O livro do Sobel
Confesso que senti um certo mal estar ao receber o copião do livro do Rabino. Afinal, não se trata de um livro ou de uma pessoa qualquer. Fiquei com medo de escrever a seu respeito ou a respeito deste livro, já que estamos falando de um ícone. Foi o mesmo medo que senti quando recebemos a notícia das gravatas.
E agora? Nós, que estávamos acostumados e gostávamos de ser representados por aquela figura folclórica, de repente nos vimos órfãos, sem chão. Quem vai ser agora o embaixador dos judeus brasileiros?
Numa das passagens do livro, Sobel conta que sentou-se no chão do moadon da Casa da Juventude da CIP para conversar com 1.500 jovens. Eu, que não sou grande apreciador de rabinos, era um daqueles jovens que ficaram hipnotizados escutando as suas tentativas de falar português. Mas aquilo não é um rabino, pensávamos. Depois, mesmo convivendo de perto, custamos a nos acostumar com a novidade. Um rabino jovem, disponível, sem barba, cabeludo, que usava bermudas, ia para a piscina, jogava vôlei com a gente na Rua Antonio Carlos e admirava uma mulher bonita passando na rua. Que rabino é esse? [Moghrabi]
[nota] Estou lendo UM HOMEM, UM RABINO, de Henry Sobel. Gasto mais tempo que FHC, que fez o prefácio, e Moghrabi para ler a interessante biografia. Está sendo uma prazerosa leitura. Sobel, realmente, não é um homem qualquer, muito mais do que um ícone. Com a leitura, estou aprendendo muito. Aprendi que Mazal (sorte) envolve lugar (M - makom), tempo (Z - zman) e talento (L - limud) e isto Sobel sempre teve de sobra, esteve sempre no lugar certo e na hora certa. Algo que, confesso, também sou abençoado. Estou aprendendo muito e recomendo a leitura da biografia do rabino Henry Sobel.
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VerdesTrigos @ 4/26/2008 07:46:00 PM | | | Voltar