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22 de dezembro de 2008

Textos curtos escondem grandes verdades

O Estado de S. Paulo - 21/12/2008 - por Ubiratan Brasil

A revista literária Arte e Letra: Estórias nasceu, como reconhecem os próprios fundadores, na contramão do mercado. Afinal, Irinêo Netto e Thiago Tizzot investiram tempo e dinheiro em um produto que habitualmente nasce com o atestado de óbito já preenchido. Felizmente, não é o que acontece com a publicação. Com periodicidade trimestral, acaba de sair o terceiro número (ou Edição C, como preferem os editores, substituindo algarismos por letras), que chega com o mesmo fôlego das anteriores. Formada por textos de ficção e não-ficção, produzidos por brasileiros e estrangeiros, inéditos ou fora de circulação há algum tempo, a Arte e Letra: Estórias traz agora apenas contos. E, de quebra, um presente para os fãs de Paul Auster: O Conto de Natal de Auggie Wren, história inédita no Brasil que o escritor escreveu nos anos 1990, a pedido do jornal The New York Times. A revista é vendida ao preço de R$ 16,50 e pode ser encontrada em algumas livrarias de São Paulo, como Livraria da Vila, na Livraria Sobrado e Pop. Outra opção é encomendar pela internet.

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8 de dezembro de 2008

Livro disseca Quiroga

image Jornal do Brasil - 06/12/2008 - por Laura L. Utrera

Em julho de 1921, Monteiro Lobato publica, na Revista do Brasil, uma carta assinada pelo escritor uruguaio Horacio Quiroga que comenta a aparição do livro Urupês. Foi a primeira intervenção de Quiroga no mundo da imprensa cultural brasileira. Um ano depois, e com o motivo de celebrar o centenário da Independência do Brasil, Quiroga viaja e se encontra com Lobato, que o convida para um banquete e o recebe com um discurso. Nesse intervalo de tempo, a literatura de Quiroga já tinha sido resenhada, alguns de seus contos traduzidos para o português e, portanto, consumidos por um grande número de leitores. Wilson Alves-Bezerra publica agora Reverberações da fronteira em Horacio Quiroga (Humanitas, 212 pp; R$ 20). O estudo mostra quase como um panóptico a possibilidade de voltar a ler certos contos do autor, com uma prerrogativa como corolário: tirar o escritor uruguaio desse lugar canônico ao qual a crítica o tem submetido durante anos (o de regionalismo, o de realismo, o dos desníveis de qualidade na escrita poética).

Neste livro, Wilson Alves-Bezerra propõe, inicialmente, uma revisão crítica da obra narrativa do contista uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) a partir da categoria da fronteira, entendida como o discurso do estabelecimento das fronteiras argentinas constituído ao longo do século XIX. Assim, a proposta consiste em verificar como esse discurso reverbera na obra literária de Quiroga. Para tanto, o autor parte da reflexão do crítico Ángel Rama sobre a transculturação, discutindo-a e apropriando-se, em outra chave, dos três âmbitos de análise propostos em seu modelo: o lingüístico, o literário e o ideológico. Com este trabalho, pretende-se também conferir um estatuto à obra de Quiroga a partir de sua forma, de modo a evitar os reducionismos que atribuem ao contista uruguaio os epítetos de escritor regionalista ou realista. LEIA O TEXTO COMPLETO

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25 de novembro de 2008

CARTAS A UM IRMÃO

Curta-metragem produzido pela turma do segundo ano de Rádio e TV da UNESP, baseado no conto homônimo de Edson Rossatto

ESTRÉIA: 27 de novembro

HORÁRIO: Coquetel as 18h horas, sessões as 19h e 20h

LOCAL: Alameda Quality Center  (Rua Luiz Levorato, 1 – Bauru, SP)

APOIO: UNESP, Instituto Lauro de Souza Lima, Secretaria de Cultura de Bauru, Cineclube Aldire Pereira Guedes, Astral Formatura e Eventos, Andross Editora, EMD Mídia, CI, Casa da Pechincha, Imobiliária H2, Tintas Avenida e Nissin.

