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12 de julho de 2008

Esse seu olhar de Capitu

Maria Fernanda Cândido, premiada como Capitu no cinema, volta a ser a heroína de "olhos de ressaca" em série da Globo

LAURA MATTOS  - DA REPORTAGEM LOCAL - FOLHA DE SÃO PAULO
Por que Maria Fernanda Cândido foi, de novo, escalada para interpretar Capitu, a heroína dos "olhos de ressaca, de cigana dissimulada", considerada a maior personagem feminina da literatura brasileira?
Luiz Fernando Carvalho, diretor da adaptação do clássico "Dom Casmurro" para a nova microssérie da Globo, não tem dúvidas: "Maria Fernanda é Capitu. Não importa o que fez antes, ou o que fará depois. Basta olhar para ela e você verá Capitu", responde à Folha.
Foi o que pensou o cineasta Moacyr Góes quando teve a idéia de um longa-metragem inspirado na obra de Machado de Assis. "Nunca tive dúvidas de que Maria Fernanda seria Capitu. Ela tem os olhos de ressaca, um olhar que arrebata e pode afogar quem se sinta atraído por esse mar", diz. "Dom" (2003), apesar de defenestrado pela crítica e ignorado pelo público, rendeu a ela o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado.
Ela fica sem graça quando estão em pauta seus marcantes olhos verdes, levemente puxados. Mas admite estar estudando a melhor forma de transformá-los em uma das principais ferramentas para dar vida a Capitu na microssérie, que começa a gravar na próxima semana.
"O olhar é certamente um elemento forte na obra, e já estou estudando formas de interpretá-lo", diz Maria Fernanda.

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De Anselmo a Verdes Trigos, por Henrique Chagas.

Nasci numa segunda-feira, alguns dias após a morte de Albert Camus, o existencialista argelino. Eu sequer tinha nome para o batismo. Ainda nascituro, tia Porcina persuadiu por meses para que eu fosse nomeado Anselmo, estava absolutamente certa deste nome para mim. Já havia convencido boa parte da família de que Juscelino ou Brasilino, embora fossem nomes da moda, não seria bom nome para um filho dos Terras.

Para ela e boa parte da família, Anselmo era mais nome, tinha toda uma carga cultural importante, mas enfrentou o veto fatal de minha mãe. Coube a meu pai colocar fim à celeuma, sem qualquer justificativa: "Levará o nome do frei Henrique de Coimbra!" Emudeceram todos. Mamãe assentiu, afinal [confessou-me alguns anos antes de sua morte] tivera um candidato a namorado com este nome. Assim, eu, filho de José Terra, fui batizado Henrique Chagas.

Se com o nome sela-se um destino, levei a sério o traçado por meu pai. Em plena adolescência, com apenas quatorze anos, saí de casa, deixei meus pais e meus irmãos, ingressei num seminário católico; não tinha a intenção de ser padre, rezar missa ou aconselhar quem quer que seja [meu pai sabia disto], queria ser um palestrante, um mensageiro, um profeta, um disseminador de boas novas. Assim, tornei-me, como que predestinado pelo nome, religioso, apenas frei, irmão, cujos votos renunciei aos vinte e dois anos, idade certa para dar novo rumo à vida. Quedou-se o frei, todavia restou em mim o gosto pela difusão de boas novas, de cultura, de arte e literatura, e, enfim, das coisas do espírito.

Não, eu não acredito que o nome predetermina os rumos que vida dá. Sou eu quem dá os rumos à minha própria vida. Mesmo que eu me chamasse Juscelino, Brasilino, Alberto ou Anselmo, talvez até tivesse que pagar algumas promessas [essa foi sutil], mas chegaria aonde cheguei. Bobagem, tudo besteira, eu gosto do meu nome. O que importa mesmo, digo-lhe, é que pertenço à tribo dos Terras.

LEIA O TEXTO COMPLETO

LINKS RELACIONADOS

  1. A leitura me dá sorte 
  2. Lua na casa três
  3. Hierosgamos: o Cântico dos Cânticos de Noga
  4. Herói do Nosso Tempo
  5. Em Santiago encontrei "La mujer de mi vida"

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A ASCENSÃO DO EXERCITO MERCENARIO MAIS PODEROSO

BLACKWATER

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9º CONCURSO DE LITERATURA DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE CANOAS (RS)

A Fundação Cultural de Canoas (RS) promove o 9º Concurso de Literatura - Conto, Crônica e Poesia, com entrega dos trabalhos até 31 de julho de 2008, SEM TAXA DE INSCRIÇÃO. O primeiro lugar de cada gênero receberá 100 exemplares da coletânea a ser editada, o segundo 50 exemplares, o terceiro 30 exemplares, e as menções honrosas 5 exemplares. Todos os participantes receberão certificado de participação. O regulamento e a ficha de inscrição estão no site www.fundacan.com.br ou pelo fone/fax (51) 3059.6938. Os trabalhos premiados estarão integrados à coletânea SEM NENHUM ÔNUS.

