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9 de dezembro de 2008

LANÇAMENTO: FETICHISMOS VISUAIS, de MASSIMO CANEVACCI

O antropólogo italiano Massimo Canevacci, um dos mais provocativos da atualidade, lança a tradução para o português de seu mais recente livro pela Ateliê Editorial. Os eventos de lançamento ocorrem no Rio de Janeiro (10.12),  em São Paulo (13.12) e em Santa Catarina (16.12).

Fetichismos Visuais – Corpos Erópticos e Metrópole Comunicacional

Nos contextos metropolitanos descritos de maneira minuciosa por Canevacci, estão os fluxos comunicacionais carregados de fetichismos visuais, disseminados, sobretudo, pela tecnologia digital que incorpora os atratores, por meio de pedaços simbólicos que impõem percepções nada ingênuas e muito menos manipuláveis. Eliminando essa extensão indefinida entre olhar e a coisa olhada e indicando novas direções para os fetichismos visuais praticados e propagados nas metrópoles comunicacionais.
Neste sentido, as várias linguagens do corpo-bodyscape difundem e, ao mesmo tempo, representam os vários gêneros e subgêneros na cultura ocidental, como contexto de pesquisa e laboratório de práticas em que os corpos se embrenham, provocando a necessidade de se elaborar novos sistemas perceptivos e novas sensoralidades aplicadas ao dinamismo contemporâneo.
O clássico conceito de Fetisch, elaborado por Marx e rediscutido aqui, transforma-se em estilo de vida e envolve aspectos importantes da comunicação metropolitana. São as práticas que misturam publicidade, moda, arte pública e design, mutadas a partir da mercadoria clássica em uma outra, com valor comunicacional.
A trajetória de Massimo Canevacci, como grande leitor de Karl Marx, Adorno, Weber e, sobretudo, de Walter Benjamin, traz aqui, agora, em português, análises únicas que sintetizam filosoficamente a proposta de unir o humano às coisas ou encontrar, nas coisas, o humano. Ou ainda, as coisas transmutadas em humano, ou como queria Benjamin, humanizadas. – Osvando J. de Morais

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8 de dezembro de 2008

O LIVRO NEGRO, DE ORHAN PAMUK

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Rodrigo Capella sorteia livros

O escritor e poeta Rodrigo Capella está sorteando livros em seu novo site. Para concorrer, basta acessar: http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html Toda semana serão sorteados dez ganhadores. Capella é autor de vários livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema; e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adpatado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

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Um mundo sem pobreza - A empresa social e o futuro do capitalismo

As ideias de Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, sempre foram inovadoras. Ele criou, no final da década de 1970, o Banco Grameen e o conceito de microcrédito - fornecimento de pequenos empréstimos aos pobres, principalmente mulheres, para que iniciem negócios próprios e tirem sua família da miséria. De Bangladesh, a ideia do microcrédito se espalhou por diversos países e atualmente favorece milhões de famílias em todo o mundo.

Porém, o "banqueiro dos pobres" não estava satisfeito. Acreditava que se podia fazer muito mais e queria provar que é possível acabar com a pobreza no mundo e colocá-la "nos museus", como ele mesmo diz. Daí surgiu sua nova ideia revolucionária: a empresa social, que deverá transformar o capitalismo que conhecemos.

Mas o que é uma empresa social? É aquela que obtém rendimentos com seus produtos e serviços, mas não paga dividendos aos acionistas e não visa o maior lucro possível, como fazem as empresas. Dedica-se à criação de produtos e serviços que beneficiem a população, combatendo problemas sociais como a pobreza e a poluição ou melhorando o sistema de saúde e a educação.

 Neste livro, Yunus conta um pouco de sua trajetória e descreve o lançamento das primeiras empresas sociais. Ele aborda a parceria com a Danone para a venda de iogurtes nutritivos por preço acessível a crianças subnutridas em Bangladesh, a construção de hospitais oftalmológicos que salvarão milhares de pobres da cegueira e dá sugestões de como chegar a um mundo sem pobreza (por exemplo, por meio da inclusão digital).

