O escritor e poeta, Rodrigo Capella, autor de "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer, acaba de lançar o seu décimo livro. Trata-se de "Mistérios em Floripa". Com muita ação e suspense, o décimo livro do autor é envolvente e pode ser lido em apenas uma tarde. Tudo começa no clássico do futebol catarinense (Avaí e Figueirense) e depois ganha as ruas de Florianópolis. Leia e ajude a desvendar quem matou o jogador Leleco, a estrela do Leão da ilha. O presidente do Avaí, Zunino, já recebeu um exemplar. Para você adquirir o seu, entre em contato com o autor pelo e-mail contato@rodrigocapella.com.br
"Ave, Pássaro", vídeo criado por Isolde Bosak para o livro do mesmo nome. Os poemas são de Cleonice Bourscheid e as imagens -gravuras, monotipias, desenhos e aquarelas- de Isolde Bosak. O livro "Ave, Pássaro" foi lançado em outubro de 2007 na Feira do Livro, em Porto Alegre, RS, Brasil. A musica é de Fernando Mattos e a voz de Deisi Coccaro. Pula-Pula e o nome da canção que acompanha o vídeo. "Ave, Pássaro", projeto que apresenta os pássaros do Brasil meridional (livro, concerto e vídeo) aprovado pela Lei Rouanet e apoiado por empresas que apostam no incentivo a cultura e a preservação do meio ambiente, para fazer a vida mais legal.
Antonio Calloni publica poemas inéditos no seu site. Confira.
Antonio Calloni, ator, poeta e escritor, publicou dois poemas novos no seu site www.antoniocalloni.com no link Inéditos - O material de pesca e a gravata Ermenegildo Zegna e Mandem presentes para mim.
Poesie della Bahia/Poemas da Bahiaé o trigésimo quinto livro do baiano Cyro de Mattos, que a Runde Taarn Edizioni publicou recentemente em Gerenzano (Varese), em edição bilíngüe, na Itália. Com distribuição pela ediQ Distribuzione para as principais livrarias da Itália, o livro reúne 40 poemas extraídos de “Cancioneiro do Cacau”, “Vinte Poemas do Rio”, “Ecológico”, “O Menino Camelô” e do inédito “Rumores de Relva e de Mar”. A seleção e a tradução dos poemas são de Mirella Abriani, poeta que reside em Milão e que já traduziu, entre outros, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto, os portugueses Eugenio de Andrade e Florbela Eapanca.
A Bahia que serve de motivação aos poemas reunidos nesse livro de Cyro de Mattos não é a histórica de Salvador, nem a urbana, com sua gente, crença, costumes e paisagem, mas a que está situada no Sul do Estado, onde o autor nasceu e reside. A maior parte dos poemas obedecem a um projeto ecopoético, no sentido primordial, em que nos insere no centro do mundo, e seu discurso poético está visceralmente relacionado com a natureza, cujos elementos vêm sendo gritantemente ofendidos pelo homem nos tempos atuais. Nesse particular manifestam-se com intensa carga lírica e percepção de vida os poemas “Canto a Nossa Senhora das Matas”, “A Árvore”, “Devastação”, “Parábola” e “Poema Todo Verde”. Já outros poemas dizem do elo lírico do poeta com suas origens, como “Viola”, “Itabuna”, “Rio Morto”, “Cantador” e “Rio Cacahoeira”.
Além disso, poemas de inspiração marinha participam de Poesie della bahia/Poemas da Bahia, e, entre eles, “Poema de Nenhum Azul”, “Mar Grande”, “Invenções do Mar”, “Dunas” e “O Menino e o Mar”, que foi um dos vencedores do Quinto Concurso Cancioneiro Poético Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa, do Instituto Piaget de Almada, em Portugal.
Contista, poeta, cronista, autor de livros infanto-juvenis e organizador de antologias, Cyro de Mattos reside em Itabuna, sua terra natal, como advogado aposentado. Possui uma vintena de prêmios literários respeitáveis. Tem dois livros de poesia publicados em Portugal pela Palimage Editores (www.palimage.pt):“Vinte Poemas do Rio”, edição português-inglês, prefácio da doutora em Poética Graça Capinha, da Universidade de Coimbra, e “Ecológico”, prefácio da romancista e crítica Helena Parente Cunha. Está presente em mais de trinta antologias do conto e poesia, no Brasil, em Portugal, Alemanha, Rússia, Dinamarca, México e Estados Unidos. Foi agraciado com a Medalha do Mérito da Bahia. Pertence ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Centro de Estudos Americanos Fernando Pessoa (SP), Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras da Bahia. Em 1998 participou como convidado do III Encontro Internacional de Poetas, da Faculdade de Letras de Coimbra, em Portugal.
Surgiria um outro mulato inteligente, carismático para vencer as eleições de 2008? Dificilmente
Um lance de dados, por Ferreira Gullar, na Folha
QUANDO DIGO que a vida não é newtoniana e, sim, quântica, sei que não estou fazendo uma afirmação científica, mas, como poeta que às vezes sou, valho-me de uma metáfora para baratinar a cabecinha do próximo e fazê-lo se dar conta de que, muitas vezes, dois mais dois são cinco. Por exemplo, a eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos. Isso tem lógica? Está dentro do previsível? Agora, depois que aconteceu, parece ter lógica e deve ter, já que aconteceu, mas não a lógica do dois-mais-dois quatro. Assim que ele se lançou candidato e lhe vi o rosto, achei que não ia dar. Não apenas porque ele fosse mulato mas porque me parecia frágil, sem aquele maxilar de macho: uma aparência de intelectual recém-saído da adolescência. E disse a mim mesmo: "Os americanos não vão entregar o país a esse rapaz". Isso sem contar que ele se chamava Barack Hussein Obama. No entanto, ele derrotou Hillary Clinton e, finalmente, John McCain. Vai governar a maior potência econômica e política do planeta. A impressão que se tem é de que o mundo está contente com a vitória dele. E otimista. Todos esperamos que algum milagre aconteça, que esse jovem mulato, inteligente, informado, brilhante e objetivo faça o mundo mudar para melhor. É esperar muito? Certamente, mas sem esperança não se suporta viver. Tudo bem, aconteceu, o improvável aconteceu. Mas, se aconteceu, foi porque era possível acontecer, e quem, como eu, temia não ser possível equivocou-se. É que a vida é quântica: a simples lógica não dá conta dela. Será possível, agora, saber quando tudo começou? Foi com os discursos de Martin Luther King, a afirmar que tinha um sonho e que esse sonho era de uma pátria fraterna, sem discriminação racial? Foi durante a luta dos anos 60 pelo Poder Negro? Esses fatos, certamente, influíram, mas é impossível determinar, na natureza e na história, quando exatamente as coisas começam, mesmo porque o curso da existência, por serem tantos os fatores que sobre ele atuam, resulta produto tanto da necessidade quanto do acaso. A verdade, porém, é que, se Barack Obama não tivesse nascido, isso não teria acontecido. Surgiria um outro mulato inteligente, orador brilhante, carismático para vencer as eleições norte-americanas de 2008? Dificilmente. E o próprio Obama teria ganhado esse pleito, se ele não tivesse ocorrido depois dos dois desastrosos governos de George W. Bush? Há quem diga que não, não teria, e, se isso for verdade, devemos concluir que Bush, com suas guerras e mentiras, também concorreu para a vitória de Obama. E a crise financeira que se deflagrou no planeta em plena campanha eleitoral não contribui para a vitória do democrata? Como se vê, a história não está predeterminada. A não ser para aqueles que acreditam no destino -como os gregos acreditavam-, o fortuito também influi nos acontecimentos mais relevantes. Por isso, vale a hipótese de que, se Obama não tivesse nascido, a história que o mundo iria viver daqui para a frente seria outra. Isso não significa que ele seja um predestinado, que nasceu para salvar o mundo. Nem sei se o governo dele vai ser tão bom quanto todos nós desejamos. Pode ser, pode não ser. Mas, se ele não tivesse nascido de um negro queniano e uma branca norte-americana do Kansas, com esse charme todo, não teríamos agora um presidente mulato na Casa Branca. Isso significa que nenhum outro negro chegaria a governar os Estados Unidos? Não, mas talvez não acontecesse tão cedo. Porque assim é a história humana: o que acontece poderia não acontecer. Não pretendo dizer que tudo seja mero produto do acaso, e, sim, que a necessidade tem incontáveis modos de realizar-se. E que, por isso mesmo, as pessoas, por sua capacidade de ação e inteligência, podem influir decisivamente no destino da humanidade. O certo é que, durante décadas e décadas, naquele fervilhar de gente que é seu país -pessoas que se amam e se odeiam, ambições e traições, filhos que nascem e viram bandidos ou artistas de cinema, poetas ou campeões de golfe-, essa vitória surpreendente era gestada, sem que ninguém se desse conta. E assim como numa mesa de sinuca, onde se movessem milhões de bolas (desde a queda das Torres Gêmeas, o escândalo Clinton, as mentiras de Bush e a guerra do Iraque), preparava-se a ascensão de um jovem mulato ao mais alto posto a que um norte-americano pode chegar. E chegou. Agora, les jeux sont faits, os dados foram lançados.
Serviço: Sarau Chama Poética - Palavra de Mulher Data: 15/11/2008 (sábado) às 15h Local: Museu da Língua Portuguesa Praça da Luz, s/nº, Centro - São Paulo Informações: Tel: (11) 3326-0775
Miriam Samorano canta no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo
"Depois de ter sido prestigiado por um de nossos mais importantes críticos literários, Antonio Candido, e de representar o Brasil no 14º Festival Internacional de Poesia de Gênova - Itália - em maio deste ano, o Sarau Chama Poética, idealizado por Fernanda Maria de Almeida Prado, ganha mais um importante espaço cultural na cidade de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa. O sarau que acontece neste sábado tem como tema "Palavra de Mulher" e como convidados os músicos Guca Domenico, Miriam Samorano, Ronaldo Rayol e Vania Bastos e declamadores Fernanda Maria de Almeida Prado, Francesca Cricelli e Rita Alves."
Serviço: Sarau Chama Poética - Palavra de Mulher Data: 15/11/2008 (sábado) às 15h Local: Museu da Língua Portuguesa Praça da Luz, s/nº, Centro - São Paulo Informações: Tel: (11) 3326-0775
O ator Sérgio Menezes, que interpretou o personagem Fulgêncio, em "Sinhá Moça", fará a leitura dramatizada de poesias de Chacal no evento “Sentidos da Literatura”, nesta terça-feira, dia 11, às 16h, no SESC Tijuca. A entrada é gratuita.
Dica do livreiro: Indico o Beowulf. Marco zero da literatura inglesa, traduzido do inglês antigo ou anglo-saxão, por Erick Ramalho. Poema épico emocionante, em tradução muito linda. É ótimo perceber que uma boa aventura não precisa estar dissociada do quesito estético. O preço é acessível e a edição muito bem feita.
A Tessitura Editora lança, em edição bilíngüe, a tradução de Beowulf, poema inglês medieval. Pela primeira vez traduzido em versos para a língua portuguesa, Beowulf é apresentado lado a lado com o texto original, um épico de 3.182 versos com aliterações produzido, por volta do século X d. C., em inglês antigo. Beowulf - considerada a mais importante obra da Inglaterra antiga - é tema do estudo de medievalistas de diversas áreas e encontra-se traduzido para o inglês moderno e inúmeras outras línguas. A par de sua importância acadêmica, Beowulf apresenta, na complexidade de seus versos, temas recorrentes da Idade Média de interesse popular: guerras, monstros, feitos heróicos.
