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Almanaque de corruptos, Ditadores e tiranos nojentos

por Carla Coelho *
publicado em 05/07/2007.

Um livro que é dedicado "a todo mundo que acha que vale a pena morar num país onde a gente pode dizer o que pensa e em que os corruptos podem ser localizados, investigados e punidos pelas maracutaias que fazem", no mínimo deve ser interessante.

Para um leitor desatento a obra pode parecer a junção de muitas piadinhas referentes a currupção, nepotismo, e assuntos relacionados a política mundial, para um leitor mediano alguns detalhes podem ser absorvidas e outros perdidos devido aos comentários que vem junto as informações, contudo, para um leitor atento o livro é uma das melhores e mais fáceis formas de se aprender sobre políticanacional e internacional.

Enquanto para grande parte da população os assuntos relacionados a política sempre são diretamente ligados a frases como: "as coisas são assim mesmo", ou "político é tudo corrupto", para a autora o assunto é sério e exatamente por isso deve ser tratado de uma forma mais branda e até mesmo engraçada. Apenas para ilustras, a autora afirma "nem todo político é corrupto, mas todo corrupto é criminoso" e ainda mais "corupto é quem comete crimes contra os cofres públicos" e através dessas informações aparentemente tão obvias, o discurso vai se formando e o conteúdo aparecendo.

Lembrando que a população brasileira possui uma média de leitura de 0,83 livro por ano, a autora acertou em cheio em falar de uma temática tão importante de uma forma assimilável por qualquer leitor.

A obra não é apenas para falar dos corruptos, o livro é realmente um almanaque de curiosidades que podem fazer a diferença entre as pessoas que o leram e as que não o levaram. Essa diferença pode ser pelo simples fato de um dos leitores não ser preso na Índia pois aprendeu que beijar na rua nesse país isso é crime, ou então por saber o que significa a sigla tão comentada CPI, entender o que de fato é uma licitação e o motivo pela qual ela existe, dentre outros varios exemplos que poderiam ser dados.

O livro é com certeza uma fonte de conhecimento imensurável e pode ser também observado como leitura de descontração. Indicado para todos os leitores que sabem a importância de se pertencer a sociedade e de ser um membro social que sabe o que est[a acontecendo no país. Além disso, a obra é a confirmação de que mulheres jornalistas cada dia mais merecem respeito e espaço, pois sabem o que escrevem e escrevem com primor e qualidade.

Fátima Mesquina nasceu em 1965 e é minera de Belo Horizonte. Morou em João Monvelade (MG), Belo Horizonte (MG), São José dos Campos (SP), campo Grande (MS), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Ware e Londres, na Inglaterra, Luanda em Angola e atualmente reside em Toronto. Sua vida profissional também é extensa: foi professora, produziu documentários, fez roteiros de vídeos, foi colunista do jornal Agora São Paulo, escreveu campanhas políticas, entre outras atividades. Com a mesma linguagem irreverente e divertida, publicou pela Panda Books o "Almanaque de puns, melecas e coisas nojentas" e o "Almanaque de baratas, minhocas e bichos nojentos".

Almanaque de Corruptos, ditadores e tiranos nojentos
MESQUITA, Fátima
Panda Books – ISBN: 857695036-7

Sobre o Autor

Carla Coelho: Carla Coelho é pós-graduanda em Marketing pela Universidade Estácio de Sá, bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela mesma Universidade e especialista em Jornalismo Cultural e Editoras, pela Universidade do Livro - Editora Fundação Unesp. Atuou como assessora de imprensa e membro do conselho editorial da Editora Vozes por mais de quatro anos, tendo participado como coordenadora da programação cultural e visitação escolar da I, II e III Bienal do Livro de Petrópolis Região Serrana, além de ter organizado eventos como o III e IV Educserra da Universidade Católica de Petrópolis e a I e II Semana de Comunicação da Universidade Estácio de Sá.
Como repórter da TV Cidade Imperial elaborava pautas, fazia a produção, execução e edição das matérias para o "Jornal das Sete". Na Rádio ONG Viva Rio assumiu a editoria de cultura como voluntária e atuava desde a elaboração das pautas até a locução propriamente dita. Para o Jornal Folha A Cidade, de Campos dos Goytacazes, escrevia periodicamente para o caderno de cultura. Atualmente é a jornalista responsável pelas ações da Comunicação Livre, empresa de Petrópolis/RJ que atua nos campos da Comunicação e do Marketing. Petropolitana, a jornalista além de apaixonada por livros e leitura é amante da Cidade Imperial e de suas belezas naturais e históricas.

Contato:
carlacoelho03@comunicacaolivre.com.br

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