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5 de maio de 2007

Direito à esperança de cura e vida, sim. Ao obscurantismo, não.


Brasília, 20 de abril de 2007. Definitivamente, um marco na história do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 178 anos de existência, a mais alta corte do Brasil realizou, pela primeira vez, uma audiência pública. Objetivo: ouvir cientistas sobre a lei que autoriza a realização no país de pesquisa com células-tronco embrionárias. Pudera. É a aposta de investigadores do mundo inteiro para a cura de várias doenças ainda incuráveis, como mal de Parkinson, diabetes, doenças neuromusculares e secção da medula espinhal por acidentes e armas de fogo.

A avançada lei foi aprovada pelo Congresso Nacional por placar estrondoso: 96% dos senadores e 85% dos deputados federais deram-lhe a vitória. O presidente Luís Inácio Lula da Silva fez o mesmo. Rapidamente a sancionou. Só que ela parou no STF porque o subprocurador-geral da República, Cláudio Fonteles, alegou que é inconstitucional. Questionado sobre se sua ação não teria motivação religiosa, o franciscano Fonteles acusou a geneticista, professora e cientista Mayana Zatz de viés judaico. Fonteles disse ao jornal Folha de S. Paulo: "A doutora Mayana Zatz, que é o principal elemento de quem pensa diferentemente da gente, tem também uma ótica religiosa, na medida em que ela é judia e não nega o fato. Na religião judaica, a vida começa com o nascimento do ser vivo. Então, ao defender a posição dela, ela defende a posição religiosa dela, que é judia e que a gente tem de respeitar".

Acontece que:
1º) A posição de Mayana Zatz em defesa da pesquisa com células-tronco embrionárias não é pessoal e muito menos religiosa. A geneticista participou da audiência pública no STF como porta-voz da Academia Brasileira de Ciências, da qual é membro. Sua postura é a mesma defendida pelas academias de ciências de outros 65 países.


2º) Há 30 anos Mayana trabalha com doenças neuromusculares letais ou altamente incapacitantes. Já viu milhares de crianças, jovens e adultos afetados morrerem sem qualquer chance de cura. Tanto que, para melhorar-lhes a qualidade de vida, fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (Abdim), da qual é presidente. Mayana é professora titular de Genética, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e pró-reitora de pesquisas da USP. Publicou 280 trabalhos científicos já citados mais de 4.500 vezes.

3º) Agora, pela primeira vez, vislumbra, num futuro próximo, uma possibilidade real de tratamento para várias doenças neurodegenerativas. Sua esperança está justamente nas células-tronco embrionárias. Somente elas têm a capacidade de se diferenciar nos mais de 216 tipos de tecido do corpo humano.

4º) Mayana, como outros cientistas brasileiros, trabalha há alguns anos com células-tronco adultas. Os resultados preliminares de suas investigações ­ bem como os de outros presentes na audiência do STF e diretamente envolvidos com tentativas terapêuticas para diferentes condições (problemas cardíacos, diabetes, derrame, mal de Chagas, esclerose lateral amiotrófica e paraplegia decorrente da secção da medula) ­ mostram, no entanto, que a pesquisa com células-tronco embrionárias é fundamental. São elas que ensinarão os cientistas a programar as células-tronco adultas, de modo que se transformem nos tecidos desejados. As células-tronco embrionárias podem ser obtidas a partir de embriões de até 14 dias.


5º) A lei brasileira permite a utilização de embriões produzidos em laboratório para fins de reprodução assistida. Porém ­ atenção! ­ não abrange todos. Autoriza apenas o uso daqueles inviáveis para gestação ou congelados há mais de três anos, cuja probabilidade de gerar um ser humano é praticamente zero. A lei prevê mais: os embriões só poderão ser utilizados após autorização dos genitores. Portanto, aqueles que tiverem qualquer restrição de ordem moral ou religiosa não terão seus embriões usados para fins de pesquisa. Com o passar do tempo, os embriões deterioram-se inexoravelmente, perdendo o prazo de validade. Por que então não utilizá-los de forma ética e responsável em benefício do futuro e da evolução da humanidade, salvando vidas?

6º) Na prática, conseqüentemente, proibir a pesquisa com células-tronco embrionárias significará, de um lado, continuar dando aos embriões excedentes nas clínicas de fertilização um habitual e inglório destino: o lixo. De outro, tirará a esperança de cura ­ portanto, de vida ­ de milhares de pessoas. Ninguém tem esse direito.

7º) A luta pela vida está acima dos credos. Logo, não se pode misturar ciência com religião, sob o risco de se voltar ao obscurantismo da Idade Média - a idade das trevas.

8º)
O Estado brasileiro é laico. Assim, a tentativa de desqualificar os argumentos científicos de Mayana com insinuações anti-semitas é lamentável. No mínimo, contraria a tradição brasileira de tolerância e respeito à diversidade religiosa.

9º) Felizmente, Mayana não está sozinha. A defesa da pesquisa com células-tronco embrionárias já permeia largos segmentos da comunidade científica e da sociedade civil brasileiras.

Por tudo isso, nós ­ de diferentes religiões, etnias, profissões, níveis socioeconômicos, idades - repudiamos a desesperada manobra para desviar o foco do debate. À Mayana, nosso apoio e solidariedade irrestritos. A sua batalha pela vida é também de todos nós. Direito à esperança de cura e à liberdade de pesquisa, sim. Ao obscurantismo, não.


Para apoiar esta petição clique:


http://www.PetitionOnline.com/pesqcel/petition.html



[nota] => recebi esta petição por email, creio que é justa, representa o que penso a respeito. ASSINADO. Henrique Chagas