ENTRADA GRATUITA: Sim, mediante apresentação de convite.

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ESTUDANTES DE BAURU ESTRÉIAM CURTA-METRAGEM

Cartas a um irmão, baseado no conto do escritor Edson Rossatto, é parte do projeto interdisciplinar do curso de Rádio e TV da Universidade Estadual Paulista. O filme será exibido no próximo dia 27, no Alameda Quality Center.

O que diferencia Cartas a um irmão dentro do projeto da UNESP é a escolha do conto. Ao contrário dos outros dois grupos, que adaptaram obras de autores consagrados – Gabriel Garcia Márquez (A Viúva de Montiel) e Rubem Fonseca (Passeio Noturno) – Natália Torres e seus colegas optaram por um escritor menos conhecido.

Queríamos uma obra nacional e os direitos autorais para fazer a adaptação. Para isso, tínhamos que escolher um autor acessível para conseguir a autorização e também seu apoio, lembra Natália, diretora do curta.

O conto foi publicado em 2007 e mostra as insistentes cartas de Beatriz a seu irmão Cláudio. Mistura as tenras lembranças da infância dos personagens com o drama psicológico provocado pelo silêncio do destinatário. Contrapondo-se a toda tensão anterior, o clímax é técnico e frio, mas não menos surpreendente.

Para Rossatto, chama a atenção da fidelidade do roteiro com relação à sua obra. É uma mescla de técnica, sensibilidade e cuidado que raramente se vê nesse tipo de adaptação.

O que nos encantou no conto de Rossatto, diz Natália, foi o enredo bem amarrado e a quantidade de possibilidades que teríamos para transformá-lo em audiovisual. Pelo fato de as situações ocorridas serem narradas como o conteúdo de uma carta e não em cenas, quem criaria a forma como esses fatos aconteceram seríamos nós.

As gravações aconteceram entre os dias 26 a 31 de outubro e tiveram como principal locação o Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru, antigo asilo para doentes de hanseníase e, hoje, uma referência em dermatologia geral e nesta doença em particular.

Antes mesmo das gravações, o grupo produziu e disponibilizou na internet um teaser trailer que antecipa o clima de angústia a ser impresso no resultado final. O vídeo pode ser assistido no blog criado para acompanhar o desenvolvimento do curta-metragem: http://cartasaumirmao.blogspot.com.

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7 de outubro de 2008

UNIVERSO PAULISTANO - Textos sobre São Paulo

UNIVERSO PAULISTANO - Textos sobre São PauloAndross Editora, receberá até 15/11/2008 textos para uma série de três livros a fim de homenagear a cidade de São Paulo por conta de seus 455 anos de fundação. O título da série é UNIVERSO PAULISTANO. A temática é simples: São Paulo!

Cada livro será de um gênero diferente: contos, crônicas e poemas. As capas serão parecidas, mas, para cada gênero, um detalhe será mudado: no livro de contos, o prédio refletido na lente do fotógrafo é o Martinelli; no de poemas, o MASP; no de crônicas, o Monumento às Bandeiras.

Qualquer pessoa pode escrever e enviar uma história com pretensão de publica-la em nosso livro. 

Para participar da comunidade do livro no Orkut, clique em http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=71755761
Para maiores informações, acesse www.andross.com.br e leia o regulamento de envio de obras.

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4 de outubro de 2008

NOEMI JAFFE MINISTRA CURSO DE CONTOS

Doutora em literatura pela USP e colaboradora da Folha, Noemi Jaffe propõe uma leitura histórica e geográfica do gênero, abordando narrativas de diferentes épocas e lugares, a partir dos contos de Flaubert, Tchékhov, Rubem Braga e outros. De 9/10 a 27/11, na Escola São Paulo (r. Augusta, 2.239, tel. 0/xx/11/3081-0364; sempre às qui., 19h; R$ 300; livre; www.escolasaopaulo.org).

