Domingo, 28 de Setembro de 2008

L´Shana Tovah Umetuka, 5769.

Quando se inicia um novo Rosh Hashaná, transmitimos à comunidade judaica nossa certeza que todos manterão inabaláveis as convicções que herdaram de seus ancestrais. Que a Fé em D'eus e sob sua benção possamos ter um Ano Novo tranqüilo, repleto de amor e especialmente de PAZ.

Que 5769 seja um doce ano novo de paz.

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Sábado, 27 de Setembro de 2008

Judeus celebram Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico

Jewish Myspace StuffNa noite de 29 de setembro, cerca de 110 mil judeus de todo o país iniciam as comemorações de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Iom Kipur, o Dia do Perdão. Durante esse período, comemora-se a criação do homem e todos são convidados a refletir sobre seus relacionamentos com os demais seres humanos, questionando tudo o que foi feito de errado e como pode ser corrigido.

O Ano Novo Judaico começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5769. Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá (pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial. Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não seja amargo.

Nas sinagogas, as orações incluem o toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Iom Kipur. Ao anoitecer de 08 de outubro tem início o Iom Kipur. Esta é considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.

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Tashlich - um eco-lógico...

© Jane Bichmacher de Glasman*

clip_image015No primeiro dia de Rosh Hashaná, quando não coincide com Shabat, é realizado o ritual de Tashlich. Consiste em ir, pouco antes do pôr-do-sol, até um lugar onde haja água natural corrente (lagos, rios ou mar) e também peixes. Lá meditamos, recitamos alguns salmos e agitamos simbolicamente os cantos das roupas. Alguns lançam na água migalhas de pão, que simbolizam resíduos desintegrados das faltas cometidas por nós durante o ano que se encerra.

Os versos do profeta Miquéias (especialmente 7:19), recitados no Tashlich, contêm a explicação para o costume: “E jogarás (tashlich) teus pecados nas profundezas do mar”.

Naturalmente, sacudir os cantos da roupa não nos livra de nossos pecados - mas nos recorda de que devemos fazer uma boa limpeza no coração e livrá-lo do mal.

Quando o primeiro dia de Rosh Hashaná ocorre num Shabat, o Tashlich é observado no segundo dia.

A prece de Tashlich desperta para o arrependimento. Lembra a insegurança da vida do peixe, entre o perigo da isca e da rede do pescador. Nossa vida também está repleta de ciladas e tentações. O peixe também simboliza o "olho sempre vigilante" de D’us, pois os peixes não têm pálpebras, seus olhos estão sempre abertos. Assim, se nada pode ser oculto de D'us, também podemos extrair coragem e esperança da fé nele, pois Ele nunca dorme[i][1].

“Água em hebraico é Maim, palavra que está presente em Sha-maim que quer dizer céus, pois queremos que nossa oração chegue lá, para o reencontro das águas de cima com as águas de baixo, como no início da criação do mundo”.

Na Idade Média o Tashlich foi muitas vezes usado para acusar os judeus de enfeitiçar a água ou envenená-la, e os rabis eram obrigados a proibir a observância do Tashlich pelas suas comunidades, já que constituía ameaça às suas vidas.

A pessoas associam o ritual de Tashlich com “jogar fora” - idéia incorreta, sob uma perspectiva “eco-kasher”. Hoje sabemos que não é possível jogar nada fora, porque o “fora” não existe. Ao invés disso, lançamos nossos desacertos ou transgressões para serem neutralizados, para que se tornem biodegradáveis, para que desta forma possam ser reciclados sem causar poluição. Refletindo sobre cada erro que simbolicamente é lançado às águas, pensando sobre o que aprendemos com ele, podemos “reciclá-lo”, transformando-o em potencial para ações positivas.

A água faz parte dos rituais judaicos de purificação, como os banhos de imersão na mikve, por exemplo, que realizamos antes do Shabat, festas ou momentos especiais. Em Rosh haShaná a água simboliza o meio no qual reciclamos situações ou relações não resolvidas até o início do novo ano.