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Na onda da memória


O romance O Mar leva o leitor ao turbilhão de lembranças de um homem em luto


O irlandês John Banville é um grande escritor de língua inglesa que os leitores brasileiros ainda não descobriram. De 14 romances, ele tem apenas três títulos no país. O último, O Mar (Nova Fronteira), ganhou o Booker Prize, o mais importante prêmio literário inglês, em 2005. O Mar é sobre Max Morden, estudioso de arte de meia-idade que perde a mulher para o câncer. Inconformado, viaja para uma cidade litorânea com a filha, onde é arrebatado por lembranças de infância. No mesmo local, havia conhecido os Graces, uma família abastada. Quando menino, Morden havia desenvolvido uma paixão platônica por Connie Grace, a mãe, e tido as primeiras experiências sexuais com a filha, Chloe - tudo isso aos olhos de Myles, o irmão gêmeo mudo da garota. Não há presente, ou mesmo um tempo central no enredo, mas vários passados que se alternam. O narrador explica: "O passado representa um refúgio para mim: corro ao seu encontro, na maior ansiedade, esfregando as mãos, tentando me livrar do frio presente e do futuro mais frio ainda". Mesmo o passado infantil, ensolarado e alegre, traz descobertas perturbadoras e uma tragédia revelada no final. Acusado equivocadamente de escritor difícil, Banville tem na verdade um estilo cuidadoso. Cada palavra serve para construir imagens poéticas arrasadoras. A narrativa está o tempo todo preocupada com os limites da expressão. É daí que nasce a força dramática de O Mar. "Os escritores irlandeses não se sentem em casa na língua inglesa, apesar de usarem-na há séculos", disse Banville a Época. "Isso em parte é bom, porque podemos examinar realmente a língua, olhá-la de fora." (Gisela Anauate - Revista Época)


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Ninguém pode nos salvar dos nossos pensamentos


Quinta : 10 de maio de 2007 : 19h
FNAC (Shopping da Barra : Rio de Janeiro : RJ)

O escritor mineiro Pedro Maciel realiza palestra sobre o tema - Ninguém pode nos salvar dos nossos pensamentos.


Autor do romance A Hora dos Náufragos (Bertrand Brasil), o escritor fala de vida e morte em texto de estrutura criativa e pouco convencional. Para ele, "o pensamento está sempre além do corpo. Há cabeças que, mesmo cortadas, emitem pensamentos".


É do desassossego que Pedro Maciel encontra inspiração para escrever: "Eu só tenho vontade de escrever num estado de espanto, de indignação ou de desesperança. Escrevo para não conceber idéias obscuras e para não dissimular utopias. Escrevo para deixar o pensamento livre e fabular desilusões. Escrevo também para desmistificar mitos ou para habitar paraísos artificiais". Para Maciel, "o livro deve ser lido para justificar a beleza e deve ser relido para reencontrar a beleza".


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Em "Zona de Guerra" acontece teatro



Escrita em 1916, a peça se passa num alojamento de um navio"Zona de Guerra" é mais um espetáculo de muita qualidade. Vou tecer alguns comentários sobre essa encenação. Venho acompanhando esse projeto e, cada vez que vejo o resultado das montagens, tenho certeza do quanto Garolli é um excelente encenador.
São poucos os espetáculos teatrais em São Paulo que acontece teatro. Estou cansado de entrar no teatro e sair do mesmo jeito que entrei. Mas em "Zona de Guerra" acontece muito teatro. A maresia toma conta de todos: do público ao elenco. É impossível não estar dentro desse barco. É impossível não ficar sufocado. É impossível não brindar esse elenco muito talentoso que veste a camisa do grupo.
"Zona de Guerra" não é um simples espetáculo teatral. Ele incomoda, sufoca e faz transpirar. É tão verdadeiro que sinto a temática se desenvolver no estômago do público.
A direção do Garolli é minuciosa. É quase uma coreografia: a agilidade do elenco se conduz com tanta maestria que, quando percebemos, já estamos em alto mar.
Bruno Feldman foi uma grande e boa surpresa. Dá para notar que o diretor apostou e confiou no ator, que banca a personagem de forma orgânica, visceral. Aliás, todo o elenco comprou a proposta da direção. Não tem nenhum ator sem entrega.
"Zona de Guerra" tem cheiro, tem gosto amargo de Fel. É bem marcado e nos conduz do humor ácido à tragédia. Parabéns para toda essa proposta do grupo. Ainda bem que vocês fazem acontecer teatro". Moisés Miastkwosky



Ficha técnica
Texto: Eugene O´Neill Direção e adaptação: André Garolli Elenco: João Bourbonnais, Roberto Leite, Guilherme Lopes, Kalil Jabbour, Bruno Feldman, Denis Goyos, Wagner Menegare, Uryas de Garcia e Alexsandro Santos Duração: 60 minutos.


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Mais de 15 pombos são mortos na praça da Catedral (Gazeta de Limeira Data: 05/05/2007)


Mais de 15 pombos são mortos na praça da Catedral (Gazeta de Limeira Data: 05/05/2007)
A dona de casa Maria de Lourdes Agostinho, considerou um fato lamentável, sobretudo de supor que existem pessoas com a coragem de "judiar" de um ser indefeso.



Preconceitos Difusos Adormecidos
Nada contra os pombinhos que habitam a Praça da Catedral Nossa Senhora das Dores em Limeira, mas a dona de casa em tela ainda cultiva verbo assaz inadequado a fraternal convivência entre as diversas origens formadoras da nação brasileira, preconceito difuso embutido em expressões aparentemente inocentes, carga negativa injusta herdada de tempos imemoriais.
Atitudes equivocadas, resquício de um passado de intolerância que o tempo ainda não apagou, e que paradoxalmente negam o papel importantíssimo desempenhado por tantos na fundação e desenvolvimento da nação brasileira.
Agora que iremos receber a visita do Santo Padre, que estes momentos de religiosidade possam servir a reflexões sobre a fraternal convivência inter religiosa neste pais abençoado pela liberdade, diversidade e tolerância, abstendo-nos da utilização de palavras que possam propagar preconceitos seja religiosos, étnicos ou de qualquer outra natureza.
Esperamos que a Gazeta de Limeira possa implementar em suas paginas o banimento das expressões depreciativas a qualquer etnia ou comunidade, este tradicional diário que chegou aos 75 anos como um dos importantes jornais do interior de São Paulo. Será um grande serviço prestado aos seus 15 mil leitores. (Israel Blajberg - Rio de Janeiro/RJ)



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4 de maio de 2007

CAIXA leva música erudita para a população das cidades por onde passou JK



Um Piano Pela Estrada - Nos Caminhos de JK com pianista Arthur Moreira Lima.


A partir dessa sexta-feira (04/05), com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, inicia o projeto cultural Um Piano pela Estrada - Nos caminhos de JK com concertos do pianista Arthur Moreira Lima, que percorrerá cidades dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Tocantins, Maranhão, Piauí e Pará, terras por onde trilhou o Ex-presidente Juscelino Kubitschek.


