Feliz Natal para todos.

abraços
Henrique Chagas

Por sugestão do Josias de Souza fiz um passeio virtual ao Museu do Dinheiro do Banco Central. Não há ali nenhuma pista sobre a origem da grana manuseada pelos "aloprados" do dossiê. Mas há um farto material acerca da procedência do dinheiro no mundo e no Brasil.
Pude relembrar duas notas pelas quais tive especial relação: a) a primeira, uma história de decepção e culpa; b) a segunda, de sorte, sucesso e prosperidade.

Cruzeiro Novo (NCr$) vigente de 13.2.1967 a 14.5.1970
CRUZEIRO NOVO - NCr$ 5,00 (Tiradentes)
Em 1968, quando eu tinha oito anos, meu pai deu-me uma nota de 5.000 cruzeiros para que eu comprasse algumas mercadorias na venda do Dito. Perdi a nota! Até hoje não sei o que aconteceu com a bendita nota! Era a única nota de dinheiro que meu pai tinha naquela semana. Ficamos sem comprar comida. Decepção e culpa! Toda vez que vejo a tal nota do Tiradentes, me dá um calafrio na espinha. Mas procuro lembrar da abobrinha (aquela do Pedro Alvaes Cabral), que servia para comprar um mundão de coisas!


Cruzeiro (Cr$) vigente de 15.5.1970 a 27.2.1986
CRUZEIRO - Cr$ 500,00 (Evolução Étnica)
Dez anos depois, voltava de São Paulo, num ônibus da Andorinha, ao lado de uma senhora (de uns 60 anos) de uma conversa super interessante. Conversamos sobre tudo, até sobre o horror da ditatura militar. Naquele ano de 1978 eu já tinha muita história para contar, embora tivesse apenas 18 anos. Não sinto nem um pouco de saudades do "Erasmo Dias" (não sei porquê, mas lembrei do chileno agora). No final da viagem, quando desembarquei na cidade de Assis, aquela senhora ao despedir-se colocou no bolso da minha camisa uma nota de Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros). Chegando em casa, eu a entreguei ao meu pai, que, assustado, inquisitivo, não conseguia acreditar que eu havia ganho aquela nota (Afinal, por que razão alguém daria uma nota daquelas para um pobre coitado, que sonhava com tempos de liberdade?), a maior vigente naquele ano. Deu para comprar comida por todo o mês de julho de 1978.
Nunca esqueço da nota de 500,00. Ela sempre aparece para mim, nem que seja nos meus sonhos.

Dica do Omedi

Agência Folha
Um acidente envolvendo um Audi A3 e um Palio, na região dos Jardins (bairro nobre da zona oeste de São Paulo), matou o jornalista Guilherme Bentana, 24, e Marco Antônio Bincoletto Junior, 27, na madrugada desta segunda-feira.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu às 3h, no cruzamento da avenida Brasil com a Nove de Julho. Bentana dirigia o Audi ao lado de Bincoletto Junior quando colidiu de frente com o Palio. O Audi capotou e derrubou um semáforo. Testemunhas disseram aos bombeiros que o Audi vinha em alta velocidade e não parou no sinal vermelho.

Clique na foto e veja o album....

[update] Esta foto foi publicado no Jornal O Imparcial, de Presidente Prudente, na edição do dia 24/12/2006, na Coluna do SINOMAR.

Deus em busca do homem (Arx, 272 pp., R$ 39,90), do autor Abraham Heschel, apresenta uma visão lúcida, generosa e transformadora da relação entre o divino e o humano. A religião judaica é o caminho para que Heschel conduza o leitor a um mergulho nos mistérios da fé: muito mais que explicar os ensinamentos da Torá, seu objetivo é compreender o movimento íntimo que conduz a alma humana na busca de Deus. Sobretudo, ele mostra o movimento inverso: o de Deus em busca do homem, num eterno gesto de acolhimento. Apoiado na Bíblia e na palavra dos profetas, o autor ilumina temas como o bem e o mal, a observância das leis e a liberdade, o pecado e o perdão, a revelação e a glória, chamando a atenção para nossa permanente responsabilidade diante da dádiva da vida.

Jornal do Brasil - 19/12/2006 - por Marcelo Migliaccio
Poucas obras literárias brasileiras são tão conceituais quanto a de João Guimarães Rosa (1908-1967). Esta é, talvez, a principal razão de o escritor ser o novo homenageado na série de dicionários editada pela Cia. Zaffari, de Porto Alegre, iniciada com Erico Veríssimo (1905-1075) e, depois, Mario Quintana (1906-1994). O livro Dicionário João Guimarães Rosa, uma odisséia brasileira será lançado hoje (19/12), a partir das 18h30, na Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio. São 999 verbetes extraídos dos escritos do médico e diplomata mineiro que recriou nossa língua a partir da fala interiorana e morreu aos 59 anos, três dias depois de se tornar imortal na ABL. Fotos e textos, entre eles o prefácio assinado pela filha Vilma completam a edição. >> Leia mais

