“...em lyrio, no y é que se concentra toda
a grácil e clara beleza daquela flor, na haste!
(...) Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá
profundidade, escuridão, mistério...
Escrevê-la com i latino é fechar a boca
do abysmo, é transformá-lo numa superfície banal...”
Prof. José Lourenço de Oliveira, em A Ortografia de Nossa Língua, 1933

Num espaço de 6 dias, durante a 25ª Oficina de Música de Curitiba, a música popular produzida a partir de Curitiba mostra a sua cara, num "surto" de tudo o que a cidade (e o estado) vem produzindo nos últimos anos, de forma quase silenciosa, quase invisível. Cinco artistas paranaenses formam uma verdadeira teia lançando seus trabalhos, que têm como base a música paranaense. São eles Hilton Barcelos, Etel Frota, Ana Cascardo, Gerson Bientinez e Fábio Hess. Hilton e Etel lançam livros de canções e Ana, Gerson e Fábio apresentam ao público novos CDs.

Sem que um soubesse do outro, Hilton Barcelos e Etel Frota produziam livros similares. Enquanto Hilton garimpava a música paranaense para o seu livro "Música Feita no Paraná", Etel recolhia o próprio trabalho de letrista em diversas parcerias locais e nacionais para o seu, intitulado "Lyricas: A Construção da Canção".>>>>> Leia mais

Como se sabe, não há como estabelecer uma porcentagem na quantidade de sangue para se definir se alguém nascido mestiço pode se considerar negro, indígena ou branco. Portanto, a escolha fica ao livre-arbítrio de quem tem no corpo sangue de vários ascendentes, independente da cor da pele. Esse é o critério que se vem levando em conta nas universidades públicas brasileiras para se estabelecer quem é ou não negro e pretende usufruir o sistema de cota que dá direito ao ingresso. É claro que isso, às vezes, causa confusão ou mesmo indignação a quem, trazendo a pele mais escura, é obrigado, por força das circunstâncias, a custear seus próprios estudos em universidades privadas. Sem contar os que se consideram brancos e são pobres e igualmente não têm acesso à universidade.

Seja como for, a verdade é que mestiços, historicamente, não são nem uma coisa nem outra. São mestiços. E pronto. Ainda há pouco tempo, um escritor moçambicano me escrevia para dizer que, para ele e muitos de seus pares, o Brasil era um “caso perdido”. Ou seja, a africanidade aqui já se havia perdido por causa da intensa miscigenação. Questão de ponto de vista. Nem o Brasil é, hoje, uma nação negra nem é um país de brancos. É um país miscigenado. Nascido da convivência (nem sempre pacífica) entre brancos europeus, negros e indígenas. Sem contar os asiáticos e os oriundos do Médio Oriente e seus descendentes, que já não são poucos. E outros tantos europeus de regiões diversas. Já era, portanto, um país globalizado, antes mesmo desta palavra ter virado moda.>>> Leia mais

Há pouco tempo, os ambientalistas reclamávamos da falta de espaço na mídia. Hoje o problema é inverso. Escreve-se e fala-se tanto sobre o assunto, que as pessoas nem lêem mais os artigos com a abertura "Nosso planeta passa por alterações gravíssimas, etc.". "Na era da informação, estamos todos desinformados", conforme li já onde não sei mais onde...

Os artigos publicados neste início de ano oscilam entre duas correntes; Evaristo Miranda, da Embrapa, publicou um artigo no Estado de São Paulo, comparando quanta floresta havia há 8.000 anos, com quanta há hoje. A conclusão, é que a Europa, e não o Brasil, é a grande desmatadora, vindo de 7% para 0,1%. Este artigo ecoa o livro "Chutando a escada" de Ha-Joon Chang de Cambridge, que descreve como os países desenvolvidos, uma vez chegando lá, tentam impedir o desenvolvimento dos outros. Trocando em miúdos, parte do mundo desenvolveu-se antes, poluiu antes e agora quer dividir a poluição, mas não o desenvolvimento gerado por ela. >>>> leia mais

SÃO PAULO - Apesar de já ter recebido diversas manifestações de apoio a sua anistia, o ex-deputado José Dirceu tem dito a aliados que ainda aposta em um outro caminho para tentar reaver os direitos políticos perdidos com a eclosão do escândalo do mensalão. Durante a reunião realizada no último fim de semana pelo Campo Majoritário do PT, Dirceu ressaltou que espera conseguir uma absolvição no Supremo Tribunal Federal (STF) , onde corre o inquérito sobre seu envolvimento e o de outros políticos no esquema de financiamento irregular de campanha denunciado no meio de 2005.

