Sábado, 14 de Março de 2009

O rosto feminino de Deus

"A pós-modernidade resgatou a transcendência que a modernidade havia tentado banir do horizonte humano, mas resgatou uma transcendência sem absolutos", explica a teóloga brasileira Maria Clara Bingemer, na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line. Ela comenta as diversas formas de viver a experiência religiosa na modernidade e na pós-modernidade. Também fala sobre as contribuições cristológicas dadas pelos estudos de gênero. "A Cristologia é percebida inclusive por muitas mulheres como sendo a doutrina da tradição cristã que mais freqüentemente foi usada contra elas", disse.

Maria Clara Bingemer é professora do departamento de teologia da PUC-Rio e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da mesma universidade. Ela é graduada em Jornalismo, mestre em Teologia e doutora em Teologia Sistemática. Ela concedeu uma entrevista sobre os jesuítas na edição número 183 da IHU On-Line, de 05-06-2006, intitulada Os jesuítas e a expansão da cultura moderna. Na edição 220, do dia 21-05-2007, intitulada O futuro da autonomia, uma sociedade de indivíduos?, Maria Clara Bingemer concedeu outra entrevista: "Igreja que deseja ser ouvida numa cultura pós-cristã precisa ter um testemunho forte, crível e consistente, que acompanhe o discurso". Na edição 224, de 20-07-2007, ela participou da IHU On-Line com a entrevista "O documento (de Aparecida) não tem o profetismo e o sopro libertador que caracterizou Medellin e Puebla". E na edição número 243, de 12 de novembro de 2007, falou sobre o livro de sua autoria, recém-lançado, Simone Weil - A força e a fraqueza do amor (Rio de Janeiro: Rocco, 2007).

Não deixe de ler a entrevista: aqui.

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Sábado, 27 de Setembro de 2008

Judeus celebram Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico

Jewish Myspace StuffNa noite de 29 de setembro, cerca de 110 mil judeus de todo o país iniciam as comemorações de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Iom Kipur, o Dia do Perdão. Durante esse período, comemora-se a criação do homem e todos são convidados a refletir sobre seus relacionamentos com os demais seres humanos, questionando tudo o que foi feito de errado e como pode ser corrigido.

O Ano Novo Judaico começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5769. Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá (pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial. Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não seja amargo.

Nas sinagogas, as orações incluem o toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Iom Kipur. Ao anoitecer de 08 de outubro tem início o Iom Kipur. Esta é considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.

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Sábado, 6 de Setembro de 2008

Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico

É com grande satisfação que comunicamos o lançamento, on line, do terceiro número da Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG (ISSN 1982-3053) no site do NEJ: http://www.ufmg.br/nej/am/intro/index_n3.html.

Nesse número, dedicado a Frieda e Egon Wolff, publicamos o dossiê: Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico. Recebemos colaborações excelentes do Brasil e da Argentina. Confiram o sumário:

SUMÁRIO
*
Dedicatória
* Agradecimentos
* Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico
   Lyslei Nascimento - UFMG
* Artigos
A teratologia múltipla: Robert Bloch e o seu bestiário
Alcebíades Diniz Miguel - UNICAMP
Do Golem ao analisante: o analista não é um Baal Shem
Franscisco José Bezerra dos Santos - ELF
Dibuk: um autor, um tema, uma peça
Jacó Guinsburg - USP
Resistência e renovação: a escrita e a comida em Cíntia Moscovich
Julia Nascimento Santos - UFMG
Vívien Gonzaga e Silva - UFMG
O Aleph, Beatriz e a Cabala em Jorge Luis Borges
Lyslei Nascimento - UFMG
O Hassidismo na visão de Martin Buber
Renato Somberg Pfeffer - FUMEC
Gabriella Grossi Daher - FUMEC
Aviziboa: uma feiticeira judia de Torres Vedras de 1492
Reuven Faingold - FAAP
La cábala y la travesía del mal
Ricardo Forster - UBA
A literatura no espelho: "Parábola do filho e da fábula"
Saul Kirschbaum - USP
Um Golem na Dinastia de Bragança: O Último Suspiro do Mouro, de Salman Rushdie
Telma Borges - UNIMONTES
Considerações sobre a pseudepigrafia religiosa na Antigüidade
Vicente Dobroruka - UNB
* Entrevista
Sofia Débora Levy entrevista Frieda Wolff
UFRJ
* Contos
El testigo
Ana María Shuah
A lagosta judia
Heloisa Pait
* Crônica
Cabala e Modernidade
Moacyr Scliar
* Poema
3 variaciones sobre el silencio
Alfredo Schechtman
* Resenhas
Por detrás da cortina
Cláudia Maia - UFMG

