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18 de novembro de 2009

Na cama com o Kindle (do Noga Bloga)

o tijolão por baixo do Kindle é Infinite Jest, um portento de 1070 páginasSomente mulheres femininas eram permitidas na Rússia - e eu não era feminina.
Clarice Lispector, em sonho narrado em sua biografia, Why this world

Sabem aquela velha frase-chave pra selecionar namorado, "que livro você levaria para uma ilha deserta"? Pois é. Deixou de fazer qualquer sentido. Eu já havia respondido que levaria o Ulysses, mas agora me corrijo: levaria o Kindle e os 1500 livros que por ventura cabem nele (Ulysses incluído, claro), ah, tudo bem. Tem quem poderia dizer pra atrapalhar minha festa... e a bateria? Como é que você faria pra recarregar a bateria numa ilha deserta?
Bem. Melhor esquecer. Afinal de contas, a questão é apenas retórica, não é mesmo? Quem é que pretende hoje em dia, com tantos sites obrigatórios de relacionamento, se isolar realmente numa ilha deserta? Ou até mesmo embarcar num navio?
De volta ao Kindle, pois é: acabei de ganhar o meu, uma das raras e boas surpresas verdadeiras que tive na vida, gente!, eu juro que não esperava isso. E foi logo paixão à primeira vista, isto é, ao primeiro toque, porque à primeira vista, devo confessar, o Kindle parece pequeno demais, frágil demais, simples demais, embora eu na verdade esperasse que ele fosse de plástico, assim, digamos, mais vagabundinho, bem mais descartável do que realmente é. Mas ao tocar pela primeira vez o botão que o liga, ah, que sensação inesquecível! O Kindle é leve, fácil de manusear, comprar livros é incrivelmente instintivo (nem precisa digitar nem confirmar número algum, nem senha, nem nada, 60 segundos et voilà!, está lá o livro novo na sua mesa) e ainda vem com dicionário embutido, nunca mais a cabeceira entupida de livros.
Melhor ainda é o livro que escolhi para estrear este admirável gadget novo, cá entre nós que não sou de gadgets, nunca fui: não tenho iPod, nem iPhone, nem Blackberry nem nada disso, apenas um indispensável Nokia velho com câmera, sabem como é, e um notebook HP quebrado que ops, acabou de travar de novo, ô vida.
Toca a desligar, esperar, tentar reiniciar, mas eu não estava falando, ou começando a falar, da nova biografia de Clarice Lispector?
O curioso é que sem que eu jamais tenha sido fã, nem dedicadamente lido tudo que ela deixou disponível, minha vida parece intrincadamente misturada à dela, com suas incômodas origens binacionais e tudo o mais, segundo Benjamin Moser, autor do livro, uma questão central para a enigmática escritora: faz pouco tempo que descobri, imaginem, que a dedicada acompanhante de mamãe foi também acompanhante até a morte do ex-marido de Clarice, vítima de derrames sucessivos, que até a morte foi afetado pela forte presença pós-mortem da primeira esposa, segundo ele "uma pessoa muito maluca". E foi justamente esta acompanhante que trouxe do Rio para mim na manhã de ontem, em mãos, o precioso presente enviado por meu irmão: meu Amazon Kindle.
Ainda estou no comecinho do livro, mas já posso afirmar, com o tom de exagero que me é peculiar, que converti-me irremediavelmente ao Kindle ao ler na cama sobre a vida de Clarice. Nunca mais aqueles livros pesados, aquele virar a página por fora do cobertor que é tão complicado aqui na Serra nos dias mais frios, o dicionário sempre ao lado, e pior, pobres traduções para o português, nunca mais, agora que tenho à distância de um toque sem fio o acesso barato a todos os originais, que cheiro de papel que nada.
Como disse no outro dia aquele meu amigo por email, a quem eu andava ansiosa por uma brecha para citar, "Jeff Bezos é meu pastor, nada há de me faltar".

[o tijolão por baixo do Kindle é Infinite Jest, um portento de 1070 páginas
que tento ler há mais de um ano mas não consigo,
deve ser quem sabe por causa do peso do livro]

Noga Sklar nasceu em Tibérias, Israel, em 1952. Graduou-se em arquitetura no Rio de Janeiro. Desde 2004, dedica-se exclusivamente à literatura e escreve diariamente no Noga Bloga, seu bem-sucedido blog de crônicas. O gozo de Ulysses - As múltiplas línguas de James Joyce é seu terceiro livro publicado.

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5 de novembro de 2009

Cuba x Yoani Sánchez: Amanhã tem debate sobre liberdade de expressão em SP

A Editora Contexto dribla as autoridades cubanas e consegue entregar o livro De Cuba, com carinho e gravar um vídeo inédito com a sua autora, a blogueira Yaoni Sánchez, que foi impedida de deixar a ilha de Fidel para o lançamento da obra. A culpa dessa proibição está nas páginas do livro, que autora ainda não havia folheado. Com muita emoção, Yoani autografou dois exemplares que serão sorteados nesta sexta-feira (06/11), na Livraria Cultura do Cj. Nacional, às 19h, aos participantes do debate sobre "A Liberdade de expressão em Cuba", que poderão assistir ao depoimento da escritora. O evento terá a participação do senador Eduardo Suplicy, do jornalista Eugênio Bucci e do historiador Jaime Pinsky. A entrada é franca.

Yoani estará presente por meio de um depoimento gravado em vídeo, exclusivo para esse debate. Até o fim do mês passado a autora ainda não tinha segurado sua obra, até que a Contexto conseguiu entregar alguns exemplares, driblando as autoridades de Cuba. Dois deles foram autografados por ela e um será sorteado entre os presentes e o outro numa outra promoção na próxima semana. Lembrando que os cubanos não têm acesso à internet em suas casas e a qualidade das telecomunicações é precária.

Yoani Sánchez - A autora é formada em Filologia Hispânica. Mora em Havana, onde combina a sua paixão pelos computadores sendo webmaster, redatora e editora do portal Desde Cuba, no qual mantém seu blog Generación Y. Em 2007, foi eleita pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, na categoria Heróis e Pioneiros.

Debate
Tema: Liberdade de expressão em Cuba
Debatedores: Eduardo Suplicy e Eugênio Bucci
Mediador: Jaime Pinsky
Local: Livraria Cultura do Cj. Nacional (Av. Paulista, 2073 - Jardins - São Paulo -SP)
Data e hora: 06 de novembro de 2009, às 19h
Lugares limitados - Entrada franca

Serviço
Livro: De Cuba, com carinho
Autora: Yoani Sánchez
Formato: 16x23 cm; 208 páginas
Preço: R$ 29,90

UP DATE - A Editora Contexto, gentilmente, encaminhou um exemplar de De Cuba, com carinho para a promoção de aniversário dos 11 anos do VerdesTrigos.

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4 de novembro de 2009

Sorteio do livro "Ira Implacável" no dia 11/11

No dia 11/11, vamos sortear entre os leitores do VerdesTrigos o livro "Ira Implacável", numa gentileza do autor Luis Eduardo Matta

"O THRILLER BRASILEIRO QUE PREVIU A CRISE IRANIANA
Quem acompanha o noticiário internacional, deve estar a par da crise envolvendo o Irã e seu programa nuclear, que foi desenvolvido clandestinamente durante anos e descoberto há pouco tempo, gerando um grande debate internacional. O que muita gente não sabe é que toda essa crise foi descrita e antecipada cinco anos atrás pelo escritor brasileiro Luis Eduardo Matta em um de seus romances, o thriller de espionagem IRA IMPLACÁVEL, publicado em 2002 e um grande sucesso de 2003.

Autor do também thriller 120 HORAS, publicado no ano passado pela Editora Planeta e sucesso de público e de crítica, Luis Eduardo Matta escreveu IRA IMPLACÁVEL no final dos anos 90, antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001. No livro, que aborda as relações internacionais no Oriente Médio, tendo Israel, Líbano, Irã e as Nações Unidas como cenários numa trama movimentada e tensa de ação e suspense, Matta conta com detalhes os bastidores do programa nuclear iraniano, quando a opinião pública internacional ainda estava longe de tomar conhecimento a respeito. O livro fala também de temas que estão na agenda internacional de hoje, como a guerra civil no Iraque e a guerra ao terrorismo que, em IRA IMPLACÁVEL, é simbolizado por Ali Ahmad, personagem inspirado nos temidos terroristas dos anos 70 como Abu Nidal e Carlos, o Chacal. (Ju Marques)"

Inscrições para o sorteio a partir do dia 08/11/2009

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2 de novembro de 2009

Consciência de forma e de classe num romance visceralmente paulista, por Chico Lopes

Uma noção que parece arraigada nas fileiras da crítica literária, hoje em dia, causa a impressão contínua de que há duas correntes editoriais em atividade: uma em que os escritores cuidariam de enredos, personagens e histórias bem contadas e outra em que a preocupação seria acima de tudo com a linguagem, a invenção e a fragmentação narrativa sem preocupação com linearidade. Dentro deste raciocínio, a primeira daria em livros populares, candidatos a best-sellers superficiais e descartáveis ou então irremediavelmente anacrônicos com seu realismo inteligível, e a segunda desembocaria em livros lidos só pelo autor e seus no máximo cinco ou seis amigos de algum boteco em moda, com volumes destinados a formar pilhas fracassadas em garagens particulares desses escritores que, decididamente, jamais poderiam aspirar a ser conhecidos. Porque a qualidade que suporiam ter seria violentamente desmentida por resultados em livros de peito estufado, mas estruturalmente pífios, ou talvez bons, mas inatamente impopulares.

A divisão tem suas verdades, mas em certa medida é estanque - há muita gente procurando contar boas histórias sem abrir mão das liberdades e conquistas formais obtidas pela modernidade literária e há muitos livros ditos experimentais, ousados ou "transgressivos" que são simples e irremediavelmente chatos, paradoxalmente envelhecidos em sua diluição das vanguardas, destinados a "morrer na praia" menos por injustiça do mercado editorial que pela sua presunção e seu descuido metido a vanguardeiro - a julgar por eles e pelas declarações de seus autores, todos uns gênios injustiçados e ressentidos, o Mercado (assim, com maiúscula) é, decididamente, um vilão hediondo.

Por isso a situação no mundo literário parece tão controversa e tensa - há grupelhos e egos demais, patotas que exigem adesão ou condenam o resistente à morte e à invisibilidade de tal modo que escritores mais sérios e cuidadosos, com exigências mais profissionais, são vistos como vendidos ao tal difuso Mercado ou violentamente condenados por amadores displicentes que não amam senão a literatura que eles próprios fazem e acham de uma importância descomunal renegar todas as outras.

Tudo isso tem sido um terreno propício demais à clássica e óbvia "inversão dos valores" e prolonga o clima tenso que sempre se verificou na chamada "vida literária" brasileira, com gerações e escolas, pedantes e intuitivos se digladiando, rangendo dentes, bradando calúnias e clamando vinganças e cometendo notórias e cegas injustiças. Raramente conseguindo chegar a um patamar estável de profissionalismo (que dispensaria muitas polêmicas ardentes e fúteis), o escritor brasileiro simplesmente interessado em escrever bem parece totalmente perdido em meio a tantos tiroteios de gente que se improvisa literata prematuramente demais e quer justificar sua mediocridade e displicência na razão ou na histeria. Sair chamuscado é praticamente infalível.

Daí, surpreendo-me quando encontro a primeira obra de ficção de uma autora que, decididamente, parece não se importar muito com esses antagonismos e futilidades endêmicos. Ela é Ivone C. Benedetti e o livro se chama "Immaculada" (edição da Martins Fontes, 379 páginas).

O livro pode dar a impressão superficial de se filiar a um tipo mais tradicional de leitura com sua capa e aspecto sóbrio. Mas eu o peguei e não consegui largá-lo. Porque, acima de tudo, é um romance bem contado e tem esse mérito nada desprezível de ter uma história com começo, meio e fim que de modo algum é desinteressante ou "careta". É apenas uma excelente história. E seus personagens estão longe de qualquer maniqueísmo - mesmo seu quase monstruoso personagem principal, que ocupa mais espaço que a própria personagem-título, é um ser humano de quem de vez em quando sentimos compaixão. A escritura de Benedetti é sutil e não tipifica - sempre que se pensa que um dado personagem cairá no clichê, ele se prova vivo, contraditório e matizado e até mais compreensível, à luz do contexto histórico, do que se imaginaria. Por outro lado, em livros ditos inventivos e experimentais, sem enredo ou direção que não os caprichos de linguagem do "inventor", não raro encontramos personagens mais estereotipados que nos livros mais tradicionalmente armados como este. Os que em geral acusam os livros com enredo e personagens definidos de retrógrados não saberiam construir coisas assim, não têm o cuidado e a humildade da verdadeira arte literária.