No encontro, organizado a portas fechadas em São Roque (SP), Dirceu ouviu de vários colegas de partido palavras favoráveis à criação de um projeto de iniciativa popular que lhe permita recuperar formalmente um espaço na cena política nacional. Ele insistiu, no entanto, em que o ideal seria que houvesse uma agilidade maior no andamento do processo que se encontra no STF. "O que o Zé está querendo mesmo é que o Supremo julgue logo o caso. Ele está muito confiante de que poderá ganhar e ser absolvido", disse um interlocutor de Dirceu, que participou do encontro do fim de semana.

De acordo com ele, Dirceu acredita que esta seria uma forma de "cortar caminho" e simplificar a estratégia. Com isso, o ex-ministro também evitaria a polêmica que seria causada pela apresentação de projeto de anistia na Câmara, já que um parecer favorável do STF permitiria reverter a cassação aprovada pelo Conselho de Ética da Casa e pelo plenário. De acordo com o petista, Dirceu já iniciou uma articulação para agilizar o andamento do processo judicial, por meio de seus advogados e em conversas com ministros do STF. "Ele foi ministro da Casa Civil e, obviamente, conhece muita gente por lá".

O advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, negou que haja alguma mobilização específica da equipe jurídica na tentativa de acelerar o andamento do processo no STF. Segundo ele, a defesa está apenas conduzindo procedimentos técnicos do caso. Lima acredita que, ainda no primeiro semestre deste ano, o STF decidirá se aceita ou não as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra Dirceu.

Chico Lopes, 55 anos, residente em Poços de Caldas desde 1992, tendo já publicado dois livros de contos pelo Instituto Moreira Salles/S.Paulo ("Nó de sombras" - 2000, e "Dobras da noite" - 2004), está entre grandes nomes da literatura brasileira na nova
antologia, "Cenas da favela", que está sendo lançada nas livrarias em parceria Geração Editorial/Ediouro.

Chico vem realizando, bem à mineira, com a tranqüilidade proporcionada por Poços de Caldas, uma obra que começa a chamar a atenção da crítica e dos leitores mais refinados da literatura brasileira, tendo merecido muitos elogios e referências da crítica por seus livros "Nó de sombras" e "Dobras da noite" (destaques em publicação como "Rascunho", "Jornal do Brasil", "Vogue Brasil" e jornais de todo o país). Desenvolvendo também um trabalho como tradutor, foi contratado pela Ediouro para a realização de várias traduções, que deverão sair brevemente. >>>> Leia mais

Edição de fevereiro traz ainda uma entrevista com Paul Auster, um seguidor do realismo mágico perpetrado pelo autor colombiano

No ano em que Cem Anos de Solidão chega aos 40, a revista EntreLivros traz, em sua edição de fevereiro, um dossiê de 28 páginas sobre a vida e a obra do escritor Gabriel García Márquez. Artigos assinados por jornalistas, escritores e acadêmicos contextualizam o trabalho do autor colombiano, seja ele ficcional ou jornalístico, e traçam paralelos entre sua biografia e os cenários e personagens que permeiam seus principais romances.

EntreLivros trata ainda do realismo mágico, classificação atribuída a boa parte da obra de García Márquez e de uma geração de escritores revelada no que se convencionou chamar de “boom da literatura latino-americana”, ocorrido em meados do século passado. No artigo que analisa sua obra jornalística, estão resenhados os cinco volumes recém-lançados pela Record que evidenciam o olhar crítico aguçado de Márquez, mesmo quando trata da Cuba de Fidel Castro, sua paixão declarada.

