No dia de São José: ==> Sexta-feira da "Paixão"

A pergunta de Pilatos ("Quid est veritas?"), irônica e perplexa, mostra o quanto a Paixão de Cristo é um paradoxo para a racionalidade humana. Ontem e hoje.

Artigo: O artigo dessa semana, "O Monstro no Espelho", é um surpreendente mergulho na natureza humana. O autor, André C S Masini, fala dos atentados de 11/03 em Madri -- explorando as obras de Freud, Lorenz e do escritor estadunidense Richard Matheson -- e reflete sobre a inclinação do ser humano a enxergar o mal nos outros (outras pessoas, outros grupos) e ignorar o mal e a violência em si próprio. O artigo foi publicado hoje, 17/03/04, no Jornal O Paraná. Para ler outros de André Masini, sobre a Guerra do Iraque e outros temas, acesse: [http://www.casadacultura.org/andre_masini/artigos/index.html]


A Economia e os Valores Femininos:

Nesse excelente artigo, Gleisi Helena Hoffmann mostra através de idéias e exemplos concretos como as empresas e o mercado podem adotar uma lógica que inclua valores como o cuidado, a solidariedade, o acolhimento, o respeito pelo ser humano e pela natureza. [Link para o artigo de Gleisi Helena Hoffmann]

O CENTAURO NO JARDIM
Moacyr Scliar

Reedição do premiado romance sobre uma família judia na qual nasce um centauro - um ser metade homem, metade cavalo. O centauro no jardim foi eleito em 2002 pelo National Yiddish Book Center, dos Estados Unidos, um dos cem melhores livros de temática judaica escritos nos últimos duzentos anos. Prêmio da APCA de 1980.

Previsão de lançamento: 25 de março

Sempre tive instalado no meu computador o Norton; que acreditava eu ser o infalível. Meu micro nos últimos dias ficou totalmente maluco; além de lento travava muito. Buscando soluções, instalei vários softwares para eliminar os spywares (aqueles programinhas que maliciosamente se instalam através do I.E). Mesmo assim, embora tenha eliminado vários spys, ainda continuou a congelar a conexão com a internet e travar o micro.

Até ontem através de uma lista recebi a seguinte mensagem:

----- Original Message -----
From: "Luciano S. Deszo"
To: "Marcelo"
Cc:
Sent: Tuesday, March 16, 2004 9:50 AM
Subject: Re: [WDDesign] ajuda - escolha do browser

Jah passei por isso c/o AVG tbm.... passei por praticamente todos os antivirus (Norton, McAfee, Sophos, F-Prot, Kaspersky, e mais uns 5) e ou nao resolviam ou me davam mais problemas, ateh q achei o Avast, resolveu meus pepinos, funciona c/o Thunderbird, e nao dah pau c/coisas q eu uso, e eh di gratis: http://www.avast.com. De repente resolve p/vc, tinha um worm chamado randex sei lah o q q o AVG e os outros nao conseguiam eliminar e o Avast detonou!

T+
LSD

Instalei tal Avast e ele encontrou 03 vírus worms residentes no micro e os excluiu.

Escrever bem é um dever moral, por Chico Lopes *

Graciliano é um escritor viril, se é que se pode usar este adjetivo para um criador literário sem provocar confusões e mal-entendidos. Não se trata, é evidente, de viril no sentido de machão. É viril no melhor sentido espiritual: tem o heroísmo de um artista diante do Destino, da brutalidade inexorável da vida, lidando com a realidade de modo corajoso e intransigentemente honesto para poder espelhá-la fielmente. É curioso que, nessa senda, o escritor acabe tendo uma atitude que, ainda que ele seja um ateu confesso, a finalidade se pareça com a de místicos ascetas.

A virilidade de Graciliano repousa no vigor com que escolhe palavras, deixando de lado as que de fato não importam para a sua mirada ascética. Conta-se que, revisor de um jornal carioca, queixava-se muito das porcarias sub-literárias que lhe eram confiadas.

