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1 de fevereiro de 2008

Soluções de impressão digital

PublishNews - 01/02/2008
Abrir portas e ferramentas para soluções em impressão digital. Este é o objetivo do PODi Application Forum Latin America - Brasil 2008, evento que acontece entre os dias 18 e 19/02 no Novotel Center Norte (Av. Zaki Narchi, 500, Vila Guilherme), em São Paulo. Provedores de serviços como gráficas e agências de marketing, além de executivos de comunicação em geral, irão se reunir para discutir os rumos e as soluções nesta área, em pleno crescimento no Brasil. Por meio de conferências, workshops e, principalmente, da apresentação e discussão de cases bem-sucedidos de soluções em impressão digital, o fórum inaugura as atividades em território latino-americano da PODi - The Digital Printing Initiative. Mais informações sobre o fórum no site ou com Rudy Zanella, pelo telefone 11-5053-9917.

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Editora cai no samba

PublishNews - 01/02/2008
A Nenê de Vila Matilde - a mais antiga escola de samba de São Paulo - vai homenagear Câmara Cascudo em seu enredo no Carnaval 2008. Herdeiros do historiador potiguar estarão na avenida, alguns no carro abre-alas e outros no chão, sambando no pé. A Global Editora, que publica as obras do professor Cascudo, apoiando a iniciativa da escola, criou uma ala, onde desfilarão aproximadamente cinqüenta pessoas entre os quais o diretor Luiz Alves Junior e a esposa Cidinha Alves, ambos com mais de sessenta anos, funcionários de todos os departamentos, colaboradores e amigos da casa. O carro abre-alas da escola foi batizado de "Dicionário do folclore brasileiro".

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Andross seleciona contos para antologia de temática medieval

Anno Domini - Manuscritos Medievais é mais nova antologia da Andross Editora, organizada pelos escritores Claudio Brites (O Livro Negro dos Vampiros, da Andross) e Helena Gomes (Lobo Alpha, da Rocco, O Arqueiro e a Feiticeira, da Devir, e Aliança dos Povos, da Idea). A obra vai reunir tanto contos ambientados em realidades histórica quanto aqueles passados em universos mágicos inventados pelos próprios autores.

Raphael Draccon, autor de Dragões de Éter, da editora Planeta, participará especialmente desta antologia com um conto de sua autoria. A capa será ilustrada por Octavio Cariello (The Queen of the Damned, de Anne Rice), conceituado desenhista de inúmeras HQs de editoras americanas, como a DC Comics e Marvel.

Autores interessados em participar da obra podem enviar seus textos para seleção até o dia 31 de março. O lançamento de Anno Domini - Manuscritos Medievais acontecerá dia 19 de julho, na Casa das Rosas, em São Paulo. O regulamento está disponível no site www.andross.com.br . Mais informações na comunidade Anno Domini no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=46251734

Mais informações
Andross Editora
Contato pelo telefone: (11) 6943-7687
edson@andross.com.br

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31 de janeiro de 2008

Pós-graduação em Jornalismo Literário


Portal Literal - 25/01/2008
A Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL) prorrogou até 30/01 o prazo das matrículas para especialização em Jornalismo Literário. Coordenado por Edvaldo Pereira Lima, Sergio Vilas Boas e Celso Falaschi, o curso será ministrado em São Paulo, Campinas e Goiânia. As aulas serão quinzenais, entre fevereiro de 2008 e abril de 2009, com duração de 15 meses. As inscrições podem ser feitas no portal Texto Vivo. >> Leia mais

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'Devem estar contentes com o aumento das vendas'

Folha de S. Paulo - 29/01/2008 - por Mônica Bergamo
O escritor Paulo Coelho assumiu publicamente no dia 20, na Alemanha, que juntou trechos de edições piratas de seus livros e os disponibilizou no blog "Pirate Coelho". Por e-mail, ele falou à coluna. A colunista Mônica Bergamo perguntou: "O que seus editores acharam da sua atitude?" Paulo Coelho: "Não sei se vão gostar, mas, pelo menos, devem estar contentes com o aumento das vendas. Com relação à língua portuguesa, eu tenho o direito a fazer isso, porque a edição não cobre a plataforma de internet. Mas, com relação às outras línguas, estou impedido -já que as traduções pertencem às editoras. Portanto, tudo que eu fiz foi coletar aproximadamente 395 edições "piratas", e colocá-las em uma mesma página". >> Leia mais