O objetivo do projeto é trilhar os caminhos de Juscelino como médico, prefeito, governador e presidente da República. Do seu nascimento em Diamantina, até Belém, pela estrada por ele aberta para a integração do país. Passando por cidades históricas e por cidades novas, estas plantadas no eixo da esteira de progresso iniciada pela fundação de Brasília, encerrando a longa viagem na cidade de Redenção, no estado do Pará. Quando a caravana chegar em Redenção, terá rodado 13.647 quilômetros, mas a viagem não termina por aí, serão mais 2.800 quilômetros para retornar a Florianópolis, sede da produtora do evento. >>> leia mais


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Vilém Flusser no Centro da Cultura Judaica


No dia 17 de maio, quinta-feira, às 20h30, Martin Grossmann é o convidado especial do Centro da Cultura Judaica para o Café Filosófico Sipur sobre o filosofo Vilém Flusser, um dos intelectuais judeus que fugiram em direção ao Brasil durante a 2° Guerra Mundial. O ator Beto Matos ilustra a noite com textos de Flusser. Nascido em Praga, em 1920, Vilém Flusser imigrou para o país em 1940, onde viveu por 32 anos. Sua permanência no Brasil determinou sua linha de pensamento e fez com que o filósofo marcasse seu lugar na filosofia nacional. Teórico das novas médias e colaborador de pensamentos anti-racistas, sua experiência concreta de transcendência de pátrias ficou sendo seu trabalho cotidiano e o tema intrínseco de suas reflexões.


O Café Filosófico Sipur tem entrada franca e ocorre quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, no Auditório do Centro da Cultura Judaica, rua Oscar Freire, 2500, ao lado da estação Sumaré do metrô, em São Paulo. Informações pelo telefone (11) 3065.4344 ou no site www.culturajudaica.org.br. Duração: 1h30. Idade mínima: 14 anos. Auditório: 80 lugares. A área de Artes Cênicas do Centro da Cultura Judaica tem Silvana Garcia como consultora de programação, Paulo Rogério Lopes como Diretor literário, Débora Dubois na direção geral do Cabaré Sipur, e Ana Luísa Lacombe na coordenação geral de contação de histórias do Café Filosófico Sipur e Sipurim.


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O Sol se Põe em São Paulo, por Contardo Calligaris


O barulho de fundo da metrópole americana é o burburinho de mil histórias engasgadas


O ÚLTIMO romance de Bernardo Carvalho, "O Sol se Põe em São Paulo" (Companhia das Letras), começa com a fotografia de Antônio Gaudério que se estende por capa e contracapa: é uma visão de São Paulo coberta por uma nuvem que, ao mesmo tempo, oprime e engrandece a cidade (como se sua existência fosse um desafio).


Logo, acontece o seguinte: num restaurante do bairro da Liberdade, a senhora japonesa que está no caixa pede a um cliente (o narrador) que ele escute e escreva a história de sua vida no Japão. A maior parte dos fatos narrados acontece, portanto, no Império do Sol Levante, uma parcela do qual veio se pôr em São Paulo.


Os romances de Bernardo Carvalho ("Nove Noites", "Mongólia") são janelas sobre universos distantes.


Ler é um pouco como alistar-se na marinha: a gente viaja e vê o mundo.


Desta vez, não é diferente: o leitor descobre um Japão sutil, contraditório e inesperado. No entanto, para mim, o tema do livro não é o Japão, é São Paulo ou qualquer metrópole das Américas, do Norte ou do Sul. >>>>> Leia mais


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Sefaradis desvendam seus segredos


O ciclo de palestras "A história, a língua, a música e a culinária dos judeus de origem ibérica" vai acontecer nos dias 07, 14, 21 e 28 de maio, às 20h, na ASA (Botafogo), com estacionamento no local.


Convite de Nelson Menda, presidente do Conselho Sefaradi


"O programa, além de estar sendo apresentado pela primeira vez, é de primeiríssima ordem. Vamos contar que os judeus habitavam a Península Ibérica muito antes da chegada dos romanos e da própria introdução do cristianismo. Iremos esclarecer a razão pela qual a Turquia, um país de maioria muçulmana (98% da população) faz questão de preservar a independência entre o estado e a religião, além de manter relações extremamente cordiais com Israel. Vamos abordar a origem e evolução do ladino, tanto através da linguística quanto do rico cancioneiro judaico-ibérico. Iremos apresentar uma belíssima e praticamente desconhecida Dança Flamenca Judaica, de origem andaluz. Vamos revelar receitas de quitutes que nos deixam com água na boca, entre as quais o exótico dulce de rosas e as deliciosas burrecas, com direito a degustação. Por fim, uma seleção de provérbios, os chamados dichos, para todos os momentos e ocasiões, especialmente as infalíveis mandingas que tem o poder mágico de neutralizar os perigos do "olho grande" ou "mau-olhado".

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A descoberta das obras perdidas de um génio da Antiguidade : O Codex Arquimedes



O Codex Arquimedes
Reviel Netz | William Noel


A 10 de Maio, pela mão das Edições 70, a história da descoberta de uma das obras mais importantes para o campo da Ciência é apresentada ao público, num grande Lançamento Mundial: O Codex de Arquimedes.


Em 1999, um manuscrito medieval foi vendido em leilão na Christie's de Nova Iorque por 2 milhões de dólares, a um comprador que, até hoje, se mantém anónimo. Ao ser analisado, o manuscrito revelou-se, na verdade, um palimpsesto: um texto rasurado num pergaminho sobre qual se escreveu um livro de orações no século XIII.


Este é o ponto de partida para uma viagem fascinante, que nos leva num périplo pelo Mediterrâneo - das areias de Siracusa, sitiada pelos Romanos, a Constantinopla e, por fim, a Nova Iorque. É, também, a história do percurso dos textos de uma das maiores mentes matemáticas - Arquimedes - e de como a análise das suas obras, há muito dadas como desaparecidas, nos revela a genialidade do seu pensamento.


Profusamente ilustrada com diagramas elaborados com base nos de Arquimedes, esta é uma obra cativante, num relato que alterna entre o thriller científico, a história, e a divulgação da ciência.


Está disponível o Prefácio e o Capítulo I da obra.


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Una idea justa en el fondo de una cueva puede más que un ejército (José Martí)


O site abaixo é um portal televisivo desde CUBA com dezenas de dvds sobre a ilha e que a mídia não divulga. Vale ver e conhecer.
(clique)
http://www.cubainformacion.tv/


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BRASIL NO CONTEXTO - 1987- 2007



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EntreLivros comemora dois anos com palestra na Fnac


Na quarta edição da série de palestras promovida pela Duetto Editorial e Fnac Pinheiros, o escritor Milton Hatoum, colunista de EntreLivros e vencedor dos prêmios Jabuti 2006 e Portugal Telecom, fala ao público sobre sua produção literária

A Duetto Editorial promove no dia 10 de maio, na Fnac Pinheiros, uma palestra com o escritor e colunista de EntreLivros Milton Hatoum. A revista, que comemora dois anos este mês, convida Hatoum para um bate-papo com seus leitores sobre criação literária e o cenário da literatura atual.


