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15 de novembro de 2008

Noite nula

Noite Nula

"NOITE NULA, na sua metáfora
enigmática, constitui o trabalho
de um poeta maduro, que busca a cumplicidade dos leitores cuja sensibilidade e inteligência estejam abertas para uma aventura, que percorre o melhor e maior da poesia contemporânea."

|NOITE NULA|
|CARLOS FELIPE MOISÉS|
|96 p.|R$25,00|
LEIA MAIS
E MAIS AINDA

dia 24 de novembro de 2008, segunda-feira,
a partir das 19h30, no Bar Balcão
Rua Dr. Melo Alves, 150, esquina com Alameda Tietê - São Paulo
Tel. (11) 3063-6091

Neste mesmo horário estaremos lançando Um dia, o trem, de Fernando Fábio Fiorese Furtado e Partilha, de Gabriel Rath Kolyniak.

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 11/15/2008 03:22:00 PM | | | Voltar


A FESTA DE TATI: PARA PENSAR A DIFERENÇA

Por Isabela Monken Velloso

Diferentes ou iguais; somos iguais somente na diferença. Ser diferente é constituir-se. Sou eu porque não sou outro, como diria o poeta, sou qualquer coisa de intermedium. Pensar a alteridade é salutar, afinal, já nos disse a psicanálise: criamos nossa identidade a partir do registro das diferenças, das nossas e dos outros; precisamos deles para "escrever-nos" por contraste ou disjunção, junção de escolhas e ressonâncias.
Pensar sob a ótica do outro, da margem, esse é o convite do livro infantil "A festa de Tati" de Rosângela Vieira Rocha. A pequena história concentra-se na vida de Tati, uma garota diferente, que não goza de alguns privilégios, para alguns, tão rotineiros: "Ela não anda, fala mal e não consegue entender as coisas como as outras crianças da idade dela. Pra ela tudo é mais difícil. Os meninos não conseguem aceitar como Tati é".
Tratar questões delicadas como a diferença não é algo tão simples, como se possa pensar. Falar de especialidades, sem assumir uma roupagem estereotipada, marcada pelo clamor performático da integração, é tarefa para poucos. Falar do outro, daquele que, em certo aspecto, não ocupa o mesmo topos da comunidade, estando num entre-lugar, implica espantar o fantasma de alguns mascaramentos: ver o diferente como objeto pena é prova de arrogância. E, felizmente, não é esse o discurso do livro.
Há na obra uma inegável comoção da família em relação àquela filha que, aparentemente, encontrou em seu desenvolvimento um desvio. No entanto, a rota diferente, trilhada por Tati, sua narrativa cotidiana de superar-se, confere um brilho especial à própria família: todos se unem para vê-la bem e feliz; incansáveis, certos de que é possível contar estrelas no céu, desde que possamos contá-las por grupos, um dia de cada vez. Para Tati e sua família, a rotina é sempre um novo recomeço que requer, cotidianamente, novas reformulações. Tomar banho, fazer uma festa, trivialidades que requerem dos seus convivas inteligência e união.
É bonito ver na narrativa a vivacidade da irmã, com seus salutares defeitos e acertos, e o empenho dolorido e contente dos pais. A narrativa é magistralmente bem ilustrada por Neli Aquino que sabe, como poucos, fazer com que a imagem apaixone-se pelo texto, profanando-o, respeitosamente, como todo gesto amoroso de entrega e de arte. As ilustrações apresentam simbolismos do universo infantil, colagens divertidas e marcas visuais que lembram diários íntimos, papéis de carta. Muito delicadas e nada ingênuas, as imagens sugerem carinho e intimidade. A vitalidade e a liberdade no uso das cores reiteram a deliciosa sugestão da obra de Rosângela Vieira: pensar a diferença pode e deve ser uma experiência colorida e feliz, como A Festa de Tati.
*Isabela Monken Velloso é doutora em Ciência da Literatura/Semiologia pela UFRJ, mestre em Teoria Literária pela UFJF e integra o corpo docente da Faculdade Estácio de Sá/JF.

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O medo e o exercício do poder

por Luiz Ruffato *
publicado em 15/11/2008.

O escritor mineiro Luiz Ruffato escreve sobre a nova obra de ficção do artista plástico gaúcho Alfredo Aquino
Os países hispano-americanos construíram, ao longo de sua história, uma verdadeira tradição de romances sobre o exercício do poder. Basta lembrarmos do inaugurador Tirano Banderas, do espanhol Valle-Inclán, seguido pelos não menos famosos Eu, o Supremo, do paraguaio Augusto Roa Bastos, O Senhor Presidente, do guatemalteco Miguel Angel Astúrias, e O Outono do Patriarca, do colombiano Gabriel García Márquez, os dois últimos laureados com o Prêmio Nobel.
Estranhamente, os escritores brasileiros pouco se debruçaram sobre o assunto. Sim, temos o monumento que é O Tempo e o Vento, do gaúcho Erico Verissimo, que honra qualquer literatura, mas, o que mais? Jorge Amado tentou, em Os Subterrâneos da Liberdade, erigir uma discussão sobre a ditadura Vargas, mas o resultado estético é canhestro: muito partidarismo, pouca literatura. Quem conseguiu melhores resultados, no caso, foi outro gaúcho, Dyonélio Machado, com O Louco do Cati. Sob a ditadura militar, houve uma profusão de textos, boa parte deles depoimentos de época, importantíssimos como militância política, mas desprovidos de valor literário. Novamente, correndo o risco de sermos injustos, recordaríamos como perenes Incidente em Antares, de Verissimo; O Simples Coronel Madureira, deliciosa sátira de Marques Rebelo; o alegórico A Hora dos Ruminantes, de José J. Veiga, e o sofisticado Reflexos do Baile, de Antônio Callado, entre outros.
Tudo isso, para louvarmos Carassotaque (Iluminuras, 144 páginas, R$ 35) título singular da narrativa do artista plástico Alfredo Aquino, recém-convertido à literatura com a publicação do livro de contos A Fenda, em 2007. A opressiva novela se passa num país-continente imaginário, a República de Austral-Fênix, situado sobre a grande placa tectônica do Pacífico Sul, “ocupando um largo espaço entre a Austrália e a Nova Zelândia a oeste, e a América do Sul a leste, com várias ilhas adjacentes”. Portanto, um lugar isolado do mundo, mais ainda se levarmos em conta que lá se fala uma inusual língua, o português. O país passou ainda por uma cruel ditadura militar, nos anos 70 do século passado, quando as feições dos habitantes “começaram a desfocar-se” e, logo em seguida, “houve o desaparecimento generalizado” de suas cabeças.

Também no ZERO HORA

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14 de novembro de 2008

Você sabe ler 2.0?

A espinha dorsal da filosofia do Updater (você!) é o auto-aprendizado (Informal Learning, Auto-Didatismo, Self-Development, qualquer um desses se aplica). E uma parte importante nesta aquisição de informação é transformá-la de fato em conhecimento e, eventualmente, em sabedoria. Existem várias maneiras de se adquirir informação e conhecimento mas a maioria delas está relacionada à leitura.

