A primeira celebração da Semana Santa foi em 1.682 pelos cristãos. Ela é uma das conclusões do Concílio de Nicéia, regido pelo Papa Silvestre I e patrocinado pelo imperador Constantino, em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. (fonte)
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Inicialmente, os cristãos celebravam a Páscoa em apenas um dia e ocorria a cada domingo. Mas, já no século 2, eles passaram a escolher um domingo especial e, a cada ano, celebravam a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus. Foi inevitável que fosse utilizado o período da Páscoa judaica, que ocorre no 14º dia do mês de Nisan. Considerando que Jesus ressuscitou no domingo, veio a se estabelecer que a Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera. [mas estamos no outono!]
No século 4, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Jesus. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.
Na medida em que os cristãos cresciam em número, necessitaram de organizar e estabelecer datas para festa da Ressurreição. Assim ocorreu uma re-significação daquela festividade, embora mantendo o seu sentido primeiro de libertação. Para os judeus, a Páscoa é a celebração da libertação da opressão a que estavam submetidos no Egito, de onde saíram sob a liderança de Moisés; para os cristãos, a Páscoa celebra a libertação da opressão do pecado, uma vez que se sentiam resgatados pelo sacrifício de Jesus.
Com o passar dos tempos, os cristãos foram estabelecendo rituais objetivando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daquele tríduo que se transformou em uma semana com a introdução da celebração do Domingo de Ramos, por volta do século 4. Essa festa foi se tornando uma das mais populares do catolicismo e, em torno daqueles ramos empunhados pelos fiéis em procissão, tem surgido uma infinidade de pequenas crendices, como a sua utilização para a feitura de chás curativos. Em algumas regiões esses ramos ressequidos durante o ano são utilizados para a produção da cinza que é posta na fronte dos fiéis na quarta-feira que encerra o carnaval, a quarta-feira de cinzas, e dá início à Quaresma.
Ao longo da Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais. Um desses foi a cerimônia do Lava Pés que ocorre na quinta feira à tarde. É a teatralização de um acontecido durante a Ceia de Páscoa, que Jesus celebrou com os seus seguidores mais próximos, uma experiência didático-pedagógica para aqueles que não tinham acesso aos escritos evangélicos. Por seu aspecto visual e dramático, adequou-se ao gosto popular e vem se tornando mais importante do que as reflexões que os cristãos devem fazer naquela ocasião.
No período medieval, surgiu um outro ritual, a espoliação do altar, ou seja, a retirada das toalhas e utensílios que foram utilizados, e as hóstias são transladadas para um altar lateral onde podem ser veneradas. Esse rito é uma alegoria do fato de que, na antiguidade, quando ainda não havia os templos, a cada celebração, eram postas antes e retiradas após a cerimônia, as toalhas sobre a mesa que servia como altar.
Um outro ritual, que também ocorre na quinta-feira, este pela manhã, é a missa da Bênção dos Óleos, utilizada para representar a unidade do clero em torno do bispo local, ao mesmo tempo em que demonstra a sua catolicidade. Os ritos da sexta-feira comemoram a morte de Jesus. Nesse dia, não ocorre a celebração da missa, apenas são feitas leituras e a adoração da cruz.
No ritual católico, a grande festa é o Domingo, mas a população entende a missa de vigília, que começa à meia-noite do sábado como Sábado de Aleluia, ou seja, o sábado de alegria. No ritual dessa cerimônia, um momento de expressiva beleza é a cerimônia da bênção do fogo, que não tem origem clara, mas possivelmente é um ritual pagão que deve ter sido introduzido após a conversão dos celtas. Após a bênção do fogo será aceso o Círio Pascal. (texto de autoria de Severino Vicente da Silva, professor de História Moderna do Departamento de História da UFPE e sócio da Cehila Brasil).
[ nota ] Alguém me explica, por favor, de que toca saiu o coelho? Depois, gostaria de saber também, porque este coelho bota ovos de chocolate?
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