Neste Judeus da Leopoldina, Heliete Vaitsman, jornalista e tradutora, mostra, de forma verdadeiramente inspirada, como História e memória se completam naquela que foi uma das experiências mais interessantes e emocionantes da presença judaica no Brasil. Uma experiência que teve como cenário o subúrbio carioca, um reduto da brasilidade e que serviu, para os imigrantes, como porta de entrada para uma nova vida. O período abrangido pelo livro, a primeira metade do século XX, foi, para o Brasil, para o mundo e para o judaísmo, verdadeiramente transcendente, quando não trágico. Inclui a Revolução Russa, a ascensão do nazifascismo, a era Vargas, a Segunda Guerra Mundial; inclui o Holocausto e a criação do Estado de Israel. Tudo isto repercutiu na vida dos moradores da Leopoldina, como mostram os fascinantes depoimentos, colhidos por uma equipe multidisciplinar. Os depoimentos são ilustrados por fotos e ensejam comentários que resultam numa magnífica síntese da experiência da imigração em nosso país.

Judeus da Leopoldina representa uma grande contribuição para a história do judaísmo no Brasil. Mérito da autora e daqueles que a ajudaram; mérito do Museu Judaico do Rio de Janeiro, que promoveu as entrevistas das quais resultou a obra. Como diz o presidente Max Nahmias, na apresentação, ela é também um estímulo para novas pesquisas nesta área. E é uma forma de preservar os valores do povo judeu que, em sua longa e não raro atormentada existência, transformou-se em um guardião da história da humanidade. >>> Leia mais

Folha de S. Paulo - 16/12/2006 - por Eric Leser / Monde
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, 82, prêmio Nobel da Paz em 2002, está no meio de uma acirrada polêmica por causa da publicação, duas semanas atrás, de seu mais recente livro, Palestine: peace not apartheid (Palestina: paz, não apartheid). A obra acompanha a evolução do processo de paz na região, dos acordos de Camp David entre Israel e o Egito, assinados em 1978, quando ele era presidente, até as eleições palestinas em 2006, quando comandou uma missão de observação. Ele atribui parte da culpa pelos revezes no processo de paz aos palestinos e aos EUA, mas considera que a maior responsabilidade cabe à situação política israelense. Já antes da publicação do livro, a democrata Nancy Pelosi, que será a presidente da Câmara dos Deputados a partir de janeiro, declarou que Carter "não fala pelo Partido Democrata quanto a Israel". >> Leia mais

Vinte especialistas indicam conceitos, livros, cds e idéias que irão dominar o debate em suas áreas, como alimentos "limpos", roupas "high-tech", história oral, republicanismo, rap feminino e os cinemas da China e Tailândia. Nelson Ascher (Literatura 1 por Nelson Ascher = só para assinantes) e Cristóvão Tezza (Literatura 2 por Cristovão Tezza = só para assinantes) escreveram sobre Literatura no Caderno Mais! da Folha de S.Paulo. Segundo Ascher, entre outras radiações, a literatura terá forte influência da cultura dos países islâmicos. Já Tezza aposta na leitura dos clássicos, que "devem ser lidos cada vez mais". Clique nos links acima e conheça a opinião completa dos dois. >> Leia mais

MinC - 14/12/2006 - por Carol Lobo
Há uma demanda para a redefinição do papel do Estado em relação à área de Direito Autoral, e, inclusive, com a necessidade de criação de uma instituição, vinculada ao MinC, com o objetivo de tratar exclusivamente do assunto. Essa foi uma das conclusões que surgiram com a realização do Seminário Nacional de Direitos Autorais e o Papel do Estado. O evento foi encerrado na noite da última quarta-feira (13/12), com solenidade que contou com as participações do secretário executivo do MinC, Juca Ferreira, e do coordenador geral (licenciado) de Direito Autoral, Otávio Afonso. Tanto Juca Ferreira quanto Otávio Afonso ressaltaram a importância da discussão do direito autoral e o papel do Estado. Leia outras notícias sobre: Pirataria, Mercado e Arrecadação; e Direito Autoral. >> Leia mais

Para aqueles que ainda questionam a miscigenação que caracterizou a formação das elites brasileiras, a leitura do ensaio “Pérolas negras: mulheres livres de cor no Distrito Diamantino”, da historiadora Júnia Ferreira Furtado, é uma contribuição definitiva para afastar quaisquer dúvidas. É claro que a análise da historiadora refere-se a uma determinada região da capitania de Minas Gerais, mas é um microcosmo da América portuguesa.

O ensaio, que faz parte do livro Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português (Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001), organizado pela autora, mostra que a falta de mulheres, principalmente brancas, fez generalizar a prática do concubinato, geralmente estabelecido entre homens brancos e livres e mulheres de cor, escravas ou forras. >> Leia mais