IV Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa da FEUSP, Oralidade, Leitura e Escrita

No dia 18 de novembro, às 20h, Chico Lopes estará em São Paulo para uma mesa-redonda na
FEUSP, Faculdade de Educação, debatendo com Alcides Villaça, Luiz Ruffato e
David Oscar Vaz o tema "Escrita literária: Ensina-se? Como?".

"Conversa com escritores contemporâneos"
- Alcides Vilaça (Poeta, Professor FFLCH)
- Chico Lopes (autor de “Nó de Sombras”)
- David Oscar Vaz (Autor de “A urna”)
- Luis Ruffato (Contista e Romancista)

O assunto é palpitante e interessa sobretudo a professores de literatura e português, além dos envolvidos na área de Pedagogia.

Uma notícia pouco agradável, antes inteiramente deprimente. Em editorial recente, a Folha de S. Paulo comentou o declínio das vendas de livros no Brasil. Em 2004, a quantidade foi inferior à de 1991. Mesmo somando os didáticos, o brasileiro adquire, em média, apenas 2,5 livros por ano.

Henrique Chagas comentou o fato, começando com um adjetivo: lamentável. O livro é insubstituível como instrumento de transmissão de conhecimento e valores. As formas alternativas - artigos, palestras, mesmo aulas - sequer chegam perto. Só com o livro se consegue realmente sustentar e desenvolver argumentos, comprovar ou refutar teses. É ele que permite lançar mão, com eficácia, de um recurso fundamental à educação e ao treinamento: a repetição.

[hipertexto] = Mercado em queda , por Manoel Hygino dos Santos. Originalmente publicado no Jornal "Hoje em Dia", de 07/10/2005, de Belo Horizonte

Na literatura, a atividade do tradutor de poesias é das mais ingratas e corajoso é o escritor que dedica seu tempo e esforço à arte da tradução. O mineiro Anderson Braga Horta, poeta consagrado, possuidor de importantes prêmios literários, como o Jabuti de 2001, é um tradutor experimentado. Em recente livro, Traduzir poesia, editado pela Thesaurus, Horta revela que se dedica ao árduo labor há quase meio século. Resultados dessa persistência são o primor de suas adaptações, o cuidado com a palavra e a exatidão do traslado. O livro traz no original todas as poesias traduzidas, para que o leitor que domina outras línguas acompanhe as soluções encontradas para os diversos problemas de tradução. Também um resultado melhor é conseguido com a tradução de Horta, no sentido de tentar conservar a sonoridade das palavras originais, representada, em sua versão, pelo som da letra ''i''. Este pequeno exemplo deixa clara a complexidade envolvida em uma tradução. Cada poema pode e deve ser analisado minuciosamente antes de ser traduzido. É uma tarefa fatigante e é por isso que são lançados tão poucos livros de tradução poética no Brasil. À parte a discussão da importância e possibilidade de se verter para o português versos em outras línguas, Anderson dispõe de sensibilidade poética e senso estético e matemático suficientes para obter excelentes resultados com suas traduções. Em Traduzir poesia, a transposição atinge seu significado maior: a de recriar respeitando a unidade dos versos e dos próprios poetas. >> Leia mais

César Giobbi informa: Ignácio de Loyola Brandão acaba de assinar contrato com Alessandra Blocker, para publicar, pela Editora Jaboticaba, sobre sua cidade natal, Araraquara. Será o primeiro livro da série sobre "causos do interior" escritos por celebridades. >> Leia mais

A tradicional Academia Sueca anuncia o escritor premiado na primeira ou segunda quinta-feira de outubro, mas confirma a data apenas dois dias antes (na terça). De acordo com a agência Reuters, como nada foi divulgado nesta semana, é possível deduzir que o anúncio será feito na próxima quinta-feira (13). Membros da Academia se recusaram a comentar possíveis datas de divulgação do vencedor. O valor do prêmio é de U$ 1,29 milhões (R$ 2,93 milhões), e a lista de favoritos é extensa. >> Leia mais

JOYCE PASCOWITCH espera você para uma conversa descontraída no lançamento do livro "De Alma Leve - Sutilezas do Cotidiano" no dia 10 / 10, segunda-feira, às 19h30, no Palácio das Artes, dentro do "Sempre Um Papo". Não perca.