Mas a internet tem nos ensinado uma outra maneira de ler, uma leitura com scan, que vasculha a página e decide onde e quando reduzir ou aumentar a velocidade. Textos são absolutamente frágeis no mundo digital (você ainda está aqui?) e se não estiver agradando é sumariamente deixado para trás. Nossas bolinhas oculares estão ficando bombadas, muito mais ativas do que antes. E essa nova habilidade adquirida diante das telas de computador parece começar a provocar mudanças interessantes também na leitura off-line de livros e revistas. É uma forma de interatividade com o papel escrito.

Com essa quantidade insana de livros (lembrando que estamos falando de não-ficção neste post), minha postura diante de um livro é sempre a do desafio: ele precisa me agarrar, e logo, senão a fila anda. Nada de gastar semanas para concluir que o livro era uma bomba. Uma leitura do tipo fio-a-pavio tem que ser conquistada e o livro deve ser scanneado e investigado antes, para não cairmos em ciladas do maravilhoso mundo do jargão. Abaixo, algumas dicas recolhidas por aí, de como “ler” um livro, sem necessariamente ler todas as páginas (serve até para usar na própria livraria, antes de comprar):

* Leia sempre a introdução do livro (eu nunca lia, agora sempre leio). A idéia central está alí.

* Leia o índice (nossa, esse então, eu não lia mesmo). Dá uma noção da abrangência e o nível de detalhamento.

* Leia a primeira sentença de cada parágrafo. Você mata um capítulo em poucos minutos.

* Folheie o livro e páre em tudo que estiver em destaque (bold, gráficos, etc). Descubra o critério do autor e a que ele dá importância.

* Veja se há algum resumo sobre o livro na Internet. O resumo não é para substituir, mas é bacana porque primeiro você pega o “todo” e, depois, se achar interessante, se aprofunda. Parece um detalhe, mas a maioria dos autores enrolam pra caramba até começar a falar o que realmente importa. Livros de negócios tem muito teaser até chegar no filé, contextualizam demais.

* (agora vão me matar): rabisque o livro! Compre caneta marca-texto, mini post-its, faça anotações. É assim que faço. Quando volto no livro, tempos depois, a leitura fica mágica. E o meu filho um dia vai descobrir alguns raciocínios meus, mesmo que eu não esteja mais aqui ou já esteja muito gagá para isso.

* Leia livros complementando com mini-pesquisas a internet. Mas atenção: foco é fundamental. Decida que neste mês você vai estudar, sei lá, finanças, e fique neste assunto. Não misture

Estes são alguns truques que não tem o objetivo de sugerir a substituição de uma leitura completa, mas que pode diminuir muito o risco de se gastar tempo precioso com bobagem.

E você? Como você fareja seus livros?

 

Via Blog da Cultura

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Aluna da 6ª série leu 230 livros neste ano

Portal G1 - 12/11/2008 - por Simone Harnik

A estudante Tainá Alves dos Santos, 12 anos, da 6ª série, já leu 230 livros só neste ano. A marca foi registrada em sua escola, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. E outra garota de Aracaju, Alice Vitória Rocha Silva, segue seus passos: aos 6 anos a pequena leitora devorou 67 obras contabilizadas pelos pais. “Gosto de aventura, poesia, romance, suspense”, conta Tainá. Mas depois de duas centenas de livros ainda dá para lembrar de alguma história? Ela garante que sim: “Sempre fica na memória”, diz. A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopéia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.

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13 de novembro de 2008

Pânico no ônibus: Uma leitura psicanalítica do terror na cidade

http://www.fafich.ufmg.br/estudoslacanianos/pdf/Marcus_Andre_artigo_10.pdf

Resumo: O artigo retoma algumas indicações de Jacques Lacan sobre a angústia, afim de discutir sua relação com os conceitos de acting out, passagem ao ato e sobretudo de ato analítico. Todos guardam, segundo Lacan, uma relação intrínseca com a angústia tal como definida por Freud. Em lugar de privilegiar sua distinção, o autor propõe examiná-los com relação à noção de sintoma para dar ênfase aos efeitos subjetivos de uma análise. Além das referências de Freud e Lacan, o autor utiliza-se, como apoio empírico para as noções desenvolvidas, de quatro situações. Duas com base em manchetes de jornal, um relato autobiográfico e um relato de atendimento clínico. Destaca-se o modo próprio de trabalho com o sintoma proposto pela psicanálise de orientação lacaniana: uma nomeação singular que em lugar de sobrepor-se ao inominável que habita cada um de nós, dá-lhe, ao modo de uma ficção especial, contorno e localização, o que afasta a angústia e abre novos horizontes de possibilidades em uma existência.

Palavras-chave: psicanálise lacaniana; angústia; sintoma; nomeação

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Sarau Chama Poética - Palavra de Mulher


Serviço:
Sarau Chama Poética - Palavra de Mulher
Data: 15/11/2008 (sábado) às 15h
Local: Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro - São Paulo
Informações: Tel: (11) 3326-0775

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Miriam Samorano canta no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo

Miriam Samorano canta no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo "Depois de ter sido prestigiado por um de nossos mais importantes críticos literários, Antonio Candido, e de representar o Brasil no 14º Festival Internacional de Poesia de Gênova - Itália - em maio deste ano, o Sarau Chama Poética, idealizado por Fernanda Maria de Almeida Prado, ganha mais um importante espaço cultural na cidade de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa. O sarau que acontece neste sábado tem como tema "Palavra de Mulher" e como convidados os músicos Guca Domenico, Miriam Samorano, Ronaldo Rayol e Vania Bastos e declamadores Fernanda Maria de Almeida Prado, Francesca Cricelli e Rita Alves."

Serviço:
Sarau Chama Poética - Palavra de Mulher
Data: 15/11/2008 (sábado) às 15h
Local: Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro - São Paulo
Informações: Tel: (11) 3326-0775

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Eduardo Galeano lança livro no Brasil

image Publishnews - 13/11/2008 - por Redação

O escritor uruguaio Eduardo Galeano vem ao Brasil para participar de dois eventos que integram a programação da 54º Feira do Livro de Porto Alegre. A programação do autor na cidade inclui, nesta quinta-feira, dia 13, sessão de autógrafos de Espelhos – Uma história quase universal (L&PM, 376 pp., R$ 42 – Trad.: Eric Nepomuceno), às 20h30, na Sala Arquipélago do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1.223 - Centro). Antes, às 19h30, ele participa do Encontros com o Professor, com Ruy Carlos Ostermann, no mesmo local. Depois de passar por Porto Alegre, Galeano desembarca no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira, dia 17, onde faz uma leitura pública do livro no auditório do RDC da PUC-Rio (Rua Marques de São Vicente, 225 – Prédio Rio Data Centro – Gávea). Em Espelhos, o autor analisa a trajetória da humanidade – de sua origem aos dias de hoje – do ponto de vista dos desvalidos e dos esquecidos da história oficial. A obra oferece um panorama de acontecimentos e de transformações do mundo através de histórias que, segundo Galeano, proporcionam ao leitor "uma viagem através de todos os mapas e de todos os tempos, sem limites, sem fronteiras".

