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Os convidados invisivéis

por Sabine Kiefer *
publicado em 07/06/2006.

Ainda em São Paulo, no início de março, a Renata tinha preenchido a ficha de inscrição para trabalhar como voluntária durante a Copa na Alemanha. Logo depois da sua chegada em Colônia, onde ela fará um curso de especialização na Universidade de Esportes, ela se apresentou ao departamento de Esportes da Prefeitura. Nesta entrevista, ela indicou a sua amiga de colégio, a Sheila, que queria participar também do programa de voluntários. A Sheila cuja família é de Santa Catarina está fazendo um curso de ergoterapia, aqui na cidade.

Durante a Copa, se encontrarão com um desses 200 jovens que trabalham como voluntários nas estações de metrô, nas praças principais e sobretudo na festa de torcedores no centro histórico. Darão qualquer informação aos visitantes. Esta semana, numa sala da empresa de transporte coletivo da cidade, cheguei a conhecer as duas amigas.

Que metrô é a certa? Os visitantes farão compras antes ou depois do jogo? O que eles querem saber da cidade? Nós assistimos às informações dos representantes do transporte coletivo e do turismo. Nestes momentos de palestras, já deu para sentir: a presença de inúmeros visitantes do mundo inteiro. Para a Sheila e a Renata já foi o segundo dia de treinamento. Elas já tinham, vamos dizer, "um encontro mais direto" com os convidados esperados. Todos os voluntários passaram por um treinamento intercultural.

Depois das palestras e de um roteiro da cidade, nos batemos um papo. Nossa, vai ser muito empolgado, diz a Sheila que, como a Renata, trabalhará na festa de torcedores. Numa maneira apreensiva ela acrescenta, estou com medo de dar uma informação errada. A Renata entende esse medo. Mas vai ser uma grande experiência, ela conclui feliz e a Sheila confirma sorrindo.

Aliás, nunca aprendi tanto sobre a história da minha cidade como na palestra do guia

Sobre o Autor

Sabine Kiefer: Sabine Kiefer, alemã, nasceu em 1962 em Colônia, onde ficará nossa Seleção durante a Copa. É formada em antropologia cultural, português e economia. Esteve no Brasil pela primeira vez em 1986 quando desenvolveu sua tese de mestrado sobre o fundador da cidade de Blumenau/SC. Esteve inúmeras vezes e por longo tempo em Santa Catarina. Tornou-se uma grande admiradora do nosso país. Sua visão desde a Alemanha é muito interessante. Hoje trabalha em uma emissora de rádio de Colônia, Alemanha.

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