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A finitude do ser
por Carol Westphalen
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publicado em 23/01/2007.
É sabido que o ser humano não aceita muito bem a finitude das coisas e, principalmente, da vida. Talvez, para conviver de forma positiva com a finitude o ser humano precise acreditar na complexidade das coisas que o rodeia. A morte, apesar de inevitável, pode ser compreendida e sentida de maneira sadia. É preciso absorver um novo paradigma, o qual proporciona uma melhor apreensão das lições essenciais de vida e do amor das pessoas que fazem parte do mundo e do universo particular de cada um.
As fases diante da morte podem ser compreendidas, como seu impacto, sua incompreensão e sua possível aceitação. Para aqueles que desfrutam a vida de forma positiva a morte é uma injustiça, já para os que vivem em constante sofrimento a morte é um alívio. As crianças, por exemplo, enxergam a morte como uma ausência temporária, como afastamento ou sono. Já para uma criança em idade escolar é mais complexo, pois ela acredita que apenas as pessoas idosas morrem. O adolescente que já é capaz de fazer operações cognitivas formais compreende que a morte é inevitável e definitiva. Mas é na fase do adulto maduro que a morte passa a ser mais bem compreendida e até mesmo aceita.
O luto é elaborado de forma sadia quando o enlutado se sente livre para investir sua energia emocional em novas direções. A ansiedade da separação gera um comportamento intenso e previsível que faz com que o enlutado reviva o relacionamento perdido com a pessoa falecida. As reações de luto envolvem alterações dos estados emocionais, estratégias de enfrentamento, relacionamentos interpessoais, auto-estima e, em alguns casos, mudança de visão de mundo, quadros que podem durar indefinidamente. Essas alterações têm início dentro dos dois primeiros meses de luto, a duração dos sintomas depressivos costuma ser menor que dois meses e o prejuízo funcional, na maioria das vezes, é temporário e leve. Uma grupoterapia, por exemplo, pode amenizar os sentimentos ruins desse período, pois ela ajuda o enlutado a enfrentar a perda de forma menos conturbada.
Deixo algumas questões para reflexão. Será justo desejar que as pessoas estejam sempre conosco? Até que ponto se pode exigir que os outros estejam sempre por perto? Até onde vai nosso egoísmo? Afinal, o centro do universo ainda é um grande mistério.
Sobre o Autor
Carol Westphalen: Caroline C. Westphalen nasceu em Porto Alegre, mas aos 10 anos foi morar em São Paulo. Formou-se em Comunicação Social e fez pós-graduação em Sócio-Psicologia. Atualmente, mora no litoral do Rio Grande do Sul, faz Psicologia e trabalha como jornalista/colunista.Em 1999, escreveu "Confluência dos Ws" (Editora Writers), uma pequena compilação de crônicas e contos, junto com o amigo Diego Weigelt, crítico de música e radialista. Carol reuniu algumas crônicas em 2004, mas ainda não tem editora. Sinto que meus textos incomodam. Também não gosto de perceber e encarar certas realidades, diz Carol.Seus textos sobre comportamento e vida também podem ser lidos no site da revista TPM.Carol também escreve um diário: http://www.diariodecarolw.blogger.com.br
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