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Da Dardânia antiga à Kosova nova

por Engjëll Koliqi *
publicado em 12/07/2007.

Um povo sofrido mas sempre orgulhoso

A antiga Dardânia è uma região onde habitavam os ilírios no mínimo 10 séculos antes de Cristo. Era uma terra enorme, produtiva e rica, mas cada conquistador que chegava usurpava uma parte do chão, mas não da alma desse povo forte.

Era uma terra de 110.000km2 e hoje o Kosovo está reduzido a apenas 11.000 km2. Perdemos a terra física, mas não a hospitalidade e os valores que nós albaneses descendentes diretos dos ilírios possuímos.

Nossa terra foi ocupada por muitos povos desde o Império Romano e ainda assim doamos ao mundo tantas personalidades importantes. Por exemplo. o Imperador Constantino, que deu via livre ao Cristianismo como primeiro ato de democracia era um filho dardano.Alguns dos Santos da Igreja e Papas eram filhos de nossa terra, dardanos que contribuíram para o enriquecimento espiritual e intelectual da humanidade.

Podemos citar São Floro, São Lauro, São Maximiliano, São Procópio e São Niketë Dardani , este último, autor do hino TE DEUM que se canta em todas as igrejas do mundo.
Também podemos citar os Papas Santo Eleutério ( 175-185) ,Santo Urbano I ( 222-230), São Caio (283-295), Giovanni IV (640-642), Paolo IV (1555-1559), Sisto V ( 1585- 1590) e Clemente XI (1700-1721).

Esta terra Dardana estava ali, próspera por quase 20 séculos. Então vieram os sérvios. Vieram dos Cárpatos russos. Eram ciganos russos. O nome sérvio significa aquele que serve. Não queriam ser servos dos russos, então escaparam para a Dardânia e ficaram como hóspedes. Quando viram que os dardanos eram pacíficos, então foram sempre ocupando o sul e iniciaram sua colonização. Os ilírios, então, foram se retirando, deixando para os sérvios a terra que era de nossos ancestrais.

Felizmente, a civilização jamais segue em linha reta, assim como a própria vida. A civilização não é uma estrada romana, é , na verdade, um impulso periférico, o oscilar de um pêndulo.E são esses movimentos oscilatórios que fazem os povos romperem suas amarras. Explorando os extremos aprendemos a localizar o centro.

Quando conseguimos conhecer os extremos, então, aí, ansiamos por nossos opostos, submetemo-nos ao aprendizado , alimentamo-nos de riscos, dependemos de nossos adversários assim como o doce precisa do azedo e o quente do frio.

Nós acreditamos no poder transcendente que nos faz permanecer em pé. E é esse sentido profundo que nos mantém vivos.

===>>> Texto de autoria do poeta kosovar Engjëll Koliqi (01/07/07), tradução de Verushka Jurgielewicz

Sobre o Autor

Engjëll Koliqi: Engjëll Koliqi é um poeta kosovar, professor e doutor em Pedagogia, jornalista e certamente será o Embaixador do Kosovo no Brasil tão logo seja reconhecida a independência de seu país. Esse mister de diplomacia já em andamento o fez retornar ao Brasil em maio para abrir caminho para intercâmbios nas áreas de cultura, esportes, comércio, indústria e educação. Em setembro estará aqui como convidado da Faculdade Federal de Direito para falar juntamente com outros convidados de 38 países sobre Direito Internacional. Seus livros e poemas são sempre aguardados com espectativa prazerosa uma vez que este poeta dos bálcãs fala para nós dos sentimentos universais que nos remetem à reflexão.

Tradutora: Verushka Jurgielewicz é a tradutora oficial de Koliqi, uma vez que são amigos de longa data.Também escritora, foi premiada como Mulher Literata em 2002 por um de seus TEXTOS intitulado QUEM. A parceria com o poeta dos bálcãs tem sido equalizada por uma intensa sensação recíproca de confiança o que torna a comunicação - tradução plena de entendimento, simpatia, harmonia e sintonia. Além disso Verushka toca violoncello e cantou ópera durante os anos em que foi musicista.

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