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Livro sobre imigração japonesa vira disputa judicial

O Estado de S. Paulo - 31/01/2008
Em ano de comemoração do centenário da imigração japonesa, a Justiça terá de decidir um pedido de censura do livro O súdito - Banzai, Massateru! (Terceiro Nome), do jornalista Jorge J. Okubaro. Segundo o site Consultor Jurídico, a família de Seijin Kakazu entrou com ação para que a obra, finalista do Prêmio Jabuti 2007, seja recolhida. Okubaro, editorialista do Estado, pretendeu homenagear o pai, Massateru Hokubaru, que chegou ao País em 1918. Os autores do pedido alegam ofensa à honra de Kakazu. Um pedido de liminar para barrar a circulação de O súdito foi rejeitado pela 41ª Vara Cível de São Paulo. Lançada em 2006, a biografia é resultado de ampla pesquisa. O trecho que gerou a polêmica conta a história da família Kakazu, nos anos 30, em Paraguaçu Paulista (SP).

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Viva Cuba!

PublishNews - 31/01/2008
A XVII Feira Internacional do Livro de Havana no ano passado foi visitada por mais 5 milhões de pessoas que adquiriram cerca de 5 milhões de livros em toda a ilha. Organizada na capital de Cuba e em mais 39 cidades, a feira será realizada este ano entre os dias 13 e 24/02 e terá como tema: "Ler é crescer". A próxima edição do evento também terá como autores homenageados Graziella Pogolotti e Antón Arrufat, vencedores de prêmios cubanos de literatura. Já o país convidado é a Galícia, região histórica situada no leste da atual Ucrânia e sul da Polônia. Segundo a organizadora da Feira de Havana, a Câmara Cubana do Livro, esta é uma ótima oportunidade para que editores de todo o mundo conheçam os autores nacionais. Além de terem uma experiência com a cultura local, já que estão programadas apresentações de dança, teatro e cinema. Informações pelos e-mails feria e promocion. >> Leia mais

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''Caso Viradouro'': liminar concedida


O Departamento Jurídico da FIERJ, dirigido pelo Dr. Jackhson Grossman, conseguiu liminar que proíbe, durante o desfile da Viradouro no Sambódromo, a exibição de fantasias de Hitler e de corpos representando vítimas do Holocausto. De acordo o advogado Ricardo Brajterman, do escritório do Dr.Sergio Bermudes, responsável pela causa, o Holocausto é uma tragédia de toda a Humanidade: "É preciso lembrar que o genocídio promovido pelos nazistas matou ciganos, negros e deficientes, além de judeus. Assim, é um fato histórico que interessa a todos".
De acordo com o advogado Ricardo Brajterman, a Federação Israelita do Rio entrou com o pedido de liminar, na madrugada desta quinta-feira, no plantão judiciário, depois de ler a sinopse do desfile da Viradouro, no site da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), na noite de quarta-feira (30). Os representantes da federação ficaram indignados quando constataram que um destaque representando Hitler viria num carro com esculturas de pessoas mortas, nuas, empilhadas.
A decisão da juíza também prevê multa de mais R$ 50 mil se algum membro da escola entrar na avenida vestido de Hitler.
O desfile da Viradouro, "É de arrepiar", estava previsto para levar à avenida oito carros, segundo a sinopse dos desfiles divulgada pela Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio). Além do Holocausto, os carros trariam temas supostamente ligados ao arrepio, como o frio, o nascimento e o Kama Sutra --tema de um carro que viria antes do carro sobre a matança de judeus--, e baratas, que viria depois.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u368623.shtml

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30 de janeiro de 2008

O Brasil e o Holocausto


Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
na cerimônia alusiva ao "
Dia Internacional em Memória das
Vítimas do Holocausto
", ocorrida no Palácio do Itamaraty (RJ).

