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Yara Camillo lança segundo livro de contos em vitrine que inclui novas imagens e poesia

por Chico Lopes *
publicado em 19/11/2006.

Aqui em "Verdes Trigos", comentei o "Hiatos", primeiro livro de contos de Yara Camillo, em que ela reuniu contos de várias épocas numa edição da RG de 2004, com prefácio de Caio Porfírio Carneiro, que chamou a atenção de vários bons leitores e da crítica.

Yara já tem lançamento marcado para 2007. No dia 17 de março, em São Paulo, na Casa das Rosas, a partir de 18h, estará autografando VOLIÇÕES, seu segundo livro, editado por Massao Ohno, editor de importância histórica e estética incontestável dentro de São Paulo, admirado por várias gerações de escritores e leitores.

O novo VOLIÇÕES é um segundo passo, mais aprofundado, na carreira de Yara, e deverá atrair novos leitores. Vários dos contos de "Hiatos" retornam, reescritos e dispostos em nova ordem, de leitura mais fluente, por Ohno. Novos contos surgem. São "Chegar junto", "Esparrela", "Aperto", "Copidesque ainda", "Eu que sei". Há também uma parte destinada à poesia, as "Iluminuras", com belíssimas ilustrações e incursões de Yara pela poesia - coisas como "Mãe no banho", "Netuno", "Sincretismo", "Néon", "Anjo pidão" e "Violeiro", que não deixam dúvida que, querendo, Yara trilharia pelas sendas da poesia com a mesma desenvoltura com que pisa nas areias movediças da prosa. O desejo de Ohno era fazer uma vitrine mais completa do trabalho da escritora.

A capa é muito interessante, trabalhando numa foto a partir do olho de Yara. A foto é de Marjorie Sonnenschen e as ilustrações de Wilson Neves, cujos desenhos, criativos e sugestivos, já haviam aparecido em "Hiatos". Yara está cercada por uma bela troupe.

AMPLIANDO E REVENDO TEMAS

Dos novos contos, preciso falar de CHEGAR JUNTO, que é o que mais me agradou e que traz, aliás, uma das especialidades de Yara que mais me desarmam: a capacidade de contar, liricamente, com um toque de informalidade que parece conversa de pé de fogueira, uma história que, envolta em poesia, espontaneidade e brinquedo, é, essencialmente, dolorosa. Nele, fala-se de um par de amigos que, desde pequenos, se especializam em cantar sem abrir a boca em vários lugares, incluindo os ônibus, esperando a atenção sensível de algum passageiro que logo se revelará alguém que, por prestar atenção àquilo, se revelará digno de ser conhecido. É quase uma parábola, o conto, sobre o salto que se dá da arte espontânea que nos pega, com gana de viver e compartilhar, em infância e juventude, e depois, bem, depois, o leitor verá...

ESPARRELA é também muito bonito, quase como um poema (Yara parece evoluir, como todo escritor verdadeiramente contemporâneo, no sentido de explodir os gêneros), e o encontro de uma nadadora com si mesma em certas águas traz revelações que seriam também trágicas se Yara não as contasse com a leveza que parece ser a sua marca. A criança de O APERTO está aprendendo, desde cedinho, como será hipócrita e contraditório o mundo adulto em que terá que ingressar. E em COPIDESQUE AINDA, Yara retoma o tema do delicioso conto COPIDESK, do primeiro livro, numa "sequel" hilariante (humor negro, bem entendido) que é o ponto alto da edição.

Não resta dúvida: é anotar na agenda o 17 de março de 2007 e ir pra Casa das Rosas ver o que Yara aprontou dessa vez, com a preciosa ajuda de Massao Ohno.

Sobre o Autor

Chico Lopes: Chico Lopes é autor de dois livros de contos, "Nó de sombras" (2000) e "Dobras da noite" (2004) publicados pelo IMS/SP. Participou de antologias como "Cenas da favela" (Geração Editorial/Ediouro, 2007) e teve contos publicados em revistas como a "Cult" e "Pesquisa". Também é tradutor de sucessos como "Maligna" (Gregory Maguire) e "Morto até o anoitecer" (Charlaine Harris) e possui vários livros inéditos de contos, novelas, poesia e ensaios.

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Francisco Carlos Lopes
Rua Guido Borim Filho, 450
CEP 37706 062 - Poços de Caldas - MG

Email: franlopes54@terra.com.br

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