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Coluna do Vinicius Jatobá no Terra Magazine

Saiu o segundo texto da coluna do Vinicius Jatobá no Terra Magazine. Com o passar das semanas, escreverá sobre cinema e HQs. Ocasionalmente, publicará crônicas e reportagem. Estão convidados. Toda quinta-feira, um texto novo. A resenha de hoje é sobre a excepcional reportagem "O segredo de Joe Gould", do mestre da arte da prosa estadunidense Joseph Mitchell. Nas próximas semanas: "The Umbrella Academy", "Desonra", "RocknRolla", "Caos Calmo" e muito mais. E se gostarem do texto, divulguem para colegas e amigos e voltem sempre.

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Livro traça histórico desta arte em Mato Grosso entre 1860 e 1960

Em fins do século XIX, a fotografia ainda era um luxo. Com o alto preço das “chapas”, imortalizar a imagem em uma foto só era permitido à elite. Fotógrafos itinerantes anunciavam com alarde sua chegada às cidades, oportunidade de ganhar algum dinheiro. Havia também os fotógrafos, que acompanhavam expedições científicas que vieram a Mato Grosso a partir de 1860, muitos dos quais imortalizaram personagens do povo brasileiro, como as diferentes nações os indígenas que habitavam o nosso Estado.

Já no século XX, a fotografia se torna mais presente na vida das famílias mato-grossenses, documentando aspectos e momentos de seu cotidiano e os processos de ocupação do Estado. Entre os migrantes, fazendeiros e garimpeiros, ela foi ferramenta para traduzir o cotidiano e trocar informações com quem havia ficado na terra natal.

Também foi a fotografia o instrumento utilizado pelos jesuítas que chegaram em Mato Grosso para registrar suas atividades. E o ofício de “fotógrafo” foi seguido por muitos homens e mulheres ao longo do processo de desenvolvimento de Mato Grosso.

Um traçado da história da fotografia pelo olhar dos principais fotógrafos que viveram em Mato Grosso pode ser encontrado no livro “Ofício e Arte: fotógrafos e fotografia em Mato Grosso: 1860 – 1960”, do historiador João Antonio Botelho Lucidio, obra editada pela Carlini & Caniato Editorial e pela Editora da UFMT que será lançada no próximo dia 18 de novembro (terça-feira), às 19 horas, no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (Rua Barão de Melgaço, 2.869, centro, Cuiabá).

Como resultado, uma das mais completas coletâneas de imagens sobre o cotidiano e a história do Estado. “Esperamos que, com a publicação deste livro, não só as instituições públicas e privadas, mas principalmente as famílias sintam-se partícipes e agentes de nossa História e cada vez mais se conscientizem da importância de preservar a memória”, comentou o autor.

Carlini & Caniato Editorial | TantaTinta Editora
Tel: 3023-5714
http://editora-carlini-caniato.blogspot.com
http://editora-tantatinta.blogspot.com

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Quem será que leva mais jeito para ritmista: Nana Gouveia ou Natália Guimarães?

Esta semana um instrumento de percussão ganhou destaque no EGO. A modelo Nana Gouvêa e a ex-miss Brasil Natália Guimarães sacudiram o rocar em momento 'puro samba', no Rio: Nana na quadra da Império da Tijuca e Natália no ensaio da Vila Isabel. As duas são rainhas de bateria das escolas. [VOTEI NA NANA GOUVEA]

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12 de novembro de 2008

Três Perguntas a Alfredo Aquino

Daniel Feix - Zero Hora

A experiência do artista plástico Alfredo Aquino como autor de livros vem de longe – além de escrever e editar títulos de arte, seus desenhos já ilustraram por exemplo o volume de contos Cartas (2004), de Ignácio Loyola Brandão. Mas sua estréia como ficcionista se deu apenas em 2007, com A Fenda, também este um livro de contos. Carassotaque (2008), que ele autografa hoje, às 18h30min, na Praça de Autógrafos - 54ª Feira do Livro de Porto Alegre, é seu primeiro romance.

ZH – Você é um artista visual, escreve sistematicamente em blog, já publicou contos... O que o levou ao romance? Foi a complexidade do tema – as identidades culturais?

Alfredo Aquino – O livro fala muito do medo, tema universal que toca a todos, que faz parte do nosso cotidiano. Ele tem a haver com a arte contemporânea em geral. Essa questão da identidade é crucial também: ser percebido, ser reconhecido e harmonizar seus valores democraticamente, saber ouvir e também conseguir ser ouvido. Mas, se isso vale para uma pintura, também vale para a literatura.

Escrever é apenas outro modo de expressão, de inventar um mundo de fantasia em que nos identifiquemos, autor e leitor, numa espécie de vertigem. A interpretação que quem lê o livro faz, as identificações multiplicadas, isso é muito rico. Mas acontece também na pintura, nos desenhos...

ZH – Carassotaque tem como protagonista um fotógrafo, ou seja, um artista visual, que vive longe de suas origens. O quanto ele tem da sua experiência e da sua visão de mundo?

Aquino – Alguma coisa. Na verdade, o protagonista é o outro, o que nos chama atenção, o que nos ensina a ver com seu olhar diferente do nosso – diferente do meu próprio olhar. O estrangeiro faz perguntas porque tenta entender o que para ele não faz sentido – aquilo a que nós já estamos acostumados ou até resignados.

Existem situações imaginárias que são de um coletivo, fazem parte do imaginário de muitos de nós. Ocorreu uma publicação de um pequeno trecho de Carassotaque em Portugal, e lá os portugueses se identificaram, então isso mostra a dimensão dessa fantasia coletiva que não é localizada. Nesse universo sugerido, que é um tanto visual também, fica proposto um olhar de imagens, que é onírico, é o dos nossos sonhos, podemos nós mesmos imaginar os cenários, acompanhar os diálogos, nos posicionarmos. Esse livro se escreveu quase sozinho, em muitos momentos eu escrevia como se estivesse lendo, para saber o que iria acontecer. Eu também queria saber para que lado aquela história se conduzia.

ZH – Em que medida as artes visuais influenciam sua literatura?

Aquino – As linguagens são diferentes, mas acontece a mesma coisa, os procedimentos são semelhantes: tento sempre experimentar, inventar um jeito novo de expressar, busco correr riscos, fugir da fórmula conhecida e confortável. É isso o que vale na Arte verdadeira, seja ela a visual ou a literária. Porque fazer o que outros já fizeram? Não faz sentido ser cubista hoje, não faz sentido fazer pastiches de Marcel Duchamp hoje – um grande artista que teve seu apogeu em 1920, 1930, no século passado, quase cem anos atrás... É importante buscar caminhos, ver o que os outros estão fazendo, não para fazer igual, mas justamente tentar um vôo diferente. Sempre existem jeitos e motivações para isso. A literatura é um desafio assombroso...

Publicado em Zero Hora - RS e no ArdoTempo

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Pluralidade

"A globalização leva ao mundo cinzento.

Somente as culturas locais podem defender a pluralidade."

Abraham B. Yehoshúa - Escritor israelense

Via: .Editor: Alfredo Aquino

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Jornada cultural começa nesta quinta no Matarazzo

Thiago Ferri

Começa nessa quinta-feira (13) e segue até domingo (16) a Jornada Cultural, organizada pelo Clube do Meio Artístico de Presidente Prudente, no Centro Cultural Matarazzo. O evento contará com apresentações de diversos artistas, entre teatro, shows musicais, artes circenses, workshops, sessões de cinema, entre outros. O objetivo é divulgar os trabalhos e formar um público amante da arte a região.

Criado em 1977, o Clube do Meio Artístico traz esse ano mais de 220 artistas para participar do festival, entre eles Circo Teatro Rosa dos Ventos, Miriam Samorano, Cláudio Dolcimáscolo, Cia. Teatro do Alfinete, Silvio Moreira, Cia. Prudenpax de Teatro, Mênades & Sátiros Cia. de Teatro, Garimparisos Cia. De teatro, Jotacê Cardoso & Nelma Mélo, Vinicius Morais, Carcará (Poeta – Araçatuba – SP), Ricardo Martins (S.J. dos Campos), Anderson Magalhães (Regente Feijó), Banda Tryade, Laura (Indiana-SP), Bill Duque e Simone Jacqueline (Pres. Epitácio), Marcelo Valio (São Paulo-SP), José Rubens Shirassu e Grupo de Folia de Reis de Flora Rica.

O evento irá contar com espaços para exposições de artes, local para apresentação de espetáculos e intervenções entre o público e poetas, atores e performances diversas.

A novidade nesse ano será o funcionamento do Bar Cultural, o "Bar dos Artistas", que estará sob a responsabilidade da Federação Prudentina de Teatro e ficará instalado no Centro Boulevard, com organização própria e a temática "Vida boêmia", inspirada no beco das garrafas do antigo Rio de Janeiro. O local funcionará das 13h às 24h.

A Jornada Cultural conta com o apoio da Federação Prudentina de Teatro e da Secretaria Municipal de Cultura, além dos projetos "Encontro de Instrumentistas" e "Encontro com a Poesia", das escolas de música, dos projetos culturais da cidade e região a da Delegacia Regional da Ordem dos Músicos do Brasil. (Publicado no item Cultura do site: www.portaldoruas.com.br)

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Paulo Coelho é um sobrevivente, diz Fernando Morais

Paulo Coelho poderia estar morto depois de suas experiências com drogas e seita satânicas, disse seu biógrafo, Fernando Moraisda Efe, em Buenos Aires

O autor da biografia do escritor Paulo Coelho diz que se surpreende que o escritor esteja vivo após experiências com drogas e a prática do satanismo. Em entrevista à agência de notícias Efe, Fernando Morais diz que devido aos excessos cometidos pelo escritor pensou em batizar sua biografia de "O Sobrevivente".

Morais seguiu durante três anos a vida de Paulo Coelho, além de pesquisas em seus diários íntimos e averiguou tudo sobre sua vida para escrever "O Mago".

O biógrafo confessa que esperava "uma coisa doce, normal" da vida de Coelho, mas afirma que ele está mais para um sobrevivente. "Ele nasceu meio morto, em coma, quase morre ao nascer e depois pelas drogas, pelos eletrochoques, pelas práticas satânicas, pela repressão política da ditadura, mas sobreviveu a tudo."

"A história de Paulo é um presente para um biógrafo", disse. Em meio às suas 600 páginas, a biografia relata as experiências de Coelho com a dependência a todo tipo de drogas na adolescência, a internação em três ocasiões em hospitais psiquiátricos, as sessões de eletrochoques e a filiação a religiões satânicas.

Além disso, fala ainda sobre seu sucesso como compositor de rock, ao lado do músico Raul Seixas, e suas experiências homossexuais.

"Paulo Coelho não sonhava em ser um bom escritor, ele queria ser um escritor lido no mundo todo", disse, "poderia ter sido jornalista, músico, dramaturgo, executivo de uma gravadora, mas concentrou todas suas energias nisso". Com 35 milhões de livros vendidos no mundo, Coelho é um dos escritores mais lidos da atualidade.

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Evento promete 37 horas de cultura

Publishnews - 12/11/2008 - por Redação

A unidade do Conjunto Nacional da Livraria Cultura, em São Paulo, vai receber, a partir deste final de ano, um projeto que promete marcar o cenário cultural paulista. Através do Vira Cultura estão programadas mais de 37 horas de atividades, que vão de Pocket shows a apresentações circenses e de dança, passando por saraus literários, atividades infantis, sessões de cinema e stand-up comedy. Das 9h do dia 28 até às 22h do dia 29 de novembro, quem passar pela Livraria poderá participar das atividades, com entrada franca, com exceção das peças de teatro, que terão preços populares. A programação literária começa com a Orquestra Literária Paulo Scott, no dia 28, às 20h, onde o escritor vai liderar um encontro reunindo música e fragmentos de obras de prosa de diversos autores contemporâneos. No sábado, dia 29, estão programados o Sarau Relâmpago, com o jornalista da Rolling Stone, Ademir Correa, que convidará o público a ler trechos de obras, Literatura 2.0, bate-papo sobre literatura na internet com os escritores Clarah Averbuck e André Cardoso, Debate HQ, com os cartunistas Laerte, Grampa, Gêmeos e Rafa, sessão de autógrafos do livro infanto-juvenil Tempo de travessia, de Eliana Martins e Rosana Rios, e leitura dramática de trechos da obra Os irmãos Karamazov, clássico de Dostoievski que terá lançamento da nova edição no Vira. Conforme o presidente da Livraria, Pedro Herz, o investimento para a realização do Vira é 100% próprio. “Nosso objetivo é que este evento torne-se periódico. O sucesso da primeira edição vai incentivar a realização de outros ´viras´”, aposta Herz. Para conferir a programação completa acesse o site da Cultura.

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Tecnologia israelense transforma ar em água potável

A companhia israelense Extraction of Water from Air (extração de água do ar) está desenvolvendo um sistema que transforma a umidade do ar em água potável. A tecnologia já foi implantada para pequenas quantidades, inclusive para o uso doméstico, mas ainda não em grande escala. De acordo com a empresa, 1 KM cúbico de ar contém de 10 a 40 toneladas de água, suficientes para matar a sede de 2 milhões de pessoas (Fonte: Pletz/Green Prophet/BlueBus).

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Lançamento do livro "Poemata", dia 13/11, às 19h

Em comemoração aos quatrocentos anos de nascimento do poeta inglês John Milton (1608-1674), a Tessitura Editora lança, em edição bilíngüe, PoemataPoemas em latim e em grego, com organização, tradução, estudo introdutório e comentário de Erick Ramalho. Ramalho é um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2008 por sua tradução de Beowulf.

A obra, inédita em português, foi publicada em 1645 e reeditada em 1673. Contém os poemas que o autor, mais conhecido por sua epopéia Paraíso Perdido, compôs nas línguas clássicas. Profundo conhecedor de ambas, Milton produziu versos de grande beleza em ritmos e metros antigos, dividindo os Poemata (pronuncia-se “poêmata”) em duas seções: Livro de Elegias e Livro de Silvas, este último com poemas em formas variadas.

Pela própria característica essencial da obra miltoniana, fundada na relação intrínseca entre poesia e teoria, a edição da Tessitura traz cuidadoso aparato crítico, que comenta os poemas, explicando o contexto de sua produção, o ensino do latim e do grego na Inglaterra desde a Idade Média, as referências clássicas e mitológicas e os motivos que levaram o poeta londrino a escrever naquelas línguas. Traz ainda um estudo, assinado pela latinista Fernanda Messeder Moura, que coteja os Poemata com uma das obras que mais os influenciaram, as Silvas de Estácio (ca. 40-50 d.C. – ca. 95 d. C.). Assim, o livro volta-se tanto aos leitores especializados quanto aos amantes da poesia em geral.

LANÇAMENTO
13 de novembro de 2008, a partir das 19:00
no Café com letras - Rua Antônio de Albuquerque, 781 - Savassi - BH - (31) 3225 9973

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11 de novembro de 2008

Verdes Trigos: depoimento de Mário Persona

Mário Persona fala de Verdes Trigos, de livros, de leitura, em homenagem aos 10 anos do Portal Verdes Trigos. Obrigado Mário pelo rico e maravilhoso depoimento que motiva a continuar por mais décadas em prol da cultura, da literatura e do hábito da leitura.

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Simon Schama é o primeiro autor confirmado na FLIP 2009

Está confirmada a presença do historiador Simon Schama na FLIP 2009. O autor já havia sido convidado para a edição de 2008, e desta vez aceitou o convite após encontro com Flávio Moura, na Feira do Livro de Frankfurt. De origem lituana, tem três livros publicados no Brasil: “Cidadãos” (1989); “O Desconforto da Riqueza” (1992) e “Paisagem e Memória” (1996). Saiba mais.

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Direção de programação ganha blog no site da Flip

Flávio Moura, jornalista e diretor de programação da FLIP, acaba de lançar um blog. O objetivo do blog é debater conteúdos atuais relacionados à literatura e criar um canal para divulgação das novidades da programação da FLIP 2009. Confira aqui o Blog.

  • Blog da FLIP
  • Canal da FLIP no YouTube
  • Site da FLIP

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    Mistério em Atenas

    Publishnews - 11/11/2008 - por Redação

    Londres, Nova York, Roma, Madrid, Paris, São Paulo. Crimes podem acontecer em qualquer lugar, até mesmo em Thiminos, uma idílica ilha da costa grega. Um local onde o tempo parece ter parado, intocado pelo progresso, onde os habitantes vivem em um ritmo próprio, até que se vêem as voltas com a misteriosa morte da jovem Irini Asimakopoulos. Esse é o tom do romance de estréia da britânica Anne Zouroudi, O mensageiro de Atenas (Rocco, 272 pp., R$ 38 - Trad. Antônio E. de Moura Filho). A idéia da autora é levar os leitores por uma viagem pelos costumes da antiga ilha e pela vida de seus habitantes. A descrição detalhada dos cenários de Thiminos faz um contraponto com a realidade pobre em que ela retrata seus personagens. O dia-a-dia duro e sem grandes aspirações é um problema para os jovens, enquanto os mais velhos já estão acomodados e não desejam ser perturbados, muito menos por um estrangeiro, como é o caso de Hermes Daiaktoros, que desembarca na vila com a missão de descobrir o que realmente aconteceu à moça.

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    Site reúne sugestões para encontrar livros online

    Boletim PNLL - 10/11/2008 - por Redação

    O site EduChoices reúne 25 sugestões de bibliotecas online, onde o usuário encontra livros que podem ser consultados gratuitamente. Na classificação de seus idealizadores, o melhor acervo pode ser encontrado na The Online Books Page. Além dela, destaque também para o Projeto Gutenberg, a Read Print, voltada para estudantes e professores, a Chest of Books, especializada em livros de não-ficção e a Lookybook, especializada em livros infantis.

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    Literatura e jornalismo

    A Literatura e o jornalismo são o que se poderia chamar de irmãos gêmeos, embora alguns literatos nada entendam da técnica do jornalismo e muitos jornalistas – porque estes profissionais existem em maior quantidade – nada entendem de literatura. Os homens da imprensa Ariosto da Silveira e Manoel Hygino dos Santos, no entanto, fogem ao comum. O jornalista Ariosto da Silveira, depois de optar pelo fim de seu exercício profissional no jornal diário, já que foi durante longos anos redator político extinto “O Diário da Tarde”, decidiu abraçar a atividade literária, com especial destaque sobre a tradicional rivalidade entre PSD e UDN em Minas e a biografia do combativo homem público Paulo Pinheiro Chagas, seu conterrâneo da simpática cidade de Oliveira.

    A obra mais recente de Ariosto é eminentemente sentimental: a vida e os sonhos de seu irmão Silveira Neto, por muito tempo figura de realce no rádio-jornalismo, apesar de haver morrido prematuramente. O livro tem conteúdo eminentemente familiar, com depoimentos de todos os irmãos do saudoso profissional, boêmio e sonhador que foi Silveira Neto. Hygino aderiu mais cedo à arte literária, depois de haver atuado no mesmo “O Diário” e de dirigir a sucursal mineira da velha revista Manchete. Uma das suas primeiras produções exigiu minucioso trabalho de pesquisa: retrata o lendário mago e galanteador russo Rasputin, a que se refere no título da obra como: “o último ato da tragédia Romanov”.

    Daí pra frente, a literatura de Hygino não parou. Tanto assim, que hoje integra o seleto quadro de intelectuais da Academia Mineira de Letras, além de assinar diariamente uma coluna de artigos neste HOJE EM DIA.

    A pesquisa é a marca predominante na obra de Manoel Hygino dos Santos, mineiro de Montes Claros, cidade natal de vários escritores festejados, entre os quais Cyro dos Anjos, Teófilo Pires, Darcy Ribeiro e Luiz de Paula, alem do grande poeta João Chaves, autor de relíquias como “Amo-te muito” e “O bardo”. Sua ultima produção, que me chegou às mãos com delicada dedicatória do autor, é “Reverencia pela vida: a pediatria em Minas”. Trata-se de “um esforço para tornar mais conhecida a história da primeira entidade de assistência à área de saúde em Belo Horizonte”, como ressalta Saulo Levindo Coelho, provedor da Santa Casa de Misericórdia da capital, promotora da publicação. É uma obra saudosamente ilustrada e profundamente densa de conteúdo, com a reconhecida seriedade documental do escritor e jornalista Manoel Hygino dos Santos. (Roberto Elísio - Jornal HOJE EM DIA - 09/11/2008)

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    Verdes Trigos 10 anos, depoimentos de Vicentini Gomez e Nanete Neves

    Surpreso, emocionado, feliz e agradecido pelos depoimentos destes feras da cultura brasileira: do cineasta e ator Vicentini Gomez e da jornalista e escritora Nanete Neves.

    Obrigado. Meu coração transborda de alegria.

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    HOJE, Verdes Trigos completa 10 anos on line

    "VerdesTrigos foi criada em 11/11/1998, numa noite de rara inspiração. Queria naquela época escrever um livro on line. Naquele tempo não havia ainda os blógues, mas eu imaginava escrever um livro com a participação do leitor, uma inusitada experiência que, tempos depois, Mário Prata realizou. Penso que o processo de criação é algo solitário, sem dar muita explicação, e o que eu pretendia fazer on line era escancarar o processo criativo. Gosto de estudar o processo criativo dos grandes autores, como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos ou Machado de Assis, com todos os seus rabiscos, cortes, correções, trocas de títulos ou subtítulos.

    Pretendia, então, também fazê-lo, mas em tempo real, onde os internautas pudessem acompanhar a criação e nela interferir através de comentários, críticas ou sugestões. Surgia, então, um embrião dos propagados blógues. Logo, no inicio, além de escrever o livro propriamente dito, comecei a comentar os livros e artigos que lia e que davam fundamentação ou serviam de inspiração ao livro. Muito interessante, todavia, o processo criativo ficou totalmente obsceno, escancarado. Preferi continuar o livro na solidão do quarto, na sua penumbra. Entretanto, dei seguimento à publicação de resenhas e ensaios literários.

    Assim nasceu Verdes Trigos. Mais do que uma atitude, Verdes Trigos é também uma idéia e um conceito filosófico, onde procuro cultivar a esperança num mundo melhor, que se passa pela leitura, pelo estudo e pela dedicação a estes bens imateriais que produzimos e consumimos". (Henrique Chagas)

    [NOTA] "Agradeço de coração todos os que nestes 10 anos nos acompanham, nos ajudam e não nos deixam desanimar. Os e-mails recebidos, com mensagens de estímulo e apoio, as críticas e comentários construtivos, nos estimulam a continuar sempre. Meu abraço especial aos fiéis colaboradores, aos amigos que nos ajudam com textos, notas, scripts de programação, layout, design, css e imagens photoshopadas. Por tudo e a todos, meus sinceros agradecimentos. Em especialíssimo, meus agradecimentos àquela que me compreende e me divide com o VerdesTrigos. Alessandra, desde o inicio, me apóia e me ajuda, e à ela minha especial gratidão".

    UPGRADE => "Meus agradecimentos especiais a todos que nesta data me felicitam pelo VerdesTrigos, que hoje completa dez anos. Nenhuma palavra exprimirá o que meu coração sente: alegria, felicidade e satisfação por ver a marca consolidada, ao mesmo tempo, maior é a responsabilidade que se adquire. Obrigado a todos" Henrique Chagas.

    Profile no Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=317681696728390331

    Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=81556

    SIGA-ME no Twitter: http://twitter.com/verdestrigos

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    10 de novembro de 2008

    Sandra Corveloni estrela montagem francesa de Koltès

    Sandra Corveloni estrela montagem francesa de KoltèsHoje, 10 de novembro de 2008

    Atores brasileiros, entre eles Sandra Corveloni, premiada no último Festival de Cannes, dão corpo às visões de Bernard-Marie Koltès, o dramaturgo francês contemporâneo mais conhecido no mundo, na montagem de sua obra "O Retorno ao Deserto", dirigida por Catherine Marnas, no Théâtre de Paris. O espetáculo já foi apresentado no Brasil e teve sessões no festival de Rio Preto.

    *Sandra Corveloni se apresenta em peça "O Retorno ao Deserto", de Koltès, em Paris

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    Vencedor do Booker Prize minimiza peso do prêmio

    Hoje, 10 de novembro de 2008

    Ainda que sombrio, o humor de "O Tigre Branco", romance de estréia do indiano Aravind Adiga, que venceu o Booker Prize 2008, não disfarça a crítica social por trás da trama. Trata-se de reflexo direto do discurso politizado de seu autor, que diz à Folha que seu prêmio não tem "tanta importância". "Veja bem, vivo na Índia, onde ninguém liga para coisas como prêmios; 60% da pessoas em Mumbai vivem nas ruas, tentando sobreviver. Há coisas mais importantes. E isso é bom para mim, significa que estou próximo da realidade." Nascido de uma família abastada, em 1974, em Madras, Adiga estudou nas universidades Columbia e Oxford e é formado em literatura. Trabalhou para publicações como "Financial Times", "Independent" e "Sunday Times" e diz ter tirado de suas andanças em vilarejos indianos a voz de seu protagonista, Balram, anti-herói em que espelha a sociedade indiana diante do milagre econômico. Leia mais (10/11/2008 - 09h10)

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    A crise do capitalismo é providencial

    Jornal do Brasil - 08/11/2008 - por Rodrigo de Almeida

    O filósofo Leandro Konder se diz um sobrevivente: comunista do século 20, tenta, neste início de século 21, reinterpretar os juízos e propostas formulados por Karl Marx no século 19. O professor já se deu essa missão há alguns anos. Agora, lança um livro no qual não só revisa o comunismo como a própria condição de comunista. Chama-se Memórias de um intelectual comunista (Civilização Brasileira, 264 pp., R$ 39) a obra que chega agora às livrarias. Nela, Konder ­ um dos mais respeitados intelectuais do país repassa histórias de sua vida: das lembranças de um garoto "programado para progredir" ao presente de saúde frágil (o Mal de Parkinson o obrigou a abandonar atividades políticas e acadêmicas). A leveza de estilo e a franqueza da autocrítica estão lá ­ e se espelham na entrevista concedida ao Jornal do Brasil.

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    8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará

    No dia 12 de novembro o Centro de Convenções do Ceará vai ser cenário da Aventura Cultural da Mestiçagem. É este o tema da VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará, que até o dia 21 vai receber cerca de 70 convidados estrangeiros, de países da África, América, Ásia e Europa, e mais de 100 participantes do campo literário e editorial do Brasil, que estão na programação em debates, palestras, encontros, lançamentos, entre outras atividades.

    Nessa aventura cultural, duas comunidades lingüísticas, a portuguesa e a espanhola, estão no foco, abrindo-se para a multiplicidade de culturas e a condição mestiça de suas raízes. Motivada pelo seu tema, a Bienal está comprometida com a integração das diversas culturas envolvidas, reconhecendo seus hábitos, costumes e literatura, com a democratização e a mobilização do acesso universal ao livro, à leitura e à produção literária.

    Escritores, livreiros e editores do Brasil e países convidados proferirão palestras que vão de folguedos afro-brasileiros no Ceará ao barroco e surrealismo na América Latina, passando pelos avanços das neurociências para o ensino da leitura, pela integração cultural entre Brasil e América Hispânica e pelas experiências de Timor Leste e Guiné Bissau.

    Encontros, lançamentos de livros, congresso de cordelistas, teatro e shows também estão nessa aventura cultural da mestiçagem. Na parte musical, atrações como os mexicanos Cabezas de Cera, os brasileiros Vitor Ramil, Fernanda Takai e Cordel do Fogo Encantado, além de bufões e vaqueiros, subirão ao palco do auditório principal do Centro de Convenções, batizado na Bienal como Teatro José Carlos Matos.
    Espaço Infantil e Arena Jovem

    SERVIÇO

    8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará – de 12 a 21 de novembro, das 9h às 22h no Centro de Convenções do Ceará (Av Washington Soares, 1141). Acesso e Programação: GRÁTIS. Para os shows, que acontecerão diariamente às 19 horas no Auditório Principal do Centro de Convenções (1.000 lugares), o acesso será mediante a troca de um livro. Informações: (85)3267.2283.

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    "Itinerário de Lustosa da Costa"(biografia) por Luiza Helena Amorim

    LANÇAMENTO
    DATA: 12 DE NOVEMBRO DE 2008 (QUARTA-FEIRA)
    HORÁRIO: A PARTIR DAS 19 HORAS
    LOCAL: SALÃO NOBRE DO IDEAL CLUBE (Av. Monsenhor Tabosa, 1381)
    APRESENTAÇÃO: POETA JUAREZ LEITÃO

    SOBRE A OBRA: Um curriculum vasto e muitas histórias para contar ao mundo.
    Assim é Lustosa da Costa. A autora, jornalista Luiza Helena Amorim, levou três anos para fazer a pesquisa e escrever Itinerário de Lustosa da Costa - causos e trajetórias. O livro está alicerçado em mais de 50 horas de entrevistas gravadas, com familiares e amigos (Lúcio Brasileiro, Frota Neto, Paulo Elpídio de Menezes Neto, Ministro Ubiratan Aguiar, entre outros), que revelam histórias bem humoradas, revelando Lustosa da Costa com suas virtudes e defeitos. A autora investiu também na pesquisa de fontes bibliográficas e hemerográficas. A obra é rica em fotografias inéditas do arquivo pessoal do biografado.
    A trajetória do 'sobralense', registrada em Itinerário de Lustosa da Costa - causos e trajetórias é também a do espírito de uma geração de jornalistas e intelectuais boêmios em Fortaleza. O fio condutor da narrativa é detalhadamente alimentado por relatos colhidos entre personalidades daquela época. A contextualização é mais que um detalhe, é uma preocupação permanente da autora.

    SOBRE A AUTORA: Luiza Helena Amorim é cearense. Jornalista por formação e especialista em Teorias da Imagem e da Comunicação - UFC. A obra de estréia, "Adísia Sá, uma biografia", foi premiada na 12ª EXPOCOM no Rio de Janeiro. Atuou na imprensa escrita nas editorias de política, economia e cultura. Em emissoras de televisão acumulou as funções de produtora, repórter e chefe de reportagem. Integra a Academia Feminina de Letras do Ceará, AFELCE.

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    9 de novembro de 2008

    COYOTE 18 CHEGA ÀS LIVRARIAS

    Revista Coyote lança novo número, com um dossiê com a escritora Márcia Denser, ensaio de Michel Houllebecq, fotos de Iatã Cannabrava, a prosa de Alberto Lins Caldas e Pedro Salgueiro, a poesia de Joca Reiners Terron, Beatriz Bajo, Celso Borges e Zhô Bertholini, as traduções de Wyslawa Szymborska, Paul Éluard, Jack Kerouac e o cartum de Paulo Stocker.

    "Pode haver derrota mais execrável do que quando se é corroído por dentro pelas secreções ácidas da sensibilidade até que perdemos nossa silhueta, dissolvidos, liquefeitos? Ou quando a mesma coisa acontece na sociedade em nossa volta, e mudamos nosso próprio estilo para ficarmos parecidos com ela?". Yukio Mishima sintetiza, no editorial do número 18 da revista editada em Londrina (PR), o espírito de revolução permanente de nossas sensibilidades e da nova edição da Coyote.

    Coyote 18 resgata o talento e a lucidez furiosa da escritora Márcia Denser. Como escreve Ademir Assunção na apresentação do dossiê: “Prosa densa, labiríntica, poética [...]. A cada livro, seu texto (e, principalmente, o subtexto) vem funcionando como uma broca de prospecção, cavoucando cada vez mais fundo os conflitos humanos”.

    A prosa está representada também na edição por Pedro Salgueiro e por Alberto Lins Caldas. Já a poesia contemporânea exibe sua riqueza e variedade nos poemas de Joca Reiners Terron, Beatriz Bajo, Celso Borges e Zhô Bertholini.

    COYOTE 18 // Primavera de 2008 // 52 páginas // R$ 10,00
    Uma publicação da Kan Editora. Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161 (site: www.iluminuras.com.br). Pode ser adquirida também na internet pelo Sebo na Bac: www.sebodobac.com

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    Dia 11/11/2008, Verdes Trigos completará 10 anos on line

    No próximo dia 11 de novembro, Verdes Trigos, o portal literário mantido pelo escritor Henrique Chagas completará uma década de existência on line. Desde 1998 Verdes Trigos vem conquistando a fidelidade dos apaixonados por livros e por cultura, e, tem tido uma média de 5.000 visitas/dia. Todos os dias, o sítio oferece informações atualizadas sobre literatura e cultura em geral. “Nos verdejantes campos de trigo, o internauta tem acesso a resenhas de livros, críticas literárias e crônicas escritas por diversos autores, além de uma manancial de informações culturais”, explica Henrique.

    “Depois de 10 anos na rede, hoje tenho inúmeros amigos escritores ou jornalistas que resenham livros, encaminham crônicas, contos ou ensaios para publicação, poupando-me de um árduo trabalho. Na verdade, faço um jornalismo cultural e de divulgação literária. Todos os dias chegam livros para divulgar no sítio, encaminhado tanto pelas editoras quanto pelos seus autores. Claro que é excelente receber livros, o maior presente que eu poderia receber. Bons livros devem ser divulgados e a leitura incentivada sempre”, conclui Henrique.

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    VerdesTrigos na coluna do SINOMAR

    CULTURA ON LINE

    Neste dia 11 de novembro, Verdes Trigos, o portal literário mantido pelo escritor prudentino Henrique Chagas completa 10 anos de existência. Desde 1998 Verdes Trigos vem conquistando a fidelidade dos apaixonados por livros e por cultura, de todo País. O site oferece informações atualizadas sobre literatura e cultura em geral, resenhas de livros, críticas e crônicas.

    Hoje, no Jornal O Imparcial, de Presidente Prudente, o jornalista SINOMAR CARMONA fez referencias elogiosas ao VerdesTrigos e aos 10 anos que comemoramos no próximo dia 11/11. Obrigado SINOMAR; sou lhe muito grato pelo apoio que sempre nos tem dado. Obrigado.

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    Seqüestro oficial

    Em novembro de 1978, os uruguaios Universindo Díaz e Lílian Celiberti, militantes de esquerda residentes em Porto Alegre, foram presos, torturados e mandados de volta ao país natal, onde cumpririam cinco anos de prisão. Não se tratou de um processo de extradição, mas do seqüestro de dois exilados políticos (e também de duas crianças, filhos de Lílian), do qual participaram policiais do Brasil e do Uruguai – uma colaboração espúria no âmbito da Operação Condor, aliança firmada por ditaduras sul-americanas para caçar opositores. Então chefe da sucursal de VEJA em Porto Alegre, o jornalista Luiz Cláudio Cunha tornou-se testemunha do crime. Seguindo uma pista de um anônimo, Cunha e o fotógrafo J.B. Scalco foram bater no apartamento em que Lílian era mantida presa. Seus carcereiros receberam os jornalistas com arma na mão. Passados trinta anos, Cunha reconstitui toda a história, com detalhes que vão do dramático ao pitoresco, em O Seqüestro dos Uruguaios – Uma Reportagem dos Tempos da Ditadura (L± 472 páginas; 49 reais).

    O livro mostra os bastidores do esforço de Cunha para trazer a operação clandestina à luz. Com uma arma apontada para a cabeça, Scalco não pôde tirar fotos do cativeiro de Lílian – mas, graças à sua experiência de fotógrafo esportivo, identificou um seqüestrador: Didi Pedalada, ex-jogador do Internacional convertido em escrivão de polícia. Quando VEJA publicou uma reportagem nomeando outro participante do seqüestro, o agente do Dops João Augusto da Rosa, codinome Irno, foi armada uma farsa para desautorizar a revelação: em uma entrevista coletiva, Irno apresentou-se careca e de óculos, muito diferente do sujeito com cabelo e bigode descrito na revista. Coube a outro fotógrafo, Ricardo Chaves, desfazer a farsa: apontando a teleobjetiva para a careca do meganha, descobriu marcas recentes de um corte a navalha, para simular a calvície. O Seqüestro dos Uruguaios é uma demonstração vigorosa do melhor trabalho da imprensa livre: desmontar as trapaças oficiais (Revista Veja).

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    Livros perdidos, nunca mais!

    por Ronoc (Cultura Pompéia) em 09 de Novembro de 2008 às 10:57 am

    Na casa em que Ernest Hemingway viveu em San Francisco de Paula, Cuba, a quantidade de livros é tão grande, que eles estão presentes até mesmo no banheiro. Certa vez, o escritor australiano Peter Carey revelou que sempre que comprava um livro novo se via obrigado a um torturante exercício: de qual volume teria de se desfazer para abrir espaço em seu apartamento para a nova aquisição? Com Sérgio Buarque de Holanda, a situação não era muito melhor: tinha tantas obras em sua biblioteca pessoal, que sua esposa em determinado momento passou a proibi-lo de comprar qualquer livro. O sociólogo não pestanejou: desenvolveu um astucioso sistema para contrabandear os volumes para dentro de casa. (Fica a dica do documentário Raízes do Brasil, de Nelson Pereira dos Santos, em que, se não estou muito enganado, o próprio Sérgio Buarque conta essa e muitas outras histórias impagáveis.)

    É um drama bastante comum para quem sofre do delicioso mal da bibliofilia. Além de ler (muito) e falar (muito) sobre livros, ainda sentimos a necessidade incontrolável de tê-los por perto. Só que um belo dia, eles sorrateiramente já ocuparam todas as estantes e prateleiras disponíveis, deitados, em pé, às vezes socados, coitados. Espalham-se pelo quarto, em pilhas ao lado da cama, em cima da mesa; ocupam os móveis da sala, arriscam-se pela cozinha, ensaiam um avanço por todos os cantos livres da casa. A não ser que você possua uma memória prodigiosa, nesse momento será muito difícil dizer: onde está aquele romance russo que eu nunca consegui terminar? Ou: quantos livros de literatura latino-americana eu tenho mesmo? Para não falar na constrangedora situação de chegar em casa feliz da vida com aquela obra que você sempre quis adquirir e alguns dias depois, no meio de uma faxina, descobrir que você já a havia comprado fazia um bom tempo…

    Se você está lendo este post com um sorriso no canto da boca, meneando a cabeça em sinal afirmativo, como quem diz “sei muito bem do que você está falando”, talvez sua coleção também tenha saído do controle. Antes de entrar num embate derradeiro do tipo “ou eles ou eu” e decidir que os livros ficam e você sai, experimente o LibraryThing.

    O LT é um programa on-line de catalogação e organização de livros, que permite ainda estabelecer contato com todos os usuários que possuem obras em comum com você. Finquei bandeira por lá faz mais ou menos um mês, e posso garantir: além de bastante útil, o LT pode ser também muito divertido. Quanto aos livros, você pode cadastrar todos os dados (autor, editora, ano, edição, páginas, capa, ISBN etc.), bem como os assuntos de que trata. Depois, você pode organizar sua coleção como quiser e fazer qualquer tipo de busca — tudo depende do volume de dados que você inserir. Quer saber quais os livros da Clarice Lispector você tem? Um clique. O mais interessante vai ser quando você procurar saber quem mais possui A hora da estrela. Você vai encontrar italianos fanáticos por L’ora della stella, franceses encantados com L’heure de l’étoile, e até suecos apaixonados por Stjärnans ögonblick

    Além de dar ordem na sua coleção, você ainda pode cadastrar suas livrarias e bibliotecas prediletas (e permitir que qualquer usuário localize-as com o Google Maps), escrever resenhas, montar grupos de discussão, acompanhar o desenvolvimento das bibliotecas de seus amigos. Enfim, o que o LibraryThing acaba oferecendo é um ponto de encontro global para todos aqueles que vêem no livro nada menos que um objeto de devoção.

    Excelente informação do Blog da Cultura. Anotado.

    http://www.librarything.com/profile/VerdesTrigos (profile)
    http://www.librarything.com/catalog/VerdesTrigos (library)

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    Panoramic Slideshow for verdestrigos

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    Tag Cloud for verdestrigos

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    Live Activity Feed for verdestrigos

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