“Penso que só seremos capazes de rejeitar, combater
e aplacar todo tipo de intolerância se formos sábios
o suficiente para semear nos corações e mentes a
repulsa ao ódio, à violência e à desumanidade”

“Mais do que reverenciar os heróis, é preciso
incorporar à nossa atuação cotidiana as lições que
eles nos legaram. Só assim será possível impedir que
se repitam os horrores da II Guerra Mundial”


LINKS RELACIONADOS

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O samba e o Holocausto

Ao decidir abordar o tema Holocausto no Carnaval, através de um carro alegórico com uma pilha de corpos de judeus vitimados nos campos nazistas, a Escola de Samba Viradouro suscitou polêmica sobre a liberdade de criação artística. A celeuma foi amplificada com o artigo do jornalista Adriano Silva, publicado esta semana na revista Época, que assim se manifestou: "Quem tem de decidir se o Holocausto é ou não é um tema afeito ao Carnaval são as escolas e os carnavalescos - não a Federação Israelita ou qualquer outra instituição. Os judeus não são os donos do Holocausto".
O assunto mereceu imediata e veemente reação de Sergio Niskier, presidente da FIERJ: "Não tem nenhum sentido tratar desse assunto com baterias e mulatas, quando ainda existem sobreviventes daquele horror que trazem na pele a marca dessa tragédia".

"Dissemos claramente que a forma encontrada
agrediria pessoas ainda vivas, que passaram pelo inferno
nazista, muitas delas vivendo aqui no Brasil. Chamamos a
atenção que lembrar do Holocausto de uma maneira

Já na sexta-feira (dia 04 de fevereiro), a partir do meio-dia, o programa "Vibração", veiculado na Rádio Haroldo de Andrade (1060 AM), levará ao ar entrevistas com o carnavalesco Paulo Barros, da Viradouro, e com o presidente da FIERJ, Sérgio Niskier, a respeito deste episódio. Para ouvir pela Internet, basta clicar aqui no horário marcado.

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Cadê os nacionais?

O Globo - 30/01/2008 - por André Miranda e Miguel Conde
Duas palavrinhas devem ser acrescentadas à velha máxima de que "brasileiro lê pouco". Levantamento feito pelo jornal Globo junto às principais editoras do país, e ilustrado na pilha de livros ao lado, mostra que apenas um nacional figurou entre os dez livros de ficção adulta mais vendidos no Brasil em 2007: Elite da tropa" (Objetiva), uma obra cujas vendas foram alavancadas pelo filme-sensação "Tropa de elite" e que possui o apelo extra de ser uma história real "disfarçada" de ficção. Portanto, se é verdade que o brasileiro lê pouco, parece mais claro ainda que o brasileiro lê pouco romance brasileiro. O desempenho comercial da ficção brasileira parece ainda mais fraco após uma olhada na lista de não-ficção, na qual a presença nacional é muito maior: em 2007, houve semanas em que até seis livros brasileiros apareciam entre os dez mais. No ranking de ficção, Elite da tropa ficou em oitavo, atrás de obras de autores de Afeganistão, Austrália, Índia, Estados Unidos e Espanha. >> Leia mais

Leia também: Assunto relevante, no Bloga Noga

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Editora vê 'literatura de grupo' no país

O Globo - 30/01/2008 - por André Miranda e Miguel Conde
Responsável por três dos cinco livros de ficção mais vendidos de 2007, a gerente editorial da Nova Fronteira, Izabel Aleixo, acredita que a dificuldade para o romancista brasileiro entrar na lista dos livros de ficção pode se dever ao próprio romancista brasileiro: "A literatura no Brasil é uma literatura de um grupo. Acho que nossos jovens autores estão procurando agradar apenas a esse seleto grupo de escritores. A diferença para muitos autores iniciantes de outros países é que eles têm uma expectativa de alcançar também quem está fora da livraria, chegar a leitores que se sentem atraídos por livros bem construídos, por uma história", diz. >> Leia mais

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Prêmio espanhol inicia processo de 2008

Folha de S. Paulo - 29/01/2008 - por EFE, em Oviedo (Espanha)
A Fundação Príncipe de Astúrias iniciou ontem (29/01) a divulgação pela internet e a distribuição por todo o mundo da convocação e do regulamento do prêmio internacional, que leva o nome do herdeiro da coroa espanhola. As candidaturas têm de ser apresentadas até o dia 14/03, exceto para os prêmios de Concórdia e Esportes, que terminam em 25/07. Os oito prêmios Príncipe de Astúrias - comunicação e humanidades, ciências sociais, artes, letras, pesquisa científica e técnica, cooperação internacional, concórdia e esportes - reconhecem o trabalho científico, técnico, cultural, social e humano realizado por pessoas, equipes ou instituições no âmbito internacional. Cada um dos vencedores ganhará cerca de US$ 73,5 mil (R$ 130,7 mil) e uma escultura do artista Joan Miró. >> Leia mais