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6 de setembro de 2008

TerrorZine - Minicontos de Terror 1

Terrorzine - Minicontos de Terror, é uma revista eletrônica independente, idealizada por Ademir Pascale e Elenir Alves. Nosso principal intuito é o de difundir gratuitamente o trabalho de veteranos e jovens autores dos gêneros fantasia, ficção/terror. A distribuição será gratuita por meio de e-mails e downloads e cada autor terá direito a 01 página com um miniconto com no máximo 15 linhas e minibiografia com no máximo 5 linhas.

Os interessados devem baixar o arquivo abaixo, preenchê-lo (com os dados solicitados e miniconto) e enviá-lo para o e-mail ademir@cranik.com no máximo até o dia 30 de setembro, mas quanto antes melhor. A publicação e distribuição no TerrorZine nº 02 está prevista para 05/10/08.

Contamos com a participação especial dos autores Nelson Magrini, J.Modesto, Martha Argel, Giulia Moon, Helena Gomes, Adriano Siqueira, Waldick Garrett e Nazarethe Fonseca.

CLIQUE AQUI para fazer o download do arquivo para participação no Terrorzine - Minicontos de Terror (não esqueça de ler todos os procedimentos).

Faça o download do TerrorZine - Minicontos de Terror nº 01. CLIQUE AQUI.

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23 de agosto de 2008

Gambiarra e Outros Paliativos Emocionais, de Flávio Ulhoa Coelho

Flávio Ulhoa Coelho narra neste livro um painel humano de gente escondida da vida. A começar pelo conto "Minhocão", dividido em quatro partes, ao longo do livro, sempre iniciado com o mesmo texto, um recurso de escritor que conhece seu ofício.O que mais sobressai nestes contos de Gambiarra é uma solidão perversa de personagens que se debatem em páginas amargas. Essa observação do escritor de todas as coisas que o cercam, objetos, pessoas, cidades, ruas, praças, dor - tudo isso pode se resumir na frase fulminante que dá início ao conto "Vozes no corredor"; Toda vez que abro aquela porta, sou atropelado por quase cinqüenta anos de memória".

E quais são essas memórias? Quase sempre, figuras distorcidas num retrato sem retoques, de violência e crueldades, em cenas sem saída que constroem um cenário feito de silêncios e gritos, mesmo aqueles dados para dentro. Não há como não se prender a esta leitura que não faz concessões. Pelo contrário: Flávio Ulhoa Coelho sempre mergulha fundo em uma paisagem feita de destruição e isso inclui, especialmente a vida.

A narrativa é um salto escuro do qual não se tem escapatória.Esses contos descrevem sempre, de maneira contundente, situações envolvendo o ser humano que parece sempre estar à margem da própria vida e à margem de si próprio, já que, no fundo, nada importa, senão o momento, o instante em que ele se expõe cada vez mais ferido, numa chaga que não fecha. Tocante o conto "A aposta", no qual duas irmãs são submetidas a uma brutalidade que poucos sabem existir. A violência como regra natural de vidas completamente destroçadas pelo medo, pelo espanto. Enfim, o livro de Flávio Ulhoa Coelho revela um retrato de assombros. Um retrato desses que estão em toda parte. Nos becos. Nas esquinas. Nos quartos. Na memória. Um livro passional. De literatura de primeira qualidade. De personagens que pedem socorro em uma paisagem em que a norma vigente é a negação. (Álvaro Alves de Faria)

Sobre o autor:
Flávio Ulhoa Coelho é professor universitário. Publicou, dentre outros livros, Contos que conto (1991, Editora Estação Liberdade), terceiro lugar na 5ª Bienal Nestlé de Literatura, e Ledos Enganos, Meras Referências (1996, Escrituras Editora).

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Histórias da Beira do Rio - Maria Magna da Silva Moreira Santos ...