 Esta obra, que conta com um caderno de fotos em papel especial, permite que vislumbremos o fantástico futuro que Yunus deseja para o nosso planeta, transformado por milhares de empresas sociais. Seria uma forma de capitalismo nova e muito mais humana.

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Ave, Pássaro

"Ave, Pássaro", vídeo criado por Isolde Bosak para o livro do mesmo nome. Os poemas são de Cleonice Bourscheid e as imagens -gravuras, monotipias, desenhos e aquarelas- de Isolde Bosak. O livro "Ave, Pássaro" foi lançado em outubro de 2007 na Feira do Livro, em Porto Alegre, RS, Brasil. A musica é de Fernando Mattos e a voz de Deisi Coccaro. Pula-Pula e o nome da canção que acompanha o vídeo. "Ave, Pássaro", projeto que apresenta os pássaros do Brasil meridional (livro, concerto e vídeo) aprovado pela Lei Rouanet e apoiado por empresas que apostam no incentivo a cultura e a preservação do meio ambiente, para fazer a vida mais legal.

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Prêmio São Paulo de Literatura consagra Cristovão Tezza

Cristovão Tezza e Tatiana Levy foram os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura. Tezza, cujo O Filho Eterno  já lhe rendera os prêmios Jabuti e Portugal Telecom, ganhou na categoria Melhor Livro do Ano. Desta vez, O Filho Eterno  concorreu com Antonio , de Beatriz Bracher, O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho, A muralha de Adriano, de Menalton Braff, e A copista de Kafka, de Wilson Bueno. Tatiana, autora de A chave de casa, ficou com o prêmio de Melhor Livro do Ano – Autor Estreante, superando Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi, de Cecilia Giannetti, Desamores, de Eduardo Baszczyn, Estado Vegetativo , de Tiago Novaes, e Casa entre vértebras, de Wesley Peres.  

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Mauro Wainstock é homenageado com a "Moção de Louvor-Embaixador da Paz no Mundo"

O jornalista Mauro Wainstock, diretor do Jornal ALEF (www.jornalalef.com.br), da comunidade judaica, foi homenageado com a "Moção de Louvor-Embaixador da Paz no Mundo" durante sessão solene ocorrida no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Criado há quase de 15 anos, o Jornal ALEF , direcionado aos leitores interessados em notícias sobre o mundo judaico e sobre o Estado de Israel, possui uma versão impressa, que alcança leitores em 13 estados do Brasil e em 14 países, e uma versão virtual, disponível no site www.jornalalef.com.br e enviada, em forma de newsletter eletrônica, 3 vezes por semana para 28.000 assinantes no Brasil e no exterior já tendo, inclusive, superado as 1.200 edições produzidas.

O Jornal ALEF vem colecionando prêmios dentro e fora da comunidade judaica e é, de acordo com manifestação expressa da ONU, “fonte de referência séria para veículos nacionais e internacionais”. Entre eles está o francês Le Monde, com mais de 2 milhões de leitores/dia, que frequentemente reproduz reportagens publicadas no Jornal ALEF.

PARABÉNS ao Jornal ALEF, ao jornalista Mauro Wainstock, que, incansável, diariamente bem informa a comunidade judaica e a sociedade brasileira. Parabéns pelo merecido reconhecimento da Câmara Legislativa do Distrito Federal ao seu trabalho. Nosso respeito e admiração. (Henrique Chagas).

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LIVRO “HISTÓRIA DO BRASIL EM QUADRINHOS” ENSINA DE FORMA FÁCIL E DIVERTIDA

História do Brasil em Quadrinhos apresenta o encadeamento de todos estes fatos históricos de forma simples e descontraída. No livro aparecem os detalhes da chegada da família real ao Brasil, o Dia do Fico e a Independência de nosso País. “Claro que essas situações tinham enorme complexidade, mas sintetizadas aos seus planos essenciais, com belas imagens e textos enxutos, funcionam melhor no ensino, na compreensão e na memorização do que efetivamente importa no estudo da História”, diz Roberto Araújo, diretor-editorial da Editora Europa.