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Machado de Assis online

Em 2008, o Brasil lembra os cem anos da morte de Machado de Assis. Como parte da homenagem ao escritor, a Fundação Casa de Rui Barbosa promoverá um ciclo de palestras e lança site, concebido e construído por uma equipe de pesquisadora, técnico em informática e bolsistas de iniciação científica da instituição. A pesquisadora Marta de Senna teve a idéia de criar uma obra de referência em que fosse fácil para o leitor de hoje encontrar informação sobre as inúmeras alusões que Machado de Assis faz, em seus romances e contos, a outros autores, à Bíblia, a personagens históricas, à mitologia, a diferentes tradições culturais. No www.machadodeassis.net, o internauta encontra, além do banco de dados propriamente dito, uma biografia resumida do escritor e uma bibliografia básica. >> Leia mais

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Bruna Lombardi na Cultura

O roteiro de O signo da cidade (200 pp., R$ 15), de Bruna Lombardi, que a Imprensa Oficial do Estado publica na Coleção Aplauso, deixa clara a predileção da autora por histórias que transcorrem na megalópole, principalmente aquelas que dizem respeito à vida privada de cidadãos anônimos. O livro será lançado hoje (30/01), às 19h na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (Av. Nações Unidas, 4777 - Tel. 11-3024-3599). A história reúne um mosaico de personagens que se cruzam no programa noturno de rádio da astróloga Teca, espécie de conselheira sentimental que acaba se envolvendo com as histórias alheias, enquanto ela mesma vive um período de vácuo amoroso e de revisão da própria história familiar.

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27 de janeiro de 2008

Fuga ao real: incompreensões do público leitor, por Chico Lopes

Livrarias, claro, são dos meus ambientes favoritos, sejam elas grandes, espaçosas, iluminadas e recheadas de stands e cartazes, sejam pequenas, estreitas, cubículos como certos sebos, onde o cheiro de livros velhos já é um tremendo excitante. Mas, percebo que as livrarias de maior atração para o público, hoje em dia, não são exatamente lugares onde se pode conhecer os melhores e mais refinados leitores.
Como freqüentador, tenho tido a tristeza de constatar que quase não se procura mais livros de ficção mais refinados e incomuns e que o leitor já não se parece mais com um tipo decididamente culto com quem valha a pena conversar. Ele entra com idéia fixa na aquisição de algum livro que freqüenta a lista dos best-sellers (alguns mais rebarbativos levam até nas mãos para fazer suas compras), estrangeiros em maioria e destinados a entreter, tudo bem, mas dificilmente obras que poderão levar a reflexões maiores e mais interessantes sobre o mundo.
Quando um livro até bem corajoso como "Deus - Um delírio", de Richard Dawkins, faz sucesso, percebe-se que é menos pela força e a riqueza da argumentação do que pelo escândalo que vem suscitando um autor ateu confesso que ataca as religiões - grosso modo, é isso o que fisga o comprador superficial: um apetite pelo sensacionalismo. As razões que o levam a comprar um livro não são as melhores, infelizmente. É possível (e é mesmo observável) que muitos livros que se vem comprando a esse preço escandaloso na faixa dos 50 a 60 reais ou mais, acabem sendo pouco lidos e rapidamente negligenciados e encostados (há sebos com livros praticamente novos, deixados de lado por compradores apressados que não encontraram neles a excitação esperada).===>>> LEIA MAIS

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Lançamento na França: um olhar literário sobre o Brasil contemporâneo e tropicalista

PANAMÉRICA
De José Agrippino de Paula (1937 - 2007)
Tradução: Emmanuel Tugny
Editora: LL Laureli Léo Scheer

