Afluentes: 3.000 Km de expedições a remo” é o livro do jornalista Luís Augusto Pires Batista, lançado hoje (22/12/2008), no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente. O livro é um documentário baseado na série de viagens feitas pelo grupo de amigos conhecido como “O River” (cuja sonoridade horríver, em caipirês, corresponde à grafia em inglês: River). Desde 1993, o grupo percorreu a remo 11 rios do Rio Paraná, entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
De acordo com o jornalista, no final de março de 1993, foi realizada a primeira viagem, com duração de três dias, sendo percorridos 250 quilômetros pelos rios do Peixe e Paraná, no extremo oeste paulista, saindo de Santo Expedito passando por Presidente Venceslau, Foz do Rio do Peixe até Presidente Epitácio.
A aventura resultou em uma série de reportagens publicadas por O Imparcial. Os textos eram escritos por Batista e Mário Nogueira. “Nogueira comprou uma canoa canadense e convidou a gente para fazer uma viagem a remo. A partir daí, começamos a organizar o grupo, inicialmente composto por seis integrantes. Fizemos um treinamento de um dia no trecho do Rio do Peixe entre a usina de Quatiara (hoje desativada) até Ameliópolis”, lembra o jornalista.
Ele acrescenta que o grupo despertou para as mudanças e os impactos da formação do lago da usina de Primavera e passaram a fazer expedições nos afluentes do Rio Paraná: rios Aguapeí, Santo Anastácio, Anhumas, Laranja Doce – em São Paulo; rios Verde, Taquaruçu, Inhanduí, Pardo, Paranapanema e toda bacia do Rio Paraná. “Nossa idéia era fazer um trabalho de pesquisa e documentação. Fotografamos e filmamos todos os lugares até o final da década, quando foram fechadas as comportas da usina de Primavera, e ocorreram transformações nesses locais”. As expedições feitas até 2001 são retratadas na obra. O livro também aborda a evolução do grupo O River.
Munhoz diz que a região foi totalmente afetada pela construção da usina Sérgio Motta, em Primavera. “O clima da região mudou, a regularidade das chuvas foi modificada. Ilhas, paisagens e áreas que abrigavam povoados desapareceram, as regiões onde foi formado o lago da usina hoje não existem mais” (Jornal O IMPARCIAL).
Autor: Luis Augusto Pires Batista é jornalista, natural de Presidente Prudente, filho de Aristóteles Batista e Zuleika Pires Batista, nasceu no dia 14 de setembro de 1962, data de aniversário da sua cidade natal. Ingressou em 1981, no curso de comunicação social da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, concluindo o bacharelado no ano de 1983. Começou na televisão em maio de 1987, atuando como produtor na sucursal de Presidente Prudente, da Rede Globo Oeste Paulista, emissora sediada em Bauru, interior de São Paulo. A partir de 1990 respondeu pela chefia de reportagem, até que em 1994, a emissora cede seu sinal em Presidente Prudente, para a implantação da TV Fronteira Paulista, também afiliada à Globo. Desde dezembro de 2005, a convite da Rede Globo, assumiu a editoria regional de jornalismo da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, com o compromisso de ampliar a integração entre as cinco emissoras afiliadas: TV Amazonas, TV Rondônia, TV Acre, TV Roraima, TV Amapá, a sucursal de Brasília e as mini-geradoras do interior da Amazônia.
Por enquanto, o livro pode encontrado nas livrarias de Presidente Prudente. Entretanto fica registrado que se trata de uma obra histórica para a região, seja no seu aspecto cultural quanto e especialmente no registro para as futuras gerações das alterações ecológicas geradas pelo descaso humano, econômico e político e pela necessidade imediata de produção de energia elétrica a partir de obras faraônicas como a usina de Primavera [batizada com o nome de Sérgio Mota].
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