A trama e outros detalhes

Toda a história é contada pelo professor Daguerre a três crianças que se desgarram da excursão escolar no Museu do Ipiranga, em São Paulo: Marcelo, Catarina e Gustavo. A pressão sofrida por Portugal para aliar-se a Napoleão, a elevação da antiga colônia a Reino Unido, a Inconfidência Mineira, a entrada de D. Pedro na política, o grito do Ipiranga... Tudo passa pela prosa do professor, num encontro que vai mudar a visão daquelas crianças a respeito dos estudos e até mesmo do lugar onde se encontram.

A obra foi desenvolvida pelo núcleo da revista Mundo dos Super-Heróis, do editor Manoel de Souza em parceria com Edson Rossatto (pesquisa histórica e argumento), Jota Silvestre (roteiro); Laudo (desenhos); Celso Kodama (esboços); Omar Viñole (cores) e André Morelli (assistente de edição).

A revista traz, ainda, um apêndice com testes de múltipla escolha sobre o conteúdo apresentado e outro com as referências artísticas utilizadas ao longo da narrativa.

História do Brasil em Quadrinhos pode ser encontrada até o dia 05 de janeiro nas bancas de jornal de São Paulo e Rio de Janeiro. Depois o livro será recolhido e redistribuído para os outros estados do Brasil. Quem preferir, pode adquirir a publicação nas grandes livrarias ou na própria Editora Europa pelos telefones 0800-55-7667 ou (11) 3038-5050, ou pelo site www.editoraeuropa.com.br.

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Autor de Gomorra sonha em escrever história de amor

ANSA (Itália) - 03/12/2008 - por Redação

O escritor e jornalista italiano Roberto Saviano, de 29 anos, autor do best-seller Gomorra, disse em uma entrevista à revista alemã Stern que sonha em escrever um romance com uma história de amor, para não ser conhecido somente como o autor do livro sobre a máfia. Saviano vive há dois anos sob proteção da polícia devido às ameaças de morte recebidas por ter abordado em seu livro os meandros da Camorra (a máfia napolitana). O livro inspirou a criação de um filme homônimo, lançado este ano e escolhido para representar a Itália na disputa pela indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

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Antonio Calloni publica poemas inéditos no seu site. Confira.

O poeta Antonio CalloniAntonio Calloni, ator, poeta e escritor, publicou dois poemas novos no seu site www.antoniocalloni.com no link Inéditos - O material de pesca e a gravata Ermenegildo Zegna e Mandem presentes para mim.

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A mulher de 50 anos

No livro Coroas, a antropóloga Mirian Goldenberg analisa o insustentável peso da idade entre as mulheres brasileiras

Estudiosa dos gêneros e do corpo em nossa cultura, a antropóloga e professora da UFRJ Mirian Goldenberg saiu a campo para investigar como a mulher brasileira de 50 anos está se enxergando. Autora de outros ensaios sobre a condição feminina na sociedade contemporânea, como A outra, Infiel e O corpo como capital, Mirian apresenta os resultados de sua pesquisa em Coroas – Corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade. Ela mostra, basicamente, que a situação anda difícil para as mulheres maduras: numa cultura que condiciona os afetos a aparências e valores de mercado, e onde a juventude e a beleza são fatores determinantes da realização pessoal, elas se sentem cada vez mais excluídas e pressionadas.

Leia e comente uma entrevista com a autora na Máquina de Escrever, do Portal G1
http://colunas.g1.com.br/maquinadeescrever/

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Manual da Disciplina para Indisciplinados

Dulce Magalhães lança seu novo livro "Manual da Disciplina para Indisciplinados" em Porto Alegre, dia 18, a partir das 19h30 na Saraiva do Praia de Belas.

Disciplina é um processo de ampliação da auto-consciência, que também pode ser lida como "DeSiPleno", pleno de si, plenitude da escolha que se faz por si mesmo, livre de paradigmas limitantes e de modelos de mundo herdados que dificultam o ser e o estar na prática.

Uma maneira de encontrar o caminho da harmonia, da junção entre as diversas partes de nós que estão dispersas entre um querer, um pensar, um agir e um sentir que não se coadunam, que estão díspares em sua expressão. Disciplinar-se é Re-unir-se, viver de forma congruente.