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Morador de rua passa em concurso do BB e assume cargo em julho

Ubirajara Gomes da Silva passou na 136ª posição, entre 171 classificados para Recife. Ele carregava pasta com cópias de apostilas e provas e estudava em praças e bibliotecas.

Enquanto vivia de fazer bicos e pedir esmola, Ubirajara Gomes da Silva, de 27 anos, passou quase um ano carregando pelas ruas do Recife uma folha de papel dobrada com o comprovante de classificação no concurso do Banco do Brasil.

Neste mês, foi convocado para assumir o cargo de escriturário, cujo salário inicial é de R$ 942,90, mais gratificação de 25%.

Silva ficou na 136ª posição, entre 171 classificados para trabalhar no Recife. A aprovação no concurso não significa apenas um emprego para ele. Morador de rua há 12 anos, Silva finalmente vai realizar o desejo de ter um lar. ++++++++++

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Lançamento: Anno Domini - Manuscritos Medievais

Ademir Pascale e Andross Editora convidam para o lançamento do livro Anno Domini - Manuscritos Medievais. Uma antologia de contos épicos. O lançamento será no dia 19/07/08 na Casa das Rosas da Avenida Paulista. Saiba mais... (12/07/08)

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11 de julho de 2008

LOOK! ainda mais chique e irreverente na 15a.edição

Chega às bancas a 15ª. edição da revista Look! trazendo a jornalista Glória Maria na capa, além de entrevistas com o polêmico enólogo Elídio Lopes, a atriz Débora Falabella, Juliana Palheiros, a joalheira dos famosos e Cacá Bueno, mais dicas, sugestões e roteiros.

      Glória Maria está em pleno período de transformação. Diz que vai ficar mais um ano e meio fora do ar e que quer começar do zero. Vaidade, sociedade, namorados mais jovens (“gosto sim, é verdade”), beleza mantida a base de sopa de ninho de passarinho da Tailândia e a gravação de um CD, completam o papo com uma Glória, de fato, muito mais relaxada que o habitual.

Não sentir nenhuma falta do mar, que adora São Paulo e que se sente feliz por estar em cartaz na cidade, com um dos textos mais picantes de Nelson Rodrigues, são algumas das afirmações de Débora Falabella em entrevista. Declara que a falta de privacidade que a fama traz a incomoda e diz gostar da imagem de boa moça e integridade que passa.

Elídio Lopes, o Homem do Vinho, acusa os concorrentes de “roubarem” seus fornecedores. Conta suas estratégias para subir na vida e entrar para a elite, além de escancarar os bastidores das importadoras e produtores de vinhos.

A joalheira Bibiana Paranhos, a mais requisitada de São Paulo, que atende nomes como Athina Onassis e Maria Fernanda Candido, conta como superou e curou um câncer na tireóide.

Cacá Bueno, o bicampeão da Stock Car e filho do Galvão Bueno dispara: “Ser filho do Galvão atrapalha”.

Em um encontro com a família Ohtake, clã que deveria ser um dos símbolos do centenário da imigração japonesa no país, mas curiosamente está fora das festividades, revela fatos singelos sobre a vida desses personagens marcantes na cena cultural da cidade.

Restaurantes onde fondues são as estrela do cardápio e mais moda, beleza, lançamentos.

Preço: R$ 8,90

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O Clube estréia no Satyros Um em agosto

Dia 1° de Agosto, à meia-noite, o Grupo Miscelânea estréia a tragicomédia "O CLUBE" no Espaço dos Satyros Um.
VENHA RIR DA MORTE, PORQUE NINGUÉM MORRE DE RIR.

Segundo o filósofo Plotino "Morrer é mudar de corpo como os artistas mudam de roupa". Com base nesta frase, artistas de um cabaret promovem um sarau tragicômico. É o "Clube Mortuário Unidos pela Divina Providência". Nos encontros periódicos do grupo, tudo acontece. Eles ouvem e dançam músicas que cantam o fim da vida. Fazem citações e criam estórias para entender e enfrentar o maior de todos os medos: o da morte.

"O Clube", com texto e direção de Arnaldo Drummond, estréia dia 1° de agosto, sexta-feira, à meia noite (sessão maldita!), no Teatro Espaço dos Satyros Um e fica em cartaz até o final do mês (dia 30 - curta temporada), todas as sextas e sábados nesse mesmo horário. No elenco: Bia Izar, Kaio Almeida, Marcio Cardoso e Paula Teixeira.