Considerado um seguidor do realismo mágico nos Estados Unidos, o escritor Paul Auster é o entrevistado deste mês. Auster, que é também cineasta, conversou com EntreLivros em Lisboa, onde está filmando seu A Vida Secreta de Martin Frost. Seu mais recente romance, Viagens ao Redor da Escrivaninha chega às livrarias pela Companhia das Letras ainda este mês.

A convite da CONIB e da Embaixada de Israel no Brasil, vários escritores brasileiros vão participar da “23ª Feira Internacional do Livro”, que será inaugurada no dia 18 de fevereiro, em Jerusalém. São eles: Ignácio de Loyola Brandão, Rubem Fonseca, Walcyr Carrasco, Moacir Amâncio, Ana Maria Moretzsohn, Pedro Bandeira, Affonso Romano Santanna, Marina Colasanti, Frederico Barbosa, Márcia Camargos e Daniel Galera. Além de participarem do evento, eles vão cumprir um extenso programa, que inclui encontro com grandes nomes da literatura hebraica; visita ao principal canal de televisão do país (que exibe telenovelas brasileiras); palestra na Universidade Hebraica de Jerusalém, uma das principais do mundo, e ida à cidade de Tzfat, berço da Cabalá. Também vão conhecer locais sagrados para as religiões judaica, cristã e muçulmana e vivenciar o dia-a-dia da sociedade israelense. A delegação será acompanhada por Claudia Costin, que hoje está à frente da Fundação Victor Civita; por Luiz Sérgio Steinecke e Silvia Perlov.

Granma Internacional (Cuba) - 9/2/2007 - por Pedro De La Hoz
A 16ª Feira Internacional do Livro Cuba 2007 abriu oficialmente ontem à tarde (08/02), na Fortaleza de La Cabaña, e começou dando as boas-vindas à Argentina, país convidado de honra. A Feira também prestará homenagem ao poeta, narrador e ensaísta César López e ao historiador Eduardo Torres Cuevas. Serão dez dias de lançamentos de obras, encontros com autores, vendas de livros, mostras editoriais, colóquios, leituras de poemas e narrações, concertos, espetáculos e exposições. O evento acontece no complexo cultural situado na entrada à Baía de Havana, que hoje, sexta-feira, abre suas portas ao público. Desde 19 de fevereiro até 11 de março, a Feira chegará a mais 39 localidades do país. >> Leia mais

O Globo - 7/2/2007 - por Joaquim Ferreira dos Santos
Rubem Fonseca, Veríssimo, André Sant'Anna, Daniel Galera e outros escritores irão à Feira Internacional do Livro de Jerusalém, na próxima semana, a convite da Confederação Israelita. Segundo a coluna Gente Boa, eles farão palestras, conhecerão locais sagrados e cada um vai escrever um versículo para o projeto "Autores do mundo escrevem a Bíblia".

PublishNews - 7/2/2007
A disputa entre a Editora Planeta do Brasil e os advogados do cantor Roberto Carlos ainda não terminou. Ontem (06/02) a editora informou através de uma nota a imprensa que "contrariando o parecer do Ministério Público, o juiz Dr. Tércio Pires indeferiu o pedido de busca e apreensão do ensaio biográfico Roberto Carlos em detalhes, escrito pelo historiador Paulo Cesar de Araújo". Segundo a mesma nota, o parecer estava sendo aguardado desde a última quinta-feira (01/02), e ainda não tinha sido obtido porque o juiz afirmou que estava lendo o livro e apreciando o pedido com cautela. Os advogados de Roberto Carlos haviam entrado com uma queixa-crime e uma medida incidental de busca e apreensão dos exemplares da obra. Na queixa-crime o juiz determinou diligências, ou seja, nem recebeu nem rejeitou a queixa-crime. Diante disso, a Editora Planeta informou que as obras continuarão sendo impressas e comercializadas. A novela continua.

