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2 de abril de 2004



CONVERTER DOC em *.PDF

Visite o endereço www.pdf995.com

O programa instala uma impressora post-script de forma transparente e gera o pdf de forma bem simples. Já vi uns scripts bem trabalhosos por aí, e esse programa é MUITO simples e fácil de usar.

Ele só tem um inconveniente: toda vez que você gerar um PDF ele vai abrir uma janela do IE para propaganda. Mas acho que não chega a ser um problema, haja vista que o software é gratuito e não gera nenhum tipo de banner no PDF criado.

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 4/02/2004 02:57:00 PM | | | Voltar




"Quid est veritas?"

Recebi vários e-mails, alguns cumprimentando-me pelo texto sobre o filme de Mel Gibson outros com críticas de que o cinema é apenas uma arte de entretenimento e nada mais. Estes sustentam que a interpretação dos atores de Barrabás e Herodes já valeu o filme.

Realmente o cinema é uma arte, não é a verdade. Todavia, como dizia Pablo Picasso, o cinema é um caminho para se chegar à verdade. Fosse analisar o filme exclusivamente por seu aspecto artístico, destacaria a composição e interpretação das mulheres Madalena, vivida
pela estonteante Monica Bellucci, e Maria, por Maia Morgenstern. Palmas para iniciativa de Mel Gibson de fazer o filme falado em aramaico e latim. Soa real, como se realmente tivessem posto câmeras pelas ruas da época.

Mas e o caminho para se chegar à verdade? "Quid est veritas?" Pilatos perguntou diretamente a Jesus. Viu, sentiu, esteve à sua frente, foi alertado por sua mulher, mas preferiu a conveniência e a oportunidade e descartou a Verdade. Lavou as mãos e permitiu um falso julgamento.

Na dúvida, sequer lave as mãos.



No Pletz, veja no canal de artigos, diversos textos a respeito do polêmico filme de Mel Gibson.



[5/4/2004] QUE É A VERDADE? Leia artigo de Cristina Castilho

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Dicionário mínimo
Fernando Fábio Fiorese Furtado
Recebido em 2/4/2004


Fernando Fiorese encaminha-me seu Dicionário Mínimo. Uma leitura instigante. São poemas em prosa. São interpretações livres, abertas e lúdicas das palavras pinçadas pela memória, pelo inconsciente ou até mesmo de assalto.

Assim, de acordo com Iacyr Anderson Freitas, o poeta realiza em Dicionário mínimo um “registro menor na escolha das palavras - apenas uma para cada letra do alfabeto - e maior na potenciação dos horizontes lúdicos e afetivos dessas mesmas palavras, em que pouco se pode falar em definições. Afinal de contas, definir é definhar, é matar o objeto focalizado”.

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1 de abril de 2004



Ao escritor, as batatas
Folha de S. Paulo - 1/4/2004 - por Luiz Ruffato*

Estamos às vésperas de dois dos maiores acontecimentos da vida literária brasileira: a entrega e o início do processo de seleção, respectivamente, dos prêmios mais prestigiosos, o Jabuti e o Portugal Telecom. Este, em sua segunda edição, aquele na 46ª. Um bom momento, pois, para uma reflexão. Comecemos pelo Portugal Telecom, que distribui um total de R$ 150 mil. Há vários aspectos louváveis na organização desse prêmio, além do montante envolvido. Um deles, sem dúvida, é a transparência na seleção dos finalistas. (..) Em outros aspectos, no entanto, há problemas. Os organizadores, visando democratizar e universalizar as oportunidades, põem no mesmo cesto para análise do júri categorias de "criação literária" tão díspares como romances, contos, crônicas, poesias e dramaturgia. (...) A carnavalização parece ter perseguido a CBL para a edição deste ano do Prêmio Jabuti. Buscando a "objetividade", foram criados critérios de avaliação para cada um dos gêneros em julgamento (são 17 concorrentes, além do Livro do Ano de ficção e o de não-ficção), compostos por quesitos que devem ser analisados pelo jurado para compor uma nota. Esse critério, no entanto, oferece armadilhas terríveis contra o escritor. Vejamos: nove quesitos compõem a nota do gênero romance. Para obter o escore máximo, o romance deve seguir uma receita. (...) Ou seja, estabeleceram-se "fórmulas" para a construção do romance... E fórmulas calcadas no gênero tal como era no século 19...