Vencedor dos prêmios Jabuti 2006 e Portugal Telecom com o livro "Cinzas do Norte", Milton Hatoum é hoje um dos principais nomes da literatura contemporânea brasileira. Estreou no mundo literário nos anos 80 com "Relato de um Certo Oriente", alcançando sucesso de público e crítica. O escritor amazonense consolidou sua carreira nos anos 90, com a obra "Dois Irmãos".


Serviço
Encontro com Milton Hatoum
Data: 10/05/07 - Horário: 19 h.
Local: Fnac Pinheiros - Praça dos Omaguás, 34


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Nascido no Inferno, por Abrão Slavutsky


Primo Levi foi o primeiro escritor a narrar o cotidiano dos campos de concentração nazistas, onde foram assassinados 6,15 milhões de judeus. Mas ele foi mais do que isso. Sua obra é sobre a vida e a morte, a dor e a amizade nos seus limites. Ele segue na escrita o caminho do narrador que está imerso naquilo que narra, tendência que foi crescendo ao longo do século XX, com Isaac Babel e Ernest Hemingway. O que passou a definir o escritor foi a forma poética, metafórica, pela qual transmitiu o que viveu. Um exemplo seria a descrição da véspera da viagem que fez como prisioneiro da Itália para Auschwitz, em fevereiro de 1944: "Cada um se despediu da vida da maneira que lhe era mais convincente. Uns rezaram, outros se embebedaram; mergulharam alguns em nefanda, derradeira paixão. As mães, porém, ficaram acordadas para preparar com esmero as provisões para a viagem, deram banho nas crianças, arrumaram as malas, e, ao alvorecer, o arame farpado estava cheio de roupinhas penduradas para secar. Elas não esqueceram as fraldas, os brinquedos, os travesseiros, nem todas as pequenas coisas necessárias às crianças e que as mães conhecem tão bem. Será que vocês não fariam o mesmo? Se estivessem para ser mortos, amanhã, junto com seus filhos, será que hoje não lhes dariam de comer?"


Esse é um trecho do livro "É Isto um Homem?" - e o título tinha que ser uma pergunta, pois toda sua obra questiona quem é mesmo o homem, capaz de tanto mal e também de bons sentimentos. Gostamos de nos definir como homo sapiens, mas somos também homo demens. Nos agrada a imagem de sapiens, daquele que sabe, do mais evoluído da espécie. Já ser homo demens, louco, é chocante, e evitamos essa verdade que nos angustia. Como pôde nascer um escritor no maior dos infernos do século XX é um mistério. Sua obra pode ser lida como uma resposta a Theodor Adorno, que afirmou não ser possível escrever poesia depois de Auschwitz. >>>> Leia mais


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Unicef cria o Dia da Criança Palestina


criancas_armas_ok.jpgA Unicef instituiu o dia 05 de abril como o "Dia da Criança Palestina". O objetivo seria o de "promover, junto aos governos e aos cidadãos, uma reflexão sobre a vida e o futuro cada vez mais incerto das crianças que vivem em meio a esses conflitos. Crianças que têm seus direitos básicos desrespeitados e que muitas vezes correm riscos de vida e acabam vítimas dos conflitos, do fanatismo religioso e do terrorismo".


E o dia das crianças que são vítimas do terror ?!?


Crianças palestinas: armas, ao invés de educação. Balas ao invés de livros. Por que não criar também o "Dia das Crianças Vítimas do Terror" ?


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Biógrafo de Roberto Carlos diz se sentir 'abandonado'


Folha de S. Paulo - 3/5/2007 - por Eduardo Simões
O historiador Paulo Cesar de Araújo diz que se sentiu "abandonado" e que viu seu livro ficar "sem defesa" durante a audiência na última sexta-feira que resultou no acordo para a proibição definitiva da produção e venda da biografia Roberto Carlos em detalhes. Roberto havia alegado invasão de privacidade e, diante do acordo, desistiu dos processos cível e criminal que havia aberto. Araújo afirma, no entanto, que, desde o início da audiência, a sorte do livro já estava lançada. "Foram cinco horas debatendo dinheiro. Sabia-se que os livros seriam destruídos. Depois, o que se discutiu foi quem pagaria os honorários dos advogados de Roberto e se haveria ou não indenização para ele", reclama o escritor. >> Leia mais

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3 de maio de 2007

Paulo Coelho na mira


Folha de S. Paulo - 3/5/2007 - por Mônica Bergamo
E o posicionamento do escritor Paulo Coelho, que afirmou estar "chocado" com a "atitude infantil" de Roberto por ter censurado os livros foi recebido com ponta de ironia pela equipe do rei (nota acima). "É compreensível. Afinal, ele é contratado pela editora Planeta (que publicou o livro)", afirma um assessor do cantor. Na verdade, lembra Mônica Bergamo, Coelho também criticou duramente a editora por ter aceitado um acordo para recolher os livros. >> Leia mais

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O que é "contexto desfavorável"?


Pode-se questionar a qualidade literária do escritor, mago, bruxo e etcétera PAULO COELHO, mas louve-se que é corajoso e senhor de suas próprias idéias. Pessoalmente não gosto da literatura mística de PC, mas este artigo publicado na Folha (02/05/2007) o redime. Passei de gostar de Paulo Coelho, talvez sequer venha a ler algum dos seus livros, mas já posso dizer que gosto do Paulo Coelho. Leia o seu corajoso artigo, que abaixo reproduzo:



"TENHO UMA grande admiração por Roberto Carlos -recentemente, um dos mais importantes programas da BBC Radio me perguntou a lista de cinco discos que eu levaria para uma ilha deserta, e incluí um dos seus. E, apesar dos problemas normais decorrentes de uma relação profissional, tenho um grande respeito pela editora Planeta, que publica minhas obras no Brasil e em vários países de língua espanhola.


