Santo bom é santo vivo
Pelo relato de Dom Paulo Arns no seu livro Corintiano Graças a Deus! sobre São Jorge, sou impulsionado, como bom corintiano, graças a Deus, a pedir a substituição do padroeiro do Timão. Diante da atual situação do time, com todo respeito a São Jorge, Dom Paulo para padroeiro. Por essas e outras, que continuo somente dirigindo minhas orações para santo vivo ou diretamente para o Santo dos Santos.
Fé na bola
Há quem diga que política, futebol e religião não se discutem. Dom Paulo Evaristo Arns contraria esta regra. Durante os anos de chumbo, foi ferrenho opositor do regime militar. Em 1973, posou com uma bandeira e uma flâmula do Corinthians para uma célebre capa da revista Placar. Agora, em Corintiano Graças a Deus! (Planeta, 140 pp., R$ 29,90), o arcebispo emérito de São Paulo mostra que a sobriedade esperada de um religioso pode ser conciliada com os furores causados pelo esporte que é a paixão nacional. Entre outros casos curiosos, o livro revela que o cardeal, assim como intercedeu diretamente com generais para livrar os presos da tortura no período da ditadura, também fez a ponte com o papa Paulo VI para evitar que São Jorge, padroeiro do Corinthians e da Inglaterra, não tivesse o título cassado em um reordenamento do calendário oficial da liturgia. Dom Paulo alcançou seu intento, e guarda até hoje o bilhete em que o pontífice deu seu veredicto: "Não podemos prejudicar nem a Inglaterra nem o Corinthians".
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VerdesTrigos @ 1:40:00 PM