Demônios no Shtetl

Filipe Amaral Rocha de Menezes - UFMG
Lilit, Golem e outros seres imaginários
Luciara Lourdes Silva de Assis - UFMG
*Arte
Frente al Aleph
Mirta Kupferminc
Un punto en el espacio
Mirta Kupferminc
Rabi Low
Vlad Eugen Poenaru - UFMG

O apoio e a ajuda dos colaboradores, dos pareceristas e da equipe do CEDECOM da UFMG foram indispensáveis. Agradecemos, ainda, à Diretoria da Faculdade de Letras, à Câmara de Pesquisa e ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários.

Aguardamos sua visita e solicitamos a divulgação dessa edição. Convidamos, ainda, pesquisadores, escritores e artistas a colaborarem no próximo número que terá como tema "Humor, Ironia e controvérsia no arquivo da cultura judaica". A data-limite para envio de trabalhos é 23 de dezembro de 2008. A ementa e as normas editoriais estão disponíveis no seguinte endereço: http://www.ufmg.br/nej/modules/content/index.php?id=58. Outras informações: lyslei@ufmg.br.

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Domingo, 10 de Agosto de 2008

A TESHUVÁ DE ARON E SUAS ESCAMAS, por Felipe Moreno

"Teshuvá" é um termo hebraico que significa arrependimento. No Judaísmo, este conceito diz respeito a todo judeu que, afastado das tradições, retorna por vontade própria ao seio do Judaísmo. Este é o mote do conto "A Teshuvá de Aron e suas Escamas", de autoria de Felipe Moreno, o qual busca imprimir no texto uma narrativa encorpada de espiritualidade e sutilezas. Este conto foi publicado na Revista Folha da Serra, na edição de agosto. Boa leitura.

clip_image004 LEIA O TEXTO PUBLICADO NA REVISTA

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Sexta-feira, 1 de Agosto de 2008

ATEU GARANTE, UM - DEUS EXISTE

Considerado o principal filósofo dos últimos cem anos, Antony Flew passou mais de 50 anos defendendo o ateísmo. No entanto, ao continuar investigando o tema, ele reviu seus conceitos. Em “Deus existe”, Flew trata de suas origens e crenças iniciais e de como e por que passou a acreditar em um Deus. E, mesmo baseado em evidências científicas, ele o faz de modo que é impossível não refletirmos a respeito de nossos próprios conceitos. COMPRE AQUI!

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Segunda-feira, 9 de Junho de 2008

LANÇAMENTO: Na espiral do tempo: uma viagem pelo calendário judaico

David Gorodovits vai lançar o livro "Na Espiral do Tempo - Uma Viagem pelo Calendário Judaico" (Editora Sefer) no dia 26 de junho, às 19h, na Livraria Argumento (Copacabana - Rio de Janeiro, RJ).