*Luiz Ruffato é escritor, autor de Eles Eram Muitos Cavalos (Boitempo, 2001) >> Leia mais

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ENTRE AS FRONTEIRAS - O MANUSCRITO DE SÔNIA.

Recebi da musa do "ONZE MINUTOS" do Paulo Coelho: Mariana Brasil, o seu livro, aquele "Manuscrito de Sônia", a que se refere Paulo Coelho. O Prefácio é do próprio Paulo. A brasileira Sônia escreveu uma história sobre prostituição. E acabou inspirando Paulo Coelho

Maria é o nome da prostituta que protagoniza o mais recente livro de Paulo Coelho, Onze Minutos. Mas a verdadeira musa inspiradora tem outro nome. É Sônia (ela não dá sobrenome), uma brasileira que trabalhou nas ruas e boates de diferentes cidades da Europa durante três anos. Ela usou o pseudônimo de Mariana Brasil para escrever Entre as Fronteiras. Uma cópia desse mesmo texto foi entregue por Sônia a Paulo Coelho em 1999, em Mântua, Itália, quando o escritor estava na cidade para dar uma palestra. E foi a partir dos relatos dela que o autor mais vendido do mundo decidiu escrever sobre sexo.

Sônia tem 37 anos e atualmente mora numa cidade perto de Gênova, na Itália. Divorciada, trabalha na empresa do ex-marido e tem um filho. Diz que sobreviveu de prostituição na Europa nos três primeiros anos (vive lá há 12). Foi nesse período que escreveu o livro, em que registrava as próprias idéias e as histórias de outras brasileiras em situação semelhante.

O livro Entre as Fronteiras, que é um mix de realidade e ficção desnuda o mundo da prostituição nos anos noventa no Brasil e na Europa, nos mostra um pouco de sua alma e seu modo de interpretar a vida. >>>> Leia Mais



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31 de março de 2004



Editora Sextante relança obra de Leonardo Boff

A editora Sextante acaba de relançar Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres (320 pp., R$ 29), de Leonardo Boff. Na obra, o autor oferece ao leitor uma visão crítica das várias correntes ecológicas - ambiental, mental, social e integral -, discutindo seus pressupostos filosóficos, culturais e espirituais. "A ecologia não trata apenas das questões ligadas ao verde ou às espécies em extinção. A ecologia significa um novo paradigma, quer dizer, uma nova forma de organizar o conjunto de relações dos seres humanos entre si, com a natureza e com o seu sentido neste universo", defende Boff. Segundo ele, o objetivo do livro é articular o grito do oprimido com o grito da Terra. "Nunca na história do Cristianismo se deu tanta centralidade ao pobre, fazendo-o sujeito de sua libertação na medida em que se conscientiza da perversidade de sua situação e se organiza, com outros aliados, para superá-la", explica o autor.

Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 1938. Autor de mais de 60 livros, atualmente é professor emérito de ética e de ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e membro da Comissão da Terra.

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----- Original Message -----
To: JGNeres
Sent: Thursday, March 04, 2004 3:46 PM
Subject: "OFICINA LITERÁRIA; poesia de José Geraldo Neres e César Gilcevi" -- Por Cláudio Willer na Revista CULT(Brasil) -- Março 2004 - Ano VI - nº 78 -- Nesta nova seção, o poeta Claudio Willer mostra a nova produção nacional.

Amigos(as)... aconteceu!... nas bancas a nova edição da Revista Cult, na seção "OFICINA LITERÁRIA" a poesia selecionada é "À flor do verso" dedicada a Rio Claro, a Sandra Regina Sanchez Baldessin... Realmente este poeta está sem palavras neste momento: mágico / especial / lírico, mas gostaria de receber as opiniões dos amigos(as)...
um forte abraço poético deste amigo...