No primeiro dia do mês do "mau agouro", à meia-noite, artistas de um cabaret se transformarão em sócios do "Clube Mortuário Unidos pela Divina Providência".
Bia Izar vive a fundadora do Clube, uma atriz em busca de um sentido para questões sobre a vida, o amor e a morte. Márcio Cardoso faz o mediador das reuniões, um advogado bem sucedido que carrega um segredo. O terceiro sócio é um homem pálido que parece nunca dormir, interpretado por Kaio Almeida. Paula Teixeira é "A Falecida", uma dona-de-casa que esteve clinicamente morta por um minuto, e vive para dar entrevistas sobre sua experiência de pós-morte; é uma verdadeira "celebridade instantânea"!

Nos encontros periódicos deste quarteto, tudo acontece. Eles citam frases de filósofos, escritores, artistas, para que juntos possam chegar a alguma conclusão sobre a morte. Ouvem e dançam músicas que cantam o fim da vida. Na maioria, sambas antigos. Fazem improvisações e criam estórias para entender e enfrentar o maior de todos os medos: o da morte. Acontecimentos funestos e risíveis se sucedem, revelando ações aparentemente cotidianas, porém estranhas, extravagantes, algumas fantásticas, outras até sobrenaturais.

Otto Lara Resende escreveu: "A morte é o clube mais aberto do mundo."

www.oclube.art.br

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Fiódor Mikhailovich Dostoievski

“- Bem, suponhamos que é assim. Adivinhaste, finalmente. É isso mesmo, todo o segredo está aí. Mas não é um sofrimento, pelo menos para um homem como ele que no deserto sacrificou a sua vida ao seu ideal e não deixou de amar a humanidade? Ao declinarem-lhe os dias, convence-se claramente de que só os conselhos do grande e terrível Espírito poderiam tomar suportável a existência dos débeis revoltados, "esses seres de aborto, criados por troça". Compreende que deve escutar o Espírito profundo, este Espírito de morte e de ruína e, para o fazer, admitir a mentira e a fraude, levar conscientemente os homens para a morte e para a ruína, enganando-os durante todo o caminho, para lhes não revelar onde os levam e para que os pobres cegos tenham a ilusão da felicidade. Nota isto: a fraude em nome de Aquele em quem o velho acreditou ardentemente durante toda a sua vida! Não é isto uma infelicidade? E se houver alguém, se houver um só homem semelhante à frente deste exército "ávido do poder apenas para os vis bens", não bastará isto para que se dê uma tragédia?”

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2 mil inscritos no Prêmio Jabuti

O boletim eletrônico da Câmara Brasileira do Livro informa que o Prêmio Jabuti tem 2.141 concorrentes este ano. Em 2007, foram 2.052 as publicações inscritas. No dia 28 de agosto, será realizada a primeira sessão pública para a seleção das obras. No dia 23 de setembro, quando acontece a segunda sessão, serão divulgados os vencedores das 20 categorias.

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Simpósio Tessituras Judaicas: diálogo e intertextualidade

XI CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC/2008 - DESTAQUES

1-Conferência: Profa. Dra. Berta Waldman: A memória vicária em Ver: amor de David Grossman
Local:
Prédio da FAU [Faculdade de Arquitetura e Urbanismo] sala 801, dia 16/7, às 9 horas.

2 - Programação do Simpósio Tessituras Judaicas na Abralic
Local:
Universidade de São Paulo  - Período: 13 a 17 de julho de 2008 - Tema: Tessituras, interações, convergências - Subtema: Literatura, dialogismo, intertextualidade - Simpósio: Tessituras judaicas: dialogismo e intertextualidade - Coordenadoras: Profª. Drª. Nancy Rozenchan (USP) e Profª. Drª. Lyslei Nascimento (UFMG)

Ementa: O signo judaico, tal como ele se inscreve na literatura, desdobra-se em imagens, metáforas, símbolos. A reflexão sobre a linguagem e a memória, os acirrados debates sobre identidade e nação, além do jogo de vozes entre a tradição religiosa, argumentativa, e a reescrita ficcional, alcançam, no signo judaico, sua mais contundente configuração. Mesmo fora do contexto estritamente judaico de produção literária, sua herança simbólica permeia, de forma significativa, os estudos literários. A rede que se estabelece, então, entre literatura, história, filosofia, religião e arte, torna-se um campo a cada dia mais instigante de investigação textual. A concepção do Livro e suas relações com o texto, por exemplo, além da idéia de pátria portátil e encadernada que a Bíblia e o Talmud representam, os vestígios da tradição rabínica e religiosa que, vez por outra, emergem na literatura secular, fora do seu contexto, em franco diálogo com a construção mítica ou sagrada do texto, trazem, para a ficção, nuances, vieses e contrapontos dos mais produtivos.  O objetivo deste simpósio é, no âmbito do XI Congresso Internacional da Abralic, promover um espaço de reflexão e crítica de “tessituras judaicas” e suas inúmeras possibilidades de significação, entre o dialogismo e a intertextualidade, tendo como espaço privilegiado de discussão, a literatura.