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Domingo, 8 de Junho de 2008

Em Shavuot Moisés recebeu os Dez Mandamentos

Hoje à noite terá inicio a festa de Shavuot. São passadas sete semanas da festa de Pessach, a Páscoa judaica, que marca a saída dos judeus da escravidão no Egito. Em Shavuot, o povo judeu recebeu as tábuas das leis de Moisés no Monte Sinai. Os Dez Mandamentos são a base da religião judaica e foram inspiradores das Constituições de diversos países. Na segunda-feira pela manhã é lida nas sinagogas a parte do Pentateuco, a Torah, que narra o recebimento dos Mandamentos. É fundamental levar filhos e netos para ouvirem esta leitura pois, as futuras gerações, serão as responsáveis pela continuidade de uma tradição com mais de 3.300 anos. Na terça-feira pela manhã é recitada a oração de Izkor, em memória dos que partiram. Para marcar o inicio do mês de Sivan com a leitura dos Salmos de David, o departamento feminino do Beit Lubavitch do RJ reuniu cerca de 200 mulheres em sua sede no Leblon. Uma das oradoras de honra foi a advogada Flavia Wurman Mizrahi, 33 anos, que proferiu emocionado discurso. Se desejar ler o texto na íntegra, clique aqui. (Rua Judaica)

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Sábado, 26 de Abril de 2008

Guia completo de Pessach

Acesse, e imprima, o “Guia completo de Pessach”,
em PDF, elaborado pela Agência Judaica. Clique aqui !

Via: Alef

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Domingo, 16 de Março de 2008

O verdadeiro significado do Purim

Purim não é, somente fantasias e fazer ruído para não escutar o nome do malvado Hamán durante a leitura da Meguila de Ester.
Purim é uma das festividades que melhor representação a luta de um povo pela sua liberdade, pelo direito de ser ele mesmo e a procura permanente por um mundo melhor, contra tiranias de qualquer tipo.
Este Shabat, que precede à festa, é chamado de "Shabat Zachor", o Shabat para lembrar. Recordamos que nossos inimigos, biblicamente personificados em Amalek e em Hamán, são também os inimigos de uma civilização mais fraternal.
Entre os costumes de Purim se destacam aqueles que refletem duas dimensões do comportamento altruísta: umaajudar ao próximo, e a outra, contribuir ao bem estar de nossa própria gente. Elas são "Matanot la'evionim" e "Mishlóach manot". A primeira orientada ao plano social - nos preocupar pelo necessitados - e a outra ao plano nacional - fortalecendo o próprio.
Alem da distinção que possamos fazer entre estes dois preceitos, o mais importante é poder integrá-los para construir um modelo COMUNITÁRIO de inclusão e participação.
Shabat Shalom

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Shabat Zachor

Shabat 15 de março (2008)
8 de Adar II (5768)

Shabat Zachor
Leitura da Torá:
Parashat Vayicrá (Vayicrá 1:1-5:26)

Leis e Costumes
Sendo este o Shabat anterior a Purim, no qual celebramos a descoberta do complô de Haman para destruir o povo judeu, a parashat semanal é suplementada com a leitura Zachor (Devarim 25:17-19), na qual somos ordenados a recordar o mal de Amalek e erradicá-lo da face da terra.

Parashat Zachor” é a segunda das quatro leituras especiais acrescentadas durante ou logo depois de Adar (as outras trê são Shekalim, Pará e Hacodesh).

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Sábado, 15 de Março de 2008

Entenda os costumes da Semana Santa

A primeira celebração da Semana Santa foi em 1.682 pelos cristãos. Ela é uma das conclusões do Concílio de Nicéia, regido pelo Papa Silvestre I e patrocinado pelo imperador Constantino, em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo.  Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. (fonte)