E acompanhem a nossa agenda:
Dia 17/10 - Marco Aurélio Baggio lança "Juscelino Kubistchek -Vossa Excelência";
Dia 24/10 - Alexandre Marino e Luiz Turiba lançam os livros de poemas "Arqueolhar" e "Bala", respectivamente;

Em novembro: Paulo Sandroni, Humberto Werneck, Eduardo Giannetti, Carl Honoré.

Está chegando às livrarias um livro excepcional: Dossiê Herzog – Prisão, Tortura e Morte no Brasil (Global, 288 pp., R$ 39), do jornalista Fernando Pacheco Jordão. É a nova edição de uma narrativa publicada pela primeira vez em 1979, durante o governo do último general-presidente. Passaram-se 26 anos e ali ainda está o melhor retrato de um episódio marcante da história brasileira. Ele começa no dia 25 de outubro de 1975, quando o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado numa central de torturas do Exército. Termina três anos depois, quando o juiz Márcio José de Moraes responsabilizou a União pela sua morte. Escrito para contar um caso de uma época, Dossiê Herzog retrata uma época a partir de um caso. Uma sucessão de painéis da banalidade da resignação. Coisas assim: Clarice Herzog pediu a diversos médicos que fizessem um novo exame do corpo do marido. Queria contestar a fraude do laudo do legista Harry Shibata (Medalha do Pacificador, turma de 1978). No Brasil de 1975, em São Paulo, ela não conseguiu juntar três doutores capazes de desafiar a mentira do porão. >> Leia mais

No ano passado, os economistas Fábio Sá Earp e George Kornis apresentaram durante a Primavera dos Livros um amplo diagnóstico do mercado editorial brasileiro, realizado a pedido do BNDES. Este ano, eles voltaram à carga, apresentando na quinta edição do evento três propostas para o mercado editorial enfrentar a crise que vem se agravando, a ponto de a venda de livros ter regredido aos números de 1991. Além das propostas, Sá Earp e Kornis atualizaram o panorama do mercado neste último ano, comentando as recentes aquisições e fusões no mercado editorial brasileiro. Leia mais clicando aqui ou baixe o E-book A Economia da Cadeia Produtiva do Livro - de Fábio Sá Earp e George Kornis. >> Leia mais

A leitura de um bom livro é um diálogo incessante em que o livro fala e a alma responde."
André Maurois
Ensaísta francês
(1885 - 1967)

Atuando na região da tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, o Projeto Boa Leitura surgiu com a intenção de democratizar o acesso ao livro por meio de uma biblioteca móvel. A idéia partiu de moradores do município de Foz do Iguaçu e hoje conta com mais de 25 pessoas que trabalham voluntariamente no projeto. Visando contemplar todas as camadas sociais e faixas etárias, a biblioteca móvel visita Foz do Iguaçu e cidades da fronteira com a Argentina e Paraguai, uma vez por semana. Sem nenhum custo, os interessados podem usufruir dos livros no próprio local, que dispõe de mesas e cadeiras oferecidas pela biblioteca. Além disso, são realizadas contações de histórias para aqueles que não são alfabetizados e crianças que ainda não sabem ler. "Gostaria de ressaltar a alegria que tenho em fazer esse trabalho voluntário, ver as crianças se encantarem com os livros é muito gratificante. Espero, com o tempo, conseguir atingir todas as classes sociais", diz Ivan Catarin, coordenador do projeto. Acesse este link para mais informações.