...
O sorriso brotou-lhe como um milagre, a voz surgiu em lindas canções que entoava, enquanto tangia o gado. Conhecera o amor, que ela nem compreendia direito, mas que lhe fazia muito bem. E o mais importante: era correspondida. O tempo agora era dividido entre esperar Francisco, que era muito bom e estar com Francisco, que era melhor ainda. O milharal crescendo tinha agora uma nova cor, mais brilhante e o azul do céu parecia-lhe mais intenso. Nem reparava mais na irmã, que vivia pondo-lhe apelidos, implicando com ela. Não tinha mais importância. E ela descobriu-se bonita, com suas formas arredondadas e proporcionais, os seios firmes, os cabelos longos e pretos.
...

Biografia: Maria Magna da Silva Moreira Santos
Nasci em 22 de julho de 1975, na comunidade de Mel Tanque, município de Santana de Pirapama.
Sou formada em Estudos Sociais pela Fundação Educacional Monsenhor Messias, de Sete Lagoas.
Exerci, por dez anos, a função de educadora em várias escolas públicas, algumas rurais.
Hoje, sou funcionária do Banco do Brasil, estudante de graduação em Marketing pela Universidade Norte do Paraná - Unopar Virtual e pós graduanda em Gestão e Negócios do Desenvolvimento Regional Sustentável pela Universidade Federal de Lavras.

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21 de agosto de 2008

P r o j e t o P o r t a l: Revista Portal Solaris

A revista Portal Solaris — primeiro número do Projeto Portal, coordenado por Nelson de Oliveira  — traz contos inquietantes que vão do universo da ficção científica ao do fantástico, passando pelo da fantasia.

São catorze narrativas sobre novas tecnologias, viagens no tempo, ciberespaço, telepatia, contatos imediatos do terceiro grau, pós-apocalipse, pós-humano, utopias e distopias, de dez autores contemporâneos de sete Estados brasileiros.

O Projeto Portal prevê seis números, com periodicidade semestral. Cada número homenageará, no título, uma obra célebre da ficção científica: Solaris, Neuromancer, Stalker, Fundação, 2001 e Fahrenheit.

Os contistas da Portal Solaris são: Ataíde Tartari (SP), Carlos Emílio C. Lima (CE), Carlos Ribeiro (BA), Geraldo Lima (DF), Homero Gomes (PR), Ivan Hegenberg (SP), Luiz Bras (MS), Mayrant Gallo (BA), Roberto de Sousa Causo (SP) e Rogers Silva (MG).

 

P o r t a l S o l a r i s

revisão: Mirtes Leal • diagramação: Raquel Ribeiro

capa: Teo Adorno • formato: 16 x 23 cm

impressão: uma cor • tiragem: 200 exemplares

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11 de agosto de 2008

Sexo é melhor que a violência em novo livro de contos

Folha de São Paulo - 11/08/2008 - por Adriano Schwartz
Um rápido levantamento nos contos do novo livro de Dalton Trevisan, O maníaco do olho verde (Record, 128 pp., R$ 28), aponta para os seguintes temas principais, que obviamente terminam por se misturar: o mundo das drogas, da marginalidade e da bandidagem; a degradação da velhice; a questão sexual e suas variações agressivas e ilegais; e, com destaque, a violência policial. Os textos ligados ao último tema, na ordem do dia nesses tempos de milícias e tiros disparados com tanta facilidade, curiosamente provocam as passagens frágeis do volume. Parecem escritos com menos interesse pelo autor, como se ele precisasse cumprir uma suposta obrigação de reelaborar com a máxima carga possível o vínculo da ficção com a realidade mais atual.

Sexualidade humana
O contrário acontece com os textos que de algum modo lidam com os cantos obscuros e não tão obscuros assim da sexualidade humana. Dalton Trevisan já escreveu algumas narrativas marcantes sobre o assunto ao longo dessas décadas em que, com uma regularidade impressionante, vem publicando seus contos. Aqui, a história de maior alcance é a que dá nome ao livro. O personagem, que aparecera outras vezes durante a obra, assume a voz e tenta entender as razões de seus desvios. Ele começa assim: "Basta ser mulher, só o que vejo. O assobio, só o que escuto. É uma doença, certo? O bruto que se empina aqui no meio das pernas. Corcoveia e relincha. De mim faz o que bem quer. Ordena, eu executo. Não consigo controlar". A partir daí, o tom quase arrependido vai se alterando, numa demonstração magistral de ritmo, para, ao final, se transformar completamente: "Podem me condenar, babacas e bundões. O que eu faço? Tudo o que vocês gostariam. Eu sou um de vocês".