José Geraldo Neres


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São 273 tipos de passarinhos. Eles cantam por São Paulo
O Estado de S. Paulo - 31/3/2004 - por Mauro Mug

A jacutinga desapareceu de vez. A saíra-lagarta e o anambé-branco quase não são mais vistos na área urbana. Em compensação, o pica-pau-do-campo, a pomba de asa branca e o maracanã-nobre, que não são nativos daqui, invadiram a cidade. Hoje, São Paulo abriga 273 espécies de pássaros, que podem ser vistos nos bairros e parques mais arborizados e nos arredores das reservas florestais. O bem-te-vi, o periquito e o sabiá-laranjeira são as espécies mais comuns. A alta diversidade de aves foi constatada durante dez anos de observação pelo biólogo e professor de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Develey, de 35 anos, e pelo fotógrafo Edson Endrigo, de 37, que há 8 se especializou no registro de aves. Esse levantamento consta do guia de campo Aves da Grande São Paulo, recém-lançado em homenagem aos 450 anos da capital. O livro custa R$ 50 e pode ser adquirido no site www.avesfoto.com.br. >> Leia mais

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A Scherezade de Nélida Piñon

Vozes do Deserto (Record, 368 pp., R$ 34,90) é o mais novo romance da acadêmica Nélida Piñon. Nele, a escritora carioca faz mais que recriar a história de Scherezade: ela mostra o papel que uma mulher transgressora pode desempenhar em uma sociedade patriarcal. Por meio de uma narrativa envolvente, Nélida acompanha a história da jovem Scherezade, que, para salvar as jovens do reino das garras do poderoso Califa, decide casar-se com ele. Há tempos todas as donzelas que se casavam com o Califa não viam o amanhecer depois da noite de núpcias - convencido de que não havia no mundo nenhuma mulher fiel, o Califa desposava uma donzela a cada noite e as mandava decapitar na manhã seguinte. Mas a bela Scherezade não temia a morte e estava certa que era a única capaz de interromper essa seqüência de mortes graças às histórias que contaria ao Califa, cujo final sempre ficaria para a noite seguinte. Em Vozes do Deserto, Nélida Piñon renova seu estilo e promete conquistar novos fãs.


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História e Memória
Jacques Le Goff
Recebido em 30/3/2004


Recebi da Editora Unicamp o excelente manual de História de Jacques Le Goff. Essencial e necessário em toda biblioteca.

De Heródoto aos historiadores mais recentes, Jacques Le Goff percorre, indaga e confronta as etapas de contínua pesquisa sobre a vida do homem, suas relações com o ambiente, sobre os eventos e sua diferente temporalidde.

Reconstruindo a evolução do conceito de história, o grande medievalista francês apresenta, sob uma nova perspectiva, as principais questões da historiografia contemporânea.

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Seminovos em Bom Estado
Cyana Leahy
Recebido em 30/3/2004


Seminovos em Bom Estado é uma antologia que reúne poemas dos 4 livros anteriores de Cyana Leahy (Biombo, Ìntima Paisagem, Livro das Horas do Meio e Poemas dos Tempos), e alguns "seminéditos". Os poemas foram lidos e resenhados por críticos e teóricos nacionais e estrangeiros, como Regina Zilberman, Marco Lucchesi, Gunther Kress, Rose Marie Muraro. Seminovos em Bom Estado foi lançado em Paraty (Festival Literário) e em João Pessoa (na UFPB e no Parahyba Café), com sucesso de crítica e de público, esgotando a tiragem.

Visite o site da escritora Cyana Leahy

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30 de março de 2004



Escritora Ângela Bretas lança livro no Japão

Noite de autógrafos será em 02 de Maio de 2004
na cidade de Hamamatsu - província de Shizuoka-ken.


“Mas não pense o leitor que descrevo todos esses percalços ou que este é um livro de cunho jornalístico. Aqui palmilho um caminho fictício. Trata-se de um romance, com uma pitada de drama e lirismo, onde – através da personagem Maria – descrevo a trajetória de uma imigrante brasileira e suas dificuldades para alcançar o almejado Sonho Americano".

