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Democracia é o c@#*&$%! Queremos um mundo justo de verdade!

por Carol Westphalen *
publicado em 30/10/2004.

Faz tempo que não apareço por aqui. Fiquei sem computador. Mandei consertar, mas só três semanas depois me deram retorno. A porcaria não tinha mesmo mais salvação. Aceito doações. Pelo menos, não estou roubando, estou pedindo. Deu pra notar que aqui no litoral do Rio Grande do Sul as coisas são bastante morosas. Ainda estou sem comunicação com o mundo, mas algo interessante aconteceu. A falta da fibra ótica proporcionou uma maior comunicação com minha própria aldeia. Já dizia não sei quem que jamais seremos universais se não conhecermos nossa própria aldeia. Tem gente que prefere falar com outros continentes a falar com o vizinho ou até mesmo com os seus. Aventura válida essa de ficar sem a rede. Recomendo! Prefiro dizer que fiquei sem minha fonte de pesquisa. Por isso, achei melhor não escrever minha coluna até então. Minhas idéias não fluem quando uso máquina de escrever. É como se aquele barulho martelasse meu ego, meu super ego e meus dois únicos neurônios. Usar “branquinho” no papel é como usar band-aid sobre a pele. Tem gente que acha band-aid um charme, mas os neuróticos não saem de casa nem pra depor contra deputado ladrão enquanto usam um band-aid no dedo. Neuróticos são narcisistas e perfeccionistas, jamais permitiriam a existência de uma carta datilografada infestada de “branquinhos”. Escrever à mão seria um sacrilégio, já que nem eu mesma consigo decifrar as palavras que escrevo. Bom, chega de conversa mole. De volta ao mundo dos macacos. Não queria ser como os outros, mas, às vezes, é preciso. Funciona apenas quando se quer ser apenas mais um. Vou falar um pouquinho sobre a origem da democracia. Ahmmm... democracia? Que democracia? Prometo não demorar. É um assunto bastante desinteressante, mas preciso dar meu parecer a respeito de qualquer coisa próxima à política senão podem pensar que sou uma pessoa apedeuta.

Pra quem não lembra, conceitos como organização, julgamento e eleição nasceram na Grécia Antiga. Em meados do século XI a.C., depois que Micenas foi destruída, o homem sentiu necessidade de organizar as aldeias. Os gregos introduziram uma forma de organizar as coisas dentro da sociedade: o logos. Através do pensamento lógico, da razão, os gregos tentaram criar uma sociedade justa e, então, junto à pólis, surgiu a tal democracia e, conseqüentemente, a justiça. Desde o início, a democracia e a justiça só não tardam aos mais fortes. Num país onde o voto é obrigatório, não existe democracia. “Liberdade de expressão” é apenas uma força de expressão que, na verdade, não tem força alguma. Somos livres para irmos até um limite que por nós não foi determinado. Aqui no Brasil é sempre a mesma história. O povo vota e pouca coisa se resolve. ELES colocam meia dúzia de hospitais e algumas creches nas periferias e acham que consertaram o país. Há 500 anos o Brasil não nos pertence. Os portugueses levaram nossas pedras preciosas, escravizaram nossos índios e, não apenas bolinaram, mas também levaram suas mulheres para a cama. É uma pena que a maior parte de nossas fantasias esteja no inconsciente, pois nossos sofrimentos talvez pudessem ser amenizados. Segundo Nietszche, a arte e a fantasia existem para que a verdade não nos destrua. O falso bem-estar diante das ilusões é apenas um mecanismo de autoproteção inerente ao ser humano. Os ricos dominam o mundo em todo e qualquer sentido e a maioria deles freqüenta leilões. O que será do mundo já que a parte que tem o poder aquisitivo gosta de apostar em cavalos? Mas não há de ser nada. Pelo menos, nós, brasileiros, estamos tentando. Afinal, estamos caminhando rumo à... nem “Deus” sabe. Mas, com certeza, estamos evoluindo. No quesito honestidade o Brasil recebeu nota 3,9. Somos o 59o país mais honesto do mundo.

Sobre o Autor

Carol Westphalen: Caroline C. Westphalen nasceu em Porto Alegre, mas aos 10 anos foi morar em São Paulo. Formou-se em Comunicação Social e fez pós-graduação em Sócio-Psicologia. Atualmente, mora no litoral do Rio Grande do Sul, faz Psicologia e trabalha como jornalista/colunista.Em 1999, escreveu "Confluência dos Ws" (Editora Writers), uma pequena compilação de crônicas e contos, junto com o amigo Diego Weigelt, crítico de música e radialista. Carol reuniu algumas crônicas em 2004, mas ainda não tem editora. Sinto que meus textos incomodam. Também não gosto de perceber e encarar certas realidades, diz Carol.

Seus textos sobre comportamento e vida também podem ser lidos no site da revista TPM.Carol também escreve um diário: http://www.diariodecarolw.blogger.com.br

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