Dito isso, é com grande tristeza que leio nos jornais que, na 20ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, os advogados do cantor Roberto Carlos e da editora Planeta fizeram um acordo que prevê a interrupção definitiva da produção e comercialização da biografia não-autorizada "Roberto Carlos em Detalhes", do jornalista e historiador Paulo Cesar Araújo. O editor diz um disparate para salvar a honra, o cantor não diz nada e o autor fica proibido de dar declarações a respeito. E estamos conversados. Estamos conversados? Não, não estamos, e tenho autoridade para dizer isso. Tenho autoridade porque, desde que publiquei meu primeiro livro, tenho sido sistematicamente atacado. >>>> Leia mais



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Irving Stone - Lust for Life



Vincent van Gogh, Four Cut Sunflowers, 1887. Scan obtained from the wonderful Carol Gerten's Fine Art.


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Vincent: Paradigma e Mistério, por Chico Lopes


um tributo a Van Gogh


Talvez em razão dessa vulgarização, quem dispara na frente no número de adaptações de sua vida para o cinema é Vincent Van Gogh, claro. Talvez por ser o mais paradigmático dos pintores, ao menos na visão cinematográfica. Ele é tudo isso - um problema para a família, um problema para os amigos, e, acima de tudo, um enorme problema para si mesmo. O imaginário popular o consagrou como o louco que cortou a própria orelha e certos fatos de sua vida parecem importar mais do que sua própria pintura. Alçou-se à condição de lenda, com tudo quanto isso tem de grandioso e equivocado.

Os filmes sobre ele são sempre os mais procurados, e há pelo menos três em VHS e DVDs, sendo o mais lembrado "Sonhos", de Kurosawa, onde é vivido por Martin Scorsese, no episódio do trigal com corvos. É só um episódio, mas a tecnologia permitiu que as imagens das telas mais queridas de Van Gogh comparecessem com a força impressionante que sempre tiveram. Os outros dois filmes são "Van Gogh", de Maurice Pialat, francês, e "Van Gogh - Vida e obra de um gênio", norte-americano, de Robert Altman. Não são grande coisa, o primeiro pelo terrível vício francês de fazer filmes em que a emoção é descarnada pelos discursos, a secura desdramatizante, as racionalizações, o falatório, e o segundo por ser uma redução de uma minissérie realizada para a televisão holandesa. Nos filmes, o pintor é interpretado por Jacques Dutronc e Tim Roth, respectivamente.

Até aqui, porém, não existia em VHS ou DVD brasileiro o maior dos filmes sobre ele, SEDE DE VIVER, dirigido por Vincente Minnelli em 1956. Encontrei-o milagrosamente numa simples banca de revistas, a um preço razoável, e não pisquei para adquiri-lo, temendo que fosse mesmo um milagre fácil de se volatilizar. Traz Kirk Douglas no papel principal, e podem esquecer todos os outros Van Goghs: ele é definitivo, com a barba ruiva, a expressão atormentada e uma dignidade a toda prova. >>>> por Chico Lopes


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2 de maio de 2007

Em bom português


O Globo - 29/4/2007
O acadêmico Evanildo Bechara precisou recorrer aos livros de sua biblioteca para esclarecer a questão: por que o parágrafo é sinalizado com o símbolo "§"? Acostumado a ter na ponta da língua explicações para as mais intricadas normas do idioma nacional, o titular da cadeira de número 33 da Academia Brasileira de Letras, respeitado autor de gramáticas, não deixou a pergunta sem resposta. Desde que foi criado o ABL Responde - um link especial no portal da academia na internet, para que as pessoas enviem dúvidas relacionadas à língua portuguesa - Bechara e outros catedráticos têm respondido pessoalmente às consultas. Passados 20 dias, o site registra mais de 1.500 consultas.


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Biógrafos reclamam de censura


Folha de S. Paulo - 30/4/2007
O acordo firmado na última sexta-feira (27/04) entre o cantor e compositor Roberto Carlos e a editora Planeta, que prevê a interrupção definitiva da produção e comercialização da biografia não-autorizada Roberto Carlos em detalhes, do jornalista e historiador Paulo Cesar Araújo, foi considerado uma ameaça pelo escritor e biógrafo Jorge Caldeira, autor dos livros Mauá e José Bonifácio de Andrade e Silva. "Daqui a pouco, qualquer personagem poderoso vai poder proibir que se escreva sobre ele. Conheço escritores que não aceitam fazer biografias porque não querem correr o risco de levar um processo. Um risco que, no Brasil, está cada vez maior", afirmou Caldeira. Para o escritor, o caso abre um precedente "para um tipo de censura muito complicado, porque é baseado numa opinião subjetiva". >> Leia mais


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Acordo proíbe livro sobre Roberto Carlos


Folha de S. Paulo - 28/4/2007 - por Eduardo Simões
Depois de mais de cinco horas de audiência, que aconteceu no dia 27/04, na 20ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, os advogados do cantor Roberto Carlos e da editora Planeta fizeram um acordo que prevê a interrupção definitiva da produção e comercialização da biografia não-autorizada Roberto Carlos em detalhes, do jornalista e historiador Paulo Cesar Araújo. O autor também se comprometeu a não fazer, em entrevistas, comentários sobre o conteúdo do livro no que diz respeito à vida pessoal do cantor. A Planeta terá até 60 dias, contando a partir da data, para entregar ao cantor os 10.700 exemplares do livro que ainda tem em estoque. >> Leia mais


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Desafio do Brasil é ensinar a ler


O Estado de S. Paulo - 29/4/2007 - por L. Constantino e S. Iwasso
Pela primeira vez, o País terá uma meta para cada rede de ensino, seja ela municipal ou estadual, a ser atingida até o final de 2021. A proposta é chegar ao bicentenário da Independência, em 2022, com as crianças matriculadas na 4ª série sabendo o que os alunos de 8ª série conhecem hoje. Em números, a média geral dos alunos de 1ª a 4ª séries deverá passar dos atuais 3,8 para 6, numa escala de 0 a 10. Já as crianças de 5ª a 8ª séries, que têm média 3,5, só devem atingir 6 pontos em 2025. Para o ensino médio, em 2028. As metas estão no Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado oficialmente na última semana pelo presidente Lula. Apesar de críticas pontuais, o projeto foi bem recebido por especialistas e políticos que atuam na área. Terá R$ 1 bilhão neste ano para ações de incentivo ao ensino, além do Orçamento do MEC. A previsão é chegar a R$ 8 bilhões até 2010. >> Leia mais


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Suassuna, 80


Folha de S. Paulo - 30/4/2007 - por Eduardo Simões
Às vésperas de completar 80 anos, o romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna parece viver cercado de sua obra. À saída de sua casa em Recife -uma mansão de 1870, cuja coleção de arte popular seria cenário perfeito para suas peças e livros -, a reportagem da Folha se deparou com um "personagem" que poderia facilmente pertencer à galeria de tipos picarescos de Suassuna, como João Grilo e Chicó, de O auto da Compadecida. Espécie de Sancho Pança do quixotesco autor, o taxista Ademir Chacon, 47, costuma transportar, em seu xucro Gol 1996, os visitantes, a família e o próprio "seu" Suassuna, que assevera: "O carro não é novo, mas o motorista é de confiança".


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Surfistinha em Bogotá


Jornal do Brasil - 29/4/2007 - por Vivian Rangel
Na 20ª Feira Internacional do Livro em Bogotá, as editoras brasileiras quase não fizeram se representar. No estande da Planeta, brilharam Bruna Surfistinha e Paulo Coelho.


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Entrevista com Henrique Chagas para o portal "Autores e Leitores"



Henrique Chagas, 47, escritor e advogado, radicado em Presidente Prudente/SP, concedeu entrevista ao portal "", onde destacou a relevância do papel "religioso" na sua obra. Henrique não se vê como um ser fortemente influenciado pela religião no seu sentido comum, mas sente-se religado ao Eterno. "Assim, creio que não sou nada religioso no sentido comum, mas sou extremamente religioso no sentido ontológico da palavra. Desde que me entendo, sempre me vejo religado a uma força transcendente. Busco sempre identificar-me com Aquele cujo nome é impronunciável. Esse religare transparece nas minhas idéias e nos meus textos; e, mais, materializa-se na reflexão do sentido da nossa existência e da nossa identidade humana", disse Henrique.



Henrique revelou que está trabalhando um romance: "Escrevo um romance cuja temática é exatamente esta reflexão sobre o sentido da existência humana, muito mais profundo que nosso mero sentido religioso, ao contrário, projeto nas personagens as nossas dificuldades de compreensão do sagrado e do profano. Penso que não existem coisas sagradas e coisas profanas. Tudo é sagrado, já dizia Djavan. Nessa busca de identidade as personagens se esbarram com a sua inexorável pequenez frente ao universo, ao aquecimento global, à escassez de água que já se avizinha, muito embora neste mundo pós-moderno tudo seja facilitado pela tecnologia de ponta". Falou ainda do seu trabalho como advogado e especialmente de Verdes Trigos.



Leia a entrevista.



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Dicionário Sefaradi de Sobrenomes


O Dicionário Sefaradi de Sobrenomes é fruto da persistência, do talento e da erudição de Guilherme Faiguenboim, Paulo Valadares e Anna Rosa Campagnano. Nele muitos brasileiros poderão promover um reencontro com o seu próprio passado, religando o que a intolerância religiosa, os efeitos da Inquisição e o isolamento obliterou.

O livro 'Dicionário Sefaradi de Sobrenomes - Inclusive Cristãos-Novos, Conversos, Marranos, Italianos, Berberes e sua História na Espanha, Portugal e Itália' conta com 12.000 sobrenomes e 17.000 verbetes. O livro também descreve a história dos sefaradis em duas partes - da antiguidade até a expulsão dos judeus; e da dispersão (após a expulsão) dos sefaradis até o século 20, que mostram a extraordinária saga de dezenas de milhares de famílias sefaradis ao longo de seis séculos.

[nota] Preciso dar uma estudada neste livro de sobrenomes, porque minha história familiar é totalmente singular. Meus ancestrais paternos vieram de Portugal. Meu avô aqui no Brasil adotou o sobrenome de Terra. Meu avô era conhecido como Antônio Terra, veio da região de Queluz/RJ para Piraju/SP. Meu pai nasceu em Bernardino de Campos/SP. Vieram, por volta de 1924, para o oeste de São Paulo, pleno sertão. Por ocasião da guerra, meu pai quis de toda maneira lutar nas tropas aliadas. Mas para se inscrever nas Forças Expedicionárias era necessário ter documentos. Num único todos foram ao Cartório de Maracai/SP e tiraram seus novos documentos. Meu avô adotou outro sobrenome: Antonio Leite das Chagas. Deixar de ser um Terra para tornar-se um Chagas. Meu avõ faleceu em 1960; não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mas meu pai sempre dele contava histórias. Ele tinha costumes eminentemente judaicos, apesar do catolicismo nada praticante.Afinal, qual será o meu verdadeiro sobrenome? Nem acredito que seja Terra, muito menos Chagas.

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World Body Painting Festival 2006 em Seeboden, Áustria




Se vocês se amarram em ver as artes plásticas invadindo o corpo, principalmente o feminino, visite já a galeria de fotos do World Body Painting Festival 2006.(by Blog do Noel)
Uma homenagem à Vincent Van Gogh, é claro!

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1 de maio de 2007

Triângulo no ponto (romance), de Eros Grau (Editora Nova Fronteira)


Triângulo no ponto, romance de estréia de Eros Grau, é um livro no qual não simplesmente tudo pode acontecer, mas um livro no qual nada pode deixar de acontecer. Uma narrativa em que o autor se compromete a tudo fazer para iludir, ao contar as angústias, as esperanças, os encontros e, sobretudo, os desencontros sentimentais de seus personagens, representativos de uma geração que viveu e sofreu intensamente - e pagou um alto preço por isso.

As histórias de Rogério, Xavier e Costa, contadas pelo primeiro, correm paralelas no tempo dessa geração, próximas e distantes das mesmas circunstâncias. Nelas a alternativa sempre se dá entre o possível e o real, jamais considerando o impossível. Para o ponto do título convergem (ou a partir dele divergem] essas histórias, desde a metade dos conturbados anos 60 até os dias de hoje, que traçam as três linhas do triângulo composto pelos três protagonistas.Ou seria pelas três versões de um mesmo personagem?

Com um texto ao mesmo tempo leve e enigmático, envolvente e provocador, Triângulo no ponto é um romance sobre o tempo e a identidade, que lança a cada página um novo desafio ao leitor. Justiça seja feita: se o romance é de estréia, o autor está em plena - ou suprema - maturidade criativa. Cabe a você dar a sentença.

Eros Grau é Professor Titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Ministro do Supremo Tribunal Federal. Triângulo no ponto é seu primeiro romance.


Noite de Autográfos
Quinta-feira, 3 de maio às 19:00
Local: Livraria Cultura Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073 - São Paulo/SP - Loja 153


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O deleite da barbárie e o gozo da carnificina, por Chico Lopes


Fui ver "300" em decorrência de dois fatores: a necessidade de comentar o filme profissionalmente e de conhecer seus elogiados feitos técnicos, na adaptação do gibi (ou, mais pernosticamente, graphic novel) de Frank Miller. Estou escolado nas estratégias sujas do marketing cinematográfico e sei que de nada que faça barulho publicitário muito intenso se pode esperar muito hoje em dia, mas, ainda assim, Cinema é arte & indústria e mantenho a cabeça sempre aberta para, no meio do lixo industrial, do "mainstream", descobrir alguns encantos e criações autênticos. Nunca esquecer que gente que hoje nos parece admirável e supremamente artística, como Billy Wilder e Alfred Hitchcock, era o "mainstream" de décadas distantes. Também falou-se tanto do bizarro rei Xerxes interpretado por Rodrigo Santoro que eu tinha que dar uma olhada nisso.

Mas o filme me surpreendeu foi por outras razões, que, na verdade, nem são novas, mas continuam me inquietando e me espantam que não inquiete - ou não pareça inquietar - muito as pessoas. Já se viu algo tão sádico, tão militarista, tão preconceituoso, tão machista e tão cruel quanto esse filme? >>> Leia mais

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30 de abril de 2007

O homem como agressor e vítima do meio ambiente


Os riscos estão em toda parte. Podem aparecer tanto na forma de processos naturais (terremotos, tsunamis, ciclones, alterações climáticas etc.) ou por conseqüências das atividades humanas (poluição, erosão, desertificação, aquecimento global, explosão, incêndio). Há riscos econômicos, geopolíticos, sociais, como a violência urbana. Em geral os fatores de riscos interagem e alguns pertencem simultaneamente a várias categorias e podem atingir tanto países pobres quanto ricos. O risco, porém, não é o acontecimento catastrófico propriamente dito e sim a percepção de uma potencialidade de crise, de acidente ou de catástrofe, Assim, a gestão dos riscos - ou seja, como prevenir e minimizar suas conseqüências - adquire uma enorme importância em todo o globo.

Para ilustrar os perigos que rondam o século XXI, a Editora Contexto acaba de lançar Os riscos - o homem como agressor e vítima do meio ambiente, organizado pela geógrafa francesa Yvette Veyret.

Os riscos - o homem como agressor e vítima do meio ambiente, uma leitura importante para ambientalistas, geógrafos, técnicos, fiscais, representantes da sociedade civil e políticos, leva-nos a dezenas de reflexões. Dos problemas naturais, industriais, econômicos/sociais, alimentares, e sanitários, encontrados em muitas dessas nações são indicadores de um desenvolvimento desigual e constituem, a esse título, uma grade de leitura particularmente útil para questionar a ação política em termos de gestão e de prevenção e dos comportamentos individuais.

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Direito autoral e Lei Rouanet


A Lei do Direito Autoral e os vários aspectos que a envolvem têm sido foco para discussão. Que obras são protegidas pela lei? Que cuidados ter na utilização de conteúdos protegidos? Entre estes e outros temas serão discutidos no novo curso da Escola do Escritor, que acontece no dia 05/05 (sábado), das 9h às 13h, na sede da entidade (Rua Deputado Lacerda Franco, 165, Pinheiros - São Paulo). Os professores escalados para o curso são: João Scortecci, escritor, editor, gráfico e livreiro; e Maria Esther Mendes Perfetti, graduada em Biblioteconomia e pós-graduada em Gerência de Sistemas e Serviços de Informação. Inscrições no link pelo telefone 11-3813-8987. >> Leia mais


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Um poeta e seus filhos



"Nem todos os pais podem dormir com seus filhos na mesma casa em que vivem. Como eu, alguns pais são separados, que dispõem apenas de um sábado e domingo para confirmar a paternidade e reencontrar o significado da família. Pai separado sempre está sob a ameaça de despejo. De ser trocado. Ou de ser esquecido".



É o que escreve o poeta Fabrício Carpinejar, na contracapa de seu último livro, Meu filho, minha filha (ed. Bertrand Brasil). Há muito sofrimento, acusação e culpa nesses belos poemas. A filha mais velha, já adolescente, é tema de versos magoados, de uma sinceridade difícil de encontrar:



Quando brinco com as crianças// e faço palhaçada, elas se divertem,/menos tu, encabulada pela maneira/como converso de igual para igual.//Tantas vezes ouvi tua vergonha/ explicando aos colegas,/com os olhos virados para cima:// "Meu pai é louco"./Louco por quem? Já perguntaste?



Ou ainda:



Corto tuas unhas e reclamas/ que aparo muito rente da pele./Desculpa, tudo que vivi foi rente à pele.//...Eu te alfabetizei e foste/me tirando o espaço entre as linhas./Guarda-me apenas uma fresta.//Não importa o que os adultos falam,/serei o pai da insistência./Até onde posso ir para te resgatar?/Eu faço a cama com o travesseiro/debaixo das cobertas. Conforta-me a idéia/de que alguém está dormindo.//Preferes que o travesseiro/ fique por cima. Abominas a sensação/de que há algum morto em tua cama.//Reclamas do teu pai, como se ele tivesse/ condições de se inventar de novo./Desculpa, corto as palavras/ muito rente da pele,/assim como descascava maçã e levava com a faca/ uma lasca por vez em sua boca.//Tudo o que vivi foi rente à pele./Deixei de ser pai e virei a pensão da tua mãe./Não esqueço o dia em que o oficial de justiça/bateu à minha porta a cobrar/ o que já concedia naturalmente./No papel timbrado, teu nome contra o meu.//O nome que escolhi contra o meu./O nome que sonhei contra o meu./Fui teu primeiro réu, sem que tu soubesses.



Dá vontade de respirar fundo antes de fazer qualquer comentário. Os próprios versos, aliás, parecem ter uma respiração difícil, entrecortada, de quem mal conseguiria articular um discurso prolongado de viva voz. Na verdade, a seqüência de poemas deste livro constitui menos uma escrita lírica do que um texto dramático. Imagino essas falas no palco, quem sabe com novos poemas declamados pelos personagens que ficaram mudos neste livro; seria uma peça impressionante. Mas já o que se tem no livro é de uma verdade, de uma precisão nas imagens, e de uma força emocional (sem derramamento, mas também sem reticência ou hermetismo) incomuns na poesia contemporânea. (Marcelo Coelho - Folha de São Paulo)




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Yes, nós temos cana, por Mário Persona *


O Tio Sam veio aqui, chupou cana, escovou os dentes e assoviou de contente. Se antes o vizinho era o Canadá, agora vizinho é qualquer país onde cana dá. O Brasil se alvoroçou, Zé Carioca sambou e Carmem Miranda cantou: "Yes, nós temos cana!" O petróleo virou vilão.

