatamos através de poetas como Octavio Paz, Enrique Molina, Nicanor Parra e ainda César Moro. Octavio paz evoca a dialética dos contrários e a ambigüidade essencial do cosmo poético, enquanto que Nicanor Parra evidencia o absurdo do mundo contemporâneo, o que é exemplificado pelos versos: Yo no permito que nadie me diga/ Que no comprende los antipoemas/ Todos deben reír a carcajadas./ para eso me rompo la cabeza/ Para llegar al alma del lector. Enrique Molina e Parra são fiéis ao surrealismo através de uma linguagem rica em imagen eróticas, visões marinhas e incitações à aventura. No Brasil, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Jorge de Lima merecem destaque. Manuel Bandeira possui estilo simples e direto através do exemplo:
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Já Carlos Drummond proclama a liberdade das palavras, uma libertação do idioma que autoriza modelação poética à margem das convenções usuais: Nossa mãe, o que é aquele
vestido, naquele prego?/ Minhas filhas, é o vestido/ de uma dona que passou./ Passou quando, nossa mãe?/ Era nossa conhecida?/ Minhas filhas, boca presa./ Vosso pai evém chegando. A obra de Jorge de Lima apresenta múltiplas facetas e linguagem extremamente complexa, de compreensão difícil para quem não conhece as obras de onde foram extraídos os fragmentos que compõem os poemas.
A criatividade, o colorido irreverente e o caráter sócio-político da literatura latino-americana provam que a arte de escrever é uma forma de assumir sua natureza híbrida, reivindicadora de uma mestiçagem sem fronteiras na medida em que cada um dos vinte países integrantes da América Latina busca a valorização de sua identidade cultural, o que vai incitar a valorização da identidade nacional ao mesmo tempo em que elas desenham o perfil latino-americano.
A América Latina cria latino-americanos desde o primeiro momento. Através de sua longa história sempre existiu a busca dessa identidade latino-americana, passando pelo olhar externo dos não-latino-americanos. Essa busca culmina no encontro de si mesmo através de desgarramentos do homem que se desloca e se perde. Afinal de contas o homem latino-americano concluirá que a mestiçagem é o que unifica todos os latino-americanos na medida em que ele próprio traz em si um pouco dos outros, sejam eles também americanos ou europeus, seja essa hibridez natural ou imposta. Se acreditamos que o homem americano seja produto da conquista ibérica, Pablo Neruda, em Alturas de Machu Pichu diz: Quedó la exactitud enarbalada; el alto sitio de la aurora humana: la más alta vasija que contuvo el el silencio: una vida de piedra despues de tantas vidas...Sube conmigo amor americano...o que confirma que o continente mestiço impregnou-se de várias raízes e as uniu àquelas outras ocidentais, que lá chegando tornaram-se parte dele, fazendo da América um continente contrastivo no que se refere às singularidades de seus países. Somemte durante a busca de uma identidade americana que a América torna-se una, o que é representado na literatura através de um diálogo entre vozes discordantes, através de uma rede de caminhos divergentes em busca de uma realidade que só reside nesse caminho, nessa busca em si.
A realidade latino-americana é, pois, forjada na mestiçagem, na conquista, na saudade, na superstição e na fé quando vista a partir do continente latino-americano e também a partir da realidade individual de cada um de seus países integrantes. Ainda podemos acrescentar que sendo uma das principais características da literatura latino-americana, a mestiçagem não pretende negar a influência cultural da metrópole. Essa produção literária procura incorporar determinados elementos europeus aos seus aspectos muito particulares, resultantes da experiência colonial, tais como seu caráter de resistência, cultural e política, e sua flexibilidade em relação a conceitos que marcam profundamente a cultura ocidental como pureza e unidade. Desse modo procura superar os binarismos que acabam por asfixiar o lugar que lhe é destinado no panorama mundial. O escritor latino-americano re-cria a realidade em que vive a partir da subversão do papel destinado aos latino-americanos enquanto ex-colonizados. Os termos metrópole e colônia representam a posição adotada pela sociedade ocidental em relação à experiência do império, imopondo às ex-colônias a condição de subordinação. Na verdade essa mesma suposta metrópole perderá sua posição de superioridade na medida em que se contamina pelo caráter flexível da cultura latino-ameriana. A mestiçagem na América Latina não é acidental, é, muito pelo contrário a linha central de seu desenvolvimento e e a essência de sua cultura.