PublishNews - 6/2/2007
Como lidar com alunos que plagiam trabalhos da internet? E o que fazer com vestibulandos que seguem à risca as apostilas e não conseguem aplicar o conhecimento em enfadonhas provas de múltipla escolha? Por que ensinar as regras gramaticais, sem formar alunos que tenham o que dizer e que saibam ordenar suas idéias numa redação? Estas e outras questões são levantadas pelo escritor e professor universitário Gustavo Bernardo, no livro Educação pelo argumento (Rocco, 272 pp., R$ 32,50). O título ganha edição ampliada e revista, com dezenas de páginas inéditas sobre sistema educacional. Gustavo Bernardo acredita que a escola, como ela é hoje no Brasil, ensina tanto quanto a penitenciária recupera delinqüentes. O aluno é considerado incapaz até que suas provas demonstrem o contrário.

Nesse processo, sua nota final importa mais que sua capacidade de argumentação. Mas Gustavo Bernardo não é apenas um crítico do sistema. Ele oferece soluções. Uma delas é a interdisciplinaridade, com todas as disciplinas da grade curricular integradas no objetivo comum de desenvolver a capacidade de argumentação de cada aluno. Dentre as reflexões mais recentes de Gustavo Bernardo estão a febre de alunos que usam a internet para plagiar trabalhos alheios; os pesquisadores que abrem mão de seu próprio pensamento ao exagerar nas citações bibliográficas, os temas de redação escolar que não dão qualquer espaço à argumentação, como o tradicional 'Minhas férias', e a urgência de se levar a filosofia para o dia-a-dia dos estudantes

O Globo - 6/2/2007 - por Flávia Oliveira
O cineasta João Moreira Salles foi flagrado na manhã de sexta passada apresentando os planos de crescimento da "Piauí", durante um café na Letras & Expressões do Leblon. A revista foi lançada em outubro. A meta é elevar a tiragem dos atuais 15 mil para 50 mil exemplares por mês. Por isso, segundo a coluna Negócios & Cia, vem aí uma série de ações promocionais. Uma delas é uma parceria com a rede de cinemas Unibanco Arteplex, ligada à família Moreira Salles, para distribuição de ingressos.

Algumas cenas - violentas, sangrentas - são de arrepiar: drogas, tiros, massacres. Mas há também cenas ternas, singelas: amores, canções, pequenos atos de heroísmo. O mundo da favela visto pela literatura dos grandes nomes da literatura brasileira - de Drummond e Rubem Fonseca a Marçal Aquino e Marcelino Freire - agora está em livro: Cenas da Favela, organizado por Nelson de Oliveira para o selo Geração Editorial, agora associada com a Ediouro.

O primeiro lançamento da associação das duas editoras - que festeja o sucesso de seu primeiro grande lançamento do final de ano, Mulheres de Cabul, já com 35.000 exemplares vendidos em apenas 40 dias - chega às livrarias com uma capa poética, uma delicadeza plástica de Silvana Mattievich, para encobrir um miolo com conteúdo assim mesmo, paradoxal e contraditório. O mundo da favela pelos olhos da literatura nem sempre é o mesmo das páginas de jornal.

Nelson de Oliveira, o organizador, premiado no Casa de las Américas, de Havana, e mestre em Letras pela USP, garimpou nos livros dos grandes nomes - clássicos ou jovens - da literatura brasileira, e ali achou não apenas drogas, bandidos e indigência, mas homens e mulheres que, mesmo em situação-limite, mantêm a dignidade. Além de contos, o livro traz trechos de romance, diários e poemas.

Há mais escritores jovens e talentosos na antologia, como Alberto Mussa, Fernando Bonassi, João Anzanello Carrascoza, com o terno No morro, Luiz Ruffato (o magistral Ciranda), Marçal Aquino (o perfeito Balaio) e Marcelino Freire (os contundentes Muribeca e O Solar dos Príncipes); além de Chico Lopes, João Batista Melo e Sérgio Fantini. >>>> leia mais


Segundo Chico Lopes, "Cenas da Favela" é um projeto importante, que revela como escritores de várias gerações, escolas e estéticas enxergam o fenômeno da urbanização insana do país. para minha honra, estou incluído no livro, com o conto DEBAIXO DE PRAGA. Nele, conto a história de um morador de favela que é praguejado pela dona de um gato siamês e se envolve num assalto".