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0908200813.htm (assinantes)

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22 de julho de 2008

Dois Palitos: a originalidade de Samir Mesquita

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12 de julho de 2008

9º CONCURSO DE LITERATURA DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE CANOAS (RS)

A Fundação Cultural de Canoas (RS) promove o 9º Concurso de Literatura - Conto, Crônica e Poesia, com entrega dos trabalhos até 31 de julho de 2008, SEM TAXA DE INSCRIÇÃO. O primeiro lugar de cada gênero receberá 100 exemplares da coletânea a ser editada, o segundo 50 exemplares, o terceiro 30 exemplares, e as menções honrosas 5 exemplares. Todos os participantes receberão certificado de participação. O regulamento e a ficha de inscrição estão no site www.fundacan.com.br ou pelo fone/fax (51) 3059.6938. Os trabalhos premiados estarão integrados à coletânea SEM NENHUM ÔNUS.

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7 de julho de 2008

Sai resultado do concurso de contos


O Estado de S. Paulo - 05/07/2008 - por Dib Carneiro Neto
Entre os mais de 600 contos enviados ao Estado por e-mail e provenientes de diversas localidades do País, para participar do 3º Concurso Cultural do Caderno 2 - 50 Anos de Bossa Nova, a comissão julgadora selecionou esta semana os dez que serão publicados em caderno especial: seis autores são de São Paulo (capital), um do Interior (Bauru), um de Minas Gerais, um de Brasília e um do Rio Grande do Sul. A data de publicação do especial também foi definida: 19 de julho, sábado. O tema do concurso era o verso final da canção Chega de Saudade, marco da bossa nova: ''Não quero mais esse negócio de você longe de mim.'' O objetivo era estimular a criação literária entre os leitores do jornal, num ano em que as atenções estão voltadas para esse gênero musical. Os contos enviados tinham de se inspirar nesse verso e, mais do que isso, o verso completo deveria estar presente no corpo do texto. >> Leia mais

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28 de abril de 2008

'Esse negócio de você longe de mim'

O Estado de S. Paulo - 26/04/2008 - por Dib Carneiro Neto
O Caderno 2 convida seus leitores a participarem do cinqüentenário da Bossa Nova, lançando seu terceiro concurso de contos (Concurso Cultural Caderno 2 nos 50 anos da Bossa Nova), que terá como tema o verso final da canção Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes: 'Não quero mais esse negócio de você longe de mim.' O objetivo é estimular a criação literária entre os leitores do jornal, num ano em que as atenções estarão voltadas para esse gênero que renovou a música mundial. Os contos enviados (serão escolhidos dez textos obrigatoriamente inéditos) devem se inspirar nesse verso. A única forma de participar é pelo e-mail contos.bossa@grupoestado.com.br. O prazo de inscrição vai até 31 de maio. Podem participar só autores inéditos ou que tenham, no máximo, dois livros publicados individualmente. A forma de premiação é a publicação dos dez melhores contos no Estado.  >> Leia mais

[ATENÇÃO] A única forma de participar é pelo e-mail contos.bossa@grupoestado.com.br.

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15 de abril de 2008

Lançamento 'A Boa, a Má e a Vilã' - novo livro da portuguesa Adelina Velho da Palma, em LISBOA

O lançamento do novo livro de Adelina Velho da Palma, A BOA, A MÁ E A VILÃ, terá lugar no dia 19 de Abril às 18 horas na First Gallery, na Rua Conceição da Glória, nº 8 em Lisboa (Metro Avenida ou Restauradores).

No mesmo dia/local é inaugurada a exposição de pintura de Filipe Amaral, SINFONIA DE EXPRESSÕES, pelo que este convite se destina não só aos amantes da literatura mas também das artes plásticas.