Leia +++++

18ª Bienal do Livro será realizada em abril

A 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo será realizada de 15 a 25 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes. Serão 260 expositores representando mais de 800 selos editoriais e público esperado de 600 mil pessoas. São números expressivos para um país que cultiva a fama do desinterrese pela leitura. Para receber tanta gente a Câmara Brasileira do Livro, CBL, duplicou a infra-estrutura com dois estacionamentos e duas praças de alimentação.

“Como novidade para a área escolar, vamos ter uma exposição interessante: as crianças vão entrar num grande livro, com cerca de quatro metros de altura, e com uma visita monitorada, vão visitar continentes das culturas e etnias que formaram o povo de São Paulo”, disse Armando Antongini, diretor executivo da CBL. Os responsáveis pelo projeto são pesquisadores da USP.

A Bienal do Livro vai receber autores brasileiros e estrangeiros que irão interagir com o público no Salão de Idéias e no Café Literário. Esse ano também contará com uma novidade para o público universitário, que terá um espaço especial para cursos. Além disso, estarão presentes diversas editoras que abraçaram a idéia da democratização do livro e editam títulos cujos preços não ultrapassam R$10.

Mais informações pelo telefone 3333 7878 e no site Bienal do Livro SP. (Renata Cruz, Da USP online)

[15/3/2004] Uma Questão de Respeito

Isso sim, a mim parece ser a chave de toda a celeuma: independência versus submissão. O profissional que se faz merecedor de respeito, antes respeita. E sem quaisquer resquícios de hipocrisia, entendo deva ser ele lhano, cordato, gentil, moderado e principalmente conhecedor do seu mister. Tais características, natas ou aprendidas, dignificam o advogado, devendo ser motivo de alerta e obrigação das faculdades de direito de, como preparo coadjuvante para o mister profissional, incentivá-las e divulgá-las, o que traria resultados significantes aos discentes em seus futuros labores.

Leia +++++

O projeto "Sempre um Papo" faz uma homenagem às mulheres, nesta quarta-feira, dia 17 de março, das 19h30 às 22h, na Livraria e Café Sempre um Papo (Rua Pernambuco, 797, Savassi). A entrada é franca, numa realização da AB Comunicação e Cultura e promoção da Embaixada da Espanha no Brasil, Agência Espanhola de Cooperação Internacional e Centro Cultural Brasil-Espanha de Belo Horizonte, com o apoio do Mercure Belo Horizonte, Pitágoras, Drogaria Santa Marta e Rádio Guarani. ++++++

Scliar concebe uma alegoria judaica
Folha de S. Paulo - 13/3/2004 - por Marcelo Pen

Os Tratskovsky poderiam ser uma típica família de colonos judeus russos emigrados para o Rio Grande do Sul. Comemoram a Páscoa e o Ano Novo judaico. Jejuam no Iom Kippur, o Dia do Perdão. Tudo correria naturalmente, não fosse o infortúnio de o filho mais novo, Guedali, ter nascido centauro -o monstro mitológico metade homem metade cavalo. Essa é a idéia de O Centauro no Jardim (Companhia das Letras, 240 pp., R$ 33,50), de Moacyr Scliar. O romance foi publicado pela primeira vez em 1980 e escolhido pelo National Yiddish Book Center, dos Estados Unidos, um dos cem melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos. >> Leia mais

Perdas, ganhos e transgressões de Lya Luft
Jornal do Brasil - 14/3/2004 - por Cecilia Giannetti

Lya Luft deveria sempre acender uma vela para suas personagens, que enlouqueceram em seu lugar. Este era o único conselho literário que a escritora gaúcha costumava receber do segundo marido, o escritor Hélio Pellegrino. Quem só conhece a literatura da autora, de 65 anos, através de Perdas e ganhos, publicado em 2003, deve achar difícil que ela tenha alguma vez inventado mulheres tão angustiadas. Considerado auto-ajuda pela crítica, o best-seller que superou Paulo Coelho nas listas de mais vendidos é um apanhado de reflexões da autora sobre as fases da vida e os relacionamentos, com resultados bem diferentes da escrita que permeia o restante de sua obra. "Acho que nos primeiros livros eu fiquei só nas perdas, não falava dos ganhos", diz. Tradutora de Thomas Mann, Rainer Maria Rilke, Bertolt Brecht e Virgínia Woolf, entre outros, aos 41 anos a professora Lya Luft abandonou a vida acadêmica para publicar seu primeiro romance, As parceiras, inaugurando uma linhagem de personagens "tangidas pela fatalidade, possuídas pelos demônios da alma", como define. São mulheres que certamente fariam bom uso das idéias reunidas em Perdas e ganhos e em Pensar é transgredir, que a Record acaba de lançar. >> Leia mais