Na mesma cerimônia em que foi oficialmente criado, o Fundo Pró-Leitura já deu uma pequena mostra do dinamismo e agilidade que prometem ser uma marca registrada do órgão. Foi apresentada na ocasião a campanha de incentivo à leitura que, usando o mote "Ler é gostoso. Tem que ler.", prevê anúncios na tele visão, rádios, jornais e revistas. Os dois primeiros anúncios da campanha são estrelados pelos atores globais Reynaldo Gianecchini e Cleo Pires. O primeiro a ir ao ar foi o filme estrelado por Gianecchini, que chama a atenção do espectador ao informar que o ator está envolvido com a máfia e não resistiu aos grandes chefões para, logo em seguida, abrir o foco e mostra-lo lendo um fictício livro chamado "A máfia". Já Cleo Pires ameaça largar tudo e ir para um convento. Só que "convento", neste caso, é o nome do livro que a atriz está lendo. Os filmes fazem parte de um campanha que deve permanecer no ar na Rede Globo - parceira da iniciativa junto com a Unesco - durante pelo menos um ano. Eles também serão veiculados em TVs públicas. A campanha foi desenvolvida pelas agências Giacometti, Touché e Light. Os atores gravaram suas participações sem cobrar cachê.

Em sua primeira edição, a Festa Portuguesa de Cabo Frio, que ocorre entre 11 e 16 de outubro de 2005, evidencia a ligação entre a cultura brasileira e a portuguesa na literatura, artes plásticas, teatro, música, cinema e gastronomia.

Sempre privilegiando o estreitamento cultural entre os dois países, a Festa traz uma programação variada em que a conversa literária, as exposições de artes plásticas, o cinema e a música se articulam com temas atuais da cultura e da política. Um festival gastronômico une a culinária de Portugal com o Brasil.

Nas tardes de Cabo Frio, que possue a fama de ter o mais lindo pôr do sol do Brasil, ao longo do Boulevard Canal, serão realizadas encontros com poetas e escritores portugueses, brasileiros e africanos, além de saraus literários com leitura e performances de textos clássicos e contemporâneos. Entre os autores convidados estão os brasileiros: Adriana Lisboa, Alexei Bueno, Antonio Torres, Astrid Cabral, Evanildo Bechara, Flávio Tavares, Ivan Junqueira, Ivo Barroso, Luiz Ruffato, Nelson de Oliveira, Paulo Nogueira, Rafael Cardoso e Teresa Cristina Cerdeira; os portugueses: Ana Maria Magalhães, Ana Marques Gastão, Francisco Viegas, Helder Macedo, Herberto Helder, Inês Pedrosa; e o angolanos Manuel Rui Alves Monteiro e Filipa Mello.

Quando começamos a falar em direito à "legítima defesa" é sinal de que a Justiça perdeu totalmente a legitimidade. É triste.

Defender o direito ao exercício esdrúxulo de uma Lei de Talião sem tribunal em pleno século XXI não é sinal de civilização, pelo contrário, é prenúncio da barbárie, confirmação de que a coisa humana azedou.

Triste a sociedade que tem de recorrer à proibição do que quer que seja ruim, sem que esse limite brote naturalmente na consciência do próprio homem; mais triste ainda aquela que não dá valor à Justiça e só se sente protegida a bala. Triste e perdida.

Como não dá pra saber quem é cidadão de bem, quem não é, sou a favor da proibição. Como sou brasileiro, sei que proibir - bem como liberar - não terá o menor efeito prático.

Quem ama não mata. Quem tem medo, sim. Quem não tem outra forma de proteção, sim. Quem perdeu a crença no valor daquela vida humana que está na mira, sim.

De que adianta proibir, se o bandido não compra na loja regulamentada e se quem vai cometer um crime nunca irá utilizar uma arma registrada? De nada.

Sendo assim, defendo a proibição. Porque só os doidos têm razão nesse mundo de contrários e desiguais.

Por falar em desigualdade, o Brasil é o quinto país no ranking da desigualdade, atrás apenas de Suazilândia, República Centro-africana, Botswana e Namíbia. Armou e caiu, há tempos, na "inequality trap" (armadilha da desigualdade): "a elite econômica e política se perpetua no poder, criando mecanismos financeiros e legislativos para manter o comando e obter vantagens".

