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Renovação Carismática Poética

por José Aloise Bahia *
publicado em 18/12/2004.

“que venha o silêncio da orgia / silêncio da harmonia / estrondoso barulho / dos silenciados” (Renato Negrão)

Revisar poemas tem um nome: Renovação Carismática Poética. Trocando-se o padre por uma pessoa com uma mente aberta e imaginativa, que gosta de música, e expele carros de bombeiros pela boca, o resultado só pode ser: Os Dois Primeiros e um Vago Lote (Selo Edições, Belo Horizonte, 2004).

Alguém pode pensar numa boca escancarada cheia de dentes, esperando os versos chegar. Entretanto, a metamorfose ambulante é mais embaixo. E o lote vago tem um tom vermelho cordiforme. Sem cercas ou muros, “apostando numa tola, atolando numa lama”, sob os olhares de Chacal e Jorge Mautner, e transitando de bicicleta, em direção ao mar, o fardo é mais leve. Tal qual a espada samurai, o poeta mineiro Renato Negrão em sua trilha e movimentos melódicos, e com “toda visão e tato olfato e audição” em alertas, chega decepando tudo e afirma: “que bom / ser contemporâneo seu / assim você / não precisa / atravessar paredes / nem eu”.

A bebida do padre é o vinho. A do poeta, absinto. Aliás, como Rimbaud, absinto regado à poesia: “mais uma dose de poesia / para aliviar a dor / da desilusão de cada dia / nuvem cinza que esconde o sol do amor”. Eis o plano de saúde confiável: letal contra qualquer tipo de poison existente na atmosfera. Eis o tônico benéfico: sem contra-indicação. A posologia diária, uma vitamina criativa com sinais, ritmos e a versatilidade das composições, pontuada por um saudável desejo, a poesia em seu estado de comunhão: “te abraço como quem vai pro mar / te beijo como quem bebe o sol”.

Uma grande pedida para este Natal é uma visita ao “dragão do paraíso” (www.armenguepress.blogger.com.br). Um passeio pelo blog da nova safra de escritores mineiros. E o principal: a poesia de Renato Negrão com suas palavras quentes de silêncio, frias de calor e temperadas pelo encontro. Um rencontre fértil entre o nascimento e uma estrela cadente. Que no seu vôo silencioso escolhe um lote vago à procura de um leitor.

Sobre o Autor

José Aloise Bahia: José Aloise Bahia nasceu em nove de junho de 1961, na cidade de Bambuí, região do Alto São Francisco, Estado de Minas Gerais. Reside em Belo Horizonte. Tem ensaios, críticas, artigos, crônicas, resenhas e poesias publicadas em diversos jornais, revistas e sites de literatura, arte e imprensa na internet. Pesquisador no campo da comunicação social e interfaces com a literatura, política, estética, imagem e cultura de massa. Estudioso em História das Artes e colecionador de artes plásticas. Sócio fundador e diretor de jornalismo cultural da ALIPOL (Associação Internacional de Literatura de Língua Portuguesa e Outras Linguagens) Estudou economia (UFMG). Graduado em comunicação social e pós-graduado em jornalismo contemporâneo (UNI-BH). Autor de "Pavios Curtos" (poesia, anomelivros, 2004). Participa da antologia poética "O Achamento de Portugal" (anomelivros, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos.


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