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20 de setembro de 2008

Veredas da censura

Voz da defesa

Daniel Campello Queiroz e Ian Santos, advogados da LGE Editora e do escritor, recorreram. Um dos argumentos é de que, conforme a Lei de Direitos Autorais, não constitui ofensa aos direitos autorais a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra.

Trata-se de uma ação que tem, por trás, um intuito comercial das autoras. A filha de Guimarães Rosa acaba de relançar, pela editora co-autora da ação, um livro sobre o escritor, que não é uma biografia, e sim a reprodução de algumas cartas trocadas entre ela e o escritor. Em virtude desse relançamento, a que a própria autora faz menção na petição inicial como tendo sido alvo de pesados investimentos da Editora, as duas vêm agora pretender tirar de circulação uma obra que foi lançada no final do ano passado”, disse o advogado Daniel Campello Queiroz à revista Consultor Jurídico.

As autoras, sobretudo a filha do escritor, tentam impedir que haja outra obra sobre seu pai, como se a memória e a vida do escritor Guimarães Rosa fosse de sua propriedade, em virtude do parentesco”, observa Campello Queiroz.

O advogado defende que o “Judiciário não pode estar franqueado a favorecer quem, com intuito puramente comercial, tenta tirar de circulação uma obra literária, em patente confronto à Constituição da República, notadamente ao direito à informação e à liberdade de expressão. Houve provimento do pedido de Tutela Antecipada; mas agravamos da decisão, e esperamos revertê-la, não em favor da Editora LGE ou do Alaor, e sim pelo bem da cultura nacional e do bom direito.”

http://www.conjur.com.br/static/text/70052,1

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Justiça manda recolher livro sobre Guimarães Rosa

Filha de Guimarães Rosa pediu a proibição da venda de biografia não autorizada do seu pai por discordar de afirmações feitas pelo autor, o escritor Alaor Barbosa.

Veredas da censura

por Priscyla Costa

A LGE Editora foi condenada a retirar do mercado o livro Sinfonia de Minas Gerais — A vida e a literatura de João Guimarães Rosa, de Alaor Barbosa. A decisão é do juiz Marcelo Almeida de Moraes Marinho, da 24ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Para o juiz, a venda do livro causará lesão aos direitos da personalidade de Vilma Guimarães Rosa, filha do escritor, e da Editora Nova Fronteira. Ele considerou também que o livro de Barbosa contém informações erradas sobre o escritor e que a publicação ocorreu sem a autorização de Vilma, que é a responsável pelos direitos de natureza civil de Guimarães Rosa, por ser filha dele.

Entre os argumentos da filha para pedir a proibição da venda do livro está a afirmação de Alaor Barbosa de que Guimarães Rosa considerava a Língua Portuguesa “inferior”. Para Vilma, a afirmação não faz sentido, já que a Língua Portuguesa era a maior “paixão, amante e companheira” de seu pai, segundo escreveu o próprio escritor na “Carta de Guimarães Rosa a João Condé revelando segredos de Sagarana”, incluída no livro Sagarana. Na carta, anotou Guimarães: "de certo que eu amava a língua. Apenas, não a amo como a mãe severa, mas como a bela amante e companheira".

http://www.conjur.com.br/static/text/70052,1

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Rimas da Vida e da Morte

por Amós Oz

Rimas da vida e da morteTRECHO

Existem respostas espertas e existem respostas evasivas. Respostas simples e diretas não existem.
Portanto, o escritor irá se sentar num pequeno café a três ou quatro ruas de distância do prédio do Centro Comunitário Shunia Shor, onde se realizará o sarau literário. O espaço do café lhe parece acachapado e escuro, sufocante, por isso bem adequado a este momento. Ali ele se sentará e tentará se concentrar naquelas perguntas (no curso de sua vida ele tem chegado aos lugares meia hora ou 40 minutos adiantado, tendo sempre de achar o que fazer até a hora marcada). Em vão tenta a cansada garçonete de saia curta e busto empinado enxugar para ele o tampo da mesa: a superfície de fórmica continua um tanto pegajosa, mesmo depois de passado o pano. Não estaria o próprio pano pouco limpo?
Enquanto isso, o escritor observa as pernas da garçonete [...]