A tradução, a introdução e as notas são de Erick Ramalho, membro do Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh) e mestre em Literaturas de Expressão Inglesa pela UFMG, que também traduziu a obra Sonho de Uma Noite de Verão de William Shakespeare (Tessitura, 2006), além de ter publicado artigos e ensaios no Brasil e na Europa. Na introdução, Erick Ramalho apresenta uma detalhada contextualização do poema na história da literatura inglesa. As características da língua germânica naquela época são exploradas - há detalhes sobre o manuscrito ainda remanescente ao tempo, conservado na Biblioteca Britânica. As notas, ao explicarem os fundamentos da narrativa épica do poema e fornecerem informações lingüísticas, literárias e históricas específicas, servem tanto ao leitor comum quanto ao especialista. Tom Burns, professor da UFMG, escreve nas orelhas do livro que “Esta edição, com a tradução de Erick, para o português, e o texto original em anglo-saxão, colocados lado a lado, é um evento importante para as letras brasileiras”. (Edição Bilíngue,Tessitura Editora, Tradução, Erick Ramalho, R$23,00)
Carlos Felipe Moisés: noturno com jazz, blues, tango e "morte árabe", por Chico Lopes
Os que ainda não descobriram que Carlos Felipe Moisés é um dos maiores poetas brasileiros vivos, dos que estão aí há algumas décadas escrevendo poesia com um sucesso de crítica que sabem que infelizmente jamais terá a propagação merecida, poderão fazê-lo agora, no próximo dia 24, quando ele lançará seu novo livro de poesia, "Noite nula", no Bar Balcão, em São Paulo. É um livro de poesia incomum, a começar pela capa. Conversando com Moisés, ele me disse que a achara pouco convencional. De fato, lembra a capa de um almanaque, com figuras célebres (as mais reconhecíveis, de imediato, são as de Billie Holiday, Theda Bara e Carlos Gardel) e quebra o padrão dos livros do gênero, que em geral trazem imagens vagas, alusivas ou abstratas, como se a poesia fosse sempre alguma coisa um tanto incorpórea, como se não se relacionasse a carne e sangue e osso e nervos. Não é o caso do projeto de Moisés, ainda que sua escrita remeta aos terrenos mais para abstratos (palavra, afinal, filistéia) do gênero, e nem poderia deixar de remeter. O livro é cheio de um calor humano incomum. É um projeto de afeto, desespero e ironia. E música. Em alguns momentos, como na saudação a Charlie Parker, é impossível que os admiradores da boa poesia e do grande músico não se sintam comovidos até as lágrimas, se prestarem atenção à forte mescla de ritmo e comoção que move o poema. Começa pela lembrança do "Charles Anjo 45" de Jorge Benjor e vai para o infinito, com todas as asas a que o poema (e o leitor) tem direito.
IMS publica compilação com inéditos de Ana Cristina Cesar
Rio de Janeiro - 1982 Registro familiar
O IMS lançou no último dia 29 de outubro Antigos e soltos, compilação com escritos inéditos da carioca Ana Cristina Cesar (1952-1983). A data marca o aniversário de 25 anos de morte da poeta e reúne no IMS-RJ uma mesa redonda com Armando Freitas Filho, Clara Alvim e Viviana Bosi, responsável pela organização do livro. O encontro também contará com a declamação de poemas de Ana Cristina nas vozes dos escritores Antonio Cícero, Claudia Roquette-Pinto, Francisco Alvim, Eucanaã Ferraz e Angela Melim.
Quando deu seu salto mortal, há 25 anos, Ana Cristina Cesar deixou, gravada em uma das obras mais originais da literatura brasileira, a própria silhueta: a de moça loura, refinada e linda, identificada por José Castelo como “A deusa da zona Sul”. Deixou, sobretudo, a imagem de jovem suicida, o susto biográfico coabitante do estilo inusitado, trapaceiro, que representa sua escrita. Desde então, a perplexidade persiste, indelével, nas leituras de seu legado poético. Hoje, nas palavras do poeta Armando Freitas Filho, Ana C. está mais viva do que nunca. Prova disso é que chegam agora às livrarias dois volumes que ajudam a passar a limpo o legado poético da escritora. Antigos e soltos (Instituto Moreira Salles, 480 pp., preço a definir), organizado por Viviana Bosi, reúne prosa e poesia inéditas de Ana. Já o ensaio Ana C.: as tramas da consagração (7Letras, 116 pp., R$ 25), de Luciana di Leone, ocupa-se de analisar como o fetiche do suicídio, as edições de seus textos inéditos e a própria porosidade vida/obra de seu estilo marcaram o processo de consagração da poeta.
O Projeto PraLer é um dos novos projetos do Programa “São Paulo: Um Estado de Leitores”, voltado a iniciativas de divulgação do livro e da leitura. O Projeto visa eliminar barreiras sociais e geográficas entre pólos de cultura e a população, levando atividades literárias para todas as áreas do Estado de São Paulo, trazendo atividades e pessoas das diversas áreas para o centro de São Paulo e fomentando o interesse pela leitura e pela criação artística entre crianças e jovens. O projeto se dividirá em três frentes: PraLer - Ampliando Horizontes da Cidadania, PraLerno Centro e PraLer no Parque .
O dia 12 de outubro foi escolhido para início do projeto Praler, pois, além de ser a data comemorativa do Dia da Criança, passa a ser, a partir de 2008, o Dia Oficial da Leitura em todo o Estado de São Paulo.
12h –Cerimônia Oficial do Dia da Leitura
· Abertura e Apresentação do Evento: Cláudio Daniel (Poeta e Diretor Adjunto da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura)
· Depoimentos de:José Luiz Goldfarb (Coordenador do Programa São Paulo: Um Estado de Leitores), Daniel Feffer e Christine Fontelles (Instituto Ecofuturo), Cláudia Costin (Ex-Secretária de Cultura do Estado de São Paulo), Kiko Smitas (Diretor da Sul Americana Fantasias), Deputado Estadual José Augusto (Criador da Lei que institui o dia 12/10 como Dia da Leitura no Estado de São Paulo), André Sturm (Cineasta e Coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria da Cultura de SP) e de Frederico Barbosa (Diretor Executivo da Poiesis – Associação dos Amigos da Casa das Rosas, da Língua e da Literatura)
Durante todo o dia serão realizadas oficinas de produção de brinquedos artesanais.
A Biblioteca da Casa das Rosas realizará a oficina “Percebendo a poesia, descobrindo o poema.”
(A programação dos próximos eventos poderá ser conferida no site da Poiesis – Organização Social de Cultura: http://www.poiesis.org.br/) Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e LiteraturaAv. Paulista, 37 - Bela Vista - SP Informações: 3331-5549 (Programa "São Paulo: Um Estado de Leitores")
Professor demitido diz que não recorrerá à Justiça
O Globo - 07/10/2008 - por Ediane Merola O professor e escritor Oswaldo Martins Teixeira disse nesta segunda-feira que não pretende entrar na Justiça contra a Escola Parque, pois o mais importante agora é a discussão política iniciada depois que a história de sua demissão veio a público. O colégio teria dispensado o professor a pedido de alguns pais, insatisfeitos com a produção literária de Teixeira, autor de poemas eróticos. Os textos teriam chegado ao conhecimento de alunos numa pesquisa na internet. O escritor, no entanto, afirma que não usava sua obra em sala de aula. A escola manteve nesta segunda-feira sua posição de não comentar assuntos internos em público. Mas, de acordo com estudantes da instituição, na Gávea, que preferem não se identificar, a reportagem sobre a demissão de Teixeira foi o tema do dia no colégio.
Andross Editora, receberá até 15/11/2008 textos para uma série de três livros a fim de homenagear a cidade de São Paulo por conta de seus 455 anos de fundação. O título da série é UNIVERSO PAULISTANO. A temática é simples: São Paulo!
Cada livro será de um gênero diferente: contos, crônicas e poemas. As capas serão parecidas, mas, para cada gênero, um detalhe será mudado: no livro de contos, o prédio refletido na lente do fotógrafo é o Martinelli; no de poemas, o MASP; no de crônicas, o Monumento às Bandeiras.
Qualquer pessoa pode escrever e enviar uma história com pretensão de publica-la em nosso livro.
Lançamento: sábado, 4 de outubro, às 15h Livraria Martins Fontes - Av. Paulista, 509 - São Paulo
O livro Flores do Outono é um longo canto de amor à vida. Um longo poema que se debruça na natureza para expressar-se como poesia. Uma conversa íntima de Zuleika dos Reis com a árvore que ela vê da janela de seu apartamento. Com ela conversa. Com ela sonha. Com ela chora. Com ela lembra. Todos os anos suas flores saltam, como podem saltar os poemas nas páginas dos livros, a poesia esquecida nas frestas dos objetos. Essa árvore a quem a poeta dedica seu amor, é mais que poesia: é também proteção a uma natureza ameaçada cada vez mais pelo homem. É uma árvore que insiste em florescer. Ignora a estação. Quer transgredir, romper normas. Como a poesia. Provando que as árvores podem, sim, florescer no outono. Zuleika, em seu percurso pelo universo da arte literária, apresenta-nos a natureza, com elevação e lirismo. Admiradora da cultura oriental, encanta-nos com versos que trilham as estações do ano e demonstra, assim, toda sua inspiração nutrida na poética japonesa, essa admiração pela poesia do Japão, o tanka, o haicai, o poema que tem de expressar tudo em palavras mínimas.
Sobre a autora: Zuleika dos Reis, paulistana, é professora de Português na Rede Municipal de Ensino, formada em Letras pela Universidade de São Paulo - USP. Estréia na literatura com Poemas de Azul e Pedra (1984), livro apresentado por Carlos Felipe Moisés. Em 1989 publica Espelhos em Fuga, pela Editora Objetiva, com prefácio de Álvaro Alves de Faria. Membro do Grêmio Haicai Ipê, participa de As Quatro Estações (1991), da Antologia do Haicai Latino-Americano (1993), ambas pela Aliança Cultural Brasil-Japão / Massao Ohno Editor; também do livro Natureza - Berço do Haicai (kigologia e antologia), 1° edição em 1996, livro de referência para haicaístas, organizado por H. Masuda Goga e Teruko Oda. Em 1990, obtém o oitavo lugar no 5° Encontro Nacional de Haicai; em 2006, no 18° Encontro, o primeiro lugar; em 2007, a quarta colocação no Concurso de Haicai do 29° Festival das Estrelas, tradicional festa japonesa que se realiza anualmente no bairro da Liberdade. Sua poesia é apresentada por Nelly Novaes Coelho no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras (2002), pela Escrituras Editora.
Casa das Rosas organiza oficinas e debates sobre obra de Borges
Autor de obras como "O Aleph", o escritor argentino Jorge Luís Borges (1899-1986) é tema de uma série de eventos a partir de hoje até o dia 16 de novembro na Casa das Rosas Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (av. Paulista, 37, tel. 0/ xx/11/3285-6986; grátis; retirar ingressos uma hora antes do início dos eventos). O monólogo "Memória do Mundo" (não recomendado para menores de 14 anos), escrito pelo ator João Paulo Lorenzon e dirigida por Elcio Nogueira, abre a programação hoje, às 21h, e fica em cartaz aos sábados, às 21h, e também aos domingos, às 19h, seguido de debate com um convidado a cada semana. Amanhã, Júlio Pimentel Pinto, professor do departamento de História da USP, comanda o debate. O ciclo prevê ainda as oficinas "Nos Labirintos de Borges", com seis encontros sempre às sextas-feiras, das 19h às 20h. As vagas para as oficinas são limitadas e a inscrição custa R$ 10.
Ensaios Radioativos na Caixa Cultural, dia 16 de outubro
CAIXA Cultural e Confraria do Vento convidam para o evento de lançamento do livro ENSAIOS RADIOATIVOS, de MÁRCIO-ANDRÉ com leituras de Carlos Emílio Corrêa Lima, Chacal, Edson Cruz, Marcelino Freire, Renato Rezende e performances de Aderaldo Cangaceiro, Jean-Pierre Caron e Victor Paes 16 de outubro | quinta-feira | das 18h00 às 22h00 na Caixa Cultural
Márcio-André, autor de Intradoxos e editor da revista Confraria, reúne neste livro alguns de seus escritos, ensaios, crônicas e entrevistas publicados na internet ao longo do último ano, incluindo a narrativa detalhada de seu recital de poesia na cidade fantasma de Pripyat, em Chernobyl, pelo qual ficou conhecido como poeta radioativo. Os textos debatem questões como leitura, tecnologia, identidade, a cidade e o papel do escritor, além de temas inusitados como os discos de vinil, o Google e o Pânico na TV. Através do princípio da contaminação radioativa e de uma vivência do absurdo, o autor propõe as delimitações de uma didática livre e sugere, através de reflexões em torno da literatura e da arte, as noções de uma realidade anti-institucional, anti-moralista e anti-estetizante, em prol de uma vida permeada pela obra de arte, mas em que arte e vida só são correspondentes e possíveis se partindo de dentro delas mesmas, nunca de simulacros institucionalizados e dicotomias racionalizantes, como as tradicionais noções de subjetividade e objetividade, ficção e realidade. Poéticos, irônicos e por vezes polêmicos, estes ensaios radioativos contaminam pela leveza e profundidade - propondo um "pensar através das coisas".
O livro acompanha um CD com as poesias recitadas por Fernando Borges e acompanhamento musical de Odette.
Quando o evento acontece: Dia: 27/09 (sábado), Horário: A partir das 16 horas Local:Livraria MusiMed, na SCRS 505 Bloco A, loja 65 - Brasília - DF. Preço de lançamento: R$ 30,00 Entrada franca.
O sarau musical contará com a musicista Odette Ernest Dias, na flauta, Elza Kazuo Gushiken, no piano e Jaime Ernest Dias, no violão.
O livro: Pulsões é um livro de poesia. Como o próprio título diz, ele é a explosão de uma mente criativa ao extremo, inteligente, sensível e complexa, o que dá aos poemas uma beleza que foge ao comum.
O que se lê nele são as alegrias, tristezas, reflexões de alguém que sentia muito mais do que vivia. Odette, ao reunir os poemas de Luís Fernando, ainda fundiu com o seu toque musicista as duas artes, poesia e música, em um livro só. Pulsões é tanto um prazer para a leitura quanto para audição.