E quem vai dizer que não? Monteiro Lobato quis defender o petróleo e pegou seis meses de cana. Mal sabia ele que um dia o país deixaria de lado "O Petróleo é Nosso" e adotaria o lema "Cana Para Todos". A Polícia Federal já adotou e veja no que deu. Os canadólares apareceram mais rápido que os petrodólares.

Tirando os morros do Rio, onde a cana é difícil de pegar, a monocultura vai tomar de assalto nosso território. O Brasil vai ficar um verde só, do Oiapoque ao Chuí. Os ambientalistas que nos vigiam pelo Google Maps vão pensar que reflorestamos a nação. Mal sabem eles que o país do carnaval virou um canavial.

No interior de São Paulo, onde moro, "canaviar" é substantivo caipirês, mas aposto que vai virar verbo. Aqui está tudo canaviado. Se canaviar afeta a biodiversidade? Que biodiversidade? Aqui mel tem gosto de melado, teta de vaca dá garapa e passarinho voa em zigue-zague depois que bebe água que passarinho não bebia. >> Leia mais




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Ícaro, de Gabriel Pedrosa



icaro.JPGLivro de estreia de Gabriel Pedrosa, Ícaro tem na experimentação seu traço mais marcante. Seus poemas são indissociáveis do projeto gráfico, do livro como suporte físico: ganham corpo em versos em desalinho, linhas tortas e contraste entre páginas cheias e vazias, explorando a espacialidade da palavra dentro de uma vertente de pesquisa estética que ecoa a poesia concreta, porém amplificando suas inovações.



Ícaro é, portanto, um livro atravessado pela metalinguagem, pelo olhar de quem lê criticamente o repertório de nossos momentos literariamente mais inventivos.



Ateliê Editorial me encaminhou um exemplar, que vou prazerosamente entrar em contato com as leituras e releituras de canções e poesias consagradas.



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Terra Molhada, de Terezinha Oliveira Lemos



TERRA MOLHADA
Terezinha Oliveira Lemos



A chuva mansa acentua aromas,
envolve-me, intensamente,
o cheiro da terra molhada agradecendo a suave aspersão.



O espelho se revela
na poça d´água.
Resquícios da infância assomam,
tardes de brincadeira na rua.



O cheiro da terra molhada
numa linguagem especial
é um código de emoções.



[Nota] Recebi da Autora, de Araxá, MG, o seu novo livro "Terra Molhada". "Terra Molhada é um campo fértil a inspirar cidadãos e cidadãs na análise desta terra onde vivemos e que queremos para nós e para os que virão"



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Mais um sentimental...... Roney no seu "Galeria de Espelhos"



Outro sentimental (eu)





Reunião de amigos"Dá uma lida aqui no blog Bicho Solto e depois continue lendo (é o meu comentário)


Puxa… Isso é algo em que sempre penso, mas acho que nunca cheguei a colocar em palavras.


Talvez não tenha falado no assunto por não saber bem se é uma qualidade, um defeito, uma excentricidade, fruto de carência afetiva ou de uma alma que leva todo mundo muito a sério.


Gosto de pensar que é esta última. Acho que me apego às pessoas porque sempre olho para elas sob todos os aspectos indo do profissional ao emotivo passando por aquelas pequenas particularidades que nos fazem únicos.


A parte difícil disso é viver em um tempo onde os relacionamentos são justo o oposto, mantendo-se superficiais e fugazes.


Sonho um dia descobrir um jeito de juntar todas essas pessoas que passaram por minha vida ao menos umas 4 vezes ao ano! :-)"


[nota] Não deixe visitar este Blog do Roney, um cara sentimental, que expressa seus sentimentos, pensamentos e percepções de forma inteligente (coisa rara neste mundo virtual)



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Quando li "Batismo de Sangue" . . .


tito.JPGtito1.JPGO filme "Batismo de Sangue", do cineasta mineiro Helvécio Ratton, é inspirado no livro homônimo escrito por Frei Betto (também mineiro), vencedor do Prêmio Jabuti de melhor livro de memórias em 1983.


O livro e o longa-metragem narram a participação dos freis dominicanos na luta contra a ditadura militar no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. No filme, o ator Caio Blat vive o Frei cearense Tito de Alencar, torturado e morto no exílio em Paris aos 30 anos de idade, em 1974.


Sinopse do filme: Em São Paulo, no final dos anos 1960, o convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão), Ivo (Odilon Esteves) e Tito (Caio Blat) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella.


Frei Betto segue para um convento no Sul do Brasil, onde ajuda perseguidos políticos a passarem pela fronteira. Vigiados pela polícia, Frei Fernando e Frei Ivo acabam presos e torturados. A polícia descobre como são feitos os contatos entre Marighella e os dominicanos, e prepara uma emboscada para matá-lo. O convento é invadido, Frei Tito é preso. Em Porto Alegre, Frei Betto também é preso e os dominicanos são transferidos para um presídio em São Paulo.


Frei Tito é interrogado e sofre terríveis torturas. Meses depois, um grupo guerrilheiro seqüestra o embaixador suíço no Brasil, exigindo a libertação de setenta presos - entre eles, Frei Tito. Contra sua vontade, Frei Tito é mandado para o exílio e vai viver na França. Mesmo longe do Brasil, Tito mentalmente não consegue ficar livre de seus carrascos. Por onde passa, acredita estar sendo vigiado e ameaçado. Com intuito de pôr fim ao seu martírio e se livrar de seus perseguidores, Frei Tito comete suicídio.



[nota] Li "Batismo de Sangue", a 1ª edição, tão logo foi lançado. Já havia lido vários livros de Frei Betto, e, estava absorto pelas "Cartas de Prisão". Ainda eu era religioso, fiz parte de uma congregação religiosa até 1982. O sacrifício dos frades franciscanos constituia-se em ideal, em algo a ser seguido como exemplo, tal qual o martírio do Mestre. Convivi com colegas que tinham amizade com os dominicanos, os nossos heróis. Assim como o diretor deste filme, quando li "Batismo de Sangue" também percebi que a história deveria ser contada no cinema (ação e suspense). A paixão e morte do Frei Tito foi o que mais me comoveu naquela leitura, uma mistura de medo (vivíamos aterrorizados), compaixão, coragem, crueldade e martírio. Algo transcendentemente religioso. Quero ver o filme.



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