Extraído de "Rimas da Vida e da Morte", de Amós Oz

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Crítica/"Rimas da Vida e da Morte"

Rimas da vida e da morteAmós Oz transforma incertezas em possibilidades de salvação

Autor volta a usar confusão entre "ficção" e "real" como antídoto para certezas fanáticas
NOEMI JAFFE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "História de Amor e de Trevas", uma autobiografia de sua infância, Amós Oz conta que, ainda pequeno, quando sua mãe o levava a uma sorveteria e o obrigava a ficar calado, sua alternativa era ficar olhando para as pessoas e inventar histórias para elas. Nomes, profissões, idiossincrasias, amores, tudo. Já em "Contra o Fanatismo", o autor narra a mesma mania e acrescenta que inventar histórias seja talvez o maior e o único remédio contra essa doença que tem tomado conta do mundo. Em seu último livro, "Rimas da Vida e da Morte", a prática de inventar histórias para as pessoas é o próprio enredo. Mas qual romance não exercita isso? Todos. Mas, aqui é diferente. Oz cria um personagem, escritor desiludido, embora bem-sucedido, que brinca de inventar histórias sobre o público que vai assisti-lo na leitura de um de seus romances. Resultado: uma metainvenção. Um personagem inventado que inventa personagens. Embarcamos, assim, numa invenção dupla, até chegar um momento em que o próprio protagonista começa a perder sua legitimidade narrativa e desconfiamos de que ele também seja uma invenção de algum outro narrador. Geralmente, quando lemos um livro, fazemos como Coleridge aconselhou: praticamos a suspensão da descrença ("suspension of disbelief") e acreditamos em tudo, por absurdo que seja, em nome do fluxo narrativo. Esse é um dos maiores prazeres da literatura: acreditar. Mas a metalinguagem cria uma certa desconfiança e um nó no leitor. Afinal, no que podemos confiar aqui? A melhor resposta, sem dúvida, é: em tudo. Porque tudo, em literatura e provavelmente também fora dela, é invenção. Quando percebemos, estamos torcendo pelo desenrolar das ações dos personagens inventados, sabendo que sua vida não passa de especulação da cabeça do escritor.

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Paulo Ludmer é o mais novo membro da Academia de Letras do Rio

Após anos de dedicação à literatura e ao jornalismo, com 12 livros publicados, além de participação em antologias diversas,incluindo obras sobre a política energética nacional e de ficção, Paulo Ludmer assume no dia 18 de setembro uma das vagas da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro. Seu patrono é Machado de Assis. A posse ocorrerá no auditório J.E. Pizarro Drumond, da Confederação das Academias de Letras e Artes do Brasil, no Centro do Rio. Ludmer, também engenheiro elétrico de formação e professor universitário, atualmente é diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica e colunista de jornais e veículos especializados em energia.

Entre os prêmios literários que o autor recebeu estão: Prêmio União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 1995, por "Linguaçodada" e Prêmio O Capital, de Sergipe, em 1999, de melhor obra do ano para "Outrarias". Esta produção também teve dois textos premiados: "Entre Linhas" (III Concurso Casa da Palavra, 1997) e "Desda" (Prêmio Edição Literis, 1998). O autor também publicou "Perdas e Gulas Crônicas Elétricas Brasileiras" (MM Editora, 1994) e "Crônicas e Correntes Armadilhas Elétricas Brasileiras" (MM Editora, 1999).

Ludmer participa de uma oficina de escritores em São Paulo, que tem como coordenador o professor doutor da USP Carlos Felipe Moisés.

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19 de setembro de 2008

SARAU CHAMA POÉTICA 20 DE SETEMBRO DE 2008

Abertura
Fernanda Almeida Prado

1- Leitura de poemas

Alex Dias (ator e poeta); Fernanda Conrado (atriz)

2- Marines Mendes  ( intérprete )

Mistérios (Joyce / Maurício Maestro); Ponta de Areia (Milton Nascimento/Fernando Brant); Canção de Siruiz (um trecho, recolhido por Antonio Cândido) e Sagarana (Paulo César Pinheiro/João de Aquino); Nada será como antes (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos)

3-Leitura de poemas

Cássio Junqueira (ator e poeta)

4-Miriam Samorano (intérprete)

Trem Azul (Lô Borges /Ronaldo Bastos)
Sentinela  (Milton Nascimento)
Besa Me (FlávioVenturini/Murilo Antunes)

5- Interpretação

O jeito mineiro se ser  - Alex Dias e Fernanda Conrado

6- Aurora Maciel (intérprete)

Guacira (Oracy Camargo/Hekel Tavares)Soca Pilão (Aurora Maciel)

7- Leitura de poemas

Roberta Barni (atriz e professora); recortes de Guimarães Rosa

8- Élio Camalle (intérprete)
9-Participação especial do poeta mineiro Gildes Bezerra

Organização: Fernanda Almeida Prado
design: debora bertoncelo
Sesc Ipiranga
Dia 20 de setembro 2008 -
Rua Bom Pastor, 822- CEP-04203-000 SP/SP - 0800-118220
email@ipiranga.sescsp.org.br  www.sescsp.org.br

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18 de setembro de 2008

O Velho Hitch, por Manoel Hygino dos Santos

Chico Lopes entende de cinema. Não sem razão está no Instituto Moreira Salles, embora também se dedique, com merecido sucesso, à literatura. Seus livros de contos venderam o que podem, no Brasil que lê pouco e em que os costumeiros leitores, não têm o necessário embasamento para conveniente apreciação.
O mesmo acontece com a sétima arte: o que, ao crítico, tanta vez parece uma obra-prima, ao espectador comum não passa de uma grande porcaria. Tampouco o que agradava à platéia adolescente de décadas atrás, satisfaria os jovens de hoje. Os tempos mudam, e, com eles, os gostos.
Comentando Hitchcok, há poucos dias, afirmava Chico Lopes que os espectadores de novas gerações, com o privilégio de poder descobrir a obra toda do diretor inglês em caixas de DVD´s, que são um dos maiores petiscos do consumismo cinéfilo atual, vão certamente se encantar com as obras-primas e nelas descobrir coisas que nem adivinhariam.
Quanto a mim, digo sem medo de causar surpresa: gostei de todos os filmes de Hitch a que tive oportunidade de assistir. É um dos gênios do cinema do século passado, quer dirigisse na Europa, quer nos Estados Unidos. Enfim, como não sou crítico, mas mero diletante, escapo à censura.

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Natalie Portman, diretora

Atriz Natalie Portman apresentou seu curta-metragem no Festival de VenezaNatalie Portman se prepara para sua estréia por trás das câmeras. Ela vai dirigir a adaptação "De Amor e Trevas", livro de memórias do israelense Amós Oz ambientado em Jerusalém durante as décadas de 1950 e 1960. O filme deve ser falado em hebraico.

Natalie Portman, nome artístico de Natalie Hershlag, (Jerusalém, 9 de junho de 1981) é uma atriz estadunidense nascida em Israel. Tornou-se famosa pelo filme Star Wars - A Ameaça Fantasma.

Ainda criança, sua família transferiu-se para os Estados Unidos da América. Aos doze anos, iniciou a carreira de atriz no filme O Profissional, de Luc Besson. É judia, vegetariana desde os oito anos e formada em Psicologia na Universidade Harvard.

Natalie Portman raspou a cabeça para filmar o longa V de Vingança, mostrou um lado mais frio e interpretou uma stripper em Closer e ficou nua para Fantasmas de Goya, ações que a deixaram famosa e fizeram muita gente levar a atriz mais a sério.