* * *

Ivone C. Benedetti, que primeiro dedicou-se ao magistério e depois às traduções (de italiano e francês), constrói seu enredo com paciência e congruência. E, além de tudo, escreveu um romance visceralmente paulista, cuja história, cobrindo os fins dos anos 20, a revolução de 32, a tomada de poder por Getúlio (que descontenta facções poderosas da elite paulistana) e avançando sutilmente no tempo e no espaço, traz um panorama que mexe com quem, de uma geração mais recuada, informada e politizada, nasceu no interior ou na capital do estado. Além de tudo, há um vaivém sutil dos personagens entre campo e cidade, mostrando aquilo de que a gente vem suspeitando intuitivamente há muito tempo - que o coronel do campo, prepotente, autoritário, machista e racista ao cubo, continua vivo na alma de grande parte no empresário moderno que forma, junto com outros "jagunços envernizados", grupos influentes de pressão e lobbies junto aos políticos, das grandes cidades. Entre a injustiça e o atavismo, o passo é curto.

Francisco, advogado e fazendeiro, é bem isso. Sem nenhuma comparação com o "São Bernardo", de Graciliano Ramos, ele é o homem que "fez coisas ruins que deram lucro e coisas boas que deram prejuízo", o Paulo Honório dono de terras e triturador de almas prepotente e egoísta que não consegue enxergar um palmo além de seus interesses. Ademais, tem sua Madalena na mulher, Lucinha, o que resulta em episódios dramáticos e absorventes na primeira parte.

Só na segunda parte é que veremos surgir Immaculada e entenderemos a razão de seu nome ter valido para título do romance. Na primeira parte, a ambientação em fazendas paulistas dos anos 20 e 30 é muito correta, do ponto de vista sociológico e reconstituição histórica, Benedetti tem perícia nas descrições e a criação de uma atmosfera fica garantida por todos os cuidados bem visíveis de uma autora sem pressa. Mas, saltando para a cidade grande, ela não é menos habilidosa.

Dois personagens frutos do machismo, o velho Evaristo e seu filho também Evaristo, ilustram muito bem o que mencionei quanto à ausência de maniqueísmo e traços tipificados em Benedetti. São dois mulherengos, o filho de maneira mais debochada e óbvia que o pai - são os machões clássicos para quem as mulheres são uma distração e, caso independentes e infiéis, um senhor problema. Com eles, vamos vagar por uma região entre Botucatu e Ribeirão Preto, mergulhar no atavismo dos fazendeiros com suas "amigadas", sua arrogância de donos de consciências políticas e comerciantes de pequenas cidades num Brasil que muito lentamente deslocava seu eixo vital do campo para a cidade (e que até hoje não perdeu seu atavismo de atraso mental roceiro, sob muitos aspectos; o fantasma do Arcaico entre nós é muito vigoroso e isso torna o livro de Benedetti atual). O Evaristo filho se perde por puro sensualismo, lascívia, bebedeira, pusilanimidade e vadiagem irresponsável de filho de rico, mas não deixamos de compreendê-lo por isso - suas fraquezas são muito humanas. O Evaristo pai, até certa altura um vilão aparente, é mais simpático e vivo (o que resulta em sua atração sexual) que o personagem principal, seu filho Francisco, e assim Benedetti, habilidosamente, evita que o leitor se plante num terreno previsível. Tudo isso faz com que fiquemos presos à movimentação da narrativa, interessados o tempo todo.

Na segunda parte, veremos um movimento social e histórico definido, quando colonos italianos expulsos em decorrência de truculências e arbitrariedades dos fazendeiros do interior se fixam na capital e vão engrossar as fileiras da esquerda sindical e da oposição ao fascismo (se bem que não faltem os politicamente omissos ou direitistas) num mundo paulistano italianizado perfeitamente conhecido por todos nós que conhecemos primeiro, no interior, os emigrantes fixados nos cafezais paulistas, e depois, em São Paulo, os que provieram tanto das roças interioranas quanto da própria Itália com ambições mais citadinas pelo perfil industrial da metrópole, por assim dizer.

Não é surpreendente, no segundo caso, encontrar-se aí tipos que evocarão até o Matarazzo tão economicamente importante para a capital e variações. Francisco, numa ótima cena, se reencontra com um italiano conhecido de seu pai no campo (venerador de Mussolini) instalado como fornecedor de frios e iguarias e, não resistindo aos muitos queijos que ele lhe oferece numa longa conversa à noite, padecerá de uma intoxicação alimentar violenta que quase o matará de madrugada. Punido pela gula? Não apenas: a sutileza da escrita de Benedetti mostra que, afeito a tudo que é estrangeiro por achar mais refinado, assim como acha que só na capital há pessoas cultas o bastante para conversar com ele, o advogado, intoxicado por tanto produto importado, revela aí seu colonialismo grosseiro e primário. Na verdade, é um deslumbrado, um ingênuo diante daquele mundo "sofisticado", como é ingênua e pretensiosa culturalmente grande parte da classe dominante que ele frequenta.

Em lances de interesse político e econômico, a ainda garota Immaculada entrará como objeto de venda descarado, e será oferecida a Francisco, a esta altura viúvo da infortunada Lucinha, como esposa. Na verdade, ele está mais interessado é na sua mãe e quem lhe aponta a menina, ironicamente, é seu pai, com quem, aliás, num outro lance de decisiva ironia, a menina simpatiza muito mais. De equívoco em equívoco, de dominação em dominação, de homens realmente desejados a homens social e politicamente impostos a mulheres submissas, este é um livro em que o feminismo, militante ou não, encontrará muitos motivos para teses.

As mulheres estão escravizadas aos seus papéis domésticos decorativos e não podem dar um passo além daí e às vezes parecem autênticos zumbis teleguiados por patriarcas arbitrários - os adultérios e falhas que ficariam muito evidentes são encobertos hipocritamente por reclusões forçadas em conventos ou terminam em suicídios. Mulher como pessoa não existe, para esses homens - qualquer esboço de emancipação dá em tragédia (para elas) - classicamente, claro, eles têm as suas concubinas, vivem sua falocracia à vontade e uma delas, aliás, muito amada pelo Evaristo pai (e parece sinceramente amada), se prova de uma astúcia muito maior do que a das esposas oficiais. Uma outra, de classe baixa, italiana, Annunziata, que parece uma vilã tenebrosa, mostra uma tão completa consciência de classe diante dos desmandos da patroa, mãe de Immaculada, que sua manobra vitimizando Immaculada com ajuda de seu irmão, Paolo, sedutor italiano, não chega nem a parecer tão terrível. É, aliás, uma das grandes qualidades do romance a sua consciência de classe que, não forçando na ideologia, é dramaticamente utilizada e artisticamente muito coesa. Essa aguda consciência de classe faz com que o sentimentalismo untuoso típico de telenovela ou folhetim barato vá para o ralo, graças aos céus. Todo mundo parece consistente e lucidamente plantado em seus papéis sociais e econômicos e o mundo se divide entre empregados e patrões em posições hostis que correspondem à realidade.

Immaculada, na verdade, terá um papel aparentemente pequeno em toda a história, se comparado ao do advogado Francisco, seu marido. Aparentando uma passividade mórbida, ela será objeto de troca e não poderá amar quem verdadeiramente a atraiu como homem, Paolo, o irmão de Annunziata, senão de modo inocente e desajeitado, sendo premiada com uma revelação desalentadora mais à frente. Mas tampouco o "cafajeste" bonitão que Paolo parece ser é um personagem estereotipado e detestável. Ele tem uma centelha de consciência que malogra os planos da irmã. Immaculada, a despeito de sua rebeldia, é encaminhada para o casamento como para um matadouro e é tida como "sonsa" por Francisco, que a quer como ornamento social e instrumento de ascensão política e econômica, mas é assim, "sonsamente", que espalhará a sua subversão e seu veneno em atitudes que terão um peso decisivo na narrativa. O conceito implícito em seu nome, de pureza feminina ideal, é uma carga injusta e humanamente absurda que toda mulher, sob a tirania do patriarcalismo hipócrita, cristão-utilitário e mórbido do Brasil, bem conhece. Deixo isso, claro, para conhecimento dos leitores.

Este é um livro que recomendo a todos. Ivone está iniciando sua carreira de ficcionista muito bem, virá com um livro de contos provavelmente no próximo ano e elabora um segundo romance, sempre com as preocupações sócio-políticas que a orientam. Um romance digno de ser esperado por todos que conhecerem "Immaculada".

Chico Lopes é autor de "Nó de sombras" (IMS, SP, 2000), e de "Dobras da noite" (IMS, SP, 2004), contos prefaciados o primeiro por Ignácio de L.Brandão e o segundo por Nelson de Oliveira. Tradutor, publicou também nova tradução do clássico "A volta do parafuso", de Henry James (Landmark, SP, 2004). Tem vários livros inéditos de ficção, poesia e ensaio.

Mais sobre Chico Lopes, clique aqui. Mais CRÔNICAS ou ENSAIOS, clique aqui. Mais RESENHAS, clique aqui.

Email: franlopes54@terra.com.br

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26 de outubro de 2009

Guido Viaro colocou seis dos seus livros para download gratuito, entre eles o "No Zoológico de Berlim"

O modus operandi de Viaro distribuir seus livros é mais do que peculiar. De cada romance publicado, com tiragem de mil exemplares, incluindo o mais recente, ele envia 800 cópias para bibliotecas públicas de vários pontos brasileiros. Os bibliotecários, de Pirapora a Xapuri, agradecem. Inclusive, passam a recomendar as obras para eventuais leitores indecisos. E os frutos já amadurecem.

Em 2006, recebeu apenas um e-mail. No ano seguinte, foi um e-mail por mês. Ano passado, um toda semana. "São leitores, de todo o Brasil, de 18 a 80 anos." A batalha rumo a maior interlocução possível tem no site http://www.guidoviaro.com.br mais uma arma: é possível fazer download gratuito de todos os seis romances.

Todos os livros dele estão à disposição no site, download gratuito. Estou destacando No Zoológico de Berlim porque é o trabalho mais recente dele, mas peço desde já que todos aqui do Meia deem uma conferida no trabalho dele e ajudem a divulgar (meia palavra)

Dowload de obras: http://www.guidoviaro.com.br/livros.htm

Recebemos o livro "No zoológico de Berlim" de Guido Viaro, com uma agradável e simpática carta, onde ele agradece a acolhida pelos dois livros anteriores, cuja repercussão foi ótima, rendendo ao seu site inúmeras visitas. Eu é que me sinto agradecido por proporcionar-lhe algo bom. Compartilho dos seus ideais e recomendo aos leitores visita, download e leitura dos seus livros.

"Não vejo a literatura como um fim. Sou uma pessoa que acredita em suas idéias e acha importante contá-las ao mundo , mesmo que apenas uma em cada milhão de pessoas esteja disposta a ouvi-las. Escrevo histórias de ficção que estão repletas das coisas em que acredito. Não quero ser um doutrinador e nem ter seguidores , essas idéias não são minhas e já foram ditas por muitas pessoas ao longo dos séculos de diversas maneiras. Quero ajudar , ser um instrumento de mudança que não espera e nem acredita em recompensas.

Coloco à disposição seis dos meus livros para download gratuito. Também disponho-me a enviar gratuitamente para qualquer biblioteca que tiver interesse e ainda não possuir , uma cópia dos livros "Glória", A mulher que cai", "A praça do diabo divino", " Embaixo das velhas estrelas", "No zoológico de Berlim" e "Flores coloridas". (Guido Viaro)

"No zoológico de Berlim":

• Sinopse do livro:
M´ ba Nkumrah é um africano que foi capturado em sua tribo para ser exposto ao público que visita o zoológico de Berlim. No cativeiro decide escrever um diário que descreve o que viu e sentiu durante seu período de confinamento.
A história é uma ficção baseada em fatos reais, no final do século 19 e começo do 20, era muito comum a exposição de seres humanos em zoológicos europeus. Capturados na África, América do sul e até no Pólo norte, muitos deles morriam na viagem, outros durante o cativeiro, somente alguns poucos sobreviviam para conhecer a liberdade.