Considerada na França como uma obra primordial da literatura brasileira, PANAMÉRICA, publicada pela primeira vez no Brasil em 1967, é lançada agora em 2008 na França, com tradução criteriosa e espetacular do escritor Emmanuel Tugny.
PANAMÉRICA é um conjunto literário psicodélico que reúne tanto o pop-art quanto o espírito da geração beat. Uma epopéia irônica que provoca o leitor com achados cômicos e cruéis. Escrito durante os anos da ditadura militar na Brasil e em reação à ideologia norte americana dominante, o texto construído em ritmo trepidante, coloca em questão os encadeamentos existenciais e culturais da sociedade por meio de alegorias irreverentes.
Um labirinto narrativo povoado de figuras mitológicas que desenham um mundo absurdo e caótico. Lançado em dezembro 2007 / janeiro 2008 pela Editora LL Laureli Léo Scherr, uma das mais instigantes editoras francesas da atualidade. (Dica de Alfredo Aquino)

O clima pós-golpe de 64 influenciou o autor José Agrippino de Paula , que acompanhava atento a produção cultural da época mas era atraído por outro movimento que surgia nos EUA - a pop art, especialmente as criações de Andy Warhol. Foi a pop art que instigou o autor a refletir sobre vários aspectos, desde o destino das metrópoles, o avanço tecnológico e como as pessoas, individualmente, eram atingidas por estas questões. Sua inquietude se transformou em fragmentos manuscritos que se transformaram neste livro. 'PanAmérica' cativa admiradores desde sua primeira publicação em 1967, sendo referência de muitos artistas e intelectuais e motivo de teses acadêmicas.

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Arrebentando a boca do balão

A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, leia-se Sérgio Niskier, acaba de marcar um golaço político, de bicicleta. Na presença do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, de vários ministros, embaixadores e cônsules, do Governador Jacques Wagner da Bahia e do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fez celebrar a data da ONU, em lembrança das vítimas do Holocausto, na sede do Ministério das Relações Exteriores, no centro velho da cidade do Rio de Janeiro. Intensa atividade político-cultural emoldurou a data. Em destaque, a inauguração da exposição HOLOCAUSTO NUNCA MAIS, produzida pelo Museu Judaico do Rio de Janeiro. (Menorah)

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'O Mundo Moderno e a Questão Judaica' é o novo livro de Edgar Morin

“O Mundo Moderno e a Questão Judaica” (editora Bertrand do Brasil), novo livro de Edgar Morin, pesquisador emérito do Centre National de la Recherche Scientifique, é um ensaio no qual são expostas as contradições que cercam as noções de judaísmo na modernidade, tendo como pano de fundo os conflitos surgidos a partir de 1948. O autor explica a importância da obra: “Dediquei-me a essa tarefa tanto para conceber os tempos modernos, dos quais não se pode abstrair o fermento judaico, quanto para conceber a questão judaica, da qual não se pode abstrair a questão dos tempos modernos. Meu objetivo primordial é compreender e fazer compreender. Apesar disso, sei que nem sempre esse objetivo é alcançado; portanto, não posso empreender essa tarefa sem algum temor e apreensão. A noção de judeu era clara quando indicava simultaneamente uma identidade de nação, de povo e de religião. A partir do momento em que judeus participaram da cultura e da cidadania dos gentios, a disjunção entre judeu e gentio mascarou a junção efetuada entre estes dois termos, que se tornaram complementares, mas que podiam permanecer antagônicos, segundo os desenvolvimentos do moderno anti-semitismo (racial) que sucede ao velho antijudaísmo (religioso)”.

'O mundo moderno e a questão judaica' é um ensaio no qual são expostas as contradições que cercam as noções de judaísmo na modernidade, tendo como pano de fundo os conflitos surgidos a partir de 1948, quando a Palestina foi dividida em um estado árabe e outro judeu, dando origem a conflitos até hoje não resolvidos. Acordos diplomáticos, reuniões internacionais, ações da ONU não são suficientes para aplacar o ódio generalizado que se espalha por toda a área conflagrada, ceifando vidas, gerando um sentimento de insegurança que provoca ressonâncias em todo o planeta. Dividido em três partes, o livro traça uma moldura histórica do judaísmo e do cristianismo, ressaltando a contribuição dos judeo-gentios na globalização econômica e cultural. Além disso, analisa os efeitos da diáspora anteriores a 1933 e demonstra que sentimentos anti-semitas permanecem mais atuantes do que nunca.