Retendo Imagens
Ligia Scholze Borges Tomarchio
Recebido em 15/3/2004

Recebemos da Autora, Ligia Sholze Borges Tomarchio, seu livro de poesias "RETENDO IMAGENS", cuja leitura nos leva ao universo feminino, em todas as suas faces, da busca por um amor puro (do mundo da menina) ao protesto em razão da crueldade humana - repulsa e náusea pela corrupção sem fronteiras.

Site da autora: http://geocities.yahoo.com.br/ligia_tomarchio/


Mosaico - antologia
Ligia Scholze Borges Tomarchio
Recebido em 15/3/2004

Recebo de Ligia Scholze Borges Tomarchio MOSAICO. Antologia realizada com os membros do Clube Amigos das Letras, sugerindo o título e a capa, votadas depois. O título é de Paulo de Araújo, de Natal-RN e a capa, de Railda Dias de Matão-SP, baseada no quadro "Faces", óleo sobre tela de Edvilson Murari, de Araraquara-SP.

Mosaico é resultado da II Seletiva de Poesias de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita, com autores de Brasil e Portugal.

Conheça os autores da coletânia.

ESPANHA

«Nada é tão necessário ao homem como um pouco de mar
e uma orla de esperança para além da morte,
é tudo o que preciso e talvez um par de asas
abertas no capítulo primeiro da carne.

Não sei como dizê-lo, com que cara
trocar-me por um anjo dos anteriores à terra,
quebraram-se-me os braços de tanto lhes dar corda,
dizei-me o que farei agora, que horas são, se ainda há tempo,
é preciso que suba a mudar-me, que me arrependa sem perder uma lágrima,
uma apenas, uma lágrima orfã,
por favor, dizei-me qual a hora das lágrimas,
sobretudo a das lágrimas sem nada mais que pranto
e pranto ainda e para sempre.

Nada é tão necessário ao homem como um par de lágrimas
prontas a cair no desespero.»

Blas de Otero [Blas de Otero nasceu em Bilbau. Morreu em Madrid, em 1979. Tradução de José Bento]

» Poema recolhido no blog: "Aviz" e que me foi encaminhado pelo amigo poeta português António Cardoso Pinto«


Através do amigo António Cardoso Pinto fico conhecendo o blog Aviz, que depois de nele navegá-lo tornei-me fã imediato. Seus escritos e suas idéias são fantásticas. Tive o prazer de ler algo sobre Amos Oz, que recomendo. Sempre tenho dito que Amos é o meu escritor preferido. Sempre aguardo com ansiedade seus livros.

Sobre Amos Oz (foto):

Nascido em Jerusalém em 1939, Amos Oz, fundador do Movimento Peace Now, é o mais conceituado dos romancistas israelitas contemporâneos, estando a sua obra traduzida em praticamente todo o mundo. Em 1992, recebeu o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt.

A história tempestuosa da sua terra natal reflecte-se na escrita de Amos Oz. Na sua prosa, tanto na ficção como na não-ficção, existe um traço comum: a examinação da natureza humana, o reconhecimento da sua fragilidade e a glória na diversidade. Oz faz um apelo constante para o fim da ambivalência, para o diálogo e para a canalização das paixões em direcção à fé no futuro. Com uma economia de palavras, apresenta o povo de Israel, as suas atribulações políticas e a sua paisagem biblíca.

