Domingo, 6 de Julho de 2008

Ídiche - uma introdução ao idioma, literatura e cultura, aprendizado sem mestre

Um coquetel marcará o lançamento do livro “Ídiche - uma introdução ao idioma, literatura e cultura, aprendizado sem mestre”, de autoria de Sheva Zucker, traduzido e reorganizado no Brasil por Genni Blank. O evento ocorrerá na terça-feira (dia 08 de julho), no CIB, sob os auspícios do Museu Judaico do Rio de Janeiro. Na ocasião também haverá palestra do professor Nachman Falbel, da USP, e diretor do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, que vem de São Paulo exclusivamente para falar sobre “Literatura Ídiche no Brasil”. Outra atração será a presença do pianista Haroldo Goldfarb, que executará canções típicas do repertório ídiche. Fruto de um detalhado trabalho que foi cuidadosamente revisado por colaboradores com profundo conhecimento do ídiche usado nas diferentes regiões da Europa, a obra contém 508 páginas e vem acompanhada de dois CDs, com aulas bem humoradas e explicativas, canções com letras e partituras, anedotas, provérbios, entrevistas e exercícios para a prática e o real aprendizado do ídiche, além de um mini-dicionário "ídiche-português' e "português-ídiche", com mais de 3.000 palavras.

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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Livro sobre as relações entre catolicismo e judaísmo é apresentado no Vaticano

O livro "Judeus, irmãos mais velhos" foi apresentado no Vaticano. A obra, do padre Santino Spartá, reúne discursos de João Paulo II e Bento XVI sobre as relações entre catolicismo e judaísmo.

Nascido em Catania, na Sicília, o autor é formado em teologia e jornalismo e atua como consultor cinematográfico. Poeta e comunicador, colabora com a Rádio Vaticano e com a RAI, Televisão de Estado italiana e recebeu duas vezes o “Prêmio Literário da Presidência do Conselho Italiano”.

Segundo Gian Maria Vian, diretor do jornal L’Osservatore Romano, o livro "permite retornar às fontes recentes que abriram caminho para a evolução no relacionamento entre católicos e judeus". Durante a apresentação da obra, ele lembrou que "o diálogo entre as duas confissões, com a conseqüente superação do 'antijudaísmo', começou a acelerar depois da tragédia do Holocausto. Todavia, a máxima expressão desta aproximação se verificou durante o pontificado de João Paulo II, quando judeus e católicos começaram não apenas uma relação de amizade, mas, sobretudo, um diálogo religioso".

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Quarta-feira, 26 de Março de 2008

Lançamento sem autor tem venda recorde

PublishNews - 26/03/2008 - por Sérgio Pavarini
Ainda internado e sob cuidados médicos, Henry Sobel não compareceu ontem ao lançamento de seu livro. No entanto, o rabino terá motivos de sobra para festejar. Cerca de mil pessoas estiveram na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP). Foram vendidos 418 exemplares de Um homem - um rabino, numa demonstração de que seu prestígio continua em alta mesmo após o episódio das gravatas, tema abordado num dos capítulos. As mensagens de apreço e os votos de recuperação deixados pelos presentes lotaram dois livros.

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Domingo, 16 de Março de 2008

No gueto de Bedzin

O diário de Rutka
Autora: Rutka Laskier
Título original: Pamienik, Rutki Laskier
Tradução: Maria Milewska Rodrigues
Editora: Sextante
N.º de páginas: 74
ISBN: 978-989-8093-38-7
Ano de publicação: 2007

A primeira coisa a fazer diante deste voluminho é não o reduzir a mais uma variação do Diário de Anne Frank, por muito semelhantes que sejam as vidas de Rutka Laskier e da judia alemã que vivia escondida num anexo secreto, em Amsterdão. Se ambas escreveram sobre o terror do nazismo — nunca deixando de registar os típicos dilemas psicológicos das adolescentes — e se ambas morreram em campos de concentração (Anne Frank em Bergen-Belsen, aos 15 anos; Rutka em Auschwitz, aos 14), o certo é que também há grandes diferenças entre as duas.
Para começar, o diário de Frank cobre quase dois anos de vida na clandestinidade (1942-44), enquanto as entradas no caderno de Laskier vão apenas de Janeiro a Abril de 1943. Depois, o testemunho da alemã foi publicado em 1947, logo após o fim da guerra, tornando-se um dos mais populares livros sobre o Holocausto, traduzido em 67 línguas. Já o diário da rapariga polaca ficou escondido debaixo do soalho duplo de umas escadas, num prédio do antigo gueto judeu da cidade de Bedzin, durante mais de 60 anos, sendo apenas descoberto, lido e publicado em 2006.
Desengane-se, porém, quem pensar que o livrinho de Rutka é uma espécie de amostra do que se encontra, mais desenvolvido, nos escritos da outra mártir. Se as preocupações são as mesmas, o estilo diverge. Não há aqui nada que se pareça com o “Querida Kitty” e o tom é muito mais seco, objectivo, pouco dado a arroubos sentimentais. Rutka tem noção de que está no inferno, de que o cerco se vai apertando e de que dificilmente sobreviverá a uma guerra cuja evolução militar mostra conhecer bem. Se escreve, é para deixar um registo — como quando narra com grande detalhe, seis meses após os factos, uma Aktion de deportação feita pelos nazis sobre os judeus de Bedzin, em Agosto de 1942.
O mais arrepiante neste notável documento humano é a forma como Rutka alterna entre o relato dos pesadelos do gueto e as coscuvilhices do seu círculo de amigos, que reflectem o brusco desabrochar da puberdade. A 6 de Fevereiro, por exemplo, escreve estas linhas terríveis: “Algo em mim se destruiu. Quando passo ao pé de um alemão, tudo em mim se contrai. Não sei se é por medo ou por ódio. Queria poder torturá-los, e às suas mulheres e aos seus filhos, (…) estrangulá-los vigorosamente, mais e mais ainda.” Logo depois, ainda no mesmo parágrafo: “Acho que a minha feminilidade acordou dentro de mim.” E descreve como sentiu pela primeira vez, durante o banho, a força do impulso sexual.

Avaliação: 7/10 - [Texto publicado na revista Time Out Lisboa]

Via: Bibliotecário de Babel , + uma dica do sempre atento Alfredo Aquino.

LINK RELACIONADO
Diário de garota judia vem à tona após 60 anos

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Sábado, 25 de Agosto de 2007

A ciência contra Deus, por Marcelo Coelho.


Corajoso e furibundo, "Deus, um Delírio", de Richard Dawkins, traz forte argumentação em favor do ateísmo, critica a irracionalidade e diz que religiões são nocivas ao bem-estar humano
No livro, cientista britânico utiliza argumentos evolucionistas e considera a existência de Deus uma grande improbabilidade.
Sacerdotes e cientistas mantiveram, durante um bom tempo, certas normas de convivência pacífica: salvo as exceções mais radicais, um não se metia com os assuntos do outro. Hipocrisia, afirma o biólogo Richard Dawkins no corajoso e furibundo "Deus, um Delírio".
Dawkins inicia sua forte argumentação em favor do ateísmo assinalando que a maior parte dos cientistas, inclusive o físico alemão Albert Einstein (1879-1955), cuidava de fazer vagas profissões de fé deístas apenas para não chocar os espíritos religiosos. Acreditar num "Deus que não joga dados", como formulado na famosa frase de Einstein, equivale muito mais a confiar nas regularidades das leis da natureza do que a afirmar qualquer coisa próxima de uma religião. ++++++

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