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14 de abril de 2008

Contardo redescobre Itália em ficção

No romance "O Conto do Amor", psicanalista e colunista da Folha apresenta histórias misteriosas na região da Toscana

Livro foi inspirado nos diários deixados por seu pai, escritos entre 1933 e 1994, e que hoje estão na biblioteca do seu consultório em SP

Uma queixa sempre acompanhou as despedidas do psicanalista Contardo Calligaris, 59, colunista da Folha, de seu pai, Giuseppe, morto em 1995: "Pena, não tivemos tempo para falar", repetia o pai. Em sua primeira investida na ficção em livro, o romance "O Conto do Amor", o escritor reencontra seu pai e dedica todo o primeiro capítulo a uma passagem de suas biografias, um raro encontro em que Giuseppe, avesso a falar de si, falou. Um enigma.
Perto de morrer, Giuseppe -ou Pino Antonini, seu "duplo" no romance- faz ao filho Carlo -alter ego do autor- uma revelação com tintas místicas, que não encontravam paralelo no histórico agnóstico daquele homem, um médico. Numa visita a um convento no Monte Oliveto Maggiore, na Toscana, na sua juventude, o pai teria intuído que fora, numa outra vida, ajudante dos pintores Luca Signorelli e Giovanni Antonio Bazzi, o Sodoma, autores dos afrescos que narram a vida de são Bento nas paredes do claustro. =>> LEIA MAIS

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Romance de estréia segue tradição de 'O Nome da Rosa' e 'O Código Da Vinci"

ADRIANO SCHWARTZ - ESPECIAL PARA A FOLHA
O título, "O Conto do Amor", sugere à primeira vista que se trata da história de uma paixão. Essa é, de fato, uma das formas de amor abordadas no livro de Contardo Calligaris, mas há outras, que, misturadas, criam a teia de afetos presentes no enredo: há o amor entre pai e filho, há o amor interrompido no passado que deixa marcas na história dos envolvidos, há o amor aparentemente simples que, para ser levado adiante, irá requerer desprendimento e coragem.
Carlo Antonini, o protagonista da obra, é um italiano que mora em Nova York, onde ensina psicopatologia, e volta para seu país em busca do sentido de uma conversa que tivera com o pai pouco antes de ele morrer, 12 anos antes. Nela, o homem que passara a vida toda imerso em seus estudos sobre a Renascença conta para o filho uma experiência estranha que vivenciara na juventude no convento do Monte Oliveto Maggiore, próximo a Siena: "Ao entrar no claustro, tive a sensação imediata, distinta, nítida de que conhecia os afrescos perfeitamente, cada cena, cada figura, cada pincelada".
O ponto de partida é interessante, e a complexidade das relações amorosas é abordada com delicadeza. O problema de "O Conto do Amor" é que ele se filia a uma tradição narrativa já bastante desgastada e diluída, que tem seu marco de origem genial, nessa formulação, em "O Nome da Rosa", de Umberto Eco, e seu maior best-seller em "O Código Da Vinci", de Dan Brown.
Entre seus mais comuns ingredientes, estão o uso de questões da história da igreja e da arte didaticamente expostas, as constantes referências eruditas ou supostamente eruditas, os toques autobiográficos, a assimilação no texto de roteiros turísticos e a investigação detetivesca que se vale de coincidências e das intuições brilhantes (e às vezes altamente improváveis) do herói. No Brasil, o esquema já fora adaptado, por exemplo, por Isaías Pessotti, em romances como "O Manuscrito de Mediavilla" e "Aqueles Cães Malditos de Arquelau".
Infelizmente, em sua estréia na ficção, Contardo Calligaris não consegue escapar do peso dessa linhagem.


ADRIANO SCHWARTZ é professor de literatura da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.
O CONTO DO AMOR
Autor:
Contardo Calligaris
Editora: Companhia das Letras
Quanto: R$ 34 (128 págs.)
Avaliação: regular
Lançamento: sábado (26/4), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073), às 11h

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9 de abril de 2008

A BