120 HORAS é a mais bem sucedida incursão de um escritor brasileiro no terreno do grande romance de suspense. Um livro de mais de 400 páginas, que a gente lê com voracidade em poucos dias. Você termina de ler em estado de choque e quase implorando ao autor por uma continuação. Foi o melhor livro de suspense e intrigas que eu li nos últimos cinco anos. Envolvente, ágil, sedutor, tenso, um livro maravilhoso, um soco no estômago de toda a literatura brasileira.
Comprei esse livro há poucos dias, depois de conhecer, na internet, as propostas do escritor para uma literatura de entretenimento nacional. A história de
120 Horas começa com um crime. Um engenheiro brasileiro é envenenado durante um almoço num restaurante de luxo na capital da Síria depois de entregar a um mafioso o disquete com a fórmula de uma bomba nuclear. É o estopim para uma série de acontecimentos que vão levar um arquiteto carioca a uma viagem pelo mundo em busca do irmão desaparecido.
´120 Horas´ mostra também o drama da estilista Randa Nohra, casada com um homem fraco e de caráter dúbio, que não consegue lhe contar a verdade sobre o seu trabalho num programa de desenvolvimento de armas atômicas e acaba desaparecendo dando início a uma sucessão alucinante de eventos, que deixam qualquer livro de Dan Brown no chinelo em matéria de suspense. A ambientação é primorosa. Os personagens, inesquecíveis. Horácio, o arquiteto bonachão, Randa, a sofisticada estilista, Gabriel, o amigo generoso e, principalmente, a grande vilã Evelyn Wakim, uma mafiosa septuagenária, fria, elegante e implacável, uma mulher fascinante, a grande e charmosa vilã que faltava à literatura.
Estou até agora totalmente fascinada com
´120 Horas´. É um dos melhores livros que li na minha vida e seria capaz de me ajoelhar na frente do autor, agradecendo a ele pelo resto da vida por ter me proporcionado uma leitura tão marcante e tão arrebatadora.
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