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POEMA NECESSÁRIO / 13

por Paschoal Motta *
publicado em 30/08/2004.

S O N E T O
Luís Vaz de Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
pois mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Pois não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n’alma me tem posto
um não sei que, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porque.

LVC, 1524-1580. De sua infância pouco se sabe. Sabe-se que adquiriu firme erudição em Coimbra. Sua formação humanística se completou com leitura e estudo das obras de Homero, Virgílio, Horácio, Virgílio, Petrarca e outros clássicos. Além do poema Os Lusíadas, em que, “com engenho e arte”, transfigura as dificuldades sem conta que seus patrícios enfrentaram “por mares e nunca dantes navegados” e terras desconhecidas até então, se equipara aos grandes épicos da Antiguidade e de seu tempo.

De vida atribulada, Camões conseguiu escrever seu famoso poema que contém 10 cantos e 1.102 estrofes em oitavas rimas em versos decassílabos heróicos. O assunto central é a descoberta do caminho para as Índias, via Ocidente, pelo navegador Vasco da Gama.

Vale lembrar afirmação de Ottaviano de Fiore, com referência a poemas de Carlos Drummond de Andrade: “Alguns de seus poemas perderão a atualidade, mas alguns, como os de Camões, Antero, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira, serão para sempre incorporados a nossa língua.” (Cultura Hoje / Minc, 129, 2002)

A criação poética lírica camoniana é de inegável sensibilidade, perfeição formal e no aproveitamento de potencialidades da Língua Portuguesa. Seus poemas continuam vivos, séculos afora, e são de domínio universal.

Camões é o codificador da Língua Portuguesa. Na transição do final da Idade Média para a Era Moderna, a “última flor do Lácio” adquiriu, com o autor de Os Lusíadas, pureza, plasticidade, beleza, dignidade e presença singular entre suas coirmãs filhas do Latim. (Paschoal Motta)

Sobre o Autor

Paschoal Motta: Paschoal Motta é professor, jornalista, editor, escritor de ficção e poesia.

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