A lágrima é nossa emoção reciclada através da água. Através do Tashlich, fazemos um percurso inverso ao de Narciso, que no mito se apaixona por sua própria imagem: lançamos cacos de nosso coração partido às águas, que são suas imperfeições, como forma de reficarmos inteiros, completos. Em Shalom, cuja raiz significa isso: inteiro, perfeito. E “nada é mais inteiro que um coração partido...”

* Doutora em Língua Hebraica, Literaturas e Cultura Judaica, Professora Adjunta, Fundadora e ex-Diretora do Programa de Estudos Judaicos –UERJ, escritora.

Publicado em Visão Judaica 72, setembro de 2008.

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Sábado, 6 de Setembro de 2008

Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico

É com grande satisfação que comunicamos o lançamento, on line, do terceiro número da Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG (ISSN 1982-3053) no site do NEJ: http://www.ufmg.br/nej/am/intro/index_n3.html.

Nesse número, dedicado a Frieda e Egon Wolff, publicamos o dossiê: Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico. Recebemos colaborações excelentes do Brasil e da Argentina. Confiram o sumário:

SUMÁRIO
*
Dedicatória
* Agradecimentos
* Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico
   Lyslei Nascimento - UFMG
* Artigos
A teratologia múltipla: Robert Bloch e o seu bestiário
Alcebíades Diniz Miguel - UNICAMP
Do Golem ao analisante: o analista não é um Baal Shem
Franscisco José Bezerra dos Santos - ELF
Dibuk: um autor, um tema, uma peça
Jacó Guinsburg - USP
Resistência e renovação: a escrita e a comida em Cíntia Moscovich
Julia Nascimento Santos - UFMG
Vívien Gonzaga e Silva - UFMG
O Aleph, Beatriz e a Cabala em Jorge Luis Borges
Lyslei Nascimento - UFMG
O Hassidismo na visão de Martin Buber
Renato Somberg Pfeffer - FUMEC
Gabriella Grossi Daher - FUMEC
Aviziboa: uma feiticeira judia de Torres Vedras de 1492
Reuven Faingold - FAAP
La cábala y la travesía del mal
Ricardo Forster - UBA
A literatura no espelho: "Parábola do filho e da fábula"
Saul Kirschbaum - USP
Um Golem na Dinastia de Bragança: O Último Suspiro do Mouro, de Salman Rushdie
Telma Borges - UNIMONTES
Considerações sobre a pseudepigrafia religiosa na Antigüidade
Vicente Dobroruka - UNB
* Entrevista
Sofia Débora Levy entrevista Frieda Wolff
UFRJ
* Contos
El testigo
Ana María Shuah
A lagosta judia
Heloisa Pait
* Crônica
Cabala e Modernidade
Moacyr Scliar
* Poema
3 variaciones sobre el silencio
Alfredo Schechtman
* Resenhas
Por detrás da cortina
Cláudia Maia - UFMG

Demônios no Shtetl

Filipe Amaral Rocha de Menezes - UFMG
Lilit, Golem e outros seres imaginários
Luciara Lourdes Silva de Assis - UFMG
*Arte
Frente al Aleph
Mirta Kupferminc
Un punto en el espacio
Mirta Kupferminc
Rabi Low
Vlad Eugen Poenaru - UFMG

O apoio e a ajuda dos colaboradores, dos pareceristas e da equipe do CEDECOM da UFMG foram indispensáveis. Agradecemos, ainda, à Diretoria da Faculdade de Letras, à Câmara de Pesquisa e ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários.

Aguardamos sua visita e solicitamos a divulgação dessa edição. Convidamos, ainda, pesquisadores, escritores e artistas a colaborarem no próximo número que terá como tema "Humor, Ironia e controvérsia no arquivo da cultura judaica". A data-limite para envio de trabalhos é 23 de dezembro de 2008. A ementa e as normas editoriais estão disponíveis no seguinte endereço: http://www.ufmg.br/nej/modules/content/index.php?id=58. Outras informações: lyslei@ufmg.br.

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