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Um centênio da Academia

por Manoel Hygino dos Santos *
publicado em 29/03/2007.

A Academia Mineira de Letras se prepara para comemorar 100 anos de fundação, como necessário, ou seja, com pompa e circunstância. De fato, o centenário de tão nobre sodalício não poderia cingir-se ao registro formal, como se se tratasse de uma data qualquer.

A Academia, a Casa de Alphonsus, transformada legitimamente também em Casa de Vivaldi, não deixaria escapar à singularidade do fato em si. É ensejo único de comemorar uma efeméride de imensa significação para a terra mineira e sua gente.

O ano de 2009, como consta da proposta inicial da programação, será integralmente coberto por itens que darão a verdadeira dimensão da entidade, do seu elevado prestígio no Estado e no país. Por ela passaram eminentes escritores, parlamentares, juristas, homens do Executivo, em âmbito federal, estadual e municipal, diplomatas, cientistas, jornalistas, intelectuais, que souberam marcar presença na vida mineira. Deram valiosa contribuição à cultura e à vocação cívica dos cidadãos deste país.

O ano precedente à efeméride, quero dizer, 2008 será como a abertura da cortina para o grande espetáculo do centenário. É que, o próximo ano, será o das comemorações do nascimento de João Guimarães, o nosso Rosa, perenizado definitivamente nas letras, já não mais somente de Minas, mas do Brasil.

O centenário de Rosa constituirá uma espécie de prelúdio à festa do centenário de uma entidade que, nascida na fulgurante Juiz de Fora, percebeu que, com a inauguração da nova capital, ela cumpria transferir seu foro. Assim, Belo Horizonte acolheu, orgulhosamente, a AML, dando continuação à esplêndida iniciativa emanada da Manchester.

Nestes quase 100 anos, jamais parou. Enganam-se os que julgam as academias como casas que abrigam os intelectuais, ou homens de letras, ou artistas, para curtirem a aposentadoria conquistada na atividade profissional. Tais entidades constituem centros de cultura, de debate de idéias, de resistência aos assaltos à liberdade em todas as suas manifestações.

Não se casa à imagem dessas entidades, com cadeiras em que se assentam macróbios para o doce fazer nada, a que a idade lhes permitiria. Hoje, elas reúnem cidadãos que exerceram ou ainda exercem profissões diversas, muitos deles jovens, em que sequer algumas vezes as níveas cãs enfeitam.

As academias são fontes vivas do conhecimento que interessa à sociedade. Aos 100 anos, idade a que já chegam os homens de nosso tempo com maior freqüência, a Academia Mineira de Letras dispõe de instrumentos materiais e humanos para iniciativas brilhantes como as de sua Universidade Livre, em tão boa hora instituída.

Mais recentemente, a partir da coleção Alphonsus de Guimaraens, ela se dispõe a publicar trabalhos premiados nos concursos que promoverá, comemorando os centenários de nascimento de seus membros, como preito a tantos tão parcamente conhecidos e reconhecidos.

No ano findo, o presidente Murilo Badaró incumbiu o acadêmico Orlando Vaz de coordenar a comemoração de 100 anos de nascimento de Afonso Arinos de Melo Franco, mais do que nome de uma praça em Belo Horizonte, mais de que um homem na ilustre família. O Arinos a que me refiro, e que a AML homenageou, é incontestavelmente um dos mais vigorosos intelectuais que Minas Gerais ofereceu ao Brasil.

Outros acadêmicos serão lembrados nesse portentoso programa, como preito àqueles que o merecem. Não faltam nomes ou personalidades. E se presta homenagens a ilustres sócios, não se esqueceria que a própria Casa de Alphonsus e Vivaldi, logo centenária, é credora de especiais reverências.

Daí, a comemoração que se programa para 2009 com todo zelo e a que a sociedade poderá prestar colaboração com sugestões e propostas.

Sobre o Autor

Manoel Hygino dos Santos: *Jornalista e escritor. Membro da Academia Mineira de Letras, cadeira n. 23.

Livros publicados:
Vozes da Terra , Ed. do Autor , Belo Horizonte , 1948 , Contos e Crônicas
Considerações sobre Hamlet , Ed. Imprensa Oficial de Minas Gerais , Belo Horizonte , 1965 , Ensaio Histórico – Literário
Rasputin – último ato da tragédia Romana , Ed. Júpiter , Belo Horizonte , 1970 , Ensaio
Governo e Comunicação , Ed. Imprensa Oficial , Belo Horizonte , 1971 , Monografia
Hippies – Protesto ou Modismo , Ed. Júpiter , Belo Horizonte , 1978
Antologia da Academia Montes-Clarense de Letras , Ed. Comunicação , Belo Horizonte , 1978 , Coordenação de Yvonne de Oliveira Silveira
Sangue em Jonestown, uma tragédia na Guiana , Ed. Júpiter , Belo Horizonte , 1979 , Ensaio
No rastro da Subversão , Ed. Faria , Belo Horizonte , 1991 , Ensaio
Darcy Ribeiro, o Ateu , Ed. Fumarc , Belo Horizonte , 1999 , Biografia
Notícias Via Postal , Ed. do Autor , Belo Horizonte , 2002 , Correspondências


E-mail: colunaMH@hojeemdia.com.br
Matéria originalmente publicada no Jornal "Hoje em Dia", Belo Horizonte/MG

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