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SOB A IMENSIDÃO DO CÉU
por André Carlos Salzano Masini
*
publicado em 14/08/2003.
O primeiro passo é observar o movimento do sol durante o dia e marcar a direção de onde ele nasce (nascente), o caminho que ele percorre, e a direção aonde ele se põe (poente). Um percurso similar será repetido, durante a noite, pelas estrelas e planetas. No inverno, os planetas visíveis estarão sempre um pouco acima (ao sul) dessa linha percorrida pelo Sol. (O sul está ao lado direito de quem olha o nascente.)
Depois, ao anoitecer, basta escolher um local distante de luzes artificiais e esperar uns 5 minutos para que os olhos se acostumem com o escuro. Se houver alguma luz próxima, não olhe para ela. (Se necessário use uma pequena lanterna coberta por um plástico vermelho).
A principal dificuldade do iniciante para se orientar no céu é ter noção do tamanho das coisas. Ao ver um desenho no papel, como os das constelações abaixo, é impossível saber de que tamanho elas se mostrarão no firmamento. Mas a solução é simples: usaremos nossa mão para medir tamanhos. Se estendermos o braço sob o céu, nossa mão ocultará cerca de 10 graus da esfera celeste (Aqui as distâncias são medidas em graus: e.g. o sol ou lua têm cerca de meio grau, o firmamento inteiro, de um lado a outro, mede 180 graus).
No início da noite, diretamente sobre nossas cabeças, estará a mais bela constelação do zodíaco: o Escorpião.

A orientação indicada em relação ao norte terrestre ocorrerá nas primeiras horas da noite, depois a cabeça do Escorpião girará um pouco para o poente. Este e Oeste são invertidos por serem vistos de baixo para cima.
Da cabeça à cauda a constelação mede cerca de 35o, ou seja, três mãos e meia. Observe bem a forma mostrada na figura; com um pouco de paciência, você a reconhecerá no céu. Note a cauda (ou ferrão) em forma de anzol (1), o corpo reto (2) e a cabeça torcida para a direita (3). As três estrelas alinhadas (5) marcam a frente da cabeça. Entre o rabo e o corpo, existe uma bela estrela dupla (6) distinguível a olho nu. Antares (4) é a estrela mais brilhante do grupo.
Do Escorpião para o nascente, a cerca de 3 mãos de distância, fica Sagitário, o arqueiro. Ele segura um arco retesado (7), cuja flecha (8) aponta para o Escorpião. O arco mede cerca de uma mão e meia. O pequeno trapézio (9) representa a mão do arqueiro e mede uns dois dedos de largura. Na direção de Sagitário está o centro de nossa galáxia.
Ainda mais para o nascente, a cerca de 5 mãos de distância, você verá o planeta Marte. Ele surgirá no horizonte pouco depois do anoitecer, cerca de duas mãos a sul de onde nasce o Sol. Marte será o objeto mais brilhante do céu, parecendo uma estrela grande e alaranjada.
Hoje as observações podem ser um pouco prejudicadas pela Lua, quase cheia, mas a situação irá melhorando gradualmente até as noites de 26 e 27, quando Marte estará à menor distância da Terra em 59.000 anos!
Na próxima semana falaremos de Marte, explicaremos o mecanismo de suas aproximações da Terra, e daremos todas as informações sobre como observá-lo.
Olhar o céu... Em tempos difíceis como os que vivemos – em que preocupações nos absorvem de tal maneira que às vezes parecem ser tudo que existe – é bom olharmos para o céu estrelado e lembrarmos o que é o verdadeiro universo: essa maravilha infinitamente grande e duradoura. Dele, nossas preocupações, idéias, conflitos e ambições são apenas um efêmero detalhe. Sob a imensidão do céu, nossos problemas não desaparecem, mas adquirem uma dimensão mais razoável...
Sobre o Autor

Hoje tem dois livros publicados: a ficção científica "Humanos" e o livro de traduções e estudos “Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa”, além disso tem uma coluna semanal no Jornal "O Paraná", e é diretor de um centro cultural virtual, a www.casadacultura.org, que divulga seus trabalhos e tem milhares de assinantes em todo o Brasil.
contato: andre@casadacultura.org
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