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Ahlofa, Sonhos e Dores

por Airo Zamoner *
publicado em 14/07/2003.

Antes de Ahlofa morrer pisoteada, massacrada impiedosamente, viveu momentos de ternura, enlevo e calma. Gostava daquela rotina. Cresceu presa ao regaço da mãe. Dela recebia tudo e passava a vida se deliciando com a brisa, com a música de pássaros atrevidos, com as novidades que abarrotavam as redondezas a cada amanhecer. Pensou que seria sempre igual. A mãe avisou que a vida mudava eternamente e que a penumbra escondia os mistérios da vizinhança distante.

– Prepare-se, minha filha! Chegará um dia em que não poderei mais fazer tudo por você.

– Como não, mãe? Estou grudada junto com minhas irmãs. Nunca vou me separar...

– Vai, sim! Um dia acontecerá e será irreversível... Está vendo lá embaixo? Vê o movimento?

– Claro, mãe! Adoro ficar olhando pra baixo. Como é bonito o movimento!

– Você terá que descer um dia...

Ficava pensativa, imaginando como seria ficar livre, solta, podendo inventar todos os movimentos. Mas não era bom ficar longe da mãe. Essa história de que ela desceria um dia, martelava sua cabeça. Não entendia porque seria assim.

Pensamentos para cá, para lá e Ahlofa adormecia mais uma vez. Nunca teve sonhos. Pelo menos nada que a impressionasse. Depois daquela conversa estranha da mãe, porém, a noite trouxe sonhos agitados, quase pesadelos. Sentiu um vazio imenso sob seus pés. Olhou para seu braço e percebeu-o separado de sua mãe. Estranhamente separado. A mãe se afastava, ou era ela a se afastar devagarinho.

Percebeu-se vestindo um amarelo avermelhado. Cor que não gostava e tentava imaginar porque a mãe a vestira assim. Pior! Queria tanto saber porque se largara da mãe. E flutuou. No início, suavemente. Quase uma dança de anjos. Depois o ritmo se acelerou. A velocidade aumentou e viu o chão se aproximar caótico, intimidador. Não! Ela despencava de encontro ao chão duro, perigosamente próximo.

Gotas de orvalho acordaram Ahlofa de sua queda ameaçadora. Conferiu o cenário em volta. Tudo estava no lugar. A mãe dormia a seu lado. Tranqüila, segurava sua mão. O chão estava tão distante como sempre. Suas roupas, da cor preferida. Nada de amarelo, ou vermelho, ou marrom. Sentiu alívio, mas também preocupação.

Lá fora, os primeiros riscos das luzes novas esboçavam desenhos avermelhados. Tentou decifrar. Impossível. Eram enigmas intrigantes, desde que nascera. Nunca acordara tão cedo. Estremeceu-se inteira, despertando a mãe.

– Que foi, minha filha? Já acordou?

– Não sei, mãe. Tive a impressão que caía exatamente como você falou... Mas não caí. Estava vestida de amarelo, ou vermelho... Tão esquisito! O que é isso, mãe?

– Não se preocupe! Foi um sonho. Talvez o primeiro. Logo se acostuma. Durma mais um pouco...

Não conseguia dormir. Muita coisa parecia invadir seus cantinhos indecifráveis. Agitava-se! Certo torpor tomava conta de seus pensamentos.

Entre dormir, sonhar, acordar, o dia entrou pelas frestas de suas preocupações infantis que amadureciam mais um pouco, e mais um pouco a cada dia.

O pesadelo foi se escondendo pelos cantos esquecidos de Ahlofa. Voltou a se divertir como sempre. Rir para valer dos pássaros marotos que esvoaçavam bem a seu redor, deixando-a tonta a ponto de cair. A mãe só observava, segurando o riso. O olhar preocupado. Aumentou os carinhos na hora de dormir. Desdobrou-se em cuidados.

Aquela noite estava mais escura que as outras. Alguém desligara as estrelas do céu. Assim mesmo, Ahlofa adormeceu feliz. Na madrugada quieta, sentiu um solavanco inusitado. Acordou. Apalpou-se. Lembrou do sonho e percebeu que não havia sonho. Despencou de sua mãe e flutuou livre. Balançava de um lado para outro. Percebia afastar-se de seu aconchego. A brisa conduzia seu caminho, ora para cima, ora para baixo. A madrugada, satisfeita com seu trabalho, juntou seus instrumentos e se afastou sem dizer palavra. A claridade invadiu os arredores e

Ahlofa ainda flutuava, cada vez mais perto do chão. Pousou suavemente, inesperadamente, junto com suas irmãs mais velhas.

A vida aqui embaixo começou agitada. O inverno cobria o chão de folhas. Todas pisoteadas, massacradas impiedosamente.

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Sobre o Autor

Airo Zamoner: Airo Zamoner nasceu em Joaçaba, Santa Catarina, criou-se no Paraná e vive em Curitiba. É atualmente cronista do jornal O ESTADO DO PARANÁ e outros periódicos nacionais. Suas crônicas são densas de conteúdo sócio-político, de crítica instigante e bem humorada. Divide sua atividade literária entre o romance juvenil, o conto e a crônica, tendo conquistado inúmeros prêmios e honrosas citações.

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