Alex Dias (ator e poeta); Fernanda Conrado (atriz)
2- Marines Mendes ( intérprete )
Mistérios (Joyce / Maurício Maestro); Ponta de Areia (Milton Nascimento/Fernando Brant); Canção de Siruiz (um trecho, recolhido por Antonio Cândido) e Sagarana (Paulo César Pinheiro/João de Aquino); Nada será como antes (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos)
O livro De lembranças & Fórmulas mágicas de Edson Bueno de Camargo (Edições Tigre Azul) é todo memória. Os poemas são construídos de memórias, rememórias e fragmentos pinçados com muita delicadeza das gavetas de guardados. E sabemos que a memória muitas vezes nos traz dores, desilusões e saudades daqueles que já não estão conosco mas de certa forma nos compõem, como no poema "hoje todos estes estão mortos" que abre o livro:
"... hoje todos estes estão mortos já se vão dois séculos de história seis gerações lhe observam leitor" (pg.10)
O livro é um exercício da memória com reminiscências da infância, sonhos, medos e pesadelos. O cotidiano que destrói as ilusões também aparece como em "corredores":
"...passei a esmo, o resto da infância e a adolescência na fábrica no ruído das correias, o baque seco do pedal do torno a louça branca tingida de vermelho sangue o peso das prateleiras e carrinhos.
'Fragma', de Cândido Rolim, na leitura de Aíla Sampaio
A leitura do livro “Fragma”, de Cândido Rolim, é desconcertante. Logo se instala uma perturbação... é que o desafio se impõe da primeira à última página. A indisciplina com a forma, a relação de escassez com as palavras e de amor com as lacunas leva o leitor a uma ginástica mental ininterrupta. São estilhaços de pensamentos, fragmentos de concepções e filosofias que exigem uma (re)construção de sentido para a possibilidade de fruição. O transtorno é próprio da prosa contemporânea fragmentada. Há sempre mais subtexto que texto. Assim, o pequeno livro se agiganta, desaparece a idéia inicial de minimalismo, as construções crescem a cada leitura. Pensamentos, aforismos, nunca se sabe... De um tijolo se vê um prédio. Viagens... É denso e desordena... “forma, contorno, tudo temor de extensão”. [na leitura de Aíla Sampaio]
Fragma é de/composto de 81 páginas de sínteses lingüísticas não redutíveis a alguma aproveitável construção poetizável ou filosófica, ressalvado algum efeito estético informado pela desordem ou a condição fragmentária do texto.
Os “poliedros de idéias” constantes de Fragma, tal como aponta o poeta e crítico Ronald Augusto na apresentação, longe da natureza sentenciosa dos aforismos e talvez devido à sua anárquica predicação, não conduzem a um ponto de chegada ou ao conforto ideológico-verbal de um enunciado. É, por isso mesmo, uma crítica álacre aos sisudos artefatos da razão sem fissura.
Fragma é filosofia barata, no sentido de in/disciplina escolástica e vôo anti-paradigmático, e também por não pretender pôr um tijolo a mais na construção dos conceitos.
Fragma mexe com quase tudo: apontes cotidianos sobre o perigo de sair à rua a bordo de uma só idéia ou um só desejo. Nessa obra o autor capta o pensamento no instante larvar, antes de abrir-se para a apropriação esgotante dos sistemas filosóficos-conceituais. Literatura do fragmento? Pode ser. É possível que Fragma reflita a “condição fragmentária do homem contemporâneo”, mas talvez só enquanto ensaio, esboço, transcurso crítico, jamais como plano de intenção ou de/finição de rito, ritmo, credo, dentro ou fora da linguagem.
Sobre o autor: “Cândido Rolim embaralha prosa, poesia e filosofia inventando um verdadeiro magma de linguagem que se esgalha em sintagmas, fraseados atordoantes e atordoados por filosofemas reificados, nexos e anexos fonosemânticos: objeto, desejo, ato, noção. Na verdade, Fragma é anátema lançado contra a figura do aforismo que se fecha em arabesco argumentativo, contar o enunciado lapidar ou a anedota sofista oscilando entre irônica e oracular. Cândido Rolim ajusta seu Fragma a contrapelo do dogma e do sentencioso; conforma-o contrafragmento instado a obsedar e corroer o fragmentário enquanto norma da mentalidade contemporânea.” [na leitura de Nilto Maciel]
[Presidente Prudente] Evento homenageia 50 anos da Bossa Nova
O 4º Encontro de Corais Athia reúne, na noite do dia 14, 157 vozes de oito corais de PresidentePrudente e região, em apresentação única e gratuita. O evento será no auditório da Unesp, às 19h. Sob o tema "Passeio pela Bossa Nova" e patrocinado pelo coral do Centro de Convivência do Idoso Athia, o evento parabeniza Presidente Prudente pelos seus 91 anos, através do estilo músical tipicamente brasileiro – a Bossa Nova – que completa 50 anos em 2008.
O objetivo da Organização Athia é dar oportunidade para que os grupos de canto da região mostrem o seu trabalho. A música passou a fazer parte da vida da empresa com a fundação, em 1997, do grupo de coral da Terceira Idade, como uma das atividades que o Centro de Convivência do Idoso Athia oferece. Hoje o Coral Athia tem 30 integrantes, sob regência de Sônia Maria Jorge.
A programação deste ano inclui quatro corais de Presidente Prudente. Assis e Dracena estão representadas por um coral de cada cidade. O repertório é composto de clássicos da Bossa Nova, como "Eu sei que vou te amar", de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, num total de 17 sucessos nacionais que ganharam o mundo, fazendo da Bossa Nova um dos mais importantes movimentos musicais de todos os tempos . (Assessoria de Imprensa Organização Athia)
"Passeio Pela Bossa Nova" que terá a participação especial da cantora Miriam Samorano.
Melhor que Beatles e Stones: Porto Alegre sedia o show do ano dos Efervescentes
No mesmo dia em que o Porão do Beco vai estrear a festa Porão Rock Clube, seis de setembro, Os Efervescentes estarão comemorando os lançamentos do primeiro site e single oficiais com show às 23h.
É como se consideram os guris dos Efervescentes, uma das mais sintonizadas bandas de rock do sul do País. Com influências sessentistas, pelas baquetas de Beto Stone, na voz e na guitarra de Daniel Tessler e com o grave de Fábio Grehs ecoa o som que faz o público dançar. O estilo lembra muito a Swingin' London e toda a cena Mod, tanto no visual de cada um quanto no formato de suas canções.
Depois de dois anos produzindo e trabalhando intensamente as músicas a fim de atingir a perfeição, no próximo sábado, seis de setembro, Os Efervescentes vai estourar as caixas de som do Porão do Beco (Av. Independência, 936 em Porto Alegre) pontualmente às 23h e mostrar a ebulição da efervescência.
As más línguas, e também as boas, andam gritando por aí que vai ser a noite mais rock'n'roll que Porto Alegre já viu! É para chegar cedo e garantir um lugar na pista - e não perder o coquetel especial de retorno da banda antes do show!
Convido a sua atenção para o encanto singular das metáforas deste poeta. Elas se abrem devagar para que o coração da inteligência se aconchegue dentro delas. Muitas vezes todo um verso é metafórico, mas de repente uma só palavra vale como extensa e intensa metáfora. (MATEUS MACHADO)
Trata-se de uma bela obra para quem estuda e aprecia poesia contemporânea e procura o encontro possível do homem com a palavra, da arte com o mundo. Os poemas de Lourenço Dreyer, cujos versos viajam na eletricidade de um corpo em busca de seu mito, projetam-se na paisagem da cidade, entre viadutos e sacadas, bares e bueiros, horizontes e mirantes. São essas sombras sem nome que a luz poética desse livro reflete.
Pista de Dança Se essa rua se essa rua fosse minha! E no entanto ela me abate abate como algo algo exterior que não me quer não me quer em seu meio...
Teimava ordenar meus próprios vácuos quando o jogo, mimese alucinatória, agarrou-me em ritmos e fui dançando, falando e cantando com toda a gente e dançando espelho-sexo-gritos-palmas-pulos derramados na pista, reabsorvidos nos olhos.
Seguir até (vodca) o bar bem em frente àquela boca que quero com os dentes e dançando olá repetidas vezes, diversas pessoas, e aqui um vento bem como encontro o tempo e entro no meio do mundo que lúdico envolve o seu caos, e a dança mental, sexualizada, multimaterializa-se, trágica e elétrica.
Lourenço Dreyer, nasceu em 1982 e mora em Porto Alegre desde os 15 anos; antes disso, já havia fatalmente se perdido em seus sonhos, preferindo personagens a pessoas. Atualmente, estuda Letras na UFRGS. Alegremente introvertido – e apenas passivamente performático –, consome-se, silenciosamente transtornado e sem limites, na palavra escrita. É autor do livro Sombras Sem Nome
ERGÁSTULO ETERNO, livro com poemas escritos entre 2005 e 2007 com as mesmas características dos poemas anteriores do autor, ou seja: livre, romântico, ufano, iconoclasta e anárquico. O poeta descreve de maneira simples seu mundo, amigos, musas, sonhos, conflitos e ideais de forma despretensiosa como acredita que deva ser a poesia.
Mergulho a alma no café Que me abastece e aquece Ao mesmo tempo que arrefece Indícios de qualquer fé. Já que a truculência diária Me atinge, é sempre assim Quem sabe eu possa enfim Torná-la a minha proprietária. Não tenho mais amigos por perto A distância tornou-se paradeiro E eu que me achava aventureiro Recriei o meu inferno decerto. Preocupar-me por quê, se tudo é moderno? Eu só não posso é aceitar Que isso venha a postular Tornar meu sonho ergástulo eterno.
Danton Medradoé poeta nas noites mal dormidas, anarquista nas horas decisivas, “orkutano” nos fins de semana e Designer Gráfico no restante do tempo... Sua incursão pelo universo das letras começou quando ainda criança, época em que passava as tardes lendo literatura de cordel para seu avô materno. Nasceu em C. Dantas, no sertão nordestino e radicou-se em São Paulo no final da década de 80, onde vive até hoje. Com esta entrevista, cedida pelo autor via internet, os internautas terão a oportunidade de conhecer um pouco do universo dantoniano.
Heloísa Buarque de Holanda, Fabrício Carpinejar, Clarah Averbuck, Ana Paula Maia, Ivan Marques, Leda Tenório da Motta, Edson Cruz (cronópios) entre outros convidados estarão na Cartografia WEB Literária.
SESC Consolação - 12 a 16 de agosto - Tel: (11) 3234 - 3081 - Fax: (11) 3234-3086
A escrita de André Calazans nos aparece com lentes tomadas de empréstimo de Franz Kafka e Lupicínio Rodrigues. Sua poesia esmiúça os detalhes mais complexos de uma consciência arguta diante de um mundo pouco estimulante. Ao mesmo tempo, explora os amores inacabados com a lâmina doce da vingança maior: eu consigo sobreviver sem você. Entretanto, o peso do aço fica leve como pena, na medida em que o autor afaga o idioma com uma limpidez própria de estilo e um arranjo de palavras que nos remete a doces rememorações (Saudade de você / Vontade de te ver / É tarde pra esquecer). Abra seus olhos, permita-se porto para que a nau de palavras e emoções atraque em você. Muna-se destes Fragmentos e faça um tecido próprio. Cubra-se e descubra-se. Construa vestes e velas, e siga em frente.
Prêmio Fundação Bunge para Poesia - Mariana Ianelli
Paulo Bonfim, Mariana Ianelli, Nilson Villa Nova e Genei Dalmago são os contemplados com o Prêmio Fundação Bunge 2008
A Fundação Bunge acaba de anunciar os nomes dos contemplados com o Prêmio Fundação Bunge 2008. São eles: Paulo Bonfim e Mariana Ianelli, na área de literatura, nas categorias Vida e Obra e Juventude, respectivamente e Nilson Villa Nova e Genei Dalmago, em Agrometeorologia, também nas categorias Vida e Obra e Juventude.
Mariana Ianelli, jornalista e escritora, nascida em São Paulo em 1979, tem uma produção poética das mais consistentes entre os autores jovens da literatura brasileira. Suas poesias são de alta qualidade e tecnicamente bem trabalhadas. Graduou-se e fez mestrado em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP. Possui cinco livros publicados: Trajetória de antes (1999), Duas Chagas (2001), Passagens (2003), Fazer Silêncio (2005) e Almádena (2007), todos pela editora Iluminuras. Atua também como mestre em literatura e crítica literária. Como resenhista colabora com os jornais O Globo – Caderno PROSA&VERSO, do Rio de Janeiro e Rascunho, do Paraná. Participou de diversos eventos da área da literatura, com destaque para: Le Printemps des poetes, em Rennes, na França; Projeto Escritor nas Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo; 12º Jornada Literária de Passo Fundo (RS); Rumos de Literatura e Crítica Literária, em Pernambuco; Projeto de incentivo à leitura Escritor na Escola, da Academia Paulista de Letras e A poesia no final do século, integrante do ciclo A poética – anos 70, 80 e o final do século, do Centro Cultural FIESP. É autora dos textos Trajetória de um artista, sobre a vida e obra do artista Arcângelo Ianelli, no livro IANELLI (Via Impressa, 2004) e O desgaste, publicado no livro Mutações: o jardim da vida (CMS, 2003) e de poemas publicados no livro Cartas (Iluminuras, 2004).