Seus filmes abordam, no geral, temas interessantes e variados e roteiros inteligentes, indo da ficção científica Star Wars, de George Lucas, ao musical Todos Dizem Eu Te Amo, de Woody Allen, passando pelo excêntrico Marte Ataca!, do ainda mais excêntrico Tim Burton, e por doces comédias românticas, como Em Qualquer Outro Lugar e Onde Mora o Coração, até os mais encantadores, como o consagrado Paris, Te Amo.

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FLAP! Rio chega em sua 3ª edição com Heloísa Buarque de Hollanda e Olga Savary

Heloísa Buarque de Hollanda, Viviane Mosé, Eucanaã Ferraz, Olga Savary e Paulo Henriques Britto estão entre os participantes desta edição carioca da FLAP!

Percorrerá a FLAP! 2008 o tema Interferências. A proposta é debater a (re) leitura que as novas tecnologias de comunicação, informação e mídia propõem à literatura hoje. Serão abordados temas polêmicos desde a urgência de ativismos vanguardistas até a renovação da eterna indagação sobre o que é arte trazida pelas revoluções do mercado independente.

Abertura: no primeiro dia a abertura fica a cargo do poeta Mano Melo. No domingo, o ator José Mauro Brant fará uma leitura de poemas de Garcia Lorca.

Saraus: Nos intervalos entre as mesas haverá saraus organizados por dois grupos de poesia do Rio de Janeiro: Movimento InVerso e Castelo de Palavras.

Filmes: A novidade desse ano é a exibição de curtas no fechamento de cada dia. "Por Acaso Gullar", de Maria Rezende e Rodrigo Bittencourt e "Procurando Drummond", de Rodrigo Bittencourt.

Realizada pela primeira vez em 2005, em São Paulo, a FLAP! chega neste ano à sua quarta edição – terceira carioca. O evento, que é gratuito e aberto ao público, propõe uma abordagem mais acessível e direcionada sobre polêmicas e tabus que envolvem a literatura contemporânea. São organizadas mesas de debate com poetas, escritores, acadêmicos, editores e jornalistas.

Desde sua concepção, num clima que associa descontração e compromisso, a FLAP! se propõe a encarar sem reverencialismos a obra literária e seu processo de criação. É nesse sentido que a organização fala num contraponto com a muito celebrada Festa Literária Internacional de Parati (FLIP), onde o acesso às palestras é restrito aos que podem viajar até a cidade e pagar ingressos.

>>Veja a programação completa em http://flaprj.wordpress.com/programacao-2008/ 

Comunidade no Orkut

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17 de setembro de 2008

Livro de Rodrigo Capella será adaptado para o cinema

O livro “Transroca: o navio proibido”, do escritor e poeta Rodrigo Capella, está sendo adaptado para o cinema pelo cineasta gaúcho Ricardo Zimmer, diretor de “Catarina” e “O Exército de Um Homem Só”. O filme tem orçamento de R$ 3,5 milhões e as filmagens começam já em 2009, em São Paulo, Santa Catariana e Rio Grande do Sul.

A trama de “Transroca: o navio proibido” se passa a bordo de um navio que faz um cruzeiro por um lugar fictício, Perúsia Grande, e tem como destino a cidade de Parja. A bordo estão Kall, o detetive, e sua mulher Amanda, em lua-de-mel. Durante a viagem, um assassinato deixa os passageiros estarrecidos e coloca o detetive em ação.

O cineasta Ricardo Zimmer justifica porque escolheu o livro para adaptar para o cinema: “o clima de mistério, de intrigas e de suspeitos multifacetados é contagiante até as últimas frases quando então surpreendentemente Kall, revela o criminoso”, argumenta o diretor, destacando que “a resposta tão bem construída pelo autor, revela-nos o mundo de homens que matam por interesses, amor, futilidades, ciúmes e medos”.

