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Do contra ?
por Efraim Rodrigues
*
publicado em 06/11/2006.
- Já não basta todo o resto, agora mais esta ?
Um ambientalista esperto não deveria nunca comentar uma carta como esta, para não levantar a bola. Assim funciona a política. Você critica o adversário, mas não ouve suas críticas. E se ouve, é para desmerecê-lo.
- Cidadão de segunda classe, alienado !
São as palavras que deveriam estar aqui.
Não sendo político, eu sinceramente prefiro uma crítica direta, com a qual se pode dialogar, ao tapinha nas costas seguido de displicência, procedimento tão frequente.
Havia a taxa rodoviária única, criada para custear as estradas, que depois virou um imposto sobre a propriedade de veículos, para que governo pudesse passar a cobrar dos que usam as estradas. Havia saúde e escola, mas agora as melhores são pagas. A qualidade dos serviços oferecidos pelo governo só diminui, e a cada momento somos chamados a mais uma obrigação, sem a redução proporcional do imposto, que ainda por cima só aumenta.
Eu não produzo lixo de espécie alguma em meu apartamento há quase uma década. O orgânico vira adubo e o reciclável é reciclado. Minha taxa de lixo é igual à do leitor que se recusa a separar o lixo.
O cidadão pode contribuir para a questão ambiental com sua ação pulverizada, mas o Estado, com seu tamanho e onipresença, tem a obrigação de liderar. É obrigação do Estado, (município, estado ou federação) dar fim aos resíduos produzidos pelos cidadãos, nos locais onde se paga TAXA DE LIXO.
O cidadão educado, preocupado com a casa e o planeta onde vive, serve ingenuamente a fins estranhos às suas boas intenções.
Eu seguiria em meu apoio à indignação daquele leitor, não fosse a urgência do problema. O clima do planeta está mudando, as matérias primas estão acabando, espécies estão se extinguindo, simplesmente porque não conseguimos deixar de viver da maneira como sempre vivemos.
Separar o lixo é um ato que transcende sua importância objetiva, porque é um ato educativo. Ao separar o lixo, a pessoa está indiretamente refletindo sobre sua participação neste mundo. Quantos outros atos individuais têm importância coletiva ?
Em meio a urgência do problema, a discussão sobre quem é mais esperto, eu ou o governo, é irrelevante. O importante é resolver.
Minhas palmas para o leitor que está refletindo sobre sua contribuição ao mundo de todos nós. Ele está à frente dos que só fingem fazê-lo.
Sobre o Autor
Efraim Rodrigues: Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é doutor pela Universidade de Harvard, Professor Adjunto de Recursos Naturais na Universidade Estadual de Londrina, Consultor do Programa Fodepal da FAO-ONU e Editor da Editora Planta, sem fins lucrativos.< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>
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