Concentração de renda é uma coisa da qual ninguém gosta. Mas concentração de talentos é outro papo, é uma surpresa sempre agradável e, mais que agradável, entusiasmante: dá testemunho das múltiplas possibilidades do ser humano. Antonio Calloni é, como todos sabem, um belo exemplo de talento multifacético. É o ator que todos nós admiramos, na tevê, no cinema, no teatro. A partir da minissérie Anos dourados (Globo, 1986), foram numerosos os seus trabalhos na tevê, incluindo Os Maias, Terra nostra, Chiquinha Gonzaga e Amazônia, de Gálvez a Chico Mendes. No cinema, atuou em Policarpo Quaresma, herói do Brasil, de Paulo Thiago. Mas Calloni é também escritor e poeta, o autor de Os infantes de dezembro (1999), A ilha de sagitário (2000), Amanhã eu vou dançar - Novela de amor (2002), O sorriso de Serapião e outras gargalhadas (2005). Um trabalho recebido com aplausos. "Fino prosador, alçando a nossa miséria à marca exemplar da fábula", diz João Gilberto Noll na orelha de O sorriso de Serapião e outras gargalhadas. "Isto que tem às mãos, leitor, é literatura transcendente", garante Pedro Bial ao analisar Amanhã eu vou dançar - Novela de amor. E ninguém menos do que o grande Manoel de Barros afirma, a propósito de Os infantes de dezembro: "Sua poesia vem de uma aguda percepção da nossa mais vulgar vivência. Gosto de tudo".
Com Paisagem vista do trem, Antonio Calloni nos dá mais uma demonstração de seu enorme talento poético, um talento que resulta de um notável domínio da forma associado a uma profunda sensibilidade. ===>>> LEIA MAIS
Miriam Samorano faz pocket show em SP em lançamento de livro sobre a Bossa Nova
Miriam Samorano interpreta clássicos da bossa nova nas versões em inglês no lançamento do livro de Guca Domenico "Breve História da Bossa Nova" e trás para o evento a dimensão que o gênero proporcionou na internacionalização da música brasileira.
Para o lançamento do livro, Guca Domenico que é músico, compositor, poeta, cronista e conhecido do movimento musical Lira Paulistana e principalmente por sua participação no grupo Língua de Trapo, faz pocket show com os clássicos da Bossa Nova e aproveita para apresentar canções de seu último CD "Vislumbres". Haverá também pocket show de convidados como o cantor e violonista Renato Matsukura, que será acompanhado de um coral de 40 vozes cantando os clássicos da Bossa Nova.
Serviço: Lançamento do livro "Breve História Da Bossa Nova"de Guca Domenico Participação de Miriam Samorano e Renato Matsukura Local: Casa das Rosas - Av Paulista, 37 - São Paulo - SP Data: 01/08/2008 às 19:30h Informações: (11) 3288-9447 e 3285-6986
Jeová habitante de segunda classe da grande cidade interage com as demais personagens procurando a verdade. Durante o desenrolar da trama descobre que a verdade de cada um é a que conta. A partir do seu encontro com a jornalista de primeira viagem, a recém formada Wilma, ambiciosa e sem escrúpulos, vai sendo introduzido em novos mundos e descobrindo o poder e a ambição reinantes no coração dos indivíduos. Povoada de personagens proprietários do poder, a novela aos poucos vai delineando o perfil da sociedade vigente, opressora e dominadora. A época é a atual, o cenário é a cidade grande do capitalismo selvagem e dos formadores das mentes.
Lançamento: 'Paisagem vista do trem', de Antonio Calloni
Com 'Paisagem vista do trem', Antonio Calloni nos dá uma demonstração de seu talento poético, o qual resulta de um domínio da forma associado a uma sensibilidade.
Publicação prevista para: 23/7/2008 Previsão de envio a partir de: 23/7/2008
9º CONCURSO DE LITERATURA DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE CANOAS (RS)
A Fundação Cultural de Canoas (RS) promove o 9º Concurso de Literatura - Conto, Crônica e Poesia, com entrega dos trabalhos até 31 de julho de 2008, SEM TAXA DE INSCRIÇÃO. O primeiro lugar de cada gênero receberá 100 exemplares da coletânea a ser editada, o segundo 50 exemplares, o terceiro 30 exemplares, e as menções honrosas 5 exemplares. Todos os participantes receberão certificado de participação. O regulamento e a ficha de inscrição estão no site www.fundacan.com.br ou pelo fone/fax (51) 3059.6938. Os trabalhos premiados estarão integrados à coletânea SEM NENHUM ÔNUS.
Solenidade agendada para às 19 horas deste sábado, no Espaço Cultural do Supermercado Angeloni, vai marcar o lançamento do livro “Uma Flor Chamada Margarida”, de autoria do poeta itajaiense Samuel Congo da Costa. O livro estará sendo comercializado a R$ 10,00 o exemplar e o público que quiser prestigiar o lançamento tem entrada franca.
Apaixonado pela literatura e, em especial, pela poesia, Samuel iniciou sua trajetória como escritor divulgando sua poesia através de páginas especializadas na Internet, conquistando leitores e amantes da poesia em todo o território nacional.
Com uma literatura engajada na luta contra o preconceito racial, Samuel da Costa desenvolve um trabalho onde mescla protesto e aconchego, romantismo e idealismo, paz e confronto. Esses princípios já apareceram em sua primeira obra, “Horizonte Vermelho”, publicado em 2006.
Amadurecido com o nascimento de seu primeiro filho, nesta nova obra Samuel expõe toda a sua preocupação com um futuro mais justo e humanitário, onde seus descendentes possam viver num mundo sem segregação racial. Também não descuida o poeta de, mais uma vez, reafirmar seu espírito sensível, mas crítico; amoroso, mas questionador.
Certamente, em “Uma Flor Chamada Margarida”, Samuel da Costa se firma como um dos poetas mais intrigantes da atualidade o que, por si só, credencia a presente obra ser recomendada aos leitores mais exigentes. O livro foi publicado através do benefício da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Itajaí/SC, com apoio financeiro do Porto de Itajaí. Com um total de 144 páginas, o livro tem o selo da Alternativa Editora, com impressão nas oficinas gráficas da Nova Letra.
Anualmente a obra do escritor irlandês James Joyce é celebrada em São Paulo no Bloomsday. Neste ano, a 21º edição do evento ocorrerá de 14 a 16 de junho na Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Av. Paulista, 37 - Bela Vista) e no Finnegan´s Pub (Rua Cristiano Viana, 358), com entrada franca. Organizada por Marcelo Tápia e Ivan de Campos, a comemoração oferecerá aos presentes uma edição comemorativa do Bloomsday 2008, publicada pela Editora Olavobrás e doses de degustação de Jameson Irish Whiskey. Além disso, terá a entrega do "Prêmio Jameson Irish Whiskey" a três personalidades que têm colaborado para a difusão da cultura irlandesa no Brasil. Os três dias concentrarão diversas palestras sobre as obras do autor, apresentações musicais, leitura dramática e exibição de filmes. Para conferir a programação completa acesse. >> Leia mais
SHOW - OS poETs ABDUZEM O GRUPO TEIA, em Porto Alegre
No quarto show da série 'Abdução', na Livraria Cultura, os poETs, grupo formado por Alexandre Brito (voz e violão), Ricardo Silvestrin (voz) e Ronald Augusto (voz e violão), recebem o Grupo Teia de Poesia. No roteiro, os poETs cantam dez canções que farão parte do novo CD do grupo, além de quatro hits do CD 'Música legal com letra bacana'. No momento da abdução, os poetas Diego Petrarca, Lorenzo Ribas e Telma Scherer, do Grupo Teia, farão um breve sarau declamando seus poemas.
Os poETs: Alexandre Brito (voz e violão), Ricardo Silvestrin (voz) Ronald Augusto (voz e violão). Quando: dia 4 de junho, quarta-feira Onde: Auditório da Livraria Cultura, Porto Alegre, Bourbon Country Horário: 19h30min
O escritor Gustavo Dourado comemora aniversário neste domingo, 18 de maio, muito feliz, especialmente pelo reconhecimento de seu trabalho como poeta por várias instituições, como a Unesco e a Academia Brasileira de Letras (ABL) que destacou seu cordel para Machado de Assis como "uma bela obra literária". Machado de Assis foi o fundador e primeiro presidente da ABL. O cordel foi recitado no 24º Sarau da Câmara dos Deputados, intitulado "Cem anos sem Machado". O cordel de Gustavo Dourado é objeto de estudo em várias universidades no Brasil e exterior. (Maria Félix Fontele)
:Direção Fernanda Almeida Prado :design: débora bertoncelo ________________________________________ SESC IPIRANGA Rua Bom Pastor, 822 dia 16 de Fevereiro às 18:00h área de convivência gratuíto telefone: 11 3340-2000
ÁLVARO ALVES DE FARIA recebe prêmio na Quinta-feira, 17, na APL
O poeta Álvaro Alves de Faria receberá nesta quinta-feira (17), às 17 horas, o Prêmio conferido pelaAcademia Paulista de Letras ao seu livro “Babel – 50 poemas inspirados na escultura Torre de Babel, de Valdir Rocha”, publicado pela Escrituras Editora em 2007.
O Prêmio será entregue pelo presidente da APL, José Renato Nalini. Na oportunidade será lido o parecer da comissão julgadora, formada pelos acadêmicos Fábio Lucas, Gabriel Chalita e Ada Pellegrini Grinover.
O poeta diz ser, em termos de poesia, um estrangeiro em seu próprio país. Afirma que hoje se considera um poeta português, ou um ex-poeta brasileiro, que acha mais apropriado.
Tanto que, fora “Babel”, seus seis últimos livros de poesia foram publicados em Portugal, obras que serão reunidas em “Alma Gentil: Raízes”, a ser publicado pela Escrituras ainda este ano.
Outro livro de Álvaro Alves de Faria a sair pela editora, também em 2008, é “Pastores de Virgílio”, entrevistas literárias com mais de 30 escritores e poetas brasileiros.
Jornalista profissional, sempre se dedicou à área cultural em vários veículos de comunicação, incluindo jornais, revistas, rádio e TV. Por esse trabalho em favor do livro recebeu, por duas vezes, o Prêmio Jabuti de Imprensa, da Câmara Brasileira do Livro, em 1976 e 1983, e ainda dois prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA - em 1988 e 1989.
IMS-RJ PROMOVE CURSO POETAS MALDITOS E OFICINA LITERÁRIA COM CLAUDIO WILLER DE 22 A 26 DE ABRIL
O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro (rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea) promoverá entre os dias 22 e 26 de abril o curso Poetas malditos e uma Oficina literária, ambos ministrados pelo poeta Claudio Willer. As inscrições custam R$ 120 (para o curso) e R$ 80 (para a oficina), ambos com 50% de desconto para estudantes, e devem ser feitas com antecedência diretamente no centro cultural.
Poetas malditos abordará os escritores incompreendidos pelo público à sua época e a sua projeção além dos limites da criação literária - em movimentos de vanguarda, política, contracultura e rebeliões sociais. Os temas serão tratados a partir dos seguintes tópicos : 1. William Blake e a rebelião teológica; 2. Baudelaire: pessimismo, blasfêmias e provocações; 3. Rimbaud: as iluminações e a poética visionária; 4. Lautréamont: a destruição e recriação da literatura; 5. Malditos no século XX: a geração beat e a superação da barreira entre “maldito” e “olímpico”; 6. Malditos na literatura brasileira: simbolistas, excêntricos e surreais. O resultado pretendido neste curso é a ampliação da capacidade de leitura, de compreensão e de interpretação de textos pelos participantes. O termo “malditos” designa autores cujas obras, por incompreensão de contemporâneos ou pela ação da censura, demoraram para ser lidas e aceitas, sendo mais tarde influentes ou vistas como inovadoras.
Já a Oficina literária trabalhará conceitos e exercícios para estimular a criação literária e a capacidade de leitura a partir dos seguintes temas: 1. Valores poéticos: o que permite que um texto literário seja considerado “bom”?; 2. A imagem poética; 3. Poesia e prosa; a poesia na prosa; 4. Leitura, entendida como expressão oral e como interpretação, percepção de sentidos em um texto; 5. Identidades literárias, afinidades dos participantes com diferentes vertentes, dicções, estilos e modos de escrever. Textos de autoria dos participantes serão apresentados durante as aulas (em voz alta ou em cópias), examinados e avaliados. Serão recomendadas leituras literárias, de obras poéticas, em prosa e ensaios. A oficina também incluirá o exame de textos considerados difíceis ou herméticos, mostrando ao aluno as várias possibilidades de interpretá-los.