"Dulce Magalhães tem maestria e talento para transmitir o sentido de uma mudança profunda e nos inspirar nessa caminhada. Tornei-me disciplinada através de seus ensinamentos e de seu próprio exemplo.

Mais que uma cliente, revelo-me uma discípula e em profunda gratidão sinto-me honrada pela oportunidade de privar de sua amizade e sua sabedoria. Este livro que chega às suas mãos pode ser a resposta a tudo que você tem buscado. Desfrute e transforme-se."

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La vida brava, Los Amores de Horacio Quiroga

Estive em Montevidéu e fiquei impressionado com a quantidade de livrarias, seja nos shoppings quanto nas ruas da cidade velha ou na tradicional Avenida 18 de julho. Se existem enorme quantidade de livrarias é porque os uruguaios possuem o saudável habito da leitura, embora os preços estejam semelhantes aos praticados no Brasil. Não vi diferença.

image Trouxe na bagagem vários livros, entre eles um que me interessou muito e estou lendo com voracidade: “La vida brava, los amores de Horacio Quiroga”, de Helena Cordellini, um livro que relata a vida de Maria Helena Bravo, uma mulher apaixonada, transgressora e bela, que amou perdidamente o escritor Horacio Quiroga. 

María Helena Bravo. una mujer apasionada. transgresora. bellísima. se enamora perdidamente del escritor Horacio Quiroga. Se casan cuando ella aún no había cumplido los veinte años y él rondaba los cincuenta.Sus memorias son un retrato minucioso dé una cotidianidad - signada por la avaricia de Quiroga. su carácter egoísta y dominante. los celos. lujuria e irritabilidad y su aspecto desaliñado-. pero también de un día a día pintoresco para la época. al bosquejar el afán de Horacio por la modernidad. y sus intentos emprendedores en medio de una aventura selvática.La autora recrea la vida afectiva de un grande de la literatura. con una existencia plena de amores correspondidos y/o desgraciados: Ana María Cires. su primera esposa. cuyo suicidio deja una huella de dolor misterioso; su única amiga mujer. la poeta Alfonsina Storni; la jovencita Ana María Palacios; la adolescente María Esther Jurkowski. quien lo inspiró para escribir el cuento Una estación de amor .Con un registro acabado de su tiempo -la Semana Trágica . la vanguardia de la década de 1920. los amigos del mundo literario (Amorim. Payró. Martinez Estrada. Girondo. Tiempo)-. así como del clima político de los años treinta. la novela refleja la visión amorosa. crítica. descarnada. que varía con el transcurso de la convivencia y los acontecimientos. de la joven mujer que compartió los últimos años de uno de los mejores cuentistas hispanoamericanos.

Agora, ao redigir esta nota, encontro uma crônica do “Arroz para los novios”, de Ignácio de Loyola Brandão, que retrata a vida literária uruguaia e destaca o livro que trouxe:

O eterno e emblemático Horacio Quiroga retorna à cena em um livro de Helena Corbellini (La Vida Brava) sobre sua vida e seus amores. Um dos personagens mais estranhos e enigmáticos - mas gênio - da literatura latino-americana, áspero, difícil, egoísta, dominador, ciumento, irritadiço, sensual (luxuriante, define Corbellini), revoltado. E moderno. Devorei La Vida Brava nas manhãs em que contemplava o dia nascer em Montevidéu (e a luz tarda, só chega mesmo pelas 7 horas) e nas longas e chatíssimas esperas a que os aeroportos nos condenam.

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LANÇAMENTO DO LIVRO "FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO", dia 09/12/2008, às19h, em Brasília

image O Dr. Fabiano Jantalia, Conselheiro editorial da Revista de Direito, editada pela ADVOCEF (Advogados da Caixa), hoje advogado no BACEN, promoverá amanhã, 09/12/2008 às 19h, no Café Cultural da CAIXA, em Brasília, o lançamento do livro intitulado Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, pela LTr.