“Eloquente, humano, até religioso no sentido mais profundo da palavra, (Oz) emerge como uma espécie de Orwell sionista: um homem complexo, obcecado com a decência e determinado, acima de tudo, em contar a verdade, independentemente de quem possa ofender.” Newsweek

A escritora CLAIR DE MATTOS coloca no ar um novo site cultural. A conexão Clair de Mattos também, como a Verdes Trigos, destina-se a promover e divulgar todos os aspectos da vida cultural do país, abrangendo as áreas de criação artística, eventos, lançamentos,exposições, teatro, cinema, literatura,música, ballet etc.




AS VIDAS DE KATHERINE
Clair de Mattos

Este novo romance de Clair de Mattos nos conta a fascinante história de Katherine Vlasack, polonesa que chega ao Brasil como imigrante em meados do séc. XIX. Sua história poderia ser a de qualquer mulher, que, perseguida pela fatalidade, é levada aos pavimentos escuros e sombrios de sua própria alma inexplorada.

Entrevista com Ignácio de Loyola Brandão

IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO nasceu em Araraquara em 31 de julho de 1936. Seus primeiros textos foram sobre Cinema, publicados em jornais da cidade do interior paulista, onde chegou a fundar um cineclube. Em 1957, mudou-se para São Paulo, onde começou a trabalhar como repórter no jornal Última Hora, e ficou no jornal por nove anos. Sem desistir da idéia de ligar-se ao Cinema, participou como figurante do sucesso nacional "O pagador de promessas", e, em Roma, em 1963, procurou ser roteirista em Cinecittá. Ao retornar ao Brasil, aproximou-se do teatro Oficina, dirigido por José Celso Martinez Correia, também nascido em Araraquara.
Por Chico Lopes


Chico Lopes também colabora com a Verdes Trigos. Não deixe de ler suas crônicas e ensaios.

----- Original Message -----
From: Ivo Korytowski
To: "vt@verdestrigos.org"
Sent: Friday, March 12, 2004 9:57 PM
Subject: português do Brasil e português de Portugal

Aos meus amigos, fãs e leitores:
Há mais de uma semana está no "ar" a coluna de março de PORTUGUÊS DIVERTIDO com uma hilária crônica sobre as diferenças entre o português do Brasil e o português de Portugal, e muito mais, em

http://www.mayte.us/portugues/marco.htm

Abraço,
Ivo Korytowski

PS. Até o final deste mês, você poderá solicitar o meu Édipo através do e-mail ivokory@infolink.com.br com direito a uma carinhosa dedicatória e pelo preço especial de 35 reais, despesas postais por minha conta. A partir de abril, você só poderá adquirir o livro nas livrarias, no Submarino ou no site da Ciência Moderna, sem dedicatória!

----- Original Message -----
From: sergio minore
To: gitomin@yahoo.com.ar
Sent: Saturday, March 13, 2004 1:48 PM
Subject: UNO NO COMPRENDE LA GUERRA

Queridos amigos:
Aquí les envío unas palabras paridas luego del atentado en Madrid.
Mando un fuerte abrazo y todo mi apoyo moral al pueblo español que hoy sufre este terrible dolor.
Vaya mi corazón con ustedes....

UNO NO COMPRENDE LA GUERRA

Frente a lo inconmensurable
de la explosión y sus destrozos
uno queda boquiabierto,
con la expresión de desconcierto
colgando de los labios mudos.
Y es que uno sabe
que es la guerra,
la pornografica imágen
de la muerte transmitida en directo
no deja lugar a dudas al televidente.
Y uno rapidamente
escucha la cantidad de caídos
y de heridos y de ambulancias
y de helicópteros y de bomberos
y no tarda en enterarse
a quien le adjudican
el rol del enemigo,
el de neutral y el de aliado.
Uno se entera,
uno se informa,
uno se consterna y reza
y se llena de preguntas
y se replantea cual es el sentido.
Uno escucha los motivos más diversos,
que es por el petróleo, o por los hielos,
o por detener el avance rojo,
o por globalizar la coca y las fritas,
o por diferencias religiosas,
o por simplemente someter al mundo
al poder de cuatro hijos de puta.
Pero,
cuando uno vé
la explosión y su secuela
de sangre humana
regando la tierra,
uno sabe que es la guerra
...pero no la comprende.

GITO MINORE