Sarau Chama Poética Especial - Homenagem ao centenário de Guimarães Rosa
Prosa poética e música com o grupo: No mesmo Barco
Grupo formado pelos músicos e atores: Douglas Froemming: violão, guitarra Juliana Caldas: voz Luiz Grasseschi: voz, violão Rafael Losso: voz, violão Marcio Guimarães: baixo
Os músicos: Carmen Queiróz Cecília Furquim Everson Pessoa Marines Mendes Radamés Os poetas convidados: Antônio Lázaro de Almeida Prado Cássio Junqueira Gildes Bezerra
Organização e direção – Fernanda Almeida Prado Concepção e design – Débora Bertoncelo
Dia 5 de abril de 2008 às 18 horas Casa das Rosas Av. Paulista, 37 - entrada gratuita
Travelling wit Shadows, novo livro de Eduardo Bettencourt Pinto
Eduardo Bettencourt Pinto has one of the most passionate voices that I have heard in a long time. His poems are written with inexplicable warmth that dives deep and soothes the soul of the reader just as beautiful musical compositions soothe the soul of the listener. The stanzas in Travelling with Shadows will remind you of the well-known masters Elytis, Seferis, and Kavafy.
Travelling wit Shadows, uma edição bilingue em Português e Inglês, o livro mais recente do autor, já se encontra disponível através da página do editor,Libros Libertad, Canadá.
Eduardo Bettencourt Pinto was born in 1954 in Gabela, Angola. He left the country in 1975 during the civil war, residing for some time in Zimbabwe and the Azores Islands before moving to Canada in 1983. He is the author of several fiction and poetry books in Portuguese and his poetry has been included in various anthologies in Portugal, England, United States and Brazil. Eduardo is the editor of the Seixo Review, an Arts and Literary magazine published online, and he is also working on a new novel. Casa das rugas (House of Wrinkles) – his latest work – is a novel about the last days of colonialism in Angola.
ATELIÊ EDITORIAL LANÇA TRÊS VOLUMES DE POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Nesta próxima sexta-feira, dia 28 de março, serão lançados três livros de poesia pela Ateliê Editorial: Meio Mundo, de Álvaro Faleiros, Outra Língua, de Henryk Siewierski, e País em Branco, de Ricardo Rizzo. O evento acontece em São Paulo, no Bar Canto Madalena (rua Medeiros de Albuquerque, 471), a partir das 18h30. O convite segue em anexo. Será um prazer contar com a presença de vocês.
Esses três lançamentos simultâneos da Ateliê põem em evidência a maturidade poética de escritores com dicções diferentes e que consolidam vertentes delineadas em títulos anteriores.
Meio Mundo(64 págs., R$25,00)é o sexto livro de Álvaro Faleiros, poeta que associa a experimentação formal e a pesquisa das formas populares, especialmente o cordel. O Meio Mundo de Faleiros – que é também tradutor e compositor, além de professor da UnB – corresponde na verdade a dois mundos que, aparentemente cindidos, são complementares: de um lado, poemas brevíssimos, epigramáticos; de outro, poemas mais longos, que exploram a oralidade e a toada dos repentes nordestinos – referência amplificada pelas xilogravuras do consagrado artista plástico Fernando Vilela, que percorrem as páginas do livro.
Outra Língua (96 págs., R$30,00), de Henryk Siewierski, apresenta a depuração de uma obra que, mantendo o diálogo com a literatura leste-européia nos primeiros livros do autor, encontra na paisagem brasileira uma morada, uma imagem invertida do exílio. Nascido na Polônia e radicado em Brasília, Siewierski traduziu autores como Bruno Schulz e Andrzej Szczypiorski e deles herdou uma percepção do desterro que não se restringe aos traumas da história polonesa, mas corresponde a uma forma mais ampla de contemplar seres e coisas. E esse olhar, por sua vez, encontra na variedade na cena brasileira uma tradução concreta – com lugares, pessoas e o estranhamento lingüístico fundindo-se a sua memória familiar e a uma descoberta do país que foge a qualquer exotismo.
País em Branco (100 págs., R$30,00), de Ricardo Rizzo, aprofunda uma tendência crítica já presente no livro de estréia do autor (Cavalo Marinho e Outros Poemas, de 2002) – caso raro de uma poesia que faz uma reflexão sobre as contradições e os absurdos da realidade social sem cair no engajamento vulgar ou na militância. Rizzo combina aqui alguns traços experimentais (versos blocados, elipses, quebras de palavras) com uma poesia imagética, em que a crueza das tensões urbanas vem acompanhada da percepção do papel da tevê e do cinema num imaginário no qual sociedade do espetáculo e mundo administrado se irmanam, compondo uma geopolítica que sua poesia desconstrói.
A Livraria da Vila de São Paulo comemora o Dia Internacional da Mulher com uma série de encontros com a participação de escritoras e artistas abordando o universo feminino. A primeira palestra com Joyce Cavalcante, presidente da Rebra (Rede de Escritoras Brasileiras), na unidade da Rua Fradique Coutinho, 915 (Tel. 11-3814 5811), em São Paulo. Terá como tema a "História da literatura feminina no Brasil" e começa às 17h30 do dia 05/03. Já na quinta-feira (06/03), será a vez do tema "Borboletas da alma: uma leitura de Lya Luft", às 19h30, no mesmo local. No sábado acontecerão dois encontros. O primeiro às 12h e terá como tema "Café com leitura: Mulher oriental, sincretismo e espiritualidade" na Livraria da Vila da Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz 414 - Tel. 11-3073-0513). Mais tarde, às 19h30, sobre o "Performance: No olhar de Clarice" na Livraria da Vila da Lorena (Alameda Lorena 1731 -Tel. 11-3062-1063).
No mês de abril, o escritor e poeta Rodrigo Capella vai fazer dois lançamentos do livro “Poesia não vende” (R$ 15,00, 88 páginas, Navegar Editora): um na Feira do Livro de Poços de Caldas, dia 05/04, e outro na Feira do Livro de Joinville, dia 12/04. Além das poesias de Capella, o livro "Poesia não vende" traz depoimentos de Ivan Lins, Bárbara Paz, Moacyr Scliar e do pintor catarinense Sérgio Ferro para mostrar o descaso público com a poesia e apontar que atualmente esse gênero tem sido consumido apenas em associação com as outras artes, tais como cinema, teatro, pintura e música.
Capella sugere a utilização do conceito do “letramento poético”como uma das soluções para que a poesia cumpra o seu papel social e ajude a gerar um Brasil mais poético e, consequentemente, mais culto. "Através da aplicação do conceito do letramento poético nas escolas brasileiras, o jovem e a criança estarão em contato direto com a poesia, organziando, por exemplo, uma encenação a partir de um trecho de poema lido. Assim vão compreender melhor a essência da poesia", defende Capella. Contato com Rodrigo Capella: contato@rodrigocapella.com.br / www.rodrigocapella.com.br
O Rio de Janeiro respira poesia. São mais de 40 eventos/saraus, por semana, acontecendo em todo o Estado. Várias são as iniciativas para promover e incentivar a leitura, democratizar a arte, divulgar nossos escritores contemporâneos e manter vivos na memória os grandes nomes da literatura brasileira.
Neste mês, três datas comemorativas enriquecem nosso Calendário Cultural:
14 de março (sexta) – Dia Nacional da Poesia (aniversário Castro Alves)
19 de março (quarta) – Dia do Livro
21 de março (sexta) – Dia Mundial da Poesia (proclamado pela UNESCO)
Diante deste cenário, surgiu o projeto da I SEMANA DA POESIA (de 14 a 21 de março), com a proposta de integrar, num mesmo calendário, as manifestações que já ocorrem pela Cidade – e até mesmo pelo Estado – durante o ano, com aquelas que acontecem em função das datas comemorativas acima mencionadas. Um cronograma unificado de atrações com os principais agitadores de poesia e literatura no Rio de Janeiro. A idéia é rechear a semana com atividades culturais, saraus literários, palestras e debates, lançamentos de livros, campanhas de doação de livros e, também, ações que agreguem à poesia outras expressões da arte (música, pintura, dança, artes plásticas, cinema...)
Além disso, queremos focar o lado social com campanhas de estímulo à doação de livros e divulgação de Pontos de Poesia (bares, espaços culturais, lojas e empresas parceiras que adiram a campanha). Uma das metas da SEMANA DA POESIA é fazer parte do Calendário Oficial da Cidade do Rio de Janeiro.
PublishNews - 20/02/2008 No próximo sábado (23/02), a partir das 15h, a Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37 - SP) será palco para o lançamento de quatro antologias poéticas de Edições SM: Coisas daqui (48 pp., R$ 25), de Ruy Proença; Pão com bife (48 pp., R$ 25), de Fabiano Calixto, O almirante louco (64 pp., R$ 25), de Fernando Pessoa; e Meu coração é tua casa (64 pp., R$ 25), de Federico García Lorca. Tais livros compõem a vertente lírica do novo selo Comboio de Corda, que também contempla gêneros como teatro, conto e textos de tradição popular. Lançado por Edições SM em 2007, os vagões desse comboio agrupam então diferentes gêneros textuais de modo a propiciar o contato de crianças e jovens com grandes nomes da literatura nacional e estrangeira, clássica e contemporânea.
Com apresentação de Rodrigo Capella e Vanessa Morelli, ocorre dia 22 de fevereiro, das 18h ás 22 horas, na Casa das Rosas (Av. Paulista N. 37), em São Paulo, o Art Night São Paulo, evento que reúne apresentações de poesia, pintura, cinema, teatro, dança e música. Quem for ao evento, vai ver também uma exposição do artista plástico Paulo Marcondes Netto e vai participar entrevistas ao vivo com os cineastas Guilherme de Almeida Prado e Carlos Reichenbach e com o cantor Homero Baroni, que participou do programa Fama, da TV Globo. O Art Night São Paulo conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Miriam Samorano canta na Casa das Rosas em São Paulo
A cantora Miriam Samorano, no sábado, dia 26 às 18h, volta a se apresentar em São Paulo. Desta vez na Casa das Rosas, em mais um Sarau Lítero-Musical "Chama Poética". O Sarau, que acontece também no Sesc Ipiranga, busca promover o encontro entre pessoas interessadas em poesia, música e literatura em geral e conta com a participação de convidados que declamam poemas e interpretam canções de sua autoria ou aquelas que trazem referências literárias. Este de Janeiro tem como tema a cidade de São Paulo e será uma homenagem aos compositores paulistas, Interpreta quatro canções: O samba "Feitiço da Vila" de Vadico e Noel Rosa, a moda de viola "Tristezas do Jeca" de Angelino de Oliveira, "Lamento Sertanejo" de Dominguinhos e "Boca da Noite" de Ceumar, Tata Fernandes e Chico César. Aos amigos de São Paulo, sintam-se intimados, rsrs
Serviço: Sarau Lítero-Musical "Chama Poética" Data: 26/01/08 às 18h Local: Casa das Rosas - Avenida Paulista, 37 - Paraíso - São Paulo -SP Tel: 11 3285-6986/ 3288-9447 Entrada Franca.
Bilac, um jornalista bom de briga, por Adelto Gonçalves.
O poeta Olavo Bilac (1865-1918), a exemplo de outros parnasianos, foi condenado ao ostracismo depois que as idéias que redundaram na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, insufladas pelos ventos que vinham da Europa, afirmaram-se na sociedade brasileira. Seu nome passou mesmo por sinônimo de passadismo, formalismo, oficialismo e alienação. E seus versos tornaram-se alvo de chacotas, tal como a produção de outros poetas que, ao seu tempo, o tiveram como paradigma. De fato, os versos bilaqueanos, hoje, são velharias que só atraem estudiosos e um ou outro leitor interessado em conhecer a história da Literatura Brasileira. Mas o que, geralmente, não se sabe é que, além de autor de versos grandiloqüentes e enxundiosos, o "príncipe dos poetas brasileiros" foi cronista de excepcionais qualidades. Basta ver que, a partir de março de 1897, foi quem teve a responsabilidade de substituir o genial Machado de Assis (1839-1908) nas páginas da Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. E o fez com igual brilho, a tal ponto que muitas de suas crônicas parecem mesmo saídas da pena do bruxo do Cosme Velho. Quem tiver dúvidas já pode compará-las sem ter de remexer papéis velhos nos arquivos, pois o professor Antonio Dimas, da Universidade de São Paulo, acaba de lançar Bilac, o jornalista em que reuniu em dois extensos volumes a maior parte das crônicas bilaqueanas saídas em jornais e revistas do final do século 19 e início do 20. Num terceiro volume, o de menor extensão, com prefácio do professor Alfredo Bosi, o organizador reuniu dez excepcionais ensaios em que mostra que o Bilac cronista pouco tinha do poeta indiferente às necessidades cotidianas, imagem que ficou por conta da revisão histórica comandada pelos modernistas. ==>> LEIA MAIS
Os poetas Rodrigo Capella, Marco Vasques, Maura Soares e Ricardo Rayol participam, no dia 15 de dezembro, ás 15 horas, do debate "Internet e Poesia: isso combina?", na Feira do Livro de Florianópolis, no Largo da Alfândega.