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Árvore de Anne Frank escapa à serra elétrica

As árvores morrem de pé. Com dignidade. Mesmo que tenham entre 150 e 170 anos, 27 toneladas e um fungo letal que lhe corrói os "ossos". É o caso do castanheiro de Anne Frank, bem no centro de Amesterdam - a árvore que a jovem holandesa judia mirava, quando escondida, durante 25 meses, num sótão, com a família, para fugir à insanidade nazi (1939-45). Podem aqueles troncos ser história? História? Podem. E assim o entendeu um grupo de empenhados cidadãos holandeses, que, depois de a hipótese ser aventada em 2007, mobilizou esforços nacionais e internacionais para impedir a morte da árvore, com recurso à serra elétrica. Espécie de meu - dela - pé de laranja lima, ao qual tudo se desabafa, mas numa versão real e trágica (Anne acabaria por morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha), o castanheiro foi salvo *in extremis*. Ao contrário da sua menina, cujos dias alegrava, e que acabaria por morrer vítima de tifo. Mantê-la viva durante, pelo menos, mais cinco, dez, 15 anos, no máximo, vai custar caro, mas não têm preço estas palavras:

«Quase todas as manhãs vou ao sótão tirar a poeira dos meus pulmões. Do meu lugar favorito no chão, olho para o céu azul e o castanheiro desfolhado, em cujos galhos brilham pequenas gotas de chuva, como prata, vejo ainda gaivotas e outros pássaros que deslizam no vento. Enquanto isto existir, e quero viver para ver, estes raios de sol o céu azul - enquanto isto durar, não poderei ser infeliz.»
Coincidiendo con la celebración del Día del Holocausto, las autoridades holandesas y grupos ecologistas han llegado a un acuerdo para salvar de la tala a un árbol centario y enfermo que se yergue sobre la casa de Amsterdam donde Ana Frank se escondía de los nazis y escribía su famosísimo diario, informa la BBC. Al parecer, fue aquel árbol el elegido por la adolescente para abstraerse de la horrible persecución a la que estaban sometidos los judíos como ella. Una especie de refugio espiritual alejado del terror cotidiano. (ELPAIS.com 24/01/2008)

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Holocausto, o imperativo de lembrar

A Resolução da ONU definindo a data de 27 de janeiro como “Dia Mundial de Lembrança das Vítimas do Holocausto” é a resposta tardia do silêncio que tomou conta dos líderes das nações perante a tentativa de aniquilamento do povo judeu pelas hordas nazistas, durante a II Guerra Mundial. É o grito de protesto contra a insanidade daqueles que, por se julgarem donos de poderes ilimitados, outorgam-se o direito de degradar seres humanos, extirpá-los do convívio comum, explorá-los até o limite de suas forças e assassiná-los fria e cruamente.
A decisão histórica da ONU reitera a especificidade do Holocausto ao recomendar explicitamente aos Estados Membros da Organização que punam exemplarmente aqueles que tentarem negar ou banalizar a Shoá e que elaborem programas educacionais a fim de gravar na mente das gerações futuras as lições emanadas do Holocausto.
A especificidade da Shoá precisa ser reconhecida de forma incontestável pelo seu caráter único – a decisão política de extermínio físico do povo judeu, eliminando até a quarta geração de descendentes, mesmo oriundos de casamentos mistos ou convertidos a outras religiões; a montagem de toda uma engrenagem para buscar os judeus aonde estivessem e levá-los aos campos de extermínio; a construção de aparatos especiais, rápidos e eficientes, para a execução em massa dos condenados à morte pelo nazismo. (...) A recomendação já vem de longa data. Já em janeiro de 2000, 47 países - sendo 22 representados por seus chefes de Estado -, reuniram-se na cidade de Estocolmo para a primeira reunião do 3º Milênio: "Fórum Internacional sobre o Holocausto". O então Secretário Nacional de Direitos Humanos, José Gregori, chefiou a delegação brasileira e subscreveu a recomendação de ensinar o Holocausto em todos os níveis do processo educacional. Nesses oito anos, muito pouco foi feito no Brasil, país pioneiro na legislação de combate ao racismo e anti-semitismo. (Profa.Diane Kuperman, no ALEF)

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