[1] A hibridez evoca processos sócio-culturais nos quais estruturas ou práticas não-puras, existentes de forma separada, se combinam para formar novas estruturas, objetos e práticas. Esse conceito se difere dos termos mestiçagem e sincretismo na medida em que a mestiçagem abrange mesclas raciais e sincretismo se refer quase sempre às fusões religiosas ou de movimentos simbólicos tradicionais. Então o prodcesso de hibridação relativiza a noção de identidade, pois parte do princípio de que nenhuma cultura é eminentemente pura.
[2] Martinow, Anne Remiche, Notre Amérique métisse. Cinq cents ans après les Latino-Américains parlent aux Européens, Paris, Ed. La Découverte, 1972, p. 169.
[3] Cahiers Confrontation 5 – América Latina, Paris, Aubier-Montaigne, 1981, p. 49-51.
[4] Idem, p. 136.
[5] Covo, Jacqueline, Introduction aux civilisations latino-américaines, Paris, Armand Colin, 2005, p. 39.
[6] Kristeva, Julia, Semiotiké, Paris, Gallimard, 1982. Julia Kristeva nasceu em 1941 na Bulgária. Vive na França desde 1966, onde aprofundou seus estudos sobre semiótia, antropologia, psicologia. Feminista, integra o movimento francês juntamente com H. Cixous e L. Irigaray. Ela é autora de vários livros.
[7] Mikhail Mikhailovich Bakhtin (1895 - 1975) foi um lingüista russo, nascido em Orel, localidade a sul de Moscovo. De família aristocrática em decadência, cresceu entre Vínius e Odessa, cidades fronteiriças com grande variedade entre suas línguas e culturas. Mais tarde, estudou Filosofia e Letras na Universidade de São Petersburgo, abordando em profundidade a formação em filosofia alemã. Conceitos fundamentais associados à obra de Bakhtin incluem o dialogismo, a Polifonia (linguística), a heteroglossia e o carnavalesco.
[8] Gérard Genette nasceu em paris em 1930. Grande teórico literário e fundador da revista Poétique ediretor da coleção, como o mesmo, nome especializada em teoria literária.
[9] Roland Barthes (Cherbourg, 12 de Novembro de 1915 — Paris, 26 de Março de 1980) foi escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Formado em Letras Clássicas em 1939 e Gramática e Filosofia em 1943 na Universidade de Paris, fez parte da Escola Estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure. Crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses nos anos 50. Entre 1952 e 1959 trabalhou no Centre national de la recherche scientifique - CNRS.
[10] Moreno, Cesar Fernandez, America Latina en su literatura, Mexico, Siglo XXI editores, 1972, p. 391-405.
Referências Bibliográficas
Cahiers Confrontation 5 – América Latina, Paris, Aubier-Montaigne, 1981.
Canclini, Néstor Garcia, Cultura Híbridas : estratégias para entrar e sair da modernidade. Tradução de Heloísa Pezza Centrão e Ana Regina Lessa, 4ª edição, São Paulo, edUSP, 2003.
Canclini, Néstor García, Culturas híbridas. Estratégias para entrar y salir de la modernidad, 1ª ed. actualizada, Buenos Aires, Paidós, 2001.
Covo, Jacqueline, Introduction aux civilisations latino-américaines, Paris, Armand Colin, 2005.
Kristeva, Julia, Semiotiké, Paris, Gallimard, 1982.
Mariateguí, José Carlos, Siete ensayos de la interpretación de la realidad peruana, La Habana, Casa de las Américas, 1963.
Martinow, Anne Remiche, Notre Amérique métisse. Cinq cents ans après les Latino-Américains parlent aux Européens, Paris, Ed. La Découverte, 1972.
Massardo, Jaime, América Latina, Mosaico Cultural, Repères de culture générale en espagnol, Paris, Ellipses, 2005.
Moreno, Cesar Fernandez, America Latina en su literatura, Mexico, Siglo XXI editores, 1972.
Sobre o Autor
Fernanda Massebeuf: Fernanda Massebeuf é graduada em LLCE (Língua, Literatura e Civilização Estrangeira) pela Universidade Sorbonne - Paris IV. Realiza atualmente um Master (Mestrado) a fim de se especializar em literatura brasileira, desenvolvendo estudo sobre a poesia de Hilda Hilst.Email: ferdie45@hotmail.com
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