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25 de outubro de 2009

Sensação de perda que mobiliza é tema de livro de Amós Oz

Personagens de "Cenas da Vida na Aldeia" alimentam busca por algo desconhecido que as mantém vivas
Ubiratan Brasil, de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Aldeia encravada nas montanhas de Menashé, em Israel, Tel Ilan abriga uma pequena população, formada em sua maioria por pessoas desesperançadas - apesar de uma confortável situação financeira, elas vivem insatisfeitas, sempre em busca de algo ou alguém que não tem um contorno ou perfil definidos. Mesmo assim, não desistem, pois o que as move é o empenho para atingir um objetivo. "O que elas procuram, na verdade, está escondido dentro delas mesmo", observa o escritor israelense Amós Oz, que criou o vilarejo de Tel Ilan como palco dos contos de Cenas da Vida na Aldeia (tradução de Paulo Geiger, 184 páginas, R$ 38), que a Companhia das Letras lança neste fim de semana.

Trata-se de um bem cuidado rascunho de algo tão complexo como a condição humana - ali, no povoado onde todos se conhecem, a médica solteirona alimenta um amor descontrolado pelo sobrinho, o casal que reúne amigos para cantorias tenta, em vão, ultrapassar a morte do filho suicida, um jovem imberbe não consegue controlar sua paixão pela bibliotecária, e o presidente do Conselho, homem admirado por todos, é abandonado pela mulher que simplesmente lhe deixa um bilhete, "Não se preocupe comigo".

São histórias circulares, que Oz começou a escrever em 2006 e terminou dois anos depois. E, como sempre faz questão de frisar, não são alegorias do conflito palestino, mas histórias profundamente humanas de ambiguidade e melancolia. É a obra que apenas um escritor maduro conseguiria conceber. "Se tivesse 20 anos, certamente eu não poderia escrever esses contos", conta o escritor, que completou 70 anos em maio. "A maturidade é decisiva."

O clima desértico inspira Oz - ele se mudou para Arad em 1986, a fim de facilitar o tratamento de asma de seu filho caçula, Daniel. Anos depois, o garoto retornou a Jerusalém mas o escritor decidiu ficar. Com um humor tão seco como o clima, Oz adaptou-se à amplidão desabitada, extraindo dali a fonte de sua inspiração ao habituar-se a acordar cedo para passeios matinais que lhe despertam as dúvidas que movem sua literatura: ao se posicionar na pele dos personagens, ele se questiona sobre o que faria se estivesse em seu lugar.

Tel Ilan, o espaço físico de Cenas da Vida na Aldeia, é uma local fictício, que se soma agora à farta tradição literária de cidades imaginárias, mas Amós Oz insiste em afirmar que não utiliza a ficção para retratar a atualidade - ainda que os habitantes de seus contos tragam vestígios de pessoas com quem convive e o espaço físico se assemelhe a diversos kibutz israelenses, o escritor é enfático: essas páginas contam apenas histórias.

Eterno candidato ao prêmio Nobel de Literatura, Oz prefere militar pela paz entre palestinos e israelenses em artigos ácidos, que não poupam nenhum governo. "O final do conflito depende de nossa atitude", afirma ele ao Estado, em um inglês manso, preciso, mas carregado de determinação.

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7 de outubro de 2008

Família proíbe livro sobre Guimarães Rosa

O Globo - 07/10/2008 - por Marina Gonçalves
Desde esta segunda-feira, a LGE Editora não pode mais vender nenhuma das cópias de Sinfonia de Minas Gerais — A vida e a literatura de João Guimarães Rosa, biografia não-autorizada, do escritor goiano Alaor Barbosa. A decisão é do juiz Marcelo Almeida de Moraes Marinho, da 24ª Vara Cível do Rio, que entendeu que a venda do livro causará lesão aos direitos de Agnes e Vilma Guimarães Rosa, herdeiras do escritor. Na sexta-feira passada, Daniel Campello Queiroz e Ian Santos, advogados da LGE Editora e do autor, recorreram. Um dos argumentos é de que, conforme a Lei de Direitos Autorais, não constitui ofensa a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação. Eles entraram com um recurso contra a decisão preliminar do juiz, ainda não analisado. A filha do escritor, Vilma, alegou ainda que, além de conter diversos erros a respeito da vida de Guimarães Rosa, a biografia seria uma cópia de um livro seu, Meu pai, de 1983. Os advogados de Barbosa defendem que a aprovação prévia de uma biografia seria cerceamento de liberdade de expressão, e que as cópias de algumas cartas do livro da herdeira representam apenas 8% da obra.

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20 de setembro de 2008

Crítica/"Rimas da Vida e da Morte"

Rimas da vida e da morteAmós Oz transforma incertezas em possibilidades de salvação

Autor volta a usar confusão entre "ficção" e "real" como antídoto para certezas fanáticas
NOEMI JAFFE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "História de Amor e de Trevas", uma autobiografia de sua infância, Amós Oz conta que, ainda pequeno, quando sua mãe o levava a uma sorveteria e o obrigava a ficar calado, sua alternativa era ficar olhando para as pessoas e inventar histórias para elas. Nomes, profissões, idiossincrasias, amores, tudo. Já em "Contra o Fanatismo", o autor narra a mesma mania e acrescenta que inventar histórias seja talvez o maior e o único remédio contra essa doença que tem tomado conta do mundo. Em seu último livro, "Rimas da Vida e da Morte", a prática de inventar histórias para as pessoas é o próprio enredo. Mas qual romance não exercita isso? Todos. Mas, aqui é diferente. Oz cria um personagem, escritor desiludido, embora bem-sucedido, que brinca de inventar histórias sobre o público que vai assisti-lo na leitura de um de seus romances. Resultado: uma metainvenção. Um personagem inventado que inventa personagens. Embarcamos, assim, numa invenção dupla, até chegar um momento em que o próprio protagonista começa a perder sua legitimidade narrativa e desconfiamos de que ele também seja uma invenção de algum outro narrador. Geralmente, quando lemos um livro, fazemos como Coleridge aconselhou: praticamos a suspensão da descrença ("suspension of disbelief") e acreditamos em tudo, por absurdo que seja, em nome do fluxo narrativo. Esse é um dos maiores prazeres da literatura: acreditar. Mas a metalinguagem cria uma certa desconfiança e um nó no leitor. Afinal, no que podemos confiar aqui? A melhor resposta, sem dúvida, é: em tudo. Porque tudo, em literatura e provavelmente também fora dela, é invenção. Quando percebemos, estamos torcendo pelo desenrolar das ações dos personagens inventados, sabendo que sua vida não passa de especulação da cabeça do escritor.

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15 de setembro de 2008

BINNO OXZ E O CLÃ DE PRATA: obra de ficção infanto-juvenil

image Binno Oxz e o Clã de Prata é uma obra de ficção infanto-juvenil que tem a preocupação de explorar situações cotidianas e os conflitos pertinentes ao mundo atual, levando o leitor do riso à profunda reflexão. Dotada de uma estética única, que se aproveita da linguagem de outras mídias como internet e vídeo-game, tem a ficção científica como pano de fundo para os problemas atuais. As ameaças e os dramas deste universo único são familiares à preocupação de qualquer pessoa moderna, seja no aspecto ambiental, onde graças ao aquecimento global o mundo teve quase toda sua superfície coberta por água; seja no tocante a novas tecnologias, onde Inteligências Artificiais ameaçam a autonomia da raça humana ou onde um vírus de computador faz muito mais do que lotar de spams nosso e-mail. Em sua obra, Fábio Henckel, integra aspectos da internet não apenas na criação de seu universo, mas também no diálogo com seus leitores. Apesar de se tratar do livro de estréia do autor, Binno Oxz já conta com comunidades na rede de relacionamento Orkut e um público cativo no blog do autor. Abusando do bom humor e da criatividade, esse livro vai levar o leitor a acompanhar as aventuras do garoto Binno OXZ que, contando com sua inteligência e muita ousadia, descobre que nada daquilo que ele vivia era o que parecia ser.

 

Fábio Henckel nasceu em Tramandaí, uma praia do litoral gaúcho onde está uma das maiores extensões de areia do mundo. No inverno o lugar é tão gelado que é comum encontrar pingüins visitando a orla. Outra característica é o tom prateado da água do mar. “Quem estiver por lá numa manhã realmente fria, vai ver o tal mar de prata”. Atualmente, Fábio mora em Porto Alegre. Já escreveu para jornal, televisão e prepara seu primeiro trabalho para o cinema. Além disso, cuida do site www.oxz.com.br

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O Livro das Impossibilidades

image Em O Livro das Impossibilidades, o quarto livro da saga sobre a formação do proletariado no Brasil, Luiz Ruffato retorna à velha Cataguases.

No quarto volume da série Inferno Provisório, Ruffato dá continuidade às histórias de seus livros anteriores, Mamma, son tanto felice, O mundo inimigo e Vista parcial da noite.

Por meio das existências mesquinhas e miseráveis de seus personagens, ele constrói um quadro pungente da realidade brasileira. O cenário das narrativas que compõem o romance é a mesma cidade de Cataguases feita de palavras, tendo o Beco do Zé Pintocomo eixo aglutinador de fatos e de personagens.

Em O Livro das Impossibilidades intensifica-se o processo de degradação dos personagens; o Inferno Provisório parece tornar-se mais explícito para seus ocupantes. O livro acaba de sair da gráfica da Editora Record e chega às livrarias no dia 12 de setembro.

O Livro das Impossibilidades
Inferno provisório - Volume 4
Luiz Ruffato
Editora Record
160 páginas

Dica: Alfredo Aquino

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8 de setembro de 2008

Dicionário Paulo Freire reúne 200 verbetes e 75 autores

Capa do livroEste livro reúne cerca de 200 verbetes sobre a obra de Paulo Freire, conhecido pelo caráter transformador de sua pedagogia e pela atuação marcada pela busca de uma sociedade mais justa por meio de uma educação humanizadora. Foi para compilar fragmentos das práticas, dos pensamentos e dos sonhos de Paulo Freire que 75 estudiosos decidiram produzir este dicionário de verbetes fundamentais para se pensar a Educação hoje.

A amplitude deste projeto não se resume a apresentar em um único volume registros do pensamento freireano, sua biobibliografia e transportar o leitor à compreensão dos conceitos, dos temas e das palavras que ocupam a obra desse pensador. Há ainda uma preocupação maior: a de oferecer aos educadores e ao público leitor em geral um dicionário que, a partir do não dito nas entrelinhas, permite reinventar a práxis educativa, como estão a exigir os muitos desafios do mundo no qual vivemos.

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Discurso e Poder, por Teun A Van Duk, lançamento da Editora Contexto



O discurso controla mentes e mentes controlam ação. Isso significa que, para aqueles que estão no poder, é crucial controlar, em primeiro lugar, o discurso. Este livro analisa as formas de abuso de poder – manipulação, doutrinação e desinformação – que resultam em desigualdade e injustiça sociais. Obra importante para sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, críticos culturais, jornalistas, lingüistas e analistas do discurso.

na Editora Contexto

trecho do livro

Abuso de poder. Essa é a denominação dada por Teun van Dijk para a dominação exercida pelas elites simbólicas. Até aí, nada teríamos de muito novo, não fosse a preocupação do importante intelectual holandês da análise de discurso.

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Diários de Orwell são publicados na internet

 

Os diários de George Orwell, autor do livro 1984, serão publicados em tempo real. O blog, iniciativa do instituto Orwell Prize que marca o 70º aniversário dos diários do autor, terá os textos publicados na íntegra e será alimentado durante quatro anos, período similar ao que o autor os escreveu (de 1938 a 1942).

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Rimas da vida e da morte, de Amos Oz

Rimas da vida e da morte Um romancista medianamente famoso se prepara para dar uma palestra e participar de um debate sobre sua obra num centro cultural de bairro, em Tel- Aviv. Enquanto faz hora num café, passa a imaginar uma história para cada indivíduo que vê à sua volta. A atraente garçoneteque o serve, por exemplo, vira exnamorada do goleiro reserva do time de futebol Bnei Iehudá. Dois homens que conversam numa mesa próxima se convertem, na sua fantasia, em mafiosos discutindo a situação de um terceiro homem, um ricaço que agora definha na UTI de um hospital.