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Inicialmente, os cristãos celebravam a Páscoa em apenas um dia e ocorria a cada domingo. Mas, já no século 2, eles passaram a escolher um domingo especial e, a cada ano, celebravam a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus. Foi inevitável que fosse utilizado o período da Páscoa judaica, que ocorre no 14º dia do mês de Nisan. Considerando que Jesus ressuscitou no domingo, veio a se estabelecer que a Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera. [mas estamos no outono!]
No século 4, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Jesus. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.
Na medida em que os cristãos cresciam em número, necessitaram de organizar e estabelecer datas para festa da Ressurreição. Assim ocorreu uma re-significação daquela festividade, embora mantendo o seu sentido primeiro de libertação. Para os judeus, a Páscoa é a celebração da libertação da opressão a que estavam submetidos no Egito, de onde saíram sob a liderança de Moisés; para os cristãos, a Páscoa celebra a libertação da opressão do pecado, uma vez que se sentiam resgatados pelo sacrifício de Jesus.
Com o passar dos tempos, os cristãos foram estabelecendo rituais objetivando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daquele tríduo que se transformou em uma semana com a introdução da celebração do Domingo de Ramos, por volta do século 4. Essa festa foi se tornando uma das mais populares do catolicismo e, em torno daqueles ramos empunhados pelos fiéis em procissão, tem surgido uma infinidade de pequenas crendices, como a sua utilização para a feitura de chás curativos. Em algumas regiões esses ramos ressequidos durante o ano são utilizados para a produção da cinza que é posta na fronte dos fiéis na quarta-feira que encerra o carnaval, a quarta-feira de cinzas, e dá início à Quaresma.
Ao longo da Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais. Um desses foi a cerimônia do Lava Pés que ocorre na quinta feira à tarde. É a teatralização de um acontecido durante a Ceia de Páscoa, que Jesus celebrou com os seus seguidores mais próximos, uma experiência didático-pedagógica para aqueles que não tinham acesso aos escritos evangélicos. Por seu aspecto visual e dramático, adequou-se ao gosto popular e vem se tornando mais importante do que as reflexões que os cristãos devem fazer naquela ocasião.
No período medieval, surgiu um outro ritual, a espoliação do altar, ou seja, a retirada das toalhas e utensílios que foram utilizados, e as hóstias são transladadas para um altar lateral onde podem ser veneradas. Esse rito é uma alegoria do fato de que, na antiguidade, quando ainda não havia os templos, a cada celebração, eram postas antes e retiradas após a cerimônia, as toalhas sobre a mesa que servia como altar.
Um outro ritual, que também ocorre na quinta-feira, este pela manhã, é a missa da Bênção dos Óleos, utilizada para representar a unidade do clero em torno do bispo local, ao mesmo tempo em que demonstra a sua catolicidade. Os ritos da sexta-feira comemoram a morte de Jesus. Nesse dia, não ocorre a celebração da missa, apenas são feitas leituras e a adoração da cruz.
No ritual católico, a grande festa é o Domingo, mas a população entende a missa de vigília, que começa à meia-noite do sábado como Sábado de Aleluia, ou seja, o sábado de alegria. No ritual dessa cerimônia, um momento de expressiva beleza é a cerimônia da bênção do fogo, que não tem origem clara, mas possivelmente é um ritual pagão que deve ter sido introduzido após a conversão dos celtas. Após a bênção do fogo será aceso o Círio Pascal. (texto de autoria de Severino Vicente da Silva, professor de História Moderna do Departamento de História da UFPE e sócio da Cehila Brasil).

[ nota ] Alguém me explica, por favor, de que toca saiu o coelho? Depois, gostaria de saber também, porque este coelho bota ovos de chocolate?

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Sábado, 8 de Março de 2008

O debate sobre a ordenação sacerdotal da mulher

Nos últimos 50 anos, as mulheres passaram a ocupar postos importantes em diversas esferas. Entretanto, a questão da ordenação da mulher na Igreja ainda permanece sem ser tratada com a devida importância. Esse debate ganha espaço agora com o lançamento de Ministérios da mulher na Igreja (Loyola, 212 pp., R$ 30), do espanhol Domiciano Fernández. A obra reúne documentação histórica, bíblica e teológica únicas sobre o ministério feminino na Igreja e sobre os problemas que essa matéria suscitou e continua a suscitar. A partir de amplos estudos, o autor se convence de que não existe uma dificuldade dogmática séria que impeça a ordenação da mulher. Segundo Fernández, "os argumentos fundados na inferioridade, na incapacidade e na impureza da mulher são inadmissíveis e deviam deixar a nós, cristãos, cheios de rubor e de vergonha".

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Domingo, 24 de Fevereiro de 2008

Qual é a melhor religião?