"A Mata do Krambeck, remanescente de Mata Atlântica com 370 hectares em Juiz de Fora - MG sofre a ameaça da construção de um condomínio com 72 residências em seu interior. Um processo de licenciamento ambiental está em curso no órgão ambiental local e está sendo marcado por intensas pressões político / econômicas a favor do projeto.

A ONG AMAJF - Associação pelo Meio Ambiente de Juiz de Fora tem participado ativamente nesta luta contra mais esta agressão ao patrimônio ambiental da cidade e conta com o apoio deste abaixo-assinado para impedir a obra e requerer às autoridades competentes que seja criada uma Unidade de Conservação de proteção integral abrangendo toda a área da mata do Krambeck "

http://www.petitiononline.com/krambeck/petition.html
Assine a petition e Mande um email para o Fernando Gabeira, afinal nós somos verdes.

José Gutman convida para o lançamento do livro “Tributação e outras obrigações na Indústria do Petróleo” (Freitas Bastos Editora). Será quinta-feira (dia 8 de fevereiro), das 17:30h às 21h, na Livraria Travessa (Centro). Informações: 21-2112-8481.

A cantora Fergie, 31 anos, apresentou os sucessos do seu disco solo em uma festa promovida pela revista masculina Maxim nesta sexta-feira em Miami. A vocalista do Black Eyed Peas abusou das poses sensuais e mostrou as curvas, realçadas em um microvestido.

O evento faz parte do calendário do Super Bowl, quando famosos e empresários se juntam em diferentes festas. A Playboy e a Maxim promovem os coquetéis mais concorridos. Segundo informações da CNN, Sean Combs, Billy Joel, Michael Jordam e Matt Leinart foram alguns dos famosos que acompanharam a performance de Fergie. Realizado em um hotel em South Beach, os organizadores fizeram o salão e a área de lazer parecer uma verdadeira praia, com direito a areia e bebidas tropicais, animando o público.

Veja a foto ampliada!

Reveja o Black Eyed Peas no Brasil!

O Estado de S. Paulo - 4/2/2007 - por Gilles Lapouge
Max Gallo lança-se no encalço de Victor Hugo e não deixa ninguém respirar ao longo das mil páginas que consagrou ao maior poeta francês do século 19 (Bertrand Brasil, Vol. I 462 pp., Vol. II 420 pp., R$ 59 cada). Ele o segue nos calcanhares. Gallo desdobra a vida de seu herói na ordem, começando pelo nascimento em 1802, sem saltar um único ano, até a morte em 1883. Ele faz a narrativa no presente, sem afetação nem enfeites, como se ela se desenrolasse neste momento diante de nossos olhos. Para acentuar a impressão de real, ele nos introduz nos pensamentos de Hugo: "Hugo deu alguns passos no jardim. Ele pensa em Adèle. Senta-se. Apóia a cabeça entre as mãos." Sobre a obra de Hugo, seus poemas, seus romances, Gallo assinala seu progresso, suas publicações, mas não faz nenhuma análise.

O Globo - 3/2/2007 - por Elias Fajardo
Durante o velório da mãe, três irmãs refletem sobre as relações familiares e suas angústias diante do mundo. Este é o tema de "Mortalha", um dos contos mais expressivos de Sudário (Ateliê Editorial, 133 pp., R$ 22), que reúne trabalhos premiados pela Casa de las Americas em 1993 e outros mais recentes. Através das três irmãs mineiras e de outras criaturas, Guiomar de Grammont mergulha fundo na condição feminina, explora suas obsessões, impossibilidades e pequenas alegrias. Os personagens são oprimidos por uma realidade tacanha e uma falta de perspectivas quase total. Seus mundos interiores e seu dia-adia são narrados entrelaçadamente, em linguagem ágil e contemporânea, com uso de parênteses e recursos gráficos para criar ritmo e climas específicos.