A compulsão ficcional do escritor prossegue durante e após a palestra, resultando numa teia de histórias imaginárias que começam a se embaralhar com a trajetória do protagonista, a ponto de não sabermos, por exemplo, se ele foi ou não para a cama com a moça solitária que leu parao público trechos de suas obras no evento do centro cultural. Ficção e realidade se confundem nesta narrativa singular e envolvente, o mais recente livro de Oz,cujo próprio título, Rimas da vida e da morte, é tirado do livro fictício de um autor idem, o poeta Tsefania Beit- Halachmi, cujos versos o protagonista e outros personagens vivem citando.

Com discrição e astúcia, Amós Oz parece nos dizer que por trás de cada indivíduo anônimo existe um manancial de dramase comédias possíveis. Na sua dicção calorosa, de conversa íntima com o leitor, o autor israelense reafirma sua crença na literatura de imaginação como meio de conhecimento e de superação das distâncias entre os homens.

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A caixa-preta de OZ

image Autor israelense fala sobre seu novo livro, em que explora o que há de único e de banal na cabeça de um escritor

Nelson Vasconcelos

Um famoso escritor israelense se prepara para mais uma — mais uma! — leitura pública de trechos de um livro seu, o que implica ouvir textos que, evidentemente, já conhece e — pior que isso — encarar perguntas de leitores. Experiente, o escritor já sabe que terá de responder a coisas do tipo “Você escreve à mão ou usa um computador? O que pensa a sua ex-mulher das figuras femininas em seus livros? O que você quis dizer com seu último livro?” São os ônus de quem ganha a vida com a indústria do entretenimento. Fazer o quê? Relaxar. Para isso, basta ligar o motorzinho que move as idéias de criaturas criativas. É o que faz o narrador de Amós Oz neste “Rimas da vida e da morte”, identificado apenas por “o escritor”, assim mesmo, em minúsculas. O bom é que a gente nunca sabe o que vai sair da cabeça de um escritor. Nem Oz sabe, pelo jeito...

— Depois de anos escrevendo romances e histórias, achei que era hora de escrever um livro sobre a própria escrita e observar como se escreve um livro do ponto de vista do escritor — explica Oz, em entrevista (na página 3) à repórter Renata Malkes, em Israel. (O Globo, Caderno Prosa e Verso, página 1, em 06/09/2008).

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7 de setembro de 2008

Entrevista: Yara Camillo, por Lima Trindade

YARA CAMILLO é escritora, diretora de teatro e atriz. Nascida em São Paulo no final dos anos 50, formou-se em Comunicações com especialização em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP. Em 2004 publicou Hiatos, livro de contos com capa e ilustrações do artista plástico Wilson Foca Neves e apresentação de Caio Porfírio Carneiro. Prepara agora uma nova investida literária: Volições, livro de contos onde repete a parceria com Foca e tem lançamento marcado para o dia 17 de março na Casa das Rosas (SP). Numa manhã chuvosa e pré-carnavalesca, dividindo sua atenção entre cães e gatos, concedeu esta entrevista exclusiva para Verbo21.

LIMA TRINDADE – Sua formação artística é bastante heterogênea. Comunicação, cinema, teatro e literatura. Isto me parece ser algo bem característico de uma geração que, no final dos anos 70 e início dos 80, tinha a ambição de romper fronteiras pré-estabelecidas, tratando de políticas outras, cotidiano, rock, sexualidade, desrepressão... Em que medida isso tem a ver com a abertura do fim da Ditadura Militar?

YARA CAMILLO – Essa vontade de romper com as fronteiras, inclusive com o conceito da especialidade, existia, sim. Você não podia tentar várias linhas, buscar várias formas de Arte, ou de que outro trabalho fosse. Era preciso escolher um caminho. Para usar um termo da época, o sistema dizia que você deveria optar por uma profissão e ser o máximo, um super. Se você fosse especialíssimo em alguma área, poderia ser um retardado em outras. Aquele conceito básico do Clark Kent... Parece que o cara tem que ser super, já que não consegue simplesmente ser. Então, já havia uma vontade de romper com essa regra, que era também uma forma de opressão. O pessoal da minha geração era criança na época brava da ditadura. Tínhamos de brigar de outro modo. Que tudo isso, que todas as lutas – e não dá pra esquecer a das gerações anteriores, gente que deu tudo e um pouco mais – tiveram a ver com a Abertura... Claro, mas as coisas não acontecem isoladamente. No final dos anos 70, início dos 80, já estava pra lá de provado que aquilo não funcionava. Até os opressores compreenderam que era o fim de um processo. Compreenderam, inclusive, que era possível dominar de outro modo. E aí estão, já não muito firmes, mas ainda muito fortes.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA

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GRUPO DE ESCRITA: ESCREVA UM ROMANCE (3 MESES)

GRUPO DE ESCRITA

ESCREVA UM ROMANCE

Se tem o bichinho da escrita venha escrever sem parar, no Centro de Juventude de Oeiras (PORTUGAL)

(Alameda Conde de Oeiras, Nova Oeiras) numa oficina de Escrita de Ficção trimestral aos sábados das 10h-13h.

Condições: ter mais de 16 anos

Início: 13 de Setembro

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA: escriativar@gmail.com (91 208 13 67)

 

Programa do Grupo de Escrita

Acto I

Dia 13/09 – O Mundo Normal*

Conceber a ideia e o personagem; O personagem por dentro e por fora; Os vários níveis de conflito; Estruturas Narrativas; O que é um Início; Exemplos (visionamento de trechos de filmes/séries e/ou leitura de trechos de romance);

Dia 20/09 – A Chamada à Aventura

Aprofundar a ideia e o personagem; Descrição de locais e descrição de atmosferas; O 1º Ponto de Viragem, a Questão Dramática; Exemplos;

Dia 27/09 – A Recusa da Chamada

Trabalhar os recursos estilísticos; O diálogo, a diferença entre o que o personagem diz e o que pensa; Verosimilhança: os tiques e maneirismos de cada personagem; O arco do personagem; Exemplos;

Dia 04/10 – Encontro com o Mentor

Corrigir e reescrever; O processo de reescrita; Exemplos;

Acto II

Dia 11/10 – A Primeira Barreira

Conceber e escrever o 2º Ponto de Viragem; A noção de Unidade e Variedade, Passo, Ritmo e Tempo, e de Progressão; Exemplos;

Dia 18/10 – Testes, Aliados e Inimigos

O Simbolismo; Os Diálogos; Exemplos;

Dia 25/10 – Aproximação à Caverna Mais Funda

Palavras Difíceis; A Importância da Pesquisa, como pesquisar; Exemplos;

Dia 01/10 – A Grande Prova

Corrigir e reescrever. O panorama nacional, editoras e concursos, a edição de autor; Exemplos;

Acto III

Dia 08/11 – A Recompensa

Conceber e escrever o 3º Ponto de Viragem; Estruturas Narrativas; Exemplos;

Dia 15/11 – O Regresso a Casa

Conceber e escrever o Ponto Sem Retorno ou Crise; a divagação poética na prosa; O Clímax; Exemplos;

Dia 22/11 – A Ressurreição

Continuação do desenvolvimento da Crise e do Clímax;

Dia 29/11 – Retorno com o Elixir

Corrigir e reescrever; Discussão dos trabalhos; as possibilidades de se editar a obra; Como abordar uma editora; A edição de Autor (o Sistema Print On Demand, o ISBN e o Depósito Legal)

*terminologia da The Writer's Journey de Christopher Vogler

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29 de agosto de 2008

O máximo e as máximas de Machado de Assis, novo livro do escritor Andrey do Amaral

Neste ano em que se lembra o centenário de morte de Machado de Assis, o escritor Andrey do Amaral lança mais um trabalho. Reunindo o melhor da genialidade do Bruxo do Cosme Velho, este livro é uma excelente oportunidade para conhecer mais de sua obra. O máximo e as máximas de Machado de Assis é uma celebração, não apenas por causa do centenário mas também pela importância dele em nossas letras.

De maneira bem didática, o leitor encontra neste O máximo e as máximas de Machado de Assis as várias vertentes de sua obra. Há alguns poemas conhecidos e outros bem diferentes do traço de sua pena. Inédito em qualquer outro livro, indicamos precisamente onde foi publicado seu primeiro poema: no Periódico dos pobres. A cronologia histórico-literária está bem atualizada e extensa. Reproduzimos trechos de contratos entre Machado de Assis e seus editores, como o francês H. Garnier. Em um dos contratos, por exemplo, encontra-se o registro da mudança do título de um de seus romances para Esaú e Jacó. Há ainda comentários e curiosidades sobre todos os romances e os trechos mais significativos de cada um deles, além de contos, crônicas e filmografia completa.

Este trabalho possibilita que o leitor perceba a extensão da obra de Machado de Assis e como ele é inesgotável. Pode ser utilizado por professores, alunos e leitores, especialistas ou leigos, em sala de aula, no metrô, no ônibus, em casa ou na praia. Para quem nunca leu, ou pouco leu Machado de Assis, aqui está a oportunidade para se compreender a importância de Machado para nossa literatura. Para quem já é fã e leitor voraz, este trabalho é um roteiro para ratificar a essência do conjunto de sua obra. Neste livro, Andrey do Amaral convence o leitor de que Machado de Assis não se restringe a leituras obrigatórias, e sim a momentos prazerosos de leitura e reflexão. Mostra-nos um Machado igual a nós, que subiu degrau por degrau e atingiu o ápice em sua carreira literária, começando com textos mais simples, chegando a obras geniais.

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28 de agosto de 2008

Livro sobre bares cariocas foi lançado primeiro em São Paulo

Botequim de bêbado tem dono” reúne 25 crônicas sobre bares cariocas, dos famosos Lamas, Capela e Bar Luiz, aos menos votados, porém mais curiosos cantinhos freqüentados pelo sambista – lugares como o Adonis, em Benfica, onde a fartura é tanta que oferece meia porção de bife a milanesa, ou o Momo, na Tijuca, que serve o melhor jiló no alho da cidade, ou ainda o A Paulistinha (ou será O Paulistinha?, pergunta o sambista), bar na rua Gomes Freire, cujo segredo da cozinha, entrega, é a cinza do cigarro que o cozinheiro fuma enquanto prepara um delicioso bolinho de bacalhau.

Lançamento da Desiderata, a mesma editora que lançou a antologia de textos do “Pasquim” e, no ano passado foi comprada pela Ediouro, o livro de Moacyr Luz é fartamente ilustrado por Chico Caruso e foi fruto de uma árdua pesquisa, in loco, da dupla, ao longo de seis meses. “A cada visita um encantamento rodeava nossas mesas, e a temporada de pinturas e biroscas durou quase um semestre”, escreve o sambista.

por: Mauricio Stycer - Categoria(s): Blog

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26 de agosto de 2008

'É horrível quando a pessoa se torna apenas um consumidor', diz Lipovetsky

Gilles_LipovetskyNa última vez que o filósofo francês Gilles Lipovetsky esteve no Brasil, em 2005, a Daslu havia acabado de abrir sua megaloja na Vila Olímpia. De lá para cá, ele teve poucas notícias sobre o mercado de luxo no país. Na semana passada, de volta a São Paulo para participar do seminário Com:Atitude, o autor de "O Império do Efêmero", "O Luxo Eterno" (ambos da Companhia das Letras) e "Os Tempos Hipermodernos" (Barcarolla) se surpreendeu ao saber que a cidade já contava com um novo centro de compras com grifes como Hermès, Giorgio Armani, Chanel e Rolex.

A coluna acompanhou Lipovetsky em uma visita a um desses centros de compra, na marginal Pinheiros. Ele gosta das plantas do lugar. Uma idéia passa pela cabeça do filósofo. "Imagine poder comprar marcas de luxo na Amazônia. A floresta é o próprio luxo do Brasil." Um shopping de luxo no meio da Amazônia? "Não seria magnífico? Hoje, a natureza é um grande luxo. Mais que carro, que todos podem comprar igual em todo o mundo."

Ele deixa o jardim interno e começa a caminhar pelas lojas. Entre as marcas nacionais, reconhece a do estilista Carlos Miele. "Gosto muito da loja dele em Paris." Pela primeira vez, abandona o corredor e entra na butique. "Interessante ver como ele construiu a identidade da marca na sensualidade do espaço, cheio de curvas sinuosas. É como se estivéssemos entrando no corpo de uma mulher", afirma. "O luxo, hoje, precisa inventar. As marcas não podem simplesmente fazer produtos. Elas também precisam construir ambientes que criem a experiência da marca. Que integrem arquitetura, arte, design, comércio e natureza."