Na primeira quinzena do mês de novembro de 2003, Geraldo Nascimento, autor do livro: Maria Sakamura Japão “Lágrimas da Separação”, quando navegava pela internet, sua atenção foi tomada ao encontrar em grande destaque o livro: “Sonho Americano” da autora Ângela Bretas, uma brasileira que mora no Estados Unidos há 19 anos. O anúncio: “A escritora Ângela Bretas, reunirá a mídia, amigos e admiradores da poesia em um jantar no dia 18 de novembro para lançamento da 2 edição do livro” Sonho Americano".

Mais informações poderiam ser obtidas com a própria escritora, através do e-mail, mencionado no anúncio. Levado por um impulso natural, Nascimento, que mora a doze anos no Japão, de imediato passou um e-mail para Ângela informando o interesse em conhecer o livro: "Sonho Americano” e ao mesmo tempo convidando-a a ler trecho de seu livro na sua home. Em pouco tempo ambos já estavam trocando livros.

Nascimento ficou comovido com a experiência da protagonista. Uma verdadeira lição de perseverança, garra e otimismo que na sua trajetória com 19 anos, sai do Brasil com intuito de fazer a vida no Estados Unidos. Uma referência que será bem vista dentro comunidade de 270.000 brasileiros que vivem no Japão.

No intuito de fazer com que a comunidade tomasse conhecimento de “Sonho Americano”, Nascimento por e-mail fez o convite a Bretas para vir ao Japão conhecer a comunidade e apresentar seu livro, e falar um pouco sobre a comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos. Um importante intercâmbio.

Bretas recebeu com muita alegria e entusiasmo agradeceu o convite e aceitou. Para custear passagem e estadia, Nascimento mobilizou a comunidade pedindo patrocínio a várias empresas.E assim, Ângela Bretas, embarcará para o Japão no dia 29 Abril e ficará até o dia 5 de Maio.

A escritora desembarcará em Nagoya e em seguida seguirá para Hamamatsu, onde ficará hospedada. Hamamatsu está localizada na Província de Shizuoka-ken.

O coquetel para apresentação da escritora à comunidade e noite de autógrafos será no dia 2 de Maio, no Create Hamamatsu, horário da 18:00hs as 21:00hs. Entrada será franca.



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O STF e o racismo: o caso Ellwanger
Folha de S. Paulo - 30/3/2004 - por Celso Lafer*

Práticas discriminatórias, inspiradas no racismo, estão lamentavelmente na ordem do dia. (...) Para a discussão jurídica dessa problemática, o Supremo Tribunal Federal deu inestimável contribuição ao decidir o caso Ellwanger. Como se lê no acórdão recém-publicado, o STF confirmou, em setembro de 2003, por 8 votos a 3, a condenação, pelo crime da prática de racismo, de Siegfried Ellwanger. Este vinha, no correr dos anos, dedicando-se de maneira sistemática e deliberada a publicar livros notoriamente anti-semitas, como os Protocolos dos Sábios de Sião, e a denegar o fato histórico do Holocausto, como autor do livro Holocausto - judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século. (...) Todos os seres humanos podem ser vítimas da prática do racismo. Daí o alcance geral da decisão do STF, explicitada na ementa do acórdão: "A divisão dos seres humanos em raças resulta de um processo de conteúdo meramente político-social. Deste pressuposto origina-se o racismo, que, por sua vez, gera a discriminação e o preconceito segregacionista". Disso deflui a orientação fixada pelo STF no caso concreto: anti-semitismo é racismo, e Ellwanger está sujeito às sanções penais contempladas pelo direito brasileiro, pois "a edição e publicação de obras escritas veiculando idéias anti-semitas, que buscam resgatar e dar credibilidade à concepção racial definida pelo regime nazista, negadoras e subversoras de fatos históricos incontroversos como o Holocausto, consubstanciadas na pretensa inferioridade e desqualificação do povo judeu, equivalem à incitação ao discrímen com acentuado conteúdo racista, reforçadas pelas conseqüências históricas dos atos em que se baseiam".