O Globo - 3/2/2007 - por Bety Orsini
Quantos anos você tem? Mais de 45? Ah, ah! Entrou para o time das mulheres de meia idade. Não tem meia idade? Ah, tem. Tem sim. Se você espera viver até os 90 anos, você é o público-alvo de Nora Ephron, uma escritora de 65 anos que no livro Meu pescoço é um horror (Rocco, 132 pp., R$ 26), aborda o peso dos anos e outras aflições femininas. Há um humor ferino em todos as crônicas da autora, o que faz do livro um oásis em meio a tantos outros que chegam às livrarias recomendados pela crítica. Pode-se dizer até que é um livro de auto-ajuda porque abrange as dores de todas as mulheres de meia-idade.

O Globo - 4/2/2007 - por Fernanda Pontes
A cena lembra um filme de Indiana Jones, mas acontece diariamente nos jardins da Casa de Rui Barbosa, em Botafogo. Desde quando começaram as obras de drenagem dos canteiros do lugar, em dezembro, a arqueóloga Jackeline de Macedo passa os dias no meio das escavações, garimpando peças históricas. A expectativa agora é descobrir se há alguma construção no subsolo, já que recentemente foi encontrado material semelhante a uma parede de tijolos e um sistema antigo de drenagem feito de pedra. As obras realizadas no jardim fazem parte do plano de conservação preventiva do museu, onde morou durante 28 anos o jurista, escritor e jornalista Rui Barbosa. Como parte do terreno de nove mil metros quadrados é alagadiça, a umidade afeta a estrutura do casarão de 1850. "Estamos fazendo um trabalho preventivo. Não adianta restaurar o imóvel sem drenar o terreno, pois a umidade contribui para a degradação da pintura das paredes e pode até comprometer o acervo de 30 mil livros da biblioteca", explica a arquiteta responsável pelo projeto, Cláudia Carvalho.

O Globo - 3/2/2007 - por Heliana Frazão
O escritor João Ubaldo Ribeiro, de 67 anos, sofreu na última quarta-feira (31/01) um acidente vascular cerebral (AVC), provocado por um pequeno coágulo que se formou na parte esquerda do coração e se soltou em razão de uma arritmia cardíaca, atingindo uma pequena artéria. A informação é do cardiologista Jadelson Andrade, que atende o escritor desde a sua internação no Hospital da Bahia, em Salvador, há três dias. "Felizmente foi atingida apenas uma pequena artéria, e não deixou qualquer seqüela. Ele tem um histórico de problemas de saúde, mas agora está bem", disse Andrade.

Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, recebe entre os dias 27 e 31 de agosto a da 12ª Jornada Nacional de Literatura, cujo tema este ano é “A leitura da arte e arte da leitura”. O evento, que abriga também 2º Encontro da Academia Brasileira de Letras e o 6º Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Patrimônio, é uma grande oportunidade para debater com mais de 80 escritores nacionais e estrangeiros. Já a 4ª Jornadinha Nacional de Literatura, destinada ao público infanto-juvenil, contará com a presença de 31 escritores. Na abertura da Jornada será anunciado o vencedor da atual edição do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, que destina R$ 100 mil ao vencedor e está com inscrições abertas até 11 de junho. O concurso, que integra o Eixo 5 do PNLL, é destinado a autores de romances escritos em língua portuguesa e publicados em qualquer país cuja língua oficial seja o português, em que a primeira edição tenha sido publicada entre junho de 2005 e 30 de maio de 2007. Mais informações no site da UFP.

A Polícia Federal localizou a Miss Brasil de 2002, Taiza Thomsen. Ela estava em Londres e, segundo a Polícia Federal, não queria manter contato com a família, que denunciou seu desaparecimento no último dia 25.

Em nota, a Polícia Federal diz que o delegado Marcos David Salem, de Joinville (SC), conversou com a miss. "Taiza Thomsen informou que estava bem em Londres e que não desejava ser encontrada, nem mesmo por seus pais", diz a nota.

O desaparecimento era investigado desde o dia 25. Segundo os familiares da moça, o último contato havia sido feito em setembro de 2006, quando ela dizia estar em Londres, a trabalho.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Marco Aurélio Mello, reagiu hoje à proposta do Congresso para congelar os salários dos magistrados até que os vencimentos de deputados, senadores e da Presidência da República sejam equiparados.

