Terça-feira, Abril 27, 2004

QUE É A VERDADE?



Quando Jesus diz a Pilatos que veio ao mundo para dar testemunho da verdade e que todo aquele que é da verdade escuta a Sua voz, Pilatos pergunta-Lhe: "Que é a verdade?" (Jo 18,38). "Quid est veritas?" Essa expressão é o título do comentário de Henrique Chagas, responsável pelo site Verdes Trigos Cultural, a respeito do filme "Paixão de Cristo" de Mel Gibson. Afirma que o cinema é uma arte, não é a verdade, mas que, como dizia Pablo Picasso, o cinema não deixa de ser um caminho para se chegar à verdade. Conclui Chagas que Pilatos perguntou diretamente a Jesus. Viu, sentiu, esteve à sua frente, foi alertado por sua mulher, mas preferiu a conveniência e descartou a Verdade. Lavou as mãos e permitiu um falso julgamento.

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*Maria Cristina Castilho de Andrade: Cristina Castilho é professora de Português e agente das Pastorais da Mulher e a Carcerária. No trabalho com mulheres prostituídas e presidiários, circulou e circula pelo submundo, conhecendo sua realidade. Seu livro de crônicas conta a história das pessoas com quem se deparou no submundo do mundo. Escreve semanalmente no Jornal da Cidade de Jundiaí; mensalmente no Suplemento Estilo do Jornal de Jundiaí - Regional e, quinzenalmente, no Jornal de Abrantes - Portugal.

(Artigo publicado na última quinta-feira no Jornal da Cidade de Jundiaí)

Segunda-feira, Abril 26, 2004

500 anos depois, os guaranis mbyás ganham sua Bíblia

O guarani mbyá Arlindo Tupã Veríssimo, 45, é um indígena às voltas com três deuses. Primeiro, tem o Tupã de seu segundo nome, a palavra "trovão" em tupi, que os missionários jesuítas do século 16 usavam para designar Deus de maneira que fossem compreendidos. Depois tem Nhanderuete, o liberador da palavra original, segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi. Por fim, há Deus, das religiões judaico-cristãs, representado na Bíblia. Pois esta acaba de chegar na aldeia de Arlindo, por obra da Sociedade Bíblica do Brasil. A entidade lançou nesta semana a primeira edição completa no Brasil da Bíblia em uma língua indígena. >> Leia mais

Domingo, Abril 25, 2004

Na Casa da Cultura

“A Paixão de Cristo”: O polêmico filme de Mel Gibson ensejou a publicação de dois artigos nesta semana: "Quid est veritas?", do escritor, advogado e mecenas da literatura Henrique Chagas, e "Mas o herói ressuscita no final" da professora de literatura e cronista de cinema Lola Aronovich. Ambos os artigos podem ser lidos na seção de artigos de nosso sítio: [clique aqui para acessar], e têm a particularidade de provirem de pessoas que conhecem bem o catolicismo: Lola Aronovich já pensou em ser freira, e Henrique Chagas tem sólidas raízes católicas, tendo inclusive um irmão sacerdote.


Muito me alegra que "Quid est veritas?" tenha sido apreciado pelo André Masini, da Casa da Cultura, pela Cris Castilho, pelo Gustavo, do Pletz e por outros que me escreveram. A busca pela verdade é a nossa salvação. As 247 chibatadas que o personagem do filme levou nada representam para a minha fé, o que a robustece é a certeza da salvação em razão do imensurável amor do Pai, que foi capaz de permitir o sofrimento do seu filho amado para a nossa salvação - pois podia salvá-lo do tresloucado sadismo de seus carrascos. Essa certeza somente existe porque o Filho ressuscitou, pois se não tivesse ressuscitado, vã seria a minha fé.

A Paixão de Cristo

O filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, não é a Paixão de Cristo. É a Paixão de Mel Gibson pelo sangue, pelo chicote, pela tortura e pela cruz a propósito da crucificação de Jesus. A forma escolhida de dramatização pouco tem a ver com os relatos evangélicos da Paixão, mas muito com o espetáculo e o simulacro, tão a gosto da cultura de comunicação de massa. O filme é tão excessivo e atordoador que o efeito final é: ''Isso não pode ser, é simplesmente demais''. Leia mais


"Quid est veritas?"
Leia também os nossos comentários sobre o filme. Não deixe de ler.