O STF, por meio dos votos dos ministros Maurício Corrêa, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Carlos Velloso, Nelson Jobim, Ellen Gracie, Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence, honrou, nesse acórdão, com base no direito, a Justiça no Brasil.


*Celso Lafer é professor titular da Faculdade de Direito da USP >> Leia mais

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29 de março de 2004



Trator sem combustível
Jornal do Brasil - 28/3/2004 - por Guilherme Bueno

Desconstruir Duchamp: arte na hora da revisão (Vieira & Lent, 204 pp., R$ 32), de Affonso Romano de Sant'Anna, reúne artigos publicados pelo escritor em sua coluna no jornal O Globo. O autor reivindica uma análise urgente da arte produzida desde a modernidade, revendo o que considera os mitos de um período de crise. Afirma que para a arte sair de seu impasse é necessário utilizar diversos canais de interlocução: filosofia, sociologia, antropologia, psicologia e mesmo o marketing. Daí ensaiar uma abordagem oposta ao que ele chama de pensamento único, revertendo a concepção histórica "modernista", baseada em rupturas contínuas e sem elo com a tradição. Aponta em artistas como Duchamp, Pollock e Serra seus resultados, numa produção a qual associa os substantivos "perversão", "farsa", "vício" e similares. >> Leia mais

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28 de março de 2004



"Quid est veritas?"

Fui ver o filme de Mel Gibson, após ler inúmeras críticas e acompanhado vários debates sobre o polêmico filme, que foi feito exatamente para ser polêmico. Compartilho da opinião da Lola de que realmente o filme é uma peça fundamentalista e homofóbico.

Também fiquei em estado de choque, pois entendo que o filme não tem nada de cristão. Extremamente sado-masoquista e se funda na dor, na violência e no sacríficio. Talvez a paixão de Jesus tenha sido violenta como representa o filme ou até mesmo pior (o papa disse "é como foi"); mas não foi a "paixão" que fez o cristianismo se propagar por mais de 2.000 anos. Como diz Paulo, o apóstolo, é a ressurreição que fundamenta a fé cristã.

O filme não é católico, pois se o fosse seria universal (em tempo: católico significa universal) e não seria fundamentalista. Pessoalmente, sempre tenho dito que todo bom católico é protestante e todo bom protestante é católico. Se o filme fosse católico não seria fundamentalista e nem homofóbico e sequer daria margem para interpretações anti-semitas.

"Mas “Paixão” não traz salvação nenhuma. Vamos ver: o verdadeiro horror não é se escandalizar com o que fazem a Jesus. É se escandalizar se fazem isso com qualquer um, ponto final, até com um psicopata demente como Barrabás. Ou a pena de morte é aceitável em alguns casos?"

Não Lola, a violência não é aceitável em hipótese alguma, nem aquela das cruzadas ou da inquisição, nem aquela do fundamentalismo islâmico, como é inaceitável a violência praticada nas prisões brasileiras ou nos porões das ditaduras. Pilatos lavou as mãos - não porque fosse bonzinho como colocado no filme, mas porque lhe era conveniente -, todavia, muitos hoje não podem lavar as mãos, que permanecem sujas por sangue inocente.

Há 40 anos implantou-se a ditadura no Brasil e até hoje somos vítimas da violência e da truculência - incorporada pelas organizações militares - e muito sangue inocente manchou mãos, que não podem ser lavadas. Jesus foi vítima inocente da violência do Estado e quantos hoje não sofrem a violência praticada pelo Estado (entendido não somente como o ente público, mas como estado social)?

Mas, para a nossa salvação, Jesus ressuscitou.

Leia Lola: MAS O HERÓI RESSUSCITA NO FINAL



[02/04/2004] - Recebi inúmeros e-mails comentando este texto, uns concordando e elogiando e outros criticando e discordando. Veja o que respondi. Deixe os seus comentários no Blógue ou os mande por e-mail.
[03/04/2004] - Este texto foi publicado pelo Pletz.

[07/04/2004] - na CASA DA CULTURA.

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