Além de “Transroca: o navio proibido”, Capella lançou “Como mimar seu cão”, “Rir ou chorar”, “Enigmas e Passaportes” e “Poesia não vende”, entre muitos outros.

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CARASSOTAQUE

O livro CARASSOTAQUE será lançado no Brasil no dia 16 de outubro em São Paulo, na Livraria da Vila (Lorena)

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Desastre imperdoável, o grande Daniel Auteuil e um faroeste sem rumo, por Chico Lopes

ANNETE BENING NÃO SALVA PRODUÇÃO EQUIVOCADA - Há filmes diante dos quais a gente só consegue mesmo lamentar a locação. E alguém deveria atentar melhor para a questão da propaganda enganosa, nesses casos, porque, sem maiores referências sobre determinadas produções, o consumidor as procura na contracapa dos DVDs, sendo levado a uma locação por chamarizes que não se cumprem; o truque habitual é reproduzir a citação de algum crítico de alguma publicação americana colocada de tal modo que pareça importante; o destaque funciona e muita gente se deixa convencer é por aí. No caso específico de "Correndo com tesouras", a citação diz tratar-se uma "comédia brilhante".
Bem, não é uma comédia. Se queria ser, falhou clamorosamente. Como humor negro, não funciona, e, como drama, menos ainda. O filme simplesmente não é nada, não achou seu tom e, na verdade, só depois de vê-lo, como incauto bem-intencionado, é que fui saber que a crítica americana em bloco o massacrara. Com toda razão. Os críticos às vezes exageram para bem, mas, quando caem matando num filme com unanimidade, o único conselho é evitá-lo, porque não há salvação.
"Correndo com tesouras" é a autobiografia de Augusten Burroughs, narrada em forma de diário (de modo canhestro, porque, de vez em quando, o filme se perde tanto que a gente fica esperando que o diário com a voz em off volte para pôr um pouco de ordem na mixórdia). Ele é um garoto criado por uma mãe metida a poeta que, frustrada em sua ambição e no casamento com um alcoólatra que tem toda razão em considerá-la uma chata monumental (talvez beba é por ter se casado com ela), cria o filho como seu maior fã e sua única platéia. O início, mostrando a relação dos dois com habilidade, é promissor, e de imediato a gente sente que o garoto vai virar homossexual, inevitavelmente, com uma mãe ególatra e possessiva daquele jeito. >>>>> LEIA MAIS

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Palavras para uma cidade

Mexendo nuns quantos papéis que já perderam a frescura da novidade, encontrei um artigo sobre Lisboa escrito há uns quantos anos, e, não me envergonho de confessá-lo, emocionei-me. Talvez porque não se trate realmente de um artigo, mas de uma carta de amor, de amor a Lisboa. Decidi então partilhá-la com os meus leitores e amigos tornando-a outra vez pública, agora na página infinita de internet e com ela inaugurar o meu espaço pessoal neste blog. (José Saramago)

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José Saramago estréia blog na internet

BBC Brasil - 16/09/2008

image O escritor português José Saramago lançou, nesta semana, um blog na internet para estabelecer uma nova forma de comunicação com seus leitores. Segundo o autor, o espaço irá trazer "comentários, reflexões, simples opiniões e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice". Intitulado O Caderno de Saramago, o blog está disponível dentro do site da Fundação Saramago e já conta com dois textos publicados pelo Prêmio Nobel de Literatura. Saramago terminou um novo livro, chamado A viagem do elefante, que será lançado em breve em espanhol, português e catalão. Um trecho da obra está disponível no blog da Fundação José Saramago, onde também está hospedado o blog do escritor.