“O livro é resultado de meus anos de atuação profissional como Advogado da CEF, praticamente todos eles dedicados à defesa judicial dos interesses do FGTS. A obra tomou ainda por base meus estudos de Pós Graduação na UERJ. Além dos aspectos jurídicos tradicionais, as mais de 300 páginas do livro trazem informações sobre histórico, direito comparado e, de modo especial, um estudo sobre cada uma das hipóteses de saque do FGTS. Por fim, uma parte inédita sobre as principais controvérsias jurisprudenciais acerca do tema.”

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Livro disseca Quiroga

image Jornal do Brasil - 06/12/2008 - por Laura L. Utrera

Em julho de 1921, Monteiro Lobato publica, na Revista do Brasil, uma carta assinada pelo escritor uruguaio Horacio Quiroga que comenta a aparição do livro Urupês. Foi a primeira intervenção de Quiroga no mundo da imprensa cultural brasileira. Um ano depois, e com o motivo de celebrar o centenário da Independência do Brasil, Quiroga viaja e se encontra com Lobato, que o convida para um banquete e o recebe com um discurso. Nesse intervalo de tempo, a literatura de Quiroga já tinha sido resenhada, alguns de seus contos traduzidos para o português e, portanto, consumidos por um grande número de leitores. Wilson Alves-Bezerra publica agora Reverberações da fronteira em Horacio Quiroga (Humanitas, 212 pp; R$ 20). O estudo mostra quase como um panóptico a possibilidade de voltar a ler certos contos do autor, com uma prerrogativa como corolário: tirar o escritor uruguaio desse lugar canônico ao qual a crítica o tem submetido durante anos (o de regionalismo, o de realismo, o dos desníveis de qualidade na escrita poética).

Neste livro, Wilson Alves-Bezerra propõe, inicialmente, uma revisão crítica da obra narrativa do contista uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) a partir da categoria da fronteira, entendida como o discurso do estabelecimento das fronteiras argentinas constituído ao longo do século XIX. Assim, a proposta consiste em verificar como esse discurso reverbera na obra literária de Quiroga. Para tanto, o autor parte da reflexão do crítico Ángel Rama sobre a transculturação, discutindo-a e apropriando-se, em outra chave, dos três âmbitos de análise propostos em seu modelo: o lingüístico, o literário e o ideológico. Com este trabalho, pretende-se também conferir um estatuto à obra de Quiroga a partir de sua forma, de modo a evitar os reducionismos que atribuem ao contista uruguaio os epítetos de escritor regionalista ou realista. LEIA O TEXTO COMPLETO

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O que restou do regionalismo?

O Estado de São Paulo - 08/12/2008 - por Redação

"Durante muito tempo o regionalismo foi uma força política, cultural e literária. O Rio Grande do Sul disto era um exemplo. Território conquistado aos espanhóis, a ferro e fogo, nele se afirmou uma orgulhosa identidade. Mas o Brasil mudou. Acelerou-se o fenômeno da industrialização e da urbanização. Surgiram as megalópoles brasileiras nas quais hoje vive 80% da população. O sistema de comunicações aperfeiçoou-se, as redes de tevê passaram a levar para todos os pontos do País uma linguagem mais uniforme. O resultado de tudo isso é que o regionalismo perdeu terreno, inclusive na literatura. Um Graciliano Ramos, um Jorge Amado, até mesmo um Érico Verissimo da fase gaúcha hoje teriam bem menor repercussão. É de lamentar? Certamente. Mas não adianta chorar sobre o leite derramado. O declínio do regionalismo era uma inevitabilidade cultural e o jeito é aceitá-la, partindo para novas formas de expressão." MOACYR SCLIAR, ESCRITOR

Confira a opinião de escritores e acadêmicos sobre o tema regionalismo.

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Revista: DICTA E CONTRADICTA, V.2

Nesta segunda-feira, a Livraria Cultura promove o lançamento da revista ‘Dicta & Contradicta, v.2’, obra dirigida ao público intelectualmente desperto, desejoso de conteúdos mais profundos, com a finalidade de fornecer semestralmente cultura acadêmica, sem academicismo, com excelente apresentação gráfica. A revista reúne temas de pensamento, comportamento, filosofia, literatura e arte, além de analisar situações e fatos que mantenham interesse a longo prazo. Para esta edição, a artista plástica Maria Bonomi elaborou 20 xilogravuras exclusivas.

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