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Santa Casa de BH lança livro e campanha

Santa Casa lança livro e campanha O Grupo Santa Casa, de Belo Horizonte, lançou no último dia 1º de julho, dois grandes marcos para a história de Minas Gerais, em especial da capital: o livro "Reverência pela vida: a história da Pediatria em Minas", de acadêmico Manoel Hygino dos Santos e a Campanha de Restauração da Maternidade Hilda Brandão, a mais antiga de Belo Horizonte. Os eventos aconteceram no prédio da antiga Maternidade, a ser recuperado.

O Livro

O acadêmico Manoel Hygino dos Santos, também ouvidor da Santa Casa, levou cerca de dois anos para realizar o livro "Reverência pela vida: a história da Pediatria em Minas", que conta a história da especialidade em Minas e na nova capital até os dias de hoje. Patrocinado pela Drogaria Araujo, a edição narra a vida e a obra dos primeiros pediatras mineiros, como dr. Navantino Alves, que fez escola. Há especial destaque para a cirurgia pediátrica, como a de separação de gêmeos conjugados, da qual a Santa Casa de Belo Horizonte é referência.

O livro demandou importante e rica pesquisa sobre a Medicina em Minas e na nova capital, que quando fundada atraiu milhares de pessoas de várias regiões do Estado e do Brasil. Naquela época, médico cuidava da doença de gente rica. Os pobres se viravam até vir para a Santa Casa. E neste espírito de ajuda e solidariedade, surgiram os primeiros pediatras, aqueles que acreditavam que adultos eram diferentes de crianças e que, por isso, mereciam tratamento diferenciado. O lançamento do livro contou com médicos que fizeram e fazem a história da Pediatria em Minas, a mais antiga parteira de Belo Horizonte, a Dinha, além de algumas das crianças que receberam tratamento na instituição. Toda a renda do livro será revertida para as obras de restauração da Maternidade.

Campanha de restauração

A Maternidade Hilda Brandão foi inaugurada em 24 de junho de 1916. Pioneira na capital, foi fundada pelo ginecologista e obstetra dr. Hugo Werneck, então provedor da Santa Casa. O edifício, onde funcionou a Maternidade até maio de 2006, foi construído por iniciativa da sra. Hilda Brandão, esposa do então presidente do Estado Júlio Bueno Brandão. Atualmente, a Maternidade funciona no 11º da Santa Casa. A idéia da campanha é recuperar o antigo prédio da Maternidade transformando-o em um centro administrativo. O projeto de recuperação e revitalização foi elaborado por arquitetos e especialistas em restauração e engenharia, obedecendo aos pré-requisitos que visam ao resgate das características originais da edificação.

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Débora e Cyntia Falabella na Revista Look

A revista Look que chega na 15ª edição, traz uma longa e curiosa entrevista com as atrizes/irmãs Débora e Cyntia Falabella. Débora e Cyntia estão em cartaz, em São Paulo, com o espetáculo "A Serpente", de Nelson Rodrigues. Entre tantos assuntos, a mineira Débora Falabella fala da carreira, da fama de boa moça e de São Paulo. Seguem alguns depoimento de Débora e Cyntia Falabella à reporter da Look, Marcela Eteves:

Débora fala sobre São Paulo:
"Quando estou gravando novela no Rio de Janeiro conto as horas para desembarcar em Sampa. Adoro o frio, adoro os prédios altos, adoro o tom cinza, adoro o movimento dessa cidade. Quando estou no Rio, fico, às vezes, um ano sem colocar os pés na praia. Não sinto falta do mar"

Cyntia Falabella fala sobre rivalidade com a irmã:
"Nossa relação familiar é saudável. Temos cumplicidade. Há uma cena na peça com briga violenta, sequências pesadas, uma realidade diferente da nossa."

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'Show de Bossa' com Miriam Samorano

A Secretaria Municipal de Cultura, através do Projeto Encontro de Instrumentistas, apresenta: "Show de Bossa" com Miriam Samorano.

O Projeto Encontro de Instrumentistas é realizado há 8 anos, normalmente na última terça-feira de cada mês. Neste ano já houve quatro apresentações no Teatro Municipal e sempre com casa cheia. O projeto tem por objetivo abrir um novo canal entre a música, o instrumento e amantes da música. Podem participar músicos profissionais, amadores ou apenas músicos de fins de semana. Para o mês de julho o projeto conta com duas apresentações, dia 15 Show de Bossa com Miriam Samorano e dia 29 o grupo Mãe das Dores. Sempre às 20h.

Serviço:
SHOW DE BOSSA com Miriam Samorano
Teatro Municipal Procópio Ferreira
15/07/2008 – 20 horas
Entrada franca.