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15 de setembro de 2008

NO BALCÃO DO BAR

A vida em Tel-Aviv é cara e difícil para quem não tem a sorte de ter um emprego estável e bem pago. Para se ter uma idéia, o custo de vida em Tel-Aviv é maior do que o de Nova York. Segundo uma pesquisa recente, a cidade é a 14ª mais cara numa lista de 143 lugares pesquisados pelo mundo. São Paulo aparece no lugar 25 e o Rio, no 31º. Com os preços pela hora da morte, os aluguéis altíssimos (não se aluga um quarto e sala por menos de mil dólares) e os salários menos atrativos do que já foram, não é surpresa que muitos jovens tenham que apelar para empregos temporários como garçom, entregador de jornal e operador de telemarketing, entre outros exemplos. Volta e meia aparece alguma pseudo-celebridade servindo café em algum restaurante. Semana passada, foi a vez da cantora e compositora Aya Korem, de 28 anos, aparecer nos jornais servindo cerveja num bar de Tel-Aviv. Há dois anos, ela era uma das maiores revelações da música israelense (dá para ver o clipe da música mais famosa dela, Shir ahava pashut, no link: YouTube).

Pelo menos umas quatro músicas da cantora ocuparam a primeira colocação nas paradas locais. Ela fez videoclipes, apresentou premiações, enfrentou paparazzi, lançou dois CDs... Mas hoje, depois do fracasso do segundo CD (o primeiro foi um super sucesso, mas o segundo...), ela também trabalha de fazendo drinques. Aya alega que está por baixo apenas temporariamente e que logo, logo dá a volta por cima. Ela também jura que trabalha por prazer, não pelo dinheiro. Mas não foi isso que as reportagens deram a entender. As mazelas financeiras fazem com que quase metade dos israelenses vivam em negativo no banco (algo em torno de 45% dos que têm conta bancária). Como as taxas de juros aqui são baixas, não custa tão caro assim ficar no vermelho. No Brasil, é suicídio. Mas aqui, os juros do cheque especial são de cerca de 4% ao ano. Então, ninguém se descabela estiver devendo ao banco. O fenômeno do negativo coletivo é tão grande que o banco central daqui decidiu impor limites. Agora, todos os clientes bancários só podem ficar no vermelho até um certo ponto. Para driblar essa regra, os israelenses agora pegam empréstimo atrás de empréstimo – a juros também baixos – para cobrir o cheque especial. Como a Aya Korem, muitos jovens esperam que as coisas melhorem. Enquanto isso, limpam mesas e atendem telefonemas. (Por Daniela Kresch, Jornalista, direto de Tel-Aviv)

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BINNO OXZ E O CLÃ DE PRATA: obra de ficção infanto-juvenil

image Binno Oxz e o Clã de Prata é uma obra de ficção infanto-juvenil que tem a preocupação de explorar situações cotidianas e os conflitos pertinentes ao mundo atual, levando o leitor do riso à profunda reflexão. Dotada de uma estética única, que se aproveita da linguagem de outras mídias como internet e vídeo-game, tem a ficção científica como pano de fundo para os problemas atuais. As ameaças e os dramas deste universo único são familiares à preocupação de qualquer pessoa moderna, seja no aspecto ambiental, onde graças ao aquecimento global o mundo teve quase toda sua superfície coberta por água; seja no tocante a novas tecnologias, onde Inteligências Artificiais ameaçam a autonomia da raça humana ou onde um vírus de computador faz muito mais do que lotar de spams nosso e-mail. Em sua obra, Fábio Henckel, integra aspectos da internet não apenas na criação de seu universo, mas também no diálogo com seus leitores. Apesar de se tratar do livro de estréia do autor, Binno Oxz já conta com comunidades na rede de relacionamento Orkut e um público cativo no blog do autor. Abusando do bom humor e da criatividade, esse livro vai levar o leitor a acompanhar as aventuras do garoto Binno OXZ que, contando com sua inteligência e muita ousadia, descobre que nada daquilo que ele vivia era o que parecia ser.