Somos, queiramos ou não, todos ratos nessa armadilha. Quem, em sã consciência, daria aos ratos o direito de portar armas para defender-se?

21 Sep 2005 08:47 by claudinho

Impulsionada pelo sucesso de seus livros de culinária e infanto-juvenis, que a tornaram badalada em todo o país, a ficcionista carioca Marcia Frazão se aventura pelo romance ao publicar, pela Editora Record, o livro Senhoras do santíssimo feminino (Rosa dos Tempos, 274 pp., R$ 29,90). Um vôo muito ambicioso para a maga carioca, que sai um pouco de seu domínio habitual ao transformar numerosas santas em personagens de uma narrativa. A obra narra o conflituoso relacionamento de Virginia e de outras mulheres de um morro do Rio com as santas Genoveva, Joana d'Arc, Marta, Teresa d'Ávila e Rosa de Viterbo, entre várias outras. Transportadas para o cotidiano brasileiro, as santas européias perdem completamente a força que as tornou superiores em comparação aos seres comuns. Ao transformá-las em invejosas, mexeriqueiras, vingativas, Marcia desconsidera o aspecto mítico que culminou em suas canonizações e constrói uma história com protagonistas inverossímeis. >>> Leia mais.

O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas, parceria da Fundação Clóvis Salgado e o Suplemento Literário de Minas Gerais, apoios culturais da Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão, apresenta na primeira terça-feira de outubro, dia quatro, a partir das 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, Belo Horizonte Horizonte, MG, o poeta Sérgio Fantini e homenageia Mauro Fonseca, falecido precocemente, na performance de Juliana Lana.

As próximas Terças Poéticas recebem dia 18 de outubro, Wagner Moreira e homenagem a Hélio Lopes, e dia 25, Prisca Agustoni e homenagem a Carminha Gouthier, sempre às 18h30 nos jardins internos do Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.

Preso em 1926, Antonio Gramsci, que morreria em 1937 sem ter reconquistado plenamente a liberdade, nunca se manteve alheio aos acontecimentos além dos limites da cela. Em 1927, por ocasião do quarto centenário da morte de Maquiavel, leu edições especiais de seis publicações e comentou numa carta: "Fiquei surpreso com o fato de que nenhum dos escritores relacionou os livros de Maquiavel com o desenvolvimento dos Estados em toda a Europa no mesmo período histórico. Confundidos com o problema puramente moralista do chamado `maquiavelismo ´, não viram que Maquiavel foi o teórico dos Estados nacionais regidos pela monarquia absoluta".

Cartas do cárcere, de Antonio Gramsci; pág. 207 do vol. 1

Nascido em 2004 de uma parceria da Revista Döhler com o Proler, o 2º Prêmio Joinville de Expressão Literária quer revelar ao público o talento dos autores da maior cidade catarinense. As inscrições, abertas a autores inéditos, maiores de 16 anos e residentes em Joinville, vão até o dia 28 de outubro e podem ser feitas nas categorias "Contos e Crônicas" e "Poesias". Os textos têm tema livre e devem ser enviados pelo correio, no máximo até o dia 26. Numa primeira etapa, serão selecionados 20 autores para participar de oficinas literárias e rediscutir seus trabalhos. Daí, sairão os três vencedores de cada categoria, a serem anunciados em novembro. O primeiro colocado receberá R$ 1.000, o segundo R$ 500, e o terceiro R$ 300. Trabalhos considerados de destaque receberão ainda menções honrosas da comissão julgadora. Para conhecer mais detalhes, acesse www.dohler.com.br/pdf/regulamento.pdf.

Este vídeo faz parte do Projeto Estratégias de Conservação para o Cerrado Paulista, a partir da Mobilização da Sociedade Civil, realizado pelo Instituto Ambiental Vidágua.

Faz parte da luta para que o Cerrado, em toda sua majestade e diversidade, seja reconhecido oficialmente como um bioma.

clique na imagem para assistir ao vídeo

No próximo dia 6 de outubro o portal

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estará completando 4 anos

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