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Festival abre espaço para novos talentos em todo o Estado

Fun Music recebe inscrições de estudantes universitários nas categorias música e arte digital até o dia 31 de julho

10/7/2008 – O Fun Music 2008 – Festival Universitário de Música e Arte Digital, que será realizado de setembro a dezembro deste ano em todo o Estado de São Paulo, cria uma nova plataforma para o reconhecimento de talentos no meio universitário. O festival tem apoio do Ministério da Cultura, é patrocinado pela Conta Universitária Bradesco e foi idealizado pela A4 VBN Eventos, com objetivo de abrir um novo espaço que possibilitasse aos jovens mostrar seu trabalho artístico e, conseqüentemente, revelasse novos talentos na música e nas artes.

A inspiração para o projeto veio dos já consagrados jogos universitários e também dos grandes festivais das décadas de 60, 70 e 80. “Contudo a proposta do Fun Music é tornar-se a plataforma, uma ferramenta desse expoente artístico além de promover a integração dos universitários. Desta forma, teremos a oportunidade de descobrir novos talentos. Apesar da comparação com os antigos festivais ser quase inevitável, temos claro que as realidades e o perfil dos estudantes daquela época eram muito diferentes”, esclarece Luciano Samarco, organizador do festival.

O grande diferencial do Fun Music está no relacionamento do público e seus participantes: da inscrição dos músicos e artistas à votação dos melhores trabalhos, praticamente tudo é realizado via internet. “A grande mudança está nas tecnologias virtuais e o festival vai abrir espaço para esse debate: o rumo da música brasileira frente à expansão de uploads, downloads e todas as outras possibilidades que chegaram com a internet”, complementa Luciano.

Dividido nas categorias música e arte digital (3D, fotografia e games), o Fun Music receberá inscrições, pela internet, de estudantes de qualquer curso superior até o dia 31 de julho. As peças inscritas serão julgadas por profissionais reconhecidos em suas áreas, como o compositor e produtor musical Juca Novaes, que projetou nomes como Chico César, Lenine e Zeca Baleiro. Na categoria 3D, os trabalhos serão analisados por Marcelo D’Angelo Baltazar, da Burti – um dos maiores centros de excelência gráfica do mundo, enquanto as peças fotográficas serão julgadas pelo fotógrafo Bruno Cals.

A comunidade também poderá dar a sua opinião sobre todos os trabalhos. Para isso, o Fun Music criou um site totalmente interativo (www.funmusic.com.br), no qual é possível ouvir as músicas, visualizar as peças e dar o seu voto. Os campeões indicados pelo júri popular receberão premiação diferenciada. Além disso, os internautas podem escolher quais bandas nacionalmente conhecidas vão encerrar as apresentações das etapas classificatórias, semifinal e final. O site tem recebido média de 2 mil acessos por dia.

Fun Music – Festival Universitário de Música e Arte Digital

Inscrições: até dia 31 de julho

Mais informações: www.funmusic.com.br

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Israel pode revelar manuscritos inéditos de Franz Kafka


BBC Brasil - 11/07/2008
Documentos inéditos do escritor checo Franz Kakfa, que ficaram trancados em um apartamento em Tel Aviv durante 40 anos, podem ser revelados por especialistas em Israel. O espólio do autor, que inclui manuscritos, cartões postais e rascunhos, foi mantido por Esther Hoffe, secretária de Max Brod, amigo de Kakfa e para quem o escritor deixou seus pertences. Desde a morte de Brod, em 1968, Hoffe impediu o acesso público aos manuscritos inéditos de Kafka, que era judeu e escrevia em alemão. Os documentos só foram liberados e retirados do apartamento da ex-secretária por ocasião de sua morte recente, aos 101 anos. O material deixado pelo escritor será examinado por especialistas na cidade israelense, mas ainda não se sabe se os papéis continuam legíveis depois de tantos anos guardados. Segundo as autoridades locais, a umidade do apartamento de Hoffe e a quantidade enorme de gatos e cachorros que ela mantinha em sua residência podem ter danificado ou até mesmo destruído os papéis.

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10 de julho de 2008

Morre escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke

O Escritor, romancista, contista e poeta, e artista plástico Ricardo Guilherme Dicke morreu na manhã de ontem, 09. O seu corpo está sendo velado no Centro Cultural da UFMT, em Cuiabá.

O enterro será hoje, 10, às 10 horas, no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, no centro de Cuiabá.

O governo de Mato Grosso decretou luto por três dias.

O autor de Deus de Caim nasceu na Chapada dos Guimarães e, apesar da pouca notoriedade do grande público, era muito admirado por figuras como a escritora Hilda Hilst, que o chamou de gigante e chegou a compará-lo a Machado de Assis.

Dicke alcançou reconhecimento internacional quando sua obra O Salário dos Poetas foi descoberta pelos portugueses e levado aos palcos de Lisboa em 2005. O romance trata de um ditador latino-americano que encontra asilo político no Brasil e, já moribundo, decide contratar um escritor para escrever um "grande livro" que eternize a sua contribuição para a humanidade.