Prestes a lançar um livro sobre a cultura na era da globalização, o filósofo começa a discorrer sobre o assunto. "Cada vez mais, vemos o mundo dos negócios se apropriar da cultura. Mas quanto mais isso acontece, mais a cultura precisa ganhar um outro sentido", diz. "Este tipo de reflexão é necessária para que as pessoas não sejam como Paris Hilton. É horrível quando a pessoa se torna apenas um consumidor."

Lipovetsky visita a livraria do shopping. "A idéia de integrar cultura num templo do luxo comercial é muito boa, porque cultura é um grande luxo. Mas me pergunto se vai funcionar como negócio, porque as pessoas que vêm num shopping como esse gostam de marcas." Para ele, no futuro, a cultura deverá ultrapassar as barreiras físicas dos museus e livrarias, em cidades como São Paulo, para se integrar ao ambiente, "como já acontece em Paris". Uma das sugestões do filósofo é aproveitar espaços abertos para expor esculturas. Outra saída é a criação de edifícios que por si só sejam considerados arte, "como o museu Guggenhein de Bilbao, desenhado pelo arquiteto Frank Gehry".

Lipovetsky se anima a visitar o cinema, cujo ingresso para a sala com largas poltronas reclináveis de couro, carta de vinhos, cardápio de petiscos e pipoca com azeite trufado custa até R$ 46 - preço que ele considera razoável pelo que promete. Invade uma sessão do filme "Mamma Mia", com Meryl Streep, para testar o serviço. Sai em cinco minutos. "A cadeira é ótima, mas o filme..." (Mônica Bergamo na FSP)

Livros de Gilles Lipovetsky:

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MADONNA 50, Diva pop

MADONNA - 50 ANOS
A BIOGRAFIA DO MAIOR IDOLO DA MUSICA POP

De autoria da britânica Lucy O'Brien, fã da cantora desde 1985, esta biografia explora a personalidade e a carreira da artista pop. Escrito a partir de pesquisas e entrevistas com produtores, músicos, amantes, familiares e amigos - muitos dos quais nunca falaram tão abertamente sobre a vida de Madonna, este livro traz histórias da vida pessoal de Madonna, como detalhes das relações com vários namorados (o jogador de basquete Dennis Rodman, o ex-marido Sean Penn etc.), ou as situações que envolveram o nascimento de seus filhos Lourdes (com um personal trainer) e Rocco (do seu atual marido, o diretor Guy Ritchie), assim como a conturbada adoção de David, um menino negro do Malauí. Chama a atenção, ainda, a lembrança da violência sexual que ela sofreu em Nova York, quando foi agarrada na rua por um homem armado.

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25 de agosto de 2008

'Pitanga' é o novo romance de Carlos Eduardo de Magalhães

Pitanga” conta a história do milionário Gilberto Varcellos, sempre rodeado de mulheres e prazeres, até que a literatura aparece em sua vida. No princípio, uma literatura comprada, já que tudo tinha um preço que ele podia pagar. Conta também a história de outros personagens que gravitam em volta de Gilberto, da bela namorada Luíza Potti, que tem uma cicatriz, ao segurança brutamontes Douglas, que veio do Piauí para ganhar a vida em São Paulo, cidade que pontua o livro todo.

Uma obra de ficção que transita entre a aparência à essência, da leveza às sombras, da autodestruição ao encontro da própria humanidade, dos conformismos às vinganças. Um livro feito de pontos e instantes. De iluminações e escuridão.

Sobre o romance:

“Em suma, este Pitanga é um livro a ser devorado. Com ele, Carlos Eduardo de Magalhães se revela um romancista maduro e impactante. Consciente de sua arte, é capaz de satisfazer o crítico mais exigente e de encantar o leitor mais distraído. Como todo romance que importe, é fonte de entretenimento e matéria para reflexão. É assim a grande literatura: diversão que incomoda”. Frederico Barbosa.

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24 de agosto de 2008

Escritor Guido Viaro lança novo livro

O escritor curitibano Guido Viaro lançou seu livro EMBAIXO DAS VELHAS ESTRELAS.

O romance de 237 páginas acompanha a jornada de desprendimento e auto-conhecimento de um personagem masculino, que não tem nome definido. Ele abandona o vilarejo onde mora em busca de uma integração com a natureza, sem saber exatamente o que buscar ou mesmo aonde buscar. Ele sabe apenas do que deseja se afastar.

O ritmo natural da vida humana é semelhante ao da natureza. Mas a sociedade urbana altera este ritmo, ao criar prioridades ilusórias, ao mesmo tempo em que modifica a essência do ser humano, que não é boa nem má, mas harmônica. Desde que foi quebrada a harmonia natural, o homem passou a buscar outra, que é a vida em sociedade, e que representaria a busca pela harmonia perdida”, comenta Guido Viaro.

Este personagem sem nome se afasta do mundo urbano e de uma rotina pré-estabelecida e parte para uma caminhada mata adentro. Não se sabe a época em que vive ou os locais por onde ele passa. Ao longo da obra, ele narra as impressões deste retorno à natureza em seu contato com paisagens e belezas naturais, como bosques, campos, montanhas, plantas e animais e sua dificuldade em sobreviver e se alimentar. As dificuldades que enfrenta são barreiras menores comparadas à sua escalada rumo ao auto-conhecimento.

Todos os artifícios e benesses sociais tentam recriar em vão o estado harmônico deixado para trás. Mas a parte mais selvagem do homem nunca aceita verdadeiramente esta nova ordem e sempre busca um retorno para as origens. Assim, a vida em sociedade é uma eterna luta contra a própria essência humana. As gerações se sucedem e o mesmo homem que erigiu as civilizações se encarregará de destruí-las para que a natureza floresça sobre suas ruínas”, afirma Viaro.

Via: Silvana Mangano na Moviola de Tiomkim

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A mulher que cai, de Guido Viaro

Uma mulher de meia idade , cansada de seu casamento e de sua rotina familiar , decide passar um domingo inteiro sozinha. Aproveitando para refletir sobre sua vida e sobre as razões de suas angústias. Durante suas caminhadas por um parque no centro de uma cidade , recorda-se de sua infância e aprofunda suas dúvidas sobre si mesma.

Conhece um velho pipoqueiro que lhe propõe que ela conheça “...o lugar mais secreto do parque” , ela o acompanha até um subterrâneo que segundo suas palavras “...parece simplesmente não existir” , lá havia pomares , bailes à fantasia , e até um corredor com centenas de portas de todos os tipos e tamanhos , que pareciam ser a saída para esse misterioso subterrâneo.

Ela escolhe uma das portas e avança , os espaços vão ficando claustrofóbicos...de repente ela cai , não sabe onde está , cai na escuridão , ouve sons que ela define como " ...uma música de outra ordem" , que lhe instigam e inspiram a tentar desvendar seu destino.

Sua queda não termina , sua vida torna-se a espera do final dessa queda...enquanto cai , para distrair-se , ela cria mundos onde possa viver...paraísos , infernos e purgatórios , experimenta tudo...varia os tempos verbais de sua descrição , porque procura conhecer todos os enfoques da vida...experimenta destinos , profissões , condições sociais , escolhe caminhos fáceis e difíceis , sofre e vive...

DOWNLOAD DO LIVRO  "A MULHER QUE CAI" (pdf) 732 kbs

www.guidoviaro.com.br

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23 de agosto de 2008

A guerra do livro concreto contra os leitores invisíveis

Um anúncio de três colunas publicado no sábado (8/3) no Correio Braziliense, de Brasília, chamou a atenção dos leitores. Tanto pelo inusitado quanto pela questão de fundo que apresenta: os obstáculos aparentemente intransponíveis para fazer os livros chegarem às mãos de seus possíveis leitores. E mais ainda quando se trata de autores inéditos.
Sob o título de “Doação de Livro Premiado”, Manuel de Jesus Lima se oferece para levar pessoalmente exemplares do seu livro “A Guerra de Juquinha e Outras Guerras” (que não é de literatura infantil, ele logo esclarece). Trata-se de uma edição custeada pelo próprio autor e publicada pela Editora mineira Itatiaia, após ter recebido o Prêmio Cora Coralina para autores inéditos. “Para não jogar no lixo ou na fogueira, já que não consigo vender e nem tenho local apropriado onde guardar indefinidamente tantos volumes, estou doando para quem interessar possa”, escreveu ele. E deu o telefone para possíveis interessados: (61) 3435-4120 ou 8404-9375. (Galeno Amorim)

Com o romance A Guerra de Juquinha e Outras Guerras (Ed. Itatiaia, Belo Horizonte, MG, 2007), Manuel de Jesus Lima conquistou o Prêmio Cora Coralina. Livro de 420 páginas, traz apresentação de Ronaldo Cagiano, que afirma: “O prazer estético de A Guerra de Juquinha e Outras Guerras não se esgota na leitura, porque sendo um livro de fôlego, bem costurado estilisticamente, remete-nos a novas leituras e, nesses novos mergulhos, vamos descobrindo que o autor realizou uma metáfora da própria vida, ao fundir em sua narrativa elementos da vida urbana e rural, provando seu ecletismo no uso da linguagem”. E completa: “(...) é um mosaico de tipos e acontecimentos de nosso Brasil, literariamente bem explorados (...), transitando com versatilidade entre o erudito e o coloquial.” (Nilto Maciel)


LINKS RELACIONADOS
Escritor doa seus livros premiados

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A História do Rio de Janeiro, por Armelle Enders

A HISTORIA DO RIO DE JANEIROO livro da francesa Armelle Enders, professora da universidade de Paris-IV-Sorbonne, mostra a cidade do Rio de Janeiro sob a ótica de uma estrangeira. Os encantos cariocas caminham junto à história desta metrópole que ao mesclar política, interesses econômicos e sociologia fascina não só aos que a observam de fora do seu território como aos seus próprios habitantes.

Os portugueses fundaram a cidade do Rio de Janeiro ao sul de seu império americano de forma a perseguir os franceses que haviam se estabelecido na Baía de Guanabara. A cidade foi porto militar e negreiro, e escoava a exportação de ouro vindo de Minas Gerais. Depois, foi capital do vice-reinado do Brasil, onde acolhe em 1808 a corte portuguesa e os modelos de civilização importados da Europa. Coração do Brasil imperial, a cidade é a encruzilhada onde novas formas de cultura surgem – o carnaval, o samba e o futebol. O Rio é ao mesmo tempo laboratório e vitrine de um país, e continua a dar o tom e a reivindicar seu papel de porta-voz de uma nação mestiça.

Em 1808, a Corte Portuguesa desembarcava na cidade do Rio de Janeiro, alçando a cidade ao status de sede da monarquia lusitana e capital de um império ultramarino. Episódio histórico tão marcante não poderia passar despercebido. Em comemoração aos 200 anos da chegada da família real, a Gryphus Editora está relançando A História do Rio de Janeiro, da francesa Armelle Enders, professora da universidade Paris-IV-Sorbonne.

A capa da nova edição, estampada com fotografia de Marc Ferrez, é o ponto de partida para um mergulho em mais de quatro séculos de história. Esmiuçando cada detalhe do processo de criação do Rio de Janeiro, desde a sua fundação até os dias de hoje, a autora revela aos leitores a trajetória de uma cidade que foi coração do Brasil Imperial e tornou-se centro irradiador, decisivo para a política, a cultura, os hábitos, para a história do Brasil.

Laboratório e vitrine do país, o Rio desfila, em A História do Rio de Janeiro, parte de seus 443 anos. A cada página do livro, encantos naturais e história se unem para exaltar a cidade de mares e praias sem fim. Maravilhosa por natureza.

Armelle Enders , professora de história da Universidade Paris-IV-Sorbonne, é autora de "Histoire du Brésil - Questions au 20ème Siècle" ("História do Brasil - Questões ao Século 20“, Complexe, Bélgica, 1977) e História do Rio de Janeiro, lançado pela Gryphus em 2002.

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22 de agosto de 2008

Os cânticos profanos de Borboleta em Cinza

É impossível não se impregnar no forte lirismo amoroso presente em toda obra de Z.A. Feitosa, e que se desgarra e se alucina nestes escritos de viagens, que têm como pano de fundo a paisagem de Brasília, Visconde de Mauá e Bauru, onde o autor esteve, entre 1989 e 1990.

