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Cidade do Livro
por Luiz Carlos Amorim
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publicado em 11/11/2007.
Demorei muito a ir à feira, pois gostaria de tê-la visitado quando Quintana ainda era vivo, mas apesar da ausência do poeta menino, valeu a pena. Aliás, eu nem diria ausência, pois a gente pode sentir a presença de Quintana por toda a feira. É como se ele estivesse caminhando por lá, cumprimentando os visitantes, caminhando entre eles.
Fiquei impressionado com o tamanho da feira. Ela é enorme, ocupa a Praça da Alfândega, as suas imediações, o cais do Porto, parece uma Cidade do Livro. Conjeturando aqui com meus botões, lembrei-me da Bienal do Livro do Rio e não tive como não comparar.Se juntar tudo o que há da Feira do Livro de Porto Alegre - a área Geral, a área infanto-juvenil, a área Internacional, ela é maior do que a Bienal.
Não vou aborrecer o leitor com números, com dados técnicos - só vou dizer que a feira ocupa míseros 26 mil metros quadrados - mas há lá um sem número de estandes, há uma variedade infinita de oferta de livros novos e há sebos, também, onde pode-se encontrar, de repente, bons livros por um precinho camarada.
E não se paga entrada, pois a feira fica no meio da rua, no meio da praça, e o público prestigia, é um vaivém constante de pessoas, eu diria que há até acotovelamento, pois é um fluxo constante e intenso de visitantes, não só nos finais de semana ou feriado, mas nos dias de semana também. Não é à toa que a Feira do Livro de Porto Alegre é a precursora das feiras do livro, a mais tradicional do Brasil.
Os moradores de Porto Alegre já absorveram como um grande festa tradicional e popular e ela faz parte do calendário da cidade.
Além dos livros, dos escritores que passam por lá, uma atração indiscutível, quase dentro da feira (na verdade, acho que é dentro da feira, pois ela abriga atividades da feira) é a Casa de Cultura Mário Quintana, localizada no prédio do antigo Hotel Majestic, construção belíssima e imponente, onde o poeta morou grande parte do tempo que viveu em Porto Alegre. Lá está até o quarto de Quintana, preservado, como era quando ele se foi. Muitas fotos, muita informação, muitos livros, muito sobre o poeta passarinho. Estar lá é uma emoção muito grande. Pode até parecer exagero, mas dá pra sentir uma energia boa, tomando conta da gente.
No âmbito da feira está, também, o Santander Cultural, o Centro Cultural Érico Veríssimo e o Memorial do Rio Grande do Sul, onde ocorrem atividades paralelas ligadas ao evento. Perto, está o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Há muito o que se ver, muita cultura para se absorver. O lugar da feira foi muito bem escolhido, unindo a cultura e o conhecimento dos livros à cultura e tradição da cidade e do estado.
Sobre o Autor
Luiz Carlos Amorim: Luiz Carlos Amorim é natural de Corupá(SC), onde nasceu em 16 de fevereiro de 1953. É formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Joinville. Bancário, reside em São José, na Grande Florianópolis. É fundador e coordenador do Grupo Literário A ILHA, que completou, no ano de 2002, vinte e dois anos de existência e resistência – único órgão cultural a permanecer tanto tempo na luta. É editor das Edições A ILHA, com mais de 20 títulos já publicados, além do Suplemento Literário A ILHA, revista trimestral que reúne a produção dos integrantes do grupo, de escritores do estado, do país e até do exterior, indo para a sua 87ª edição. Conheça A ILHA< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>
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