 

Na Verdes Trigos:

Natureza insana, mentes insanas e amorais, por Ricardo Guilherme Dicke.
É uma narrativa em espiral, que gira em torno de um ponto fixo, afasta-se e se aproxima do eixo que avança. É assim que pode ser definida de bate-pronto a obra "Grande Sertão: Veredas".
Que história é essa de salário de poetas?, por Lorenzo Falcão.
Dicke, você está vivendo a sua hora da estrela!!! O grande escritor mato-grossense limitou-se a dar mais uma espontânea risada, como resposta concordante à minha afirmação
Ricardo Dicke, uma aposta de Guimarães Rosa, por Henrique Chagas.
Cada palavra dessa obra justifica a admiração que Guimarães Rosa teve por Dicke. Verdadeiramente, trata-se de um outro Guimarães Rosa. Também tem uma narrativa em espiral como "Grande Sertão: Veredas".

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7 de julho de 2008

Israelenses riem de si mesmos com novo filme de Adam Sandler

'Zohan - O Agente Bom de Corte' mostra um agente do Exército de Israel que resolve virar cabelereiro em NY

JERUSALÉM - Graças a uma comédia que tem como protagonista um disparatado soldado judeu que resolveu se tornar um sensual cabeleireiro de Nova York, os israelenses recebem com gargalhadas as piores críticas sobre eles e seus vizinhos árabes. O filme Zohan - O Agente Bom de Corte (You Don't Mess with the Zohan) não passou despercebido em Israel. Desde sua estréia há poucas semanas, recebeu todo o tipo de crítica e já é considerado "o filme mais israelense" feito em Hollywood.

Veja também:
link
Trailer de Zohan - O Agente Bom de Corte (legendado) trailer

Isso não só pelo discurso dos atores israelenses ou pela trilha sonora, repleta de músicas cantadas em hebraico por grupos locais, mas também devido aos diálogos e à caracterização dos personagens, que gesticulam exageradamente e pronunciam "erres" de forma exacerbada. Cartazes com o protagonista segurando um secador de cabelo como se fosse uma arma, com shorts curtos e com uma chamativa corrente prateada em forma de estrela no pescoço aparecem em outdoors e pontos de ônibus por toda Israel. (efe - estadão)

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Sai resultado do concurso de contos


O Estado de S. Paulo - 05/07/2008 - por Dib Carneiro Neto
Entre os mais de 600 contos enviados ao Estado por e-mail e provenientes de diversas localidades do País, para participar do 3º Concurso Cultural do Caderno 2 - 50 Anos de Bossa Nova, a comissão julgadora selecionou esta semana os dez que serão publicados em caderno especial: seis autores são de São Paulo (capital), um do Interior (Bauru), um de Minas Gerais, um de Brasília e um do Rio Grande do Sul. A data de publicação do especial também foi definida: 19 de julho, sábado. O tema do concurso era o verso final da canção Chega de Saudade, marco da bossa nova: ''Não quero mais esse negócio de você longe de mim.'' O objetivo era estimular a criação literária entre os leitores do jornal, num ano em que as atenções estão voltadas para esse gênero musical. Os contos enviados tinham de se inspirar nesse verso e, mais do que isso, o verso completo deveria estar presente no corpo do texto. >> Leia mais

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Tradição judaica guia autor dos EUA

Folha de S. Paulo - 05/07/2008 - por Marcos Strecker
"Queria lidar com a história e com os fatos inevitáveis", disse à Folha o americano Nathan Englander, apontado pela crítica americana como uma das grandes promessas da literatura americana. O autor está lançando O mistério de casos especiais (Rocco, 55 pp., R$55 - Trad. Paulo Reis) em que usa a ditadura argentina nos anos 70 como uma metáfora para a luta pela liberdade. Nascido nos EUA em 1970, o autor mudou-se para Jerusalém aos 19 anos. "Achei que ia para participar de um processo de paz histórico e descobri que isso era uma grande ilusão. Desse choque veio a idéia para o livro". Uma espécie de seguidor de Isaac Bashevis Singer, Englander, que mora em Nova York, lida com a tradição judaica em núcleos familiares, matéria de seu livro Para alívio dos impulsos insuportáveis, que fez sua fama. Englander participou no dia 4 da mesa "A Estética do Frio" com o argentino Martín Kohan, e com o gaúcho Vitor Ramil.

 

A ditadura universal, por Moacyr Scliar.