O evento vai discutir sobre a qualidade das poesias publicadas em blogs, os critérios que o segmento editorial utiliza para publicar livros de poesias, a relação entre poesia e Internet e também quais os métodos que podem ser utilizados para se escrever uma boa poesia. Mais informações no blog oficial do debate: http://internetepoesia.blogspot.com
Eladia Blazquez (1931-2005) Argentina. Pianista, guitarrista, compositora, autora, cantante. Apodada “la Discépolo con faldas”. Un ser humano con sensibilidad exquisita, comprometida con la vida y la gente. Una grande de verdad que supo honrar la vida.
Nació un 24 de febrero de 1931 en Avellaneda - zona sur de la provincia de Buenos Aires. Hija de inmigrantes españoles, creciò en una casa modesta de un barrio humilde. Debutò profesionalmente en radio Argentina, a los ocho años, con un repertorio popular español. A los 11 escribió su primera composición, el bolero "Amor Imposible". En 1957, publico la canciòn melòdica "Humo y Alcohol.". A los 20 realizò la obra "Mi vinito de jerez" en homenaje a Federico García Lorca. Compuso canciones en variados estilos y sus intèrpretes tambièn lo fueron…pero en un momento…"sin darse cuenta, empezó a hablar de Buenos Aires"… En 1968, la balada "No es un juego el amor" ganó el Festival Buenos Aires de la Canción. En 1970 presenta su primer disco de tango donde interpreta algunos de sus mejores temas: "Contame una Historia", "Sin Piel"; ""Mi ciudad y mi gente" con el que vuelve a ser premiada en el Festival de la Canción, "Sueño de Barrilete"…. =>>> + + + +
Me gustas cuando callas porque estás como ausente, y me oyes desde lejos y mi voz no te toca. Parece que los ojos se te hubieran volado y parece que um beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma emerges de las cosas, llena del alma mía. Mariposa de sueño, te pareces a mi alma, y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante. Y estás como quejándote, mariposa em arrullo. Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza: déjame que me calle com el silencio tuyo.
Déjame que te hable también com tu silencio claro como uma lámpara, simple como um anillo. Eres como la noche, callada y constelada. Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente. Distante y dolorosa como si hubieras muerto. Una palabra entonces, uma sonrisa bastan. Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto. (Pablo Neruda)
Lançamento: 'Sentimento de Luz', de Engjëll Koliqi, o poeta kosovar
Verushka Jurgielewicz e o poeta dos Bálcãs são amigos de longa data o que torna a correlação tradução baseada não só numa simples paridade de palavras, mas na descoberta da essência de sua poesia. Nascida em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, descendente de poloneses, estudou também Literatura e Gramática tendo concluído seu curso de Letras e imediatamente começado a trabalhar com Gramática, Revisão de Textos e Traduções. Assim, lecionou por muito tempo depois passando a dedicar-se a Projetos de Arte. Estudou violoncelo e ópera tendo sido musicista por vários anos. Seu espírito artístico é que a faz captar o sentido poético de suas traduções. É também escritora premiada , tendo recebido o Prêmio de Mulher Literata em 2002. Sua caixa de cartas 32 Cartas envelopadas e guardadas em uma caixa como faziam nossas avós deverá vir a público ainda este ano. Para guardar e sonhar... Apaixonada pela Kosova e por sua luta pelo reconhecimento de independência tem participado junto a Engjëll Koliqi de várias Conferências e Palestras ajudando a mostrar ao mundo esse povo forte e corajoso, que não se deixa abater e que confia no sol da liberdade. Esse profundo desejo de efetivamente fazer alguma coisa por esse país é que a faz elevar a voz no seu discurso de resgate da identidade do povo kosovar.
O projeto de leitura, vivência e memória coletiva de poesia Terças Poéticas - realização pública da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, parceria entre o Suplemento Literário de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado, apoios culturais Rádio Inconfidência, Rede Minas de Televisão, poetas, artistas e escritores de Minas Gerais e do Brasil -, apresenta na próxima terça-feira, 13 de novembro de 2007, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG, entrada franca, a poeta Guiomar de Grammont, e homenagem a Carlos Drummond de Andrade, na voz de Rosa Helena e violão de Philippe Lobo.
O projeto Terças Poéticasreceberá em novembro de 2007, dia 20: poetas Anelito de Oliveira e Aníbal Freire, e homenagem a Amílcar de Castro; e dia 27: poeta Nicolas Behr, e homenagem Mário Quintana.
Cláudio Portella é escritor. Nasceu em Fortaleza em 1972. Autor de Bingo!(Porto – Portugal: Editora Palavra em Mutação, 2003) e de Os Melhores Poemas de Patativa do Assaré (São Paulo – SP: Global Editora, 2006). Seus trabalhos estão traduzidos em vários idiomas. Figura em mais de 30 antologias literárias, entre nacionais e estrangeiras. O escritor é publicado em inúmeras revistas, jornais, suplementos, revistas eletrônicas, sites, blogs e flogs.
Visões do medo, de Beth Brait Alvim, na Revista Rascunho
Visões do medo, de Beth Brait Alvim, é outro livro que deve merecer atenção dos que se interessam por poesia nestes tempos nada poéticos. Poemas de poucas palavras, mas as palavras necessárias para o poema. Beth sabe com o que está lidando, ao contrário do que ocorre na área da poesia, habitada hoje por bandoleiros da palavra fácil. Não. Beth Brait Alvim tem com ela o compromisso de conhecer seu ofício de escrever poemas, de respeitar o poema e a poesia: "uns anjos démodés/ escamoteiam o pó de suas asas/ e as exibem para as pequenas prostitutas/ de lãs calles/ elas/ lacram seus lábios/ calejados de leite/ e escarnecem do desconcerto deles/ comendo as feridas/ do último século/.../". Beth Brait afirma que a poesia é o embate com sua sombra: "É o deboche já que não vale a pena. Poesia são meus urros amordaçados em estilo, meus desejos associais à mesa dos almoços de domingo". Ela deixa que as imagens cresçam dentro da palavra e tece o poema com a convicção de um monge. Resumindo: é uma poeta séria. As mulheres ainda salvarão o mundo, quem sabe possam também salvar a poesia brasileira do quadro melancólico atual: "o poste ainda espera um bêbado/ que tropece um tango/ vocifere Rimbaud/ ou exorcize Anais/ não é fácil em nossos dias sorver/ em taças de cristal luas de/ celofane como se fossem hóstias". Como diz num poema, "o real é mera poesia". Talvez seja isso mesmo. O real áspero. O real mais ferimento que a própria realidade. Ou como explica: "Poesia é ficar bêbada e perder o último metrô na Republique. Cochilar na Saint Sulpice. Não morrer. Morrer". (RASCUNHO)
LANÇAMENTO: 'Ave, Pássaro', de Cleonice Bourscheid e Isolde Bosak
AVE, PÁSSARO Livro de poemas de Cleonice Bourscheid e e imagens de Isolde Bosak
Ave, Pássaro é o dueto das autoras, Cleonice Bourscheid, poeta, e Isolde Bosak, artista plástica, na forma de um livro de poemas sobre os pássaros do sul meridional, estruturado com a ousadia da expressão plástica contemporânea dos mesmos. Constituiu-se, esta obra, num desafio do professor Charles Kiefer com Cleonice e Isolde, nas suas específicas atribuições, palavras e imagens. Charles Kiefer faz a apresentação do livro. O resultado é uma cuidada edição de arte, com capa dura, em quatro cores sobre papel couchê fosco 170g. No lançamento da Editora Nova Prova, estão 88 páginas com a delicadeza de uma pequena sinfonia das dezenas de aves que emprestam o seu canto na poesia de Cleonice Bourscheid e suas cores e movimentos nas imagens (aquarelas, desenhos, monotipias e xilogravuras) de Isolde Bosak. No dia 27 de outubro, as autoras participarão de noite de autógrafos na FEIRA DO LIVRO de Porto Alegre RS.
AVE, PASSARO APRESENTAÇÃO - Charles Kiefer Orgulha-me ter sido o geratrix deste livro, que nasceu de um desafio que fiz, em aula, à Cleonice e à Isolde, minhas alunas de oficina literária por vários anos. O diálogo das ilustrações de Isolde com os poemas de Cleonice é de rara eficiência. Posso dizer que imaginei este livro antes que ele existisse, mas não que fosse resultar num objeto artístico tão belo.
"Não quero ser o último a comer-te. Se em tempo não ousei, agora é tarde. Nem sopra a flama antiga nem beber-te aplacaria sede que não arde em minha boca seca de querer-te, de desejar-te tanto e sem alarde, fome que não sofria padecer-te assim pasto de tantos, e eu covarde a esperar que limpasses toda a gala que por teu corpo e alma ainda resvala, e chegasses, intata, renascida, para travar comigo a luta extrema que fizesse de toda a nossa vida um chamejante, universal poema". Carlos Drummond de Andrade
"Agora vou perder-me no serpenteado do Douro e entre as fragas espalhar umas cinzas. De seguida, convidarei os deuses para um repasto com fruta da época. Só então estará completa a catarse."
"O texto abaixo pretende colocar em discussão, à revelia dos organizadores, a intenção de realizar a "I Bienal Internacional de Poesia de Brasília". Está sendo enviado para escritores e jornalistas de outras cidades porque, para quem trabalha com literatura e especialmente poesia, trata-se de fato importante. Eu gostaria muito que essa idéia, que já é pública antes mesmo de circular aqui, fosse discutida à exaustão. Abro o espaço do Blog para essa discussão".Alexandre Marino
Uma parte de mim diz que sim, que vale a pena se a alma ainda não é pequena;
Uma parte de mim diz que não, que a alma é pequena, e o que valia a pena morreu de inanição;
Uma parte de mim fala, a plenos pulmões, que minha lágrima não é sacrifício, e que mesmo sozinho, navegar é preciso.
Uma parte de mim grita que minha nau naufragou e minha lágrima aguada, há eras, secou.
Uma parte de mim diz que a vida é um rio, um Tejo, de uma aldeia qualquer, fugindo do mal-me-quer.
Uma parte de mim diz que o Tejo é maior que o rio a correr pela minha aldeia; rio, há muito, em lama e areia.
Uma parte de mim é esperançosa visão, concluindo que viver é a única conclusão.
Uma parte de mim é má e não cansa de dizer que a única conclusão é morrer.
Uma parte de mim pede coroa de rosas, para que seu cheiro amoleça a maldade que nos acossa.
Uma parte de mim diz, aos que me afagam, que coroem-me de rosas – rosas que se apagam.
Confrontar uma parte com a outra parte – o que me lavaria à vida ou à morte – valeria em prol da arte?
In: LIAL, William. O Mundo de Vidro. Fortaleza: Imprece, 2005.
William Lial iniciou sua vida literária aos oito anos de idade quando venceu um concurso colegial de poesia, em homenagem ao dia das mães. Depois ingressou na faculdade de Letras da Universidade Estadual do Ceará, e logo veio a publicar o seu primeiro livro, "Sombras", produzido de forma independente; contando com a ajuda financeira de um amigo, Luiz Augusto Sobral, das empresas Sobral & Palácio. Posteriormente, enquanto ainda se encontrava na universidade, publicou "Noturno", que teve mais uma vez a ajuda de Luiz Augusto e de um outro amigo, o advogado tributarista, Francisco Cavalcante. Esse segundo livro foi alvo de elogios e reconhecimento de autores e intelectuais brasileiros; além de abrir espaço para que o autor começasse a escrever crônicas, artigos e ensaios para jornais e sites de Literatura. Depois de pouco mais de dois anos, lançou um novo livro, O "Mundo de Vidro", com a mesma característica dos livros anteriores, ou seja, uma poesia voltada para a descrição do homem como aquele que sente e sofre o mundo a sua volta. Porém, mais sutil na elaboração metafórica da realidade, na representação dos sentimentos humanos.
Projeto Terças Poéticas apresenta Fernando Fábio Fiorese Furtado e homenagem a José Henrique da Cruz
O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas - realização pública da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, poetas, escritores e leitores de Minas Gerais e do Brasil, parceria entre o Suplemento Literário de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado, apoios culturais Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão -, apresenta na próxima terça-feira, nove de outubro de 2007, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG, entrada franca, o poeta Fernando Fábio Fiorese Furtado, e homenagem a José Henrique da Cruz com Mônica Montone.