Breve diálogo entre o teólogo Leonardo Boff e o Dalai Lama.

Leonardo Boff explica:

"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga: 'Santidade, qual é a melhor religião'?

Esperava que ele dissesse: 'É o budismo tibetano' ou 'São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo'. O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos - o que me desconcertou um pouco, porque eu sabia da malícia contida na pergunta - e afirmou:

'A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor'.

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar: O que me faz melhor'?

Respondeu ele: 'Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta, de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião'.

Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável".

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Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

Gratidão é tudo!

No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios.Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria,Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.  Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado.Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.

Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.  Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local. A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.  As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.  Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.

Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele. Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.

Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não  deveria hesitar em comunicá-lo.

Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets. Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ..." Mas não  Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.

Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers. (relatado em palestra do rabino Issocher Frand)

"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome". Salmos 100:4

ד  בֹּאוּ שְׁעָרָיו, בְּתוֹדָה--חֲצֵרֹתָיו בִּתְהִלָּה;    הוֹדוּ-לוֹ, בָּרְכוּ שְׁמוֹ.

 

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Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008

RESGATE DO LADINO

Centenas de judeus sefaradís israelís reuniram-se durante quatro dias no Mar Morto para recuperar o legado dos judeus espanhóis e falar por uns dias, a língua de seus antepassados, o ladino, cada vez menos usado .O encontro "Dias de Leite e Mel", convocado pelo Círculo de Haifa da "Autoridade Nacional do Ladino", foi o primeiro de dois eventos que este organismo realizará este ano para impulsionar a cultura e o idioma dos descendentes dos judeus que viveram na Espanha, até o final do século XV. Os mais de 600 participantes ouviram conferencias sobre distintos aspectos da vida e da cultura sefaradí.

*A estatua de Maimonides em Córdoba-Espanha, o mais importante judeu sefaradi da Idade Média

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Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

A Festividade de Purim e o Livro de Ester

A festividade de Purim é realizada no dia 14 de Adar com a duração de um dia. Purim comemora a vitória da sobrevivência judaica sob o domínio persa. Os acontecimentos descritos no Livro de Ester (Meguilá Ester) ocorreram por volta de 450 anos antes da Era Comum.

LEIA MAIS, nos Estudos Judaicos

Purim 5768 – 21 de março de 2008.

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Domingo, 10 de Fevereiro de 2008

Alguns downloads interessantes

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Domingo, 27 de Janeiro de 2008

Holocausto, o imperativo de lembrar

A Resolução da ONU definindo a data de 27 de janeiro como “Dia Mundial de Lembrança das Vítimas do Holocausto” é a resposta tardia do silêncio que tomou conta dos líderes das nações perante a tentativa de aniquilamento do povo judeu pelas hordas nazistas, durante a II Guerra Mundial. É o grito de protesto contra a insanidade daqueles que, por se julgarem donos de poderes ilimitados, outorgam-se o direito de degradar seres humanos, extirpá-los do convívio comum, explorá-los até o limite de suas forças e assassiná-los fria e cruamente.
A decisão histórica da ONU reitera a especificidade do Holocausto ao recomendar explicitamente aos Estados Membros da Organização que punam exemplarmente aqueles que tentarem negar ou banalizar a Shoá e que elaborem programas educacionais a fim de gravar na mente das gerações futuras as lições emanadas do Holocausto.
A especificidade da Shoá precisa ser reconhecida de forma incontestável pelo seu caráter único – a decisão política de extermínio físico do povo judeu, eliminando até a quarta geração de descendentes, mesmo oriundos de casamentos mistos ou convertidos a outras religiões; a montagem de toda uma engrenagem para buscar os judeus aonde estivessem e levá-los aos campos de extermínio; a construção de aparatos especiais, rápidos e eficientes, para a execução em massa dos condenados à morte pelo nazismo. (...) A recomendação já vem de longa data. Já em janeiro de 2000, 47 países - sendo 22 representados por seus chefes de Estado -, reuniram-se na cidade de Estocolmo para a primeira reunião do 3º Milênio: "Fórum Internacional sobre o Holocausto". O então Secretário Nacional de Direitos Humanos, José Gregori, chefiou a delegação brasileira e subscreveu a recomendação de ensinar o Holocausto em todos os níveis do processo educacional. Nesses oito anos, muito pouco foi feito no Brasil, país pioneiro na legislação de combate ao racismo e anti-semitismo. (Profa.Diane Kuperman, no ALEF)

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Sábado, 26 de Janeiro de 2008

Tamareira de Devora - 13 atributos da Misericórdia

Em Deuteronômio 28:9, a Torá diz: "...e andares por Seus caminhos". Nossos sábios explicaram: "Assim como o Santissimo (abençoado seja) é Piedoso, assim tu deves ser piedoso; assim como Ele é Generoso, assim tu deves ser generoso, assim como Ele é justo, assim tu deves ser justo; assim como Ele é Devoto, assim tu deves ser devoto".

Em Deuteronômio 13:5, a Torá diz também: " Após o Eterno, vosso Deus, andareis; a Ele temereis, Seus mandamentos guardareis e a Sua voz ouvireis; a Ele servireis e a Ele se achegareis". O Talmud (sotá 14a) explica assim este versiculo: " Tu deves emular os atributos do santissimo: Assim como o Santissimo, veste os desnudos, assim tu deves fazer; assim como Ele visita os doentes, assim tu deves fazer; assim como Ele consola os desconsolados, assim tu deves fazer..."

A "Tamareira de Devorá" é uma explicação desse mandamento de "imitar" D´us e adotar Suas qualidades através dos ensinamentos da parte oculta da Torá. Neste livro,os treze atributos da misericórdia  (link de comunidade no orkut, somente p/ cadastrados) mencionados pelo profeta Miquéias (7:18-20) são analizados detalhadamente, de forma clara e prática,como orientação de como realizar esse preceito.

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Segunda-feira, 5 de Julho de 2004

Na noite vazia iniciada

Ñande Ru Pa-pa Tenondé
guete rã omo-jera
pyt~u yma gui.

Nosso Pai Primeiro
criou-se por si mesmo
na Vazia Noite iniciada.


Gn 1-2: E a terra era vã e vazia, e (havia) escuridação sobre a face do abismo ....

Muito interessante a novidade da tradição oral guarani sobre a criação do universo, da terra e do homem exposta pelo indio Kaka Werá Jecupé. Expressa com autenticidade a essência da cosmovisão e dos valores de um povo e de suas formosas palavras de sabedoria. Evidentemente buscando aprimorar minha fé é justo que também encontre sossego e paz na sabedoria guarani.

Tupã Tenondé é a revelação dos ensinamentos secretos da tradição oral Guarani, antes só divulgados aos pajés. Os cantos que compõem esse hino sagrado, denominados porã-bei, ganham forma de verso na transposição para a escrita. Ainda que não nos torne pajés, Tupã Tenondé certamente vai cumprir sua missão original: formar corações valorosos, preparados para respeitar e valorizar a diversidade cultural num mundo em que, cada vez mais, alguns povos pretendem impor a outros sua maneira de ver e de viver.

Sobre o Autor:
Kaká Werá Jecupé é índio txucarramãe (guerreiro-sem-armas), batizado entre os guaranis. Desde 1989 participa de ações voltadas para o resgate, defesa, difusão e desenvolvimento da cultura indígena brasileira; tendo realizado projetos sociais com os povos nativos, mais especificamente a Nação Guarani e Nação Krahô. Trabalha como terapeuta, fazendo uso da medicina nativa (a cura através das plantas), com as danças sagradas indígenas, e workshops voltados para a integração do homem com a mãe Terra e coordena a Nova Tribo Cultura. Realiza palestras e participa dec seminários no Brasil e no exterior. Autor de: Awé Roirua-ma (Todas as vezes que dissemos adeus); Os Filhos da Terra; A Terra dos Mil Povos, 1998.

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