"Eu faço um desafio: troco o que eu ganho pelo dos deputados e senadores. Vamos colocar no lápis as vantagens dos parlamentares. Se essas vantagens não foram três vezes maiores, eu saio [do cargo]", disse ele. O ministro fez essas declarações durante aula inaugural do curso de Direito de uma faculdade particular na cidade de São Paulo.

Folha Online

A III Guerra Mundial já está em andamento entre o Islã e o Ocidente, mas a maioria das pessoas não se deu conta. A afirmação é de Efraim Halevy, que dirigiu o Mossad de 1998 a 2003, o serviço secreto israelense, em entrevista publicada na revista portuguesa Expresso. Ele explica: “O mundo não entende isso. Uma pessoa que anda pelas ruas de Tel-Aviv, Barcelona ou Buenos Aires não tem a sensação de que uma guerra está em curso. Durante a I e a II Guerra Mundial, todo mundo sentia que havia uma guerra. Hoje ninguém é consciente disso. De vez em quando tem um ataque terrorista em Madri, Londres e Nova York e, depois, tudo continua como se nada tivesse acontecido", afirmou.

A violência dos islamitas, segundo ele, vem perturbando tanto as viagens como o comércio internacional, assim como aconteceu durante os dois conflitos mundiais anteriores. Halevy acredita que seriam necessários pelo menos 25 anos para ganhar a batalha contra os islamitas, mas até lá é provável que eles realizem um ataque nuclear. "Não tem que ser nada muito sofisticado. Não tem que ser a última tecnologia nuclear; pode ser algo sensível como uma bomba suja que, em vez de matar milhões de pessoas, mata dezenas de milhares".(Alef)

[nota] Esta muito perigoso viver neste planeta, é verdade. Entretanto, o mundo vai acabar mesmo porque o planeta está ficando inabitável. O mundo tá pegando fogo.

ELIO GASPARI
Num litígio judicial com o andar de baixo, o de cima tem até 45% mais chances de prevalecer

DOIS ADVOGADOS DA Universidade de São Paulo deram um tiro na testa da teoria segundo a qual o Judiciário está entre os produtores de uma "incerteza jurisdicional" que favorece o andar de baixo, inibe o crédito e o funcionamento do capitalismo em Pindorama. A trava foi apontada em 2004 num trabalho de três marqueses das ekipekonômicas: Pérsio Arida, Edmar Bacha e André Lara Resende, todos com carreiras de sucesso na academia e na banca. A "incerteza jurisdicional" derivaria, entre outros fatores, de um viés dos juízes, que buscam promover a justiça social em litígios relacionados com o crédito e o respeito aos contratos.

A teoria amparou-se numa pesquisa feita na elite. Dirigida por Bolívar Lamounier, mostrou que 61% dos juízes entrevistados preferiam decidir a favor dos fracos. Outra, específica, de Armando Castellar, com um universo de 741 magistrados, confirmou o achado: a defesa da justiça social deve prevalecer na defesa do consumidor (55,4%) e nos contratos trabalhistas (45,8%). Lamounier e Castellar retrataram o que os juízes gostariam de fazer (ou gostariam que se dissesse que fazem).

No que se refere ao Judiciário, quem inibe o progresso econômico e social não é uma incerteza jurisdicional resultante de um favorecimento do andar de baixo. É a velha e boa "subversão paroquial" que privilegia o andar de cima do mundinho onde corre o litígio.
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Serviço: Os dois trabalhos estão na internet e são contra-indicados como leitura de fim de semana.
"Os Juízes Brasileiros Favorecem a Parte Mais Fraca?" (Brisa Lopez de Mello Ferrão e Ivan César Ribeiro)

"Robin Hood Versus King John: Como os Juízes Locais Decidem Casos no Brasil?" (Ivan César Ribeiro)(A versão em inglês dá menos trabalho. Basta passar no Google "Ivan Ribeiro Robin Hood")