Rodrigo Capella fará duas apresentações na Feira do Livro de São José
"Brincando com desenho e poesia: para adultos e crianças". Esse é o nome da apresentação que o escritor e poeta Rodrigo Capella fará, dias 06 e 13 de outubro, das 14 ás 16 horas, na Feira do Livro de São José. A apresentação terá distribuição de balas, chicletes e pirulitos e será dividida em duas partes. Na primeira, Capella, que é autor do livro "Poesia não vende", fará um alongamento poético com todos os participantes, vai contar em tom bem humorado algumas curiosidades sobre a poesia brasileira e também recitará alguns de seus poemas mais conhecidos. Na segunda parte, as crianças e adultos farão desenhos poéticos, que serão decifrados por Capella. "A idéia é valorizar a poesia através de brincadeiras, atividades e desenhos. Atualmente, a poesia é ensinada nas escolas de modo errado. Poesia deve ser associada a algo agradável e não a uma coisa chata, como infelizmente ocorre", defende o autor.
LANÇAMENTO: Pai Poeta: um olhar de amor e de paz na toada dos fatos da vida
Pai Poeta é um livro diferente pois nele os médicos Rean Lins e Marisa Carla Queriroz misturam diversos estilos literários para expressar sentimentos e idéias que surgem constantemente no exercício da medicina. Os contos do livro falam da necessidade de superação dos obstáculos do perigo nuclear para o Globo Terrestre e, primordialmente, da poesia como ferrmenta para sublimação do ser humano. A parte estinada à filosofia contempla temas importantes como ética, o valor do tempo e a alteridade, como necessidades básicas do homem. As poesias abordam temas variados como amor o destino a natureza. Na parte final do livro existem poesias interativas onde o leitor, se assim o desejar, poderá participar tentando escrever as estrofes finais. Neste livro, a medicina e a literatura estão dadas com a filosofia e a ética, sempre no intuito de despertar a consciêcia do homem para a sua função no mundo.
PAI POETA é um livro diferente, pois... Ser um pai: criar, cuidar, amar e olhar candidamente para o filho pela eternidade. Um tempo sem fim... Um olhar de amor e de paz na toada dos fatos da vida, nas ondas do bem que te quer num périplo de coisas boas e amistosas que vêm para colorir uma vida destinada ao bem do próximo e seu também. Um jogo amistoso com regras do ganha-ganha, da entropia positiva, do abraço fraterno, e do peito que pulsa numa vaga de crescente esperança, para um futuro de glória e bem-aventurança. Leia mais... no site do livro PAI POETA
Livro disponível para venda nas livrarias de Brasília/DF e pela internet na Livraria Cultura.
Antônio Calloni, que também é escritor e poeta (já escreveu quatro livros), será atração da próxima Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro. Vai ler poesias inéditas de seu acervo. Em novembro, começa a gravar a próxima novela das sete.
Lírica forjada em discreta beleza, por Fabrício Carpinejar.
Almadéna, de Mariana Ianelli, imita um transe religioso com o objetivo de fazer uma síntese do espírito Almadéna, o quinto livro da paulista Mariana Ianelli, já carrega no título uma promessa de reza. Significa pequena torre de mesquita de três ou quatro andares, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações. É um posto privilegiado, no qual o passado, o presente e o futuro estão suspensos pela profecia e pela convocação de seus fiéis. Não há tempo, apenas desígnios e destinos sendo cumpridos. Desde o início, a autora firma um pacto, não é uma poesia que se lê, é uma poesia que exige uma adesão melódica como um hino. Entende-se "seguir" como aceitar a penumbra, a cláusula da devoção e da hipnose. Não estamos diante de uma poética de acontecimentos físicos, mas de "desacontecimentos". Envolta em círios, Mariana Ianelli canta a capela. Sem instrumento. Com uma passada longa e repetitiva (tomada de advérbios), que tenta trazer à tona a espera de uma mulher por seu amor, desde sua gestação, passando pela infância marcada de presságios, os dias juntos até a despedida para o alto-mar, gerando a perda. ++++++
[Livro encaminhado por Alfredo Aquino, de Porto Alegre]
O Olho Imóvel pela Força da Harmonia, de William Wordsworth
>Wordsworth (1770-1850) é um dos maiores poetas ingleses de todos os tempos. Esta edição bilíngüe traz para o leitor alguns de seus melhores e mais inspirados poemas e escritos. Tradução de Alberto Marsicano e John Milton.
Trata-se apenas do primeiro livro de contos do artista plástico Alfredo Aquino, mas A Fenda já vem muito bem recomendado. Com apresentação de Luis Fernando Verissimo e prefácio de Ignácio de Loyola Brandão, o volume ainda conta com desenhos do próprio autor - concebidos especialmente para cada um dos 12 contos - e capa de Pierre Yves Refalo.
Projeto Terças Poéticas entra no 3º. ano com o premiado poeta Iacyr Anderson Freitas
O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas - realização da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, parceria entre Suplemento Literário e Fundação Clóvis Salgado, apoios culturais Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão -, entra no 3º. ano na próxima terça poética, 07 de agosto de 2007, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, Belo Horizonte, entrada franca, recebendo o poeta Iacyr Anderson Freitas e homenagem ao esquecido Nilo Aparecida Pinto, depois de 65 (sessenta e cinco) edições do projeto desde o seu nascimento em 05 de julho de 2005 à celebração do 2º. aniversário de inverno em 03 de julho de 2007, onde participaram 95 (noventa e cinco) poetas vivos e 75 (setenta e cinco) homenagens a poetas mortos.
Por sua perseverança humana e fugacidade, o corpo talvez seja a "construção" mais semelhante à "Almádena" que dá título ao quinto livro de Mariana Ianelli. Editada pela Iluminuras, a obra tem 104 páginas, com capa e desenhos assinados por Rubens Ianelli. São doze poemas permeados e unidos por um elemento volúvel, nunca inteiramente apreensível, que pode ser entendido como a própria natureza do tempo e da vida. "É dele que também se faz a palavra quando escrita e a memória no resgate de uma lembrança até então perdida, ao menos no caso deste livro", afirma a autora. Ao definir esta "travessia poética", Mariana sugere uma transformação, "como tudo o mais que vive e se deixa atravessar pelo tempo, que esquece e mais além rememora: homens e palavras". Para a abertura de cada um dos poemas e também na epígrafe de "Almádena", estão presentes trechos do Sermão de Quarta-Feira de Cinza, do padre Antonio Vieira. Não há a intenção de sinalizar um "caminho" ao leitor, no entanto. Sob a perspectiva do corpo enquanto "casa da alma", a referência ao Sermão assume um espaço mais delicado e mais importante que o da mera citação, remetendo a um estado de coisas hoje carente da densidade do tempo e do elogio da vida, apesar de todos os seus desastres cotidianos. Para o poeta e ensaísta Marco Lucchesi, a autora contempla o leitor com uma sutilíssima percepção das coisas que nos cercam. "Almádena é uma espécie de consciência vigilante, torre alta e bem plantada, frente ao lirismo em que mergulha e do qual emerge com rigoroso espanto. Mariana mede a palmos certos as formas da língua, o ritmo e a força das imagens nos mares do texto", completa.
O livro "COLECIONADOR DE PEDRAS", 20 de poesia, que faz parte da coleção Literatura periférica (Global editora), já está à venda nas livrarias de SP e outros estados. Se estiver afim... Caso na sua cidade não tenha livraria, não esquenta, receba-o pelo correio ou pela internet. É fácil, e o frete é grátis. Mande seu pedido para: vendas@globaleditora.com.br C/Leandro. O valor é o mesmo de livraria R$ 29,00. Agora é com você, literatura das ruas direto na sua casa.
Fabrício Carpinejar estará no ''Sempre um papo'', em Belo Horizonte
O poeta Fabrício Carpinejar estará no Sempre Um Papo, no debate e lançamento de seu novo livro Meu Filho, Minha Filha. Ele conversa com o público sobre sua tentativa de resignificar a relação entre pais e filhos diante da concepção de família moderna. Dia 17 de julho, terça-feira, às 19h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). www.sempreumpapo.com.br
O Globo - 30/6/2007 - por Cristina Zarur Poesia, política e sonhos são como uma impressão digital que singulariza a obra de Mia Couto. Sua escrita incide sobre a terra natal e assinala um olhar crítico. Não por acaso, o autor moçambicano estará na Festa Literária Internacional de Paraty, conversando com o baiano Antônio Torres sobre territórios habitados por personagens peregrinos. Couto também está relançando seu romance de estréia na ficção. Escrito em 1993, Terra sonâmbula (Companhia das Letras) foi considerado um dos 12 melhores livros africanos do século XX. Em entrevista por e-mail, Couto afirma que precisa da transgressão poética para ver o mundo, e que escreve deixando-se possuir pela lógica encantatória das palavras.
Colecionador de Pedras, lançamento da Global com a coleção Literatura Periférica
Para inaugurar a coleção Literatura Periférica, a Global traz Colecionador de Pedras, quinto livro do poeta Sérgio Vaz, um dos pioneiros nessa literatura que tem como característica o engajamento com o movimento Hip Hop, cada vez mais enraizado na periferia dos grandes centros urbanos. A obra é uma coletânea com poemas - alguns inéditos em livro -, em que o autor, um verdadeiro militante, exibe um panorama de sua poesia nos últimos vinte anos.
Colecionador de Pedras traz a apresentação de Ferréz e a chancela de Nelson Maca, professor de literatura da Universidade Católica de Salvador e ativista do coletivo Blackitude, um dos principais grupos de Hip Hop da Bahia, que eleva a poesia de Vaz dizendo: "Sérgio Vaz é poeta, e, como poeta, sabe ser simples. Como simples, sabe tecer o coletivo. Como coletivo, sabe ser nós. E, como nós, faz-nos grandes ao seu lado. Se você, leitor, quer saber mais do que ora comungo, leia este incansável colecionador de pedras. Conheça esse ladrilhador de imagens. Eu, que não tive a felicidade de escrever ´O milagre da poesia´, ou o Bruno matador (´Pé-de-pato´), sinto-me, poeticamente, vingado por Sérgio Vaz".
"Tudo se move continuamente. A imobilidade não existe." (Jean Tinguely, 1959) INTRADOXOS, poesia cinética Um sopro nos móbiles de Calder, energia do gás na máquina de Tinguely, frações circulares no Modulador de Luz-Espaço de Moholy-Nagy, convocados pelo construtivismo e dadá, entremeados pelas ruínas dos dentes e os grafismos na língua - ao som de Glass e resquícios do concretismo. O juízo de uma roda redentora, catracas em partituras e sinfonias esféricas. Diálogos mutantes com as artes plásticas: metafísicos. Fractais, "efeitos borboletas" e variações musicais notáveis/complexas são os batimentos poéticos longos, curtos e intertextuais do carioca Márcio-André em Intradoxos (Confraria do Vento, Rio de Janeiro, 2007), que semeiam a explosão do início ao fim (explosões de signos, de acordo com Guilherme Zarvos e Cinda Gonda), ou o contrário, do fim ao início, e surpreendem os leitores pela intensidade que desabrocham as palavras da natureza das coisas e o movimento das aparências, reverberando o vestígio na plasticidade das cores e ondas do brasileiro Abraham Palatnik, o axioma de que a vida é um fluxo e "só é verdade a parte que se desconhece". >>> Leia mais
Entrevista Internacional com Engjëll Koliqi: "Para mim o mais importante é a liberdade"
O poeta kosovar Engjëll Koliqi está no Brasil e por aqui deverá ficar até meados de julho/2007. O poeta nasceu em 10 de novembro de 1956 em Stublla. É doutor em Pedagogia, jornalista acreditado junto ao Vaticano e professor. Colaborou e colabora com vários jornais da Europa, por exemplo Albânia, Macedônia e Kosovo. Também escreve para a Televisão Estatal do Kosovo. A maior parte da população do Kosovo é de origem albanesa. Existe uma minoria sérvia. Desde 1999, o Kosovo é administrado pela ONU. Kosovo tem sido um protetorado internacional desde a guerra de 1998-1999 entre tropas sérvias e descendentes de albaneses lutando por independência. O governo em Belgrado ofereceu ampla autonomia à Província, mas rejeita uma separação total como exigida pelos kosovares albaneses. Sua capital é Pristina. O plano da ONU prevê que Kosovo devá ter sua própria Constituição, hino e bandeira. O estatuto do Kosovo deve ser decidido pelo Conselho de Segurança da ONU após um debate sobre o plano do mediador Martti Ahtisaari, que prevê uma independência com supervisão internacional para a província. A poesia kosovar de Engjëll Koliqi tem uma tônica muito particular e se sente um desejo muito grande de ajudar aos necessitados. É um poeta que deixa claro para o leitor a sua opinião, o seu ponto de vista fundamentado em argumentos e raciocínios baseados em sua vivência, sua postura, suas conclusões a respeito da vida. Os verbos que emprega são verbos fortes e também os substantivos. Sua construção frasal é harmônica e deixam transparecer sua esperança para o seu povo e sua vontade de beber a vida. Seu livro está no Salão do Livro de Belo Horizonte. E ele ficará em em Belo Horizonte até meados julho. A mineira Verushka Jurgielewicz, descendente de poloneses, está traduzindo seu livro SENTIMENTO DE LUZ. São 60 poemas onde os pronomes são escassos e os adjetivos grávidos de sentidos. Neste periodo no Brasil, o poeta kosovar tem feito palestras em Universidades, entrevistas em várias entidades, Academia Mineira de Letras inclusive. Depois do reconhecimento internacional da independência do Kosovo, o poeta ambiciona ser escolhido pelo seu governo para ser o embaixador de seu país no Brasil.