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'Tenho orgulho de meu passado de guerrilheiro', diz Pepetela

Folha de S. Paulo - 06/07/2008 - por Marcos Strecker
"Tenho orgulho de meu passado de guerrilheiro, de ter participado da guerra pela libertação de Angola", disse o escritor Pepetela (pseudônimo de Artur Pestana) neste sábado na Flip. Ele participou da mesa "Guerra e Paz" com a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que está lançando Meio sol amarelo (Companhia das Letras, 504 pp., R$ 55 - Trad. Beth Vieira), romance épico já traduzido em 27 línguas que tem como pano de fundo a Guerra da Biafra. O autor angolano, que já venceu o prestigioso Prêmio Camões, leu trecho de Predadores (Língua Geral, 552 pp., R$ 45), em que personagens do livro mostram influência das telenovelas brasileiras e de Jorge Amado. Enquanto Pepetela lembrou seu passado na luta armada ("difícil imaginar Pepetela segurando uma arma", disse o mediador, o escritor angolano José Eduardo Agualusa), a autora nigeriana, que nasceu depois de a guerra ter terminado em seu país, disse que não vivenciou o conflito, mas cresceu marcada por ele ("vivia perguntado para os parentes e tomava nota de tudo"). >> Leia mais

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Escritores da Flip vêm a São Paulo para debates e palestras

Folha de S. Paulo - 07/07/2008
Pegando carona na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que terminou neste domingo, São Paulo terá a presença de vários de seus convidados na cidade. Nesta segunda-feira, às 15h, o dramaturgo tcheco radicado na Inglaterra Tom Stoppard dará entrevista ao dramaturgo Aimar Labaki, no Centro Brasileiro Britânico (Rua Ferreira de Araújo, 741. Tel.: 11-3095-4466; grátis). Mais informações no endereço site. Também nesta segunda, às 19h30, a Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915. Tel. 11-3814-5811) realiza um encontro com o escritor e psicanalista francês Pierre Bayard e os angolanos Pepetela e José Eduardo Agualusa. O americano Nathan Englander, Bernardo Ajzenberg e o rabino Nilton Bonder participam de bate-papo nesta segunda, às 20h30, no Centro de Cultura Judaica (Rua Oscar Freire, 2.500. Tel: 11-3065-4333). [Clique aqui e veja a programação]. >> Leia mais

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6 de julho de 2008

Novo mapa mostra aqüífero Guarani mais limitado

RAFAEL GARCIA - da Folha de S.Paulo
Quanto mais os geólogos estudam o aqüífero Guarani --a maior reserva hídrica subterrânea das Américas-- mais fica claro que ele não é o mar inesgotável de água doce que se imaginava existir há algumas décadas. Um novo mapeamento realizado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) constata que o fluxo de água na camada geológica que compõe o aqüífero é mais lenta do que se imaginava anteriormente.

O novo mapa hidrogeológico realizado pelo Laboratório de Estudo de Bacias, da Unesp, está em fase de finalização e deve ficar pronto até o fim do ano. Mas já está claro para os cientistas que o panorama revelado no trabalho sugere cautela.

O fluxo mais lento significa que, se o ritmo de extração das águas é muito intenso em um local, a água acaba ali e demora para reaparecer. É um risco, portanto, apostar no Guarani para suprir a crescente demanda de água no interior paulista.

"No caso de necessidade de extração de grandes volumes, a alternativa de se concentrar um elevado número de poços em pequenas áreas pode não ser a mais correta", diz Didier Gastmans, da Unesp. Segundo o geólogo, é preciso cuidar para que os lugares mais favoráveis --onde o aqüífero fica perto da superfície, como Ribeirão Preto-- sejam superexplorados.

"Os técnicos responsáveis pela elaboração de políticas públicas de recursos hídricos terão de considerar que a água subterrânea terá que ser aduzida até os pontos de consumo."

Um provável resultado do novo mapa da Unesp será a "diminuição" do Guarani em 10%, em razão da adoção de novos critérios geológicos. O padrão está sendo adotado para o projeto internacional de proteção do reservatório, do qual a Unesp participa. "Hoje se conhece a real extensão do aqüífero em território argentino e uruguaio, o que no início do projeto era mera suposição."

Segundo Gastmans, porém, a extensão total do aqüífero é uma "questão menor" comparada à perspectiva de problemas regionais. Um deles é o da poluição da agricultura, sobretudo a de cana-de-açúcar. "Com a prática da fertirrigação com vinhaça [resíduo da fabricação de álcool], podemos em longo prazo ter problemas com concentrações elevadas de nitrato nas águas", diz.

Outra preocupação é a entrada de contaminantes no aqüífero por meio de poços escavados sem precaução. Em algumas áreas de Santa Catarina a água já é inadequada para consumo humano por excesso de sulfatos e cloretos. Regiões mais "azaradas", como Presidente Prudente, estão sobre águas não potáveis do aqüífero, com excesso natural de flúor.

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Cineasta Sílvio Tendler debate o tema '1968: Cenas da Rebeldia'

FORTALEZA – O renomado cineasta carioca Sílvio Tendler será a figura central de debate sobre o tema “1968: Cenas da Rebeldia”, dentro do programa Papo XXI, a realizar-se na próxima terça-feira, 8, às 19 horas, no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – 2º andar – Centro – fone: (85) 3464.3108). A entrada é franca.