A inspiração para os poemas apresentados neste livro fluiu da leitura de alguns livros sagrados, sobretudo da leitura de uma dessas pequenas Bíblias, que são encontradas na mesa-de-cabeceira dos quartos de hotéis. Há originalidade na forma como Z.A. Feitosa reiventou a beleza dos salmos, nutrindo-se de suas características extravagantes e instintivas, para narrar os sentimentos nascidos da intimidade com um ser angélico.

É, porém, o forte acento sensual dos versos o que separa desses cânticos os poemas de Z.A. Feitosa. Ao tratar como situações místicas o amor romântico, que os corações gestam no aconchego da solidão, Z.A. Feitosa acabou por cunhar belos poemas. Não só pelo adequado emprego de técnicas poéticas, mas por ter sido capaz de plasmar o estado afetivo que veste a alma de um homem enamorado. Suas obras publicadas são: Mulher Macho - Sim Senhor!, Asas Queimadas. Suíte, Algolagnia. Histórias Reais e Imaginárias, O Íntimo Ofício. Memórias e Borboleta em Cinza - Salmos Profanos.

Os cânticos profanos de "Borboleta em Cinza"
Autores.com.br - 22 de agosto de 2008

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BREVE HISTORIA DA BOSSA NOVA, de Guca Domenico

A bossa nova, nascida em 1958, é associada a uma imagem otimista do Brasil, no período que ficou conhecido como Anos Dourados. Em meios às comemorações pelos 50 anos desse movimento, a Editora Claridade lança 'Breve história da bossa nova', do músico e escritor Guca Domenico, um relato conciso sobre o ritmo musical que é um divisor de águas da música popular brasileira. São apresentados, também, resumos biográficos dos principais expoentes da bossa - João Gilberto, Tom Jobim, Nara Leão, Vinicius de Morais, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, entre outros. Domenico ainda detalha o processo de criação de canções conhecidas internacionalmente, como Garota de Ipanema, Chega de saudade e Desafinado.

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11 de agosto de 2008

Lançamento: 'Viver é Coisa Perigosa', de Guilherme Schelb.

Viver é coisa PerigosaEste livro é resultado da análise de centenas de investigações criminais, onde foram identificadas situações de risco que podem ocorrer com qualquer pessoa, inclusive você. Pessoas honestas foram envolvidas em processos criminais porque não tiveram cuidado em seus relacionamentos. Você vai receber orientações práticas para identificar comportamentos e ambientes de risco e para alcançar soluções pacíficas em conflitos pessoais e profissionais. O autor é Procurador da República e responsável por investigações criminais de repercussão nacional e internacional como: operação Anaconda, operação Vampiro, operação Guerrilha do Araguaia e o escândalo do painel do Senado Federal.

Guilherme Schelb é Procurador da República, mestre em Direito Constitucional e especialista em segurança pública. Sua experiência profissional e em investigações de grande repercussão é traduzida neste livro, cujo principal objetivo é ajudar você a desenvolver a capacidade de prevenir e resolver conflitos pessoais, profissionais e familiares. 
A partir da análise de mais de 10.000 horas de interceptações telefônicas em investigações criminais, foram identificadas centenas de situações de risco que podem ocorrer com qualquer pessoa. É preciso saber que não basta ser honesto, mas também evitar a aparência de desonesto! Com essa finalidade, o autor propõe estratégias para identificar ambientes perigosos, comportamentos suspeitos e relacionamentos de risco em sua vida.

Editado por Thesaurus, 1a edição, 2008, 152 páginas.

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7 de agosto de 2008

HOMEM QUE QUERIA SALVAR O MUNDO - UMA BIOGRAFIA DE SERGIO VIEIRA DE MELLO

HOMEM QUE QUERIA SALVAR O MUNDO - UMA BIOGRAFIA DE SERGIO VIEIRA DE MELLO
Sérgio Vieira de Mello foi um dos mais corajosos e carismáticos diplomatas de sua geração. Carioca, viu-se obrigado a viver fora do país a partir dos dezessete anos de idade, quando seu pai, também diplomata, foi punido pelo regime militar brasileiro. Muito jovem, tornou-se funcionário da Organização das Nações Unidas, com cujos ideais sempre teve grande afinidade. Diferentemente da maioria de seus colegas com formação universitária e aspirações intelectuais, preferia ir ao campo de ação em vez de exercer cargos burocráticos em Nova York. Esse personagem, já descrito como uma mistura de James Bond com Bobby Kennedy, é analisado nesta biografia de Samantha Power.

POWER, SAMANTHA
Samantha Power is the executive director of the Carr Center for Human Rights Policy at the John F. Kennedy School of Government at Harvard University. From 1993 to 1996 she covered the wars in the former Yugoslavia as a reporter for U.S. News and World Report and The Economist. In 1996 she worked for the International Crisis Group (ICG) as a political analyst, helping launch the organization in Bosnia. She is a frequent contributor to The New Republic and is the editor, with Graham Allison, of Realizing Human Rights: Moving from Inspiration to Impact. A native of Ireland, she moved to the United States in 1979 at the age of nine, and graduated from Yale University and Harvard Law School.

Autógrafos:
Segunda-feira, 18 de agosto às 19:30
Local: Livraria Cultura Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073 - São Paulo/SP

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4 de agosto de 2008

Livro 'Crônicas 1964 - Gianfrancesco Guarnieri' - Tarde de autógrafos com o jornalista e organizador Worney Almeida de Souza

Na semana do aniversário de Gianfrancesco Guarnieri (06 de agosto) e no ano que se comemoram os 50 anos da primeira encenação da peça Eles Não Usam Black-Tie - um dos grandes marcos da dramaturgia brasileira - o projeto O Autor na Praça recebe em tarde de autógrafos o jornalista Worney Almeida de Souza, organizador do livro Crônicas 1964, publicadas no jornal Última Hora nos meses que antecederam o golpe militar, as crônicas eram ilustradas por Otávio e foram reproduzidas no livro. Haverá leituras de textos de Guarnieri por convidados. Antes evento, às 13h, acontece à exibição do filme Eles não usam Black-tie, de 1981, dirigido por Leon Hirszman, no Teatro do Espaço Cultural Alberico Rodrigues, que se localiza na praça. O cartunista Júnior Lopes marca presença realizando caricaturas. Mais informações abaixo.

Serviço:
O Autor na Praça com Worney Almeida de Souza em tarde de autógrafos do livroCrônicas 1964 – Gianfrancesco Guarnierie exibição do filme Eles não usam Black-Tie.

Espaço Plínio Marcos – Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito CalixtoPinheiros
Dia 09 de agosto de 2008, sábado, a partir das 14h. A exibição do filme acontece às 13h no Teatro do Espaço Cultural Alberico Rodrigues (Praça Benedito Calixto, 159 – 3064 3920). Os eventos têm Entrada Franca. Informações: Edson Lima - 3746 6938 / 9586 5577 – oautornapraca@oautornapraca.com.br

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"Lua na casa três", de Henrique Chagas, também foi publicado na FOLHA DE BLUMENAU

"Lua na casa três", de Henrique Chagas, também foi publicado na FOLHA DE BLUMENAU na edição 188, no dia 23-07-2008. Veja aqui.

OUTROS ESCRITOS DE HENRIQUE CHAGAS
1)  Do vento criador que pairou sobre as águas ao olhar mastigado , por Henrique Chagas. 
2)  De Anselmo a Verdes Trigos , por Henrique Chagas. 
3)  A leitura me dá sorte , por Henrique Chagas. 
4)  Lua na casa três , por Henrique Chagas. 
5)  Hierosgamos: o Cântico dos Cânticos de Noga , por Henrique Chagas. 
6)  Herói do Nosso Tempo , por Henrique Chagas. 
7)  Em Santiago encontrei "La mujer de mi vida" , por Henrique Chagas. 
8)  "O livro é a porta de entrada para um mundo melhor" , por Henrique Chagas. 
9)  Inocente no mundo de Kafka , por Henrique Chagas. 
10)  De volta ao começo: Cruzália/SP , por Henrique Chagas.

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1 de agosto de 2008

Dicta&Contradicta: nasceu uma nova revista de ensaios culturais

Publicação busca incentivar a discussão de idéias sobre literatura, artes, filosofia e humanidades em geral.

Dirigida ao público intelectualmente desperto, desejoso de conteúdos mais profundos, com a finalidade de fornecer uma revista semestral de cultura, acadêmica sem academicismo, com excelente apresentação gráfica, a revista discute temas de pensamento, comportamento, filosofia, literatura e arte, além de analisar situações e fatos que mantenham interesse a longo prazo. Mais do que apresentar e comentar a programação cultural em cartaz, fornece leituras interessantes e bases para a formação cultural. O artista plástico Paulo von Poser assina as ilustrações e o acabamento gráfico da edição nº 1 da revista. Além disso, entre os colaboradores estão - Bruno Tolentino, Luiz Felipe Pondé, Mendo Castro Henriques e Roger Kimball.

Criada pelo IFE - Instituto de Formação e Educação, a revista Dicta&Contradicta é a mais recente novidade no panorama cultural brasileiro. Uma de suas inspirações é a revista norte-americana The New Criterion, reconhecida como uma das mais consistentes publicações culturais do mundo.

Como explica o Editorial de seu primeiro número, "Dicta compõe-se de ensaios relativamente longos sobre temas humanos de sempre - pensamento, comportamento, filosofia, literatura e arte, além da análise de situações e fatos que têm interesse a longo prazo. Não oferece soluções pré-fabricadas para problemas concretos, políticos ou (muito menos) partidários, sociais ou econômicos, morais ou de qualquer outra ordem. Não pretende ensinar ao leitor o que deve pensar, mas oferecer-lhe estímulo para pensar".

E o conteúdo do número 1 certamente oferece estímulo para pensar, a começar pelos três ensaios principais. O primeiro deles, "Do enigma ao mistério", é uma edição, inédita, das três últimas aulas dadas pelo poeta e ensaísta Bruno Tolentino, em maio de 2007. O segundo, de autoria do professor Luiz Felipe Pondé, é uma análise renovadora do livro do Eclesiastes. Como uma das metas da revista é trazer em todos os números a contribuição de uma das grandes figuras intelectuais portuguesas da atualidade, o terceiro dos ensaios principais é assinado pelo professor Mendo Castro Henriques, que apresenta o pensamento do filósofo Bernard Lonergan, ainda pouco conhecido do grande público.

Patrocinada pelo Banco Fator e Instituto Bovespa, a revista começa como semestral, com intenção de, com o tempo, tornar-se trimestral. A primeira tiragem é de 2.000 exemplares, a serem vendidos em livrarias ao preço de R$ 22,50.

[Estou lendo e gostando muito. Trata-se de uma revista para ser lida, estudada, relida, lida bem devagar, refletida. É o que estou fazendo. Uma revista simplesmente fantástica]

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Prefácio de Paisagem vista do trem, por Moacyr Scliar

do livro Paisagem vista do trem
de Antonio Calloni

Concentração de renda é uma coisa da qual ninguém gosta. Mas concentração de talentos é outro papo, é uma surpresa sempre agradável e, mais que agradável, entusiasmante: dá testemunho das múltiplas possibilidades do ser humano. Antonio Calloni é, como todos sabem, um belo exemplo de talento multifacético. É o ator que todos nós admiramos, na tevê, no cinema, no teatro. A partir da minissérie Anos dourados (Globo, 1986), foram numerosos os seus trabalhos na tevê, incluindo Os Maias, Terra nostra, Chiquinha Gonzaga e Amazônia, de Gálvez a Chico Mendes. No cinema, atuou em Policarpo Quaresma, herói do Brasil, de Paulo Thiago. Mas Calloni é também escritor e poeta, o autor de Os infantes de dezembro (1999), A ilha de sagitário (2000), Amanhã eu vou dançar - Novela de amor (2002), O sorriso de Serapião e outras gargalhadas (2005). Um trabalho recebido com aplausos. "Fino prosador, alçando a nossa miséria à marca exemplar da fábula", diz João Gilberto Noll na orelha de O sorriso de Serapião e outras gargalhadas. "Isto que tem às mãos, leitor, é literatura transcendente", garante Pedro Bial ao analisar Amanhã eu vou dançar - Novela de amor. E ninguém menos do que o grande Manoel de Barros afirma, a propósito de Os infantes de dezembro: "Sua poesia vem de uma aguda percepção da nossa mais vulgar vivência. Gosto de tudo".

Com Paisagem vista do trem, Antonio Calloni nos dá mais uma demonstração de seu enorme talento poético, um talento que resulta de um notável domínio da forma associado a uma profunda sensibilidade. ===>>> LEIA MAIS

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29 de julho de 2008

“Afinal, o essencial é isso: sobreviver e manter a paixão.” Pedro Almodóvar

Não há freqüentador de sala de cinema no mundo que não conheça Pedro Almodóvar. Desde a escrita do roteiro até a escolha dos menores detalhes, ele é autor completo de seus filmes e trouxe para a sétima arte um estilo inconfundível, marcado por temas polêmicos e uma estética kitsch. Neste livro, construído a partir de uma série de entrevistas que o crítico de cinema Frédéric Strauss fez com o cineasta ao longo de mais de vinte anos, Almodóvar nos revela como compõe cenários e figurinos e tira proveito de músicas para realçar situações dramáticas. O leitor vai descobrir o que há de autobiográfico em sua obra, quais seus filmes e livros preferidos, a razão de privilegiar as personagens femininas e transformar radicalmente valores ligados a família, fé e sexualidade. Tocantes, impetuosas, irônicas, imprevistas, inteligentes – todos esses adjetivos se aplicam às palavras de Pedro Almodóvar nestas conversas.

• Edição atualizada com o último filme do cineasta: Volver.
• Inclui textos de Almodóvar, uma bela seleção de fotos e filmografia completa.

FRÉDÉRIC STRAUSS, ex-redator e chefe adjunto na revista Cahiers du Cinema, é roteirista e crítico de cinema da Télérama.

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22 de julho de 2008

Dois Palitos: a originalidade de Samir Mesquita

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7 de julho de 2008

Tradição judaica guia autor dos EUA

Folha de S. Paulo - 05/07/2008 - por Marcos Strecker
"Queria lidar com a história e com os fatos inevitáveis", disse à Folha o americano Nathan Englander, apontado pela crítica americana como uma das grandes promessas da literatura americana. O autor está lançando O mistério de casos especiais (Rocco, 55 pp., R$55 - Trad. Paulo Reis) em que usa a ditadura argentina nos anos 70 como uma metáfora para a luta pela liberdade. Nascido nos EUA em 1970, o autor mudou-se para Jerusalém aos 19 anos. "Achei que ia para participar de um processo de paz histórico e descobri que isso era uma grande ilusão. Desse choque veio a idéia para o livro". Uma espécie de seguidor de Isaac Bashevis Singer, Englander, que mora em Nova York, lida com a tradição judaica em núcleos familiares, matéria de seu livro Para alívio dos impulsos insuportáveis, que fez sua fama. Englander participou no dia 4 da mesa "A Estética do Frio" com o argentino Martín Kohan, e com o gaúcho Vitor Ramil.

 

A ditadura universal, por Moacyr Scliar.

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9 de junho de 2008

Para ler de forma radical


O Globo - 07/06/2008 - por Sérgio de Sá
Para ler como um escritor (Jorge Zahar, 320 pp., R$ 44,90) é "um guia para quem gosta de livros e para quem quer escrevê-los". Destinada tanto a leitores como a candidatos a escritor, a obra da americana Francine Prose pretende despertar o desejo e a paixão pela leitura que entra e sai por meio da escritura, e vice-versa. Assim, não seria possível a um manual nesses moldes outra opção que não a do close reading, a leitura colada no texto. A escritora e ensaísta está sempre à procura do texto "escrevível", do qual nos fala Roland Barthes, o texto que faz da legibilidade móvel a ação. Convoca o leitor a mudar de papel, ou melhor, leva-o a querer se inscrever no papel. A idéia de "ler como um escritor", depois de compartilhada com todos, sugere abordagem erótica da linguagem, a partir de uma aproximação em ordem crescente: palavra, frase, parágrafo, narração.

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6 de junho de 2008

À espera do primeiro beijo

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Um beijo no coração conta a história de Stephany, que tem 12 anos e esconde das amigas que nunca beijou na boca. Até o dia em que o professor pede uma redação, para ser lida em voz alta, sobre o tema "O beijo mais importante da minha vida". E agora, o que fazer? Confessar que é BV (boca virgem), ou dar asas à imaginação e criar uma bela história de amor? O autor, José Antonio Neto, é professor do Ensino Fundamental em Belém (PA) e tem mais de 70 prêmios literários.   Saiba mais

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FGV lança livro sobre judeus

PublishNews - 06/06/2008
A história dos judeus expulsos do Egito no século XX é retratada no livro Noites de verão com cheiro de jasmim (FGV. 192 pp., R$ 27), de Joëlle Rouchou. Nascida em Alexandria e criada no Rio de Janeiro, cidade na qual aportou aos três meses de idade, a autora busca neste livro compreender esta história, a partir da memória do grupo que veio se instalar no Brasil entre 1956 e 1957. A obra será lançada no dia 10 de junho, terça-feira, às 19h, na Livraria Argumento - Leblon (Rua Dias Ferreira, 417 - RJ. Tel: 21-2239-5294).

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28 de abril de 2008

O pirateador mais famoso do mundo

Jornal do Brasil - 27/04/2008 - por Bolívar Torres
Agora, além de mago, ele virou pirata. Usando um clássico tapa-olho, Paulo Coelho decidiu se lançar a pleno vapor no vasto oceano da grande rede, espaço em que as velhas leis de direitos autorais já se tornaram ultrapassadas. É ao menos assim que o escritor se apresenta em um site para fãs, o Pirate Coelho, num retrato em que aparece devidamente trajado como um folclórico ladrão dos mares. A página, que indica aos internautas links em que podem fazer downloads gratuitos de suas obras, era vista até pouco como um projeto não-oficial. Em janeiro, no entanto, durante o encontro Digital, Life, Design, na Alemanha, o segredo foi finalmente descoberto. Paulo Coelho admitiu: é ele mesmo, um dos escritores que mais vendem livros no planeta, o criador e administrador da iniciativa. O escritor falou ao JB sobre as relações entre internet, literatura e o futuro do mercado editorial. >> Leia mais

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'Hoje não há geração, há tribo'


Jornal do Brasil - 26/04/2008 - por Rodrigo de Almeida
É do jornalista Zuenir Ventura uma das mais fascinantes reconstituições do que ocorreu no Brasil em 1968. Do desbunde às lutas políticas, das paixões libertárias aos dramas soturnos, dos relatos sublinhados pela história oficial aos detalhes daqueles personagens, nada escapou ao olhar arguto de Zuenir em 1968: o ano que não terminou, publicado em 1988. Vinte anos depois daquele livro, 40 anos depois do interminável 1968 e um tanto de experiência a mais, sem abdicar da inquietação jornalística juvenil, Zuenir retoma o tema e publica, pela editora Planeta, 1968: o que fizemos de nós (224 pp., R$ 75). O título é preciso: mais do que uma reportagem sobre aquele ano revisto hoje, trata-se de um diálogo entre duas gerações. Passado e presente se unem e se confrontam nas diferenças não só dos jovens de ontem e de hoje, como também de jovens que se transformaram em senhores e senhoras. Confira entrevista com o escritor. >> Leia mais

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26 de abril de 2008

O livro do Sobel

Confesso que senti um certo mal estar ao receber o copião do livro do Rabino. Afinal, não se trata de um livro ou de uma pessoa qualquer. Fiquei com medo de escrever a seu respeito ou a respeito deste livro, já que estamos falando de um ícone. Foi o mesmo medo que senti quando recebemos a notícia das gravatas.

E agora? Nós, que estávamos acostumados e gostávamos de ser representados por aquela figura folclórica, de repente nos vimos órfãos, sem chão. Quem vai ser agora o embaixador dos judeus brasileiros?

Numa das passagens do livro, Sobel conta que sentou-se no chão do moadon da Casa da Juventude da CIP para conversar com 1.500 jovens. Eu, que não sou grande apreciador de rabinos, era um daqueles jovens que ficaram hipnotizados escutando as suas tentativas de falar português. Mas aquilo não é um rabino, pensávamos. Depois, mesmo convivendo de perto, custamos a nos acostumar com a novidade. Um rabino jovem, disponível, sem barba, cabeludo, que usava bermudas, ia para a piscina, jogava vôlei com a gente na Rua Antonio Carlos e admirava uma mulher bonita passando na rua. Que rabino é esse? [Moghrabi]

[nota] Estou lendo UM HOMEM, UM RABINO, de Henry Sobel. Gasto mais tempo que FHC, que fez o prefácio, e Moghrabi para ler a interessante biografia. Está sendo uma prazerosa leitura. Sobel, realmente, não é um homem qualquer, muito mais do que um ícone. Com a leitura, estou aprendendo muito. Aprendi que Mazal (sorte) envolve lugar (M - makom), tempo (Z - zman) e talento (L - limud) e isto Sobel sempre teve de sobra, esteve sempre no lugar certo e na hora certa. Algo que, confesso, também sou abençoado. Estou aprendendo muito e recomendo a leitura da biografia do rabino Henry Sobel.

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6 de abril de 2008

Especial sobre Cuba


PublishNews - 03/04/2008
Um bate-papo especial na Livraria da Vila da Vila Madalena (Rua Fradique Coutinho, 915 - SP - Tel: 11-3814-5811) vai colocar em discussão o socialismo em Cuba. No dia 9 de abril, quarta-feira, a partir das 19h30, estarão presentes no encontro o professor de Ciências Políticas da USP, Leonel Almeida e o editor brasileiro do jornal Le Monde, José Tadeu Arantes. O cientista político Emir Sader comandará o bate-papo com tema Fidel e a renúncia, no dia 10 de abril, quinta-feira, a partir das 16h30. A entrada é gratuita.

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1 de abril de 2008

Um YouTube da Leitura


Blog do Galeno - 01/04/2008 - por Galeno Amorim
Vai até quarta-feira (2/4) o prazo para inscrever vídeos sobre leitura no BiblioFilmes, concurso criado na internet para quem quiser mostrar, com imagens e movimento, seu amor pelos livros. O filmete deve ter entre 30 seg e 3min14, informa Galeno Amorim. >> Leia mais

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26 de março de 2008

Entrevista: 'O gosto amargo dos sonhos', com Amós Oz

O escritor Amós Oz fala de Israel e Palestina, o sonho do sionismo e como os políticos ouvem os artistas e depois esquecem tudo o que eles ouviram.

Amós Oz é um escritor israelense de fama internacional cujos trabalhos têm sido traduzidos para mais de 45 línguas. Em maio, com o roteirista Tom Stoppard e com o Vice-Presidente Al Gore, ele receberá o prêmio Dan David, totalizando três milhões de dólares. Oz, 69, que ensina literatura na Universidade Bem Gurion, no sudeste de Israel, foi citado pelos juízes por "retratar os eventos históricos e ao mesmo tempo enfatizar o individuo e a exploração pessoal do trágico conflito entre duas nações". Membro fundador do Movimento Paz Agora, Oz tem sempre estado à frente da dificuldade israelense referente à identidade e defende com fervor uma solução para os dois Estados. Ele recentemente deu uma entrevista à Joana Chen, da NEWSWEEK, na sua casa em Tel Aviv, sobre literatura, política e sobre as vozes dos mortos que não se vão.

NEWSWEEK: O que você acha que faz a sua escrita tão acessível para as pessoas do mundo inteiro?
Amós Oz: Eu acho que há algo universal no provincial. Meus livros são muito locais, mas de um modo estranho, eu acho que o quanto mais local, paroquial e provincial, mais universal a literatura pode ser.

Por que tão poucos livros seus tem sido traduzidos para o Árabe?
A tradução árabe é tão importante para mim quanta outra qualquer. É aquela que eu me envolvo mais. Infelizmente, há uma parede de resistência nos países árabes. Muitos editores árabes não tocam em nada vindo de Israel, não importa se vem dos falcões [radicais] ou das pombas [diplomáticos]

O que você fez para remediar isto?
"De amor e trevas" é agora traduzido para o Árabe pela família de George Khoury, um aluno israelense palestino que levou um tiro na cabeça por terroristas que o confundiram com um judeu enquanto ele estava praticando seu "jogging" em Jerusalém. Eu estou muito tocado por isto e pela nobre decisão da família de tratar esse livro como uma ponte entre as nações.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA (tradução: Henrique Chagas VerdesTrigos / Eliane Nascimento)

Também publicado no Jornal Alef

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16 de março de 2008

Pé Preto no Barro Branco

- a Língua dos Negros da Tabatinga

Sônia Queiroz - e-mail: queiroz@lcc.ufmg.br
Área: Lingüística
1998. 149p. 15,5 x 22,5cm. ISBN:85-7041-147-2

A autora registra a fala de uma comunidade negra que vive hoje nos subúrbios de Bom Despacho/MG. Trata-se de uma língua peculiar, pois seus falantes a adquirem depois de adultos em rodas de amigos e a utilizam quase que unicamente nos momentos de lazer.

Para chegar a essa estrutura lingüística, Sônia Queiroz mostra ao leitor bem mais que o falar inusitado de uma comunidade. A autora recupera a história da chegada do negro ao Brasil e, mais especificamente, a Minas Gerais. Para contar a história da língua dos negros da Tabatinga, o livro fala da importância da influência negra na constituição da cultura brasileira. E deixa claro que os legados culturais dos negros não se restringem a influências. Constituem parte fundamental da cultura estabelecida no país.

Sônia Queiroz conclui que a Língua do Negro da Costa, como também é conhecida, parece fadada a desaparecer em poucas décadas. Por isso "deixá-la morrer sem um registro seria desconhecer ou pelo menos subestimar a importância que tem o estudo de falares como esse para um melhor conhecimento de nossa realidade lingüística e sócio-cultural". 

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14 de março de 2008

Guia da Folha estréia on-line com mais de 700 restaurantes, 700 bares e 300 eventos

A Folha Online lança nesta sexta-feira (14) um guia completo de programação, cultura, diversão e entretenimento com mais de 1.700 opções de lazer na cidade de São Paulo e região metropolitana.

Com informação do Guia da Folha, reportagens exclusivas, áudio, vídeos e um roteiro produzido pelo Datafolha, o site estréia com mais de 700 restaurantes, 700 bares e 300 eventos.

Toda informação está organizada por tópicos e acessível por um sistema de buscas que permite localizar eventos por palavra-chave, preço e até mesmo por localização na cidade, em cinema, teatro, programação para crianças, passeios, shows, concertos, dança, exposições, restaurantes, bares, guloseimas e noite.

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27 de fevereiro de 2008

Nascimento de uma nação

O romance épico Exodus (BestBolso, 896 pp, R$ 19,90 - Trad. Vera Pedroso), de Leon Uris, descreve as atrocidades que os judeus sofreram na Europa e o êxodo desse povo em direção à Palestina em busca de um Estado próprio. Um sonho acalentado por milênios, concretizado depois de muita luta e sofrimento. O caminho seguido ilegalmente por milhares de pessoas resultou na fundação do Estado de Israel, pequeno oásis cercado de inimigos por todos os lados. Exodus é um retrato magnífico do nascimento de uma nação, uma história que conquistou os leitores de todo o mundo com sua trama emocionante e personagens realistas e cativantes. Descendente de imigrantes poloneses, Leon Uris nasceu em Baltimore, no Estado norte-americano de Maryland, em 1924.

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25 de fevereiro de 2008

A chave de casa abre a porta das reflexões

O Estado de S. Paulo - 24/02/2008 - por Moacir Amâncio
A literatura judaica brasileira tem sido praticamente asquenazita. Isto é, produto de descendentes de judeus que deixaram a Europa Oriental no século 20, falantes do iídiche, idioma de base alemã com elementos eslavos, hebraicos e aramaicos. Moacyr Scliar, Samuel Rawet, Bernardo Ajzenberg, Cíntia Moscovitch, etc. Judeus sefarditas, de origem hispano-portuguesa que se espalharam pela Inglaterra, França, Holanda, Itália, Oriente Médio e África do Norte estão presentes no país desde 1820, quando se formou a primeira comunidade judaica organizada em Belém - eram imigrantes marroquinos. No entanto, a literatura de ficção seria mais rarefeita entre eles. Mas este é apenas um dos motivos pelos quais a publicação do romance A chave de casa, de Tatiana Salem Levy (Record, 208 pp., R$ 32,), deve ser assinalada.


Neta de judeus da Turquia e filha de comunistas do Brasil, a narradora recebe do avô a chave que abriria a porta da casa de Esmirna, para onde os avós fugiram durante a Inquisição.

Quatro histórias numa única estréia

A gente vai logo entregando, mesmo sob o risco de cometer uma indelicadeza e ganhar uma inimiga: na semana que vem, a escritora Tatiana Salem Levy completa 29 anos. Depois de participar de antologias de contos, essa “jovem nem tão jovem assim”, em suas próprias palavras, acaba de publicar o seu primeiro romance, "A Chave da Casa", pela editora Record. O livro acompanha a protagonista na busca da história de sua família, depois de receber a chave que abriria a casa em que seu avô havia morado na Turquia. A narrativa tem um jeitão de fluxo de pensamentos e lembranças, assumindo a cada capítulo tempos, locais e temas distintos.

— Construir um romance dessa forma é uma delícia, porque te permite trabalhar um dia com cada narrativa. Na verdade, eu tinha quatro histórias diferentes para escrever, mas que eram uma mesma e única história. Cada história exige uma forma de ser contada, e é tarefa do escritor encontrar essa forma, a narrativa que melhor lhe convém — conta ela."A Chave da Casa" é construído num tom autobiográfico — a própria Tatiana é neta de judeus turcos — e é repleto de simbolismos com o desejo de se escrever um livro. — Eu gosto do termo autoficção, por misturar as duas idéias, a de que se escreve sobre si próprio e a de que tudo é ficção. É embaralhar fato e ficção, fazer com que as duas se misturem a tal ponto que essa distinção perca o sentido — diz Tatiana, comentando a dificuldade de se lançar um primeiro romance. — Tem um lado prazeroso, que é o de ver que é possível, que eu publiquei meu livro, que as pessoas estão lendo. Faz muito tempo que eu sei que quero ser escritora. Demorou, mas eu sempre respeitei esse tempo, e aí está meu primeiro romance. E sei que outros virão. (André Miranda & Télio Navega)

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20 de fevereiro de 2008

Um estilizador sóbrio e intenso de dramas familiares, por Ângelo Caio Mendes Correa Jr.

As palavras que dão título a estas evocações em torno da vida e da obra do escritor Antonio Olavo Pereira foram a ele atribuídas por Alfredo Bosi, em sua clássica História Concisa da Literatura Brasileira.
Nome largamente conhecido do público nas décadas de 50, 60 e 70, detentor de vasta fortuna crítica, embora tenha deixado uma obra pequena em número de títulos, é posível afirmar, sem nenhum favor, tratar-se de uma das figuras mais importantes da prosa psicológica da literatura brasileira pós-45.
Nascido aos 5 de fevereiro de 1913, em Batatais, interior de São Paulo, quinto filho numa irmandade de nove, veio para capital paulista aos 14 anos, onde estudou no Colégio Rio Branco e no Ginásio do Estado.
Seu irmão mais velho, José Olympio Pereira Filho, que em 1918 se iniciara no ramo livreiro na antiga Casa Garraux de São Paulo, fundaria, em 1931, aquela que por décadas foi a mais importante casa editorial brasileira, a Livraria José Olympio Editora, tornando-se o maior editor dos modernistas brasileiros. Basta lembrar que José Olympio reuniu entre seus editados nomes como Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos,Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima,, Murilo Mendes, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado e Lygia Fagundes Telles, dentre tantos outros da mais alta relevância para nossas letras. Foi também José Olympio quem criou a célebre Coleção Documentos Brasileiros, que ao longo de mais de meio século publicou cerca de duzentos títulos de história, sociologia, filosofia, antropologia, crítica literária, economia e outros assuntos relacionados à cultura brasileira. Inaugurada com Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hollanda, teve entre seus autores nomes como Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha, José Veríssimo, Oliveira Lima, Luís da Câmara Cascudo, Nelson Werneck Sodré, Lúcia Miguel Pereira, Capistrano de Abreu e Paulo Prado. +++++++

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19 de fevereiro de 2008

LISTA DE LIVROS: confira a programação de algumas faculdades

PUC-SP - "Memórias de um Sargento de Milícias" (Manuel Antônio de Almeida); "Iracema" (José de Alencar); "Dom Casmurro" (Machado de Assis); "A Cidade e as Serras" (Eça de Queirós); "Vidas Secas" (Graciliano Ramos); "A Rosa do Povo" (Carlos Drummond de Andrade); e "Sagarana" (Guimarães Rosa)

UFMG - "A Alma Encantadora das Ruas" (João do Rio); "Meus Poemas Preferidos" (Manuel Bandeira); "São Bernardo" (Graciliano Ramos); "O Conto da Mulher Brasileira" (Org. Edla van Steen); e "Auto da Compadecida" (Ariano Suassuna)

UFSC - "O Ateneu" (Raul Pompéia); "A Escrava Isaura" (Bernardo Guimarães); "Contos - Coleção Grandes Leituras" (Machado de Assis); "O Pagador de Promessas" (Dias Gomes); "Incidente em Antares" (Erico Verissimo); "O Vôo da Guará Vermelha" (Maria Valéria Rezende); "Homens e Algas" (Othon D'Eça); e "O Código das Águas" (Lindolf Bell)

SEM LISTA: As seguintes instituições não têm lista de obras: ESPM (SP), UERJ, UFRJ, UFSCar, UnB, Unesp, Unifesp e Mackenzie

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Fontes alternativas ajudam a entender melhor cada obra

Folha de S. Paulo - 19/02/2008
Nove livros em três anos. A média de um livro a cada quatro meses é pequena, mas, se colocarmos na conta que os vestibulandos devem se lembrar de todos os personagens e de todas as histórias das obras, além de saber o contexto histórico da época em que viveram os autores e o gênero literário a que pertencem, e ainda estudar as outras disciplinas, a complicação fica um pouco maior. Para não esquecer o conteúdo dos livros, professores aconselham os alunos a procurar outros trabalhos relacionados às obras e aos autores. Exemplo: o estudante que assistir a uma palestra sobre Machado de Assis vai estar mais embasado para responder às questões que um colega que apenas leu Dom Casmurro. >> Leia mais

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Organize a leitura para Fuvest e Unicamp

Folha de S. Paulo - 19/02/2008 - por Fernanda Calgaro e Luisa Alcantara E Silva
Faltam nove meses para a primeira fase da Fuvest 2009. Apesar de parecer muito tempo, o vestibulando deve começar o quanto antes a se debruçar sobre as nove obras cobradas nos vestibulares da Fuvest e da Unicamp, que, pelo terceiro ano consecutivo, mantiveram a mesma lista unificada. Com base na análise das provas dos últimos dois vestibulares, não há uma obra que mereça mais atenção do que outra, já que todas (ou quase todas) costumam ser cobradas. O objetivo de unificar as listas das duas universidades e repeti-las por três anos é, segundo Leandro Tessler, coordenador-executivo da Comvest, que organiza o vestibular da Unicamp, é fazer com que o candidato leia todas as obras. >> Leia mais

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16 de fevereiro de 2008

AOS MEUS AMIGOS

'Aos meus amigos' tem como tema central um dos principais da literatura de todos os tempos - a amizade. A amizade, porém, se aqui rima com 'fraternidade e solidariedade', não rima necessariamente com felicidade. A história do romance, baseada em fatos reais da vida da autora, se articula em torno de um leito de morte. Na verdade, de um leito de suicídio, o do escritor e publicitário Leo (inspirado em Décio Bar, amigo da escritora, a quem o romance é dedicado). É o seu suicídio que, no agitado ano de 1989, mobilizará a retomada da 'velha turma', que vivera intensamente os ideais da esquerda nos anos da ditadura militar brasileira (1964-1985). Um reencontro feito também de desencontros, inclusive políticos. Após o suicídio de Leo, seus amigos reúnem-se para velar o corpo e tentar manter viva sua memória, enquanto procuram os originais de um livro que teria deixado. Romance ágil, grandemente baseado em diálogos, mais do que em descrições, os fatos e personagens são, então, construídos e reconstruídos por referências e reminiscências, como nas conversas reais. É a palavra falada, enfim, que reina no romance, assim como na vida.

Não perca da entrevista da autora na JOVEM PAN

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8 de fevereiro de 2008

Dica de leitura

Dica de Cissa Guimarães (atriz): A Caixa Preta (Amós Oz - Companhia das Letras)
Narrado na forma epistolar - por meio de cartas, bilhetes e outras formas de correspondência -, a dica da atriz conta a trajetória de um casal divorciado há sete anos que volta a se corresponder e recomeça a lavação de roupa suja de onde parou após a separação.

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