Noticiamos que o poeta kosovar Engjëll Koliqi está no Brasil. O poeta nasceu em 10 de novembro de 1956 em Stublla. É doutor em Pedagogia, jornalista acreditado junto ao Vaticano e professor. Colaborou e colabora com vários jornais da Europa ,por exemplo Albânia, Macedônia e Kosovo. Também escreve para a Televisão Estatal do Kosovo. A sua poesia tem uma tônica muito particular. e se sente um desejo muito grande de ajudar aos necessitados. É um poeta que deixa claro para o leitor a sua opinião, o seu ponto de vista fundamentado em argumentos e raciocínios baseados em sua vivência, sua postura, suas conclusões a respeito da vida. Os verbos que emprega são verbos fortes e também os substantivos. Sua construção frasal é harmônica e deixam transparecer sua esperança para o seu povo e sua vontade de beber a vida.
1. O AMOR ESCONDIDO... Não pense que o amor se apaga... Jamais diga que não existe amor... Quando as cinzas do esquecimento caírem Sobre o altar. Ainda na quinta estação Basta assoprar o vento da recordação Ainda que só um pouco... Clamorosamente se acende o fogo Do amor. Tradução: Verushka Jurgielewicz
A cidade paulista de Dois Córregos (288 km a noroeste de São Paulo) recebe hoje o 1º Encontro Internacional de Poesia, com saraus, oficinas e seminários com poetas, contistas, repentistas e novelistas. O mexicano Alfredo Espinosa abre o evento hoje, às 20h, e amanhã participa da palestra "As Novas Formas de Expressão Poética". Mais informações e a programação completa estão em http://www.usinadesonhos.org.br/. O evento é gratuito.
Iacyr A. Freitas comemora 25 anos de poesia e lança dois novos livros
Tendo publicado dezessete livros de poesia, além de três de ensaio literário e um de contos, o mineiro Iacyr Anderson Freitas está comemorando o 25º aniversário de publicação da sua obra de estréia, Verso e palavra, vinda a lume em 1982. Como parte da comemoração, o poeta estará lançando, em Juiz de Fora, na livraria e cafeteria A Terceira Margem (situada na Galeria Pio X, 2º Piso, Centro), no dia 20 de junho (quarta-feira), a partir das 19h00min, os dois volumes restantes de sua obra poética reunida, intitulados Quaradouro (Nankin/Funalfa, 224 p.) e Primeiras Letras (Nankin/Funalfa, 216 p.). Frutos de um longo trabalho de revisão, editados neste ano com o apoio da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, esses dois volumes dão seqüência ao premiado A soleira e o século, publicado em 2002 e considerado o primeiro estágio do conjunto tripartite destinado a reunir toda a obra poética do autor de Trinca dos traídos.
Tanto Quaradouro quanto Primeiras letras possuem capas realizadas a partir de fotografias de Ozias Filho, brasileiro radicado em Portugal, tendo sido responsável pela organização da antologia poética de Iacyr naquele país, intitulada Terra além mar. Iacyr é hoje, por sinal, um dos escritores mais premiados do país. Seu livro de contos Trinca dos traídos, indicado para o vestibular da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (SP) no ano passado, obteve também a Menção Especial do Prêmio Literário "Casa de las Américas", realizado anualmente em Cuba. Seus livros chegaram a ser destacados por críticos e escritores da categoria de Carlos Nejar, Alexei Bueno, Fábio Lucas, Ruy Espinheira Filho, Wilson Martins, Olga Savary, Ivo Barroso, Assis Brasil, Fernando Py, Miguel Sanches Neto e Fabrício Carpinejar, entre muitos outros.
Iacyr Anderson Freitas e o consolo dos demônios mudos
Grandes poetas são figuras não muito fáceis de encontrar, embora o mundo esteja repleto de poetas menores, medíocres e muito enfáticos na propaganda de sua própria poesia. Acredito que se deva a estes a má vontade com que a poesia anda sendo recebida, nos últimos anos, entre os leitores. Certas facções tornaram o poeta talvez desfrutável, gaiato e folclórico demais, e, no Brasil, qualquer coisa séria pode virar besteirinha ou ser tida como tal, devido ao espírito frívolo-perverso que parece presidir nossa indústria cultural, afoita em fazer e desfazer reputações cintilantes e ocas. Portanto, torce-se o nariz para a palavra "poeta", como se ela abrigasse coisas mais para levianas e desprezíveis.E certos poetas não fazem senão achar que isso é ótimo para eles, que os brilharecos e poses é que são quentes e valem a pena - portanto, merecem a irrisão a que são relegados. Nunca me deixei impressionar nem abalar por modas poéticas nem nunca deixei de crer que o verdadeiro poeta sabe ser digno de si mesmo, de sua própria voz, mantendo-se fiel a uma verdade de que é portador mais para fatal que para eufórico. Sempre fui, para bem ou mal, muito fiel às leituras de poetas que me marcaram fundo, como se devesse àqueles livros (de Drummond, Cabral, Pessoa, Rilke) uma lealdade que, cumprida, sóme fez bem. E sempre tive dificuldades com novos nomes do panteão poético brasileiro por isso não queria me arriscar, queria mais tempo para conhecê-los, e, atropelado pela necessidade de fazer minha prosa, de seguir meu caminho literário, muitas vezes não empreendi viagens sérias a livros de nomes novos que, por uma outra razão, me agradaram aqui e ali. Não foi o caso de Iacyr Anderson Freitas. >>>>> por Chico Lopes
Rodrigo Capella lança 'Poesia não vende' em Floripa
Livro vai ser lançado dia 12 de junho, na Livraria Siciliano, do Beiramar Shopping.
O escritor e poeta Rodrigo Capella, de raízes catarinas e autor de "Transroca, o navio proibido", que vai ser adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer, vai lançar o livro "Poesia não vende", no dia 12 de junho, em Florianópolis, na Livraria Siciliano, do Beiramar Shopping, das 18h30 ás 21h30.
Durante o lançamento, haverá apresentações artísticas do cantor Homero Baroni, que participou do programa Fama, da TV Globo, e do pintor Paulo Marcondes Neto, que confeccionará um quadro ao vivo. Além das poesias de Rodrigo Capella, o livro "Poesia não vende" traz depoimentos de Ivan Lins, Bárbara Paz, Moacyr Scliar e do pintor catarinense Sérgio Ferro para mostrar o descaso público com a poesia e apontar que atualmente esse gênero tem sido consumido apenas em associação com as outras artes, tais como cinema, teatro, pintura e música. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br
Texto inédito de Pablo Neruda elogia a União Soviética de Stalin
Folha Online - 17/5/2007 - por France Presse, em Madri Um prólogo inédito do poeta chileno Pablo Neruda para o livro Retorno al futuro, do escritor guatemalteco Luis Cardoza y Aragón, elogia a União Soviética dos anos 1950. O texto foi divulgado ontem (17/05) em um site. O texto não chegou a ser publicado por uma desavença entre os dois autores. O conteúdo do escrito elogia o regime comunista da ex-União Soviética e a esquerda latino-americana adepta daquela linha. Neruda também ataca as ingerências dos Estados Unidos na América Latina. O escritor chileno, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, diz que "a União Soviética, apesar da matilha, cada vez mais ameaçadora em seus latidos, continua sendo para nossos povos o baluarte da paz e da criação".
O livro conta as experiências de Cardoza y Aragón durante sua permanência em Moscou, onde em 1946 --em pleno estalinismo- foi embaixador do governo revolucionário do presidente guatemalteco Juan José Arévalo (1945-1951). Neruda e Cardoza y Aragón se conheceram no México. O chileno era cônsul-geral de seu país e o guatemalteco estava ali exilado. Neruda retirou a autorização para o uso do prólogo por não concordar com a crítica de Cardoza y Aragón ao sistema comunista após a queda do governo de Jacobo Arbenz (1951-1954). >> Leia mais
Una idea justa en el fondo de una cueva puede más que un ejército (José Martí)
O site abaixo é um portal televisivo desde CUBA com dezenas de dvds sobre a ilha e que a mídia não divulga. Vale ver e conhecer. (clique) http://www.cubainformacion.tv/
"Nem todos os pais podem dormir com seus filhos na mesma casa em que vivem. Como eu, alguns pais são separados, que dispõem apenas de um sábado e domingo para confirmar a paternidade e reencontrar o significado da família. Pai separado sempre está sob a ameaça de despejo. De ser trocado. Ou de ser esquecido".
É o que escreve o poeta Fabrício Carpinejar, na contracapa de seu último livro, Meu filho, minha filha (ed. Bertrand Brasil). Há muito sofrimento, acusação e culpa nesses belos poemas. A filha mais velha, já adolescente, é tema de versos magoados, de uma sinceridade difícil de encontrar:
Quando brinco com as crianças// e faço palhaçada, elas se divertem,/menos tu, encabulada pela maneira/como converso de igual para igual.//Tantas vezes ouvi tua vergonha/ explicando aos colegas,/com os olhos virados para cima:// "Meu pai é louco"./Louco por quem? Já perguntaste?
Ou ainda:
Corto tuas unhas e reclamas/ que aparo muito rente da pele./Desculpa, tudo que vivi foi rente à pele.//...Eu te alfabetizei e foste/me tirando o espaço entre as linhas./Guarda-me apenas uma fresta.//Não importa o que os adultos falam,/serei o pai da insistência./Até onde posso ir para te resgatar?/Eu faço a cama com o travesseiro/debaixo das cobertas. Conforta-me a idéia/de que alguém está dormindo.//Preferes que o travesseiro/ fique por cima. Abominas a sensação/de que há algum morto em tua cama.//Reclamas do teu pai, como se ele tivesse/ condições de se inventar de novo./Desculpa, corto as palavras/ muito rente da pele,/assim como descascava maçã e levava com a faca/ uma lasca por vez em sua boca.//Tudo o que vivi foi rente à pele./Deixei de ser pai e virei a pensão da tua mãe./Não esqueço o dia em que o oficial de justiça/bateu à minha porta a cobrar/ o que já concedia naturalmente./No papel timbrado, teu nome contra o meu.//O nome que escolhi contra o meu./O nome que sonhei contra o meu./Fui teu primeiro réu, sem que tu soubesses.
Dá vontade de respirar fundo antes de fazer qualquer comentário. Os próprios versos, aliás, parecem ter uma respiração difícil, entrecortada, de quem mal conseguiria articular um discurso prolongado de viva voz. Na verdade, a seqüência de poemas deste livro constitui menos uma escrita lírica do que um texto dramático. Imagino essas falas no palco, quem sabe com novos poemas declamados pelos personagens que ficaram mudos neste livro; seria uma peça impressionante. Mas já o que se tem no livro é de uma verdade, de uma precisão nas imagens, e de uma força emocional (sem derramamento, mas também sem reticência ou hermetismo) incomuns na poesia contemporânea. (Marcelo Coelho - Folha de São Paulo)
Livro de estreia de Gabriel Pedrosa, Ícaro tem na experimentação seu traço mais marcante. Seus poemas são indissociáveis do projeto gráfico, do livro como suporte físico: ganham corpo em versos em desalinho, linhas tortas e contraste entre páginas cheias e vazias, explorando a espacialidade da palavra dentro de uma vertente de pesquisa estética que ecoa a poesia concreta, porém amplificando suas inovações.
Ícaro é, portanto, um livro atravessado pela metalinguagem, pelo olhar de quem lê criticamente o repertório de nossos momentos literariamente mais inventivos.
Ateliê Editorial me encaminhou um exemplar, que vou prazerosamente entrar em contato com as leituras e releituras de canções e poesias consagradas.
A chuva mansa acentua aromas, envolve-me, intensamente, o cheiro da terra molhada agradecendo a suave aspersão.
O espelho se revela na poça d´água. Resquícios da infância assomam, tardes de brincadeira na rua.
O cheiro da terra molhada numa linguagem especial é um código de emoções.
[Nota] Recebi da Autora, de Araxá, MG, o seu novo livro "Terra Molhada". "Terra Molhada é um campo fértil a inspirar cidadãos e cidadãs na análise desta terra onde vivemos e que queremos para nós e para os que virão"