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Capitu mandou flores

No centenário da morte de Machado de Assis, com organização do premiado contista, doutor em Letras pela Unicamp e professor universitário Rinaldo de Fernandes, a Geração Editorial lança a antologia Capitu mandou flores: contos para Machado de Assis nos cem anos de sua morte, que, além de incluir os dez melhores contos de Machado, traz um conjunto de narrativas recriando esses dez melhores contos e passagens/situações do romance Dom Casmurro. São autores renomados, emergentes e jovens promessas da literatura brasileira atual que reescrevem Machado de Assis na antologia: Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar, Hélio Pólvora, Cecília Prada, Nelson de Oliveira, André Sant'Anna, Fernando Bonassi, Glauco Mattoso, Ivana Arruda Leite, Andréa del Fuego, Marcelo Coelho, Deonísio da Silva, Daniel Piza, Godofredo de Oliveira Neto, Bernardo Ajzenberg, João Anzanello Carrascoza, Antonio Carlos Secchin, Leila Guenther, Marilia Arnaud, Rinaldo de Fernandes, Raimundo Carrero, Mário Chamie, Aleilton Fonseca, Tércia Montenegro, Maria Valéria Rezende, Maria Alzira Brum Lemos, W. J. Solha, Amador Ribeiro Neto, Carlos Gildemar Pontes, Nilto Maciel, Aldo Lopes de Araújo, Suênio Campos de Lucena, Carlos Ribeiro, Ronaldo Cagiano e Sérgio Fantini.

Enquanto, no presente, para prestar homenagem aos cem anos de morte do autor, alguns lançamentos acumulam-se buscando cobrir as tantas facetas da produção de Machado, este Capitu mandou flores consegue abarcar várias delas de uma só vez: traz narrativas insuperáveis do célebre escritor, as recriações dessas narrativas e ainda ensaios bastante esclarecedores de aspectos fundamentais da obra do autor de Brás Cubas. Com certeza, este livro ficará entre as obras mais importantes da literatura brasileira contemporânea. Um exercício de reescritura de Machado de Assis até aqui nunca proposto em nossas letras, abrangendo tantos autores e textos de qualidade. Pode-se afirmar sem medo: um livro ímpar, para ser lido por gerações. Um livro imperdível!

Data: 10/07/2008 - Hora: 19h30
Local: Livraria da Vila: Fradique Coutinho, 915 - São Paulo.

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Marcelo Coelho, Pierre Bayard e Contardo Calligaris on line agora

http://flip.oi.com.br/index.html

Domingo, às dez da manhã, Marcelo Coelho participa de uma mesa na Flip, com os psicanalistas e escritores Pierre Bayard e Contardo Calligaris. Pelo link, parece que vai dar para acompanhar na internet.

[NAO FUNCIONOU..... não consegui acompanhar... Será que alguém conseguiu?]

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O mundo horrível a que o cinema nos acostumou, por Chico Lopes

A violência no Cinema tem uma longa história que não poderei rastrear neste simples artigo, no qual quero apenas apontar algumas coisas, registrar algumas impressões que me ficam de ter visto, em dois dias sucessivos, dois filmes muito diferentes, mas basicamente dominados por um tema: a violência. Foram eles "No silêncio da noite", thriller "noir" de Nicholas Ray realizado em 1950, e "O gângster", produção norte-americana de 2007, dirigida por Ridley Scott, que foi um grande sucesso do ano passado e concorreu com trombetas favoráveis da crítica neste 2008.
Começando pelo segundo, começo por dizer que tanto o espectador comum quanto o crítico especializado estão sujeitos a uma coisa rotineira, hoje em dia: o ataque maciço da publicidade, que prepara todos para determinadas produções com toneladas de informações e seduções de todos os tipos. Somos preparados para gostar de certos filmes, queiramos ou não, e só depois de tê-los visto é que percebemos que, a despeito de todas as firulas e confeitos novos que eles apresentaram na forma, o que nos contavam era mais do mesmo, refletindo a velha moral cínica dos comerciantes que sabem reciclar o já faturado e seguir faturando. Mas, como gostamos de cinema e isso é provavelmente mais vicioso do que parece, seguimos como consumidores ávidos de alguma coisa que não sabemos bem o que é e que queremos que seja extraordinária. Portanto, o círculo vicioso é incurável.
O caso de "O gângster" é bem assim: a crítica teceu grandes loas ao filme (na capinha do DVD, diz-se que é "o maior filme do ano"), as indicações ao Oscar impressionaram, e lá estão dois atores de que o público não poderá deixar de gostar: Denzel Washington e Russell Crowe. Ridley Scott, diretor capaz de grandes coisas, é irregular, e faz filmes bem esquecíveis também. Mas tem o senso do espetacular e sabe fazer produções imponentes, e em "O gângster" voltou a acertar: o filme é muito bem feito, absorvente e não há reparos técnicos a fazer: a coisa nos enche os olhos, vai num crescendo de interesse, e não é um filme curto.

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