 

Fábio Henckel nasceu em Tramandaí, uma praia do litoral gaúcho onde está uma das maiores extensões de areia do mundo. No inverno o lugar é tão gelado que é comum encontrar pingüins visitando a orla. Outra característica é o tom prateado da água do mar. “Quem estiver por lá numa manhã realmente fria, vai ver o tal mar de prata”. Atualmente, Fábio mora em Porto Alegre. Já escreveu para jornal, televisão e prepara seu primeiro trabalho para o cinema. Além disso, cuida do site www.oxz.com.br

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O Livro das Impossibilidades

image Em O Livro das Impossibilidades, o quarto livro da saga sobre a formação do proletariado no Brasil, Luiz Ruffato retorna à velha Cataguases.

No quarto volume da série Inferno Provisório, Ruffato dá continuidade às histórias de seus livros anteriores, Mamma, son tanto felice, O mundo inimigo e Vista parcial da noite.

Por meio das existências mesquinhas e miseráveis de seus personagens, ele constrói um quadro pungente da realidade brasileira. O cenário das narrativas que compõem o romance é a mesma cidade de Cataguases feita de palavras, tendo o Beco do Zé Pintocomo eixo aglutinador de fatos e de personagens.

Em O Livro das Impossibilidades intensifica-se o processo de degradação dos personagens; o Inferno Provisório parece tornar-se mais explícito para seus ocupantes. O livro acaba de sair da gráfica da Editora Record e chega às livrarias no dia 12 de setembro.

O Livro das Impossibilidades
Inferno provisório - Volume 4
Luiz Ruffato
Editora Record
160 páginas

Dica: Alfredo Aquino

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Lançamento do livro 'E-c@usos' - Livraria Cultura - Shopping Villa Lobos - 19h

AMANHÃ, TERÇA-FEIRA, DIA 16 DE SETEMBRO ÀS 19H
LANÇAMENTO DO LIVRO E-C@USOS
LIVRARIA CULTURA – SHOPPING VILLA LOBOS

São Paulo, setembro de 2008 – O empresário Indio Brasileiro Guerra Neto,  um dos precursores da Internet no Brasil, lança no próximo dia 16 de setembro, às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, o livro e-c@usos. A obra reúne 32 profissionais que revelam passagens e histórias inusitadas e curiosas ocorridas ao longo de mais de 10 anos, desde o início da indústria pontocom no Brasil.

“Não foi fácil juntar tanto conteúdo, ainda mais com profissionais tão ocupados em seguir construindo nossas estradas digitais, mas tenho certeza de que este livro, além de entreter, vai passar muitas mensagens valiosas para quem busca ingressar no expansivo e lucrativo mercado da internet, bem como em qualquer outro tipo de negócio pujante, desconhecido ou desafiante”, ressalta Indio Brasileiro.

Com prefácio de Caio Túlio Costa, o livro também conta com a participação do autor, além de empresários e executivos que atuaram ou ainda atuam em negócios digitais: Alexandre Canatella, Alexandre Gibotti, Aluízio Falcão, Anderson Andrade, Bob Wollheim, Bruno Fiorentini, César Paz, Cid Torquato, Edson Romão, Eduardo Vieira, Enor Paiano, Fernand Alphen, Fernando Palermo, Fernando Tassinari, Gil Giardelli, Luciana Caran, Luis Claudio Allan, Luli Radfahrer, Marcelo Sant’Iago, Marcelo Tas, Marcelo Trípoli, Marcos Souza Aranha, Paulo Leal, Paulo Mira, Pedro Mello, Pyr Marcondes, Rafael Payão, Raul Orfão, Ricardo Almeida, Ricardo Anderáos e Romero Rodrigues.

Toda a arrecadação com a venda do livro e-c@usos será revertida para o CDI, Comitê para Democratização da Informática. “Essa foi uma prerrogativa para a participação de todos os que ajudaram a escrever este livro, uma vez que o livro tem como objetivo tornar público essas pérolas, ou seja, relatar e dividir esses fatos engraçados que tivemos a oportunidade de presenciar em nossas experiências profissionais ao decorrer dos anos. Tenho certeza que não somente os profissionais do mercado de Internet, mas também o público em geral irá se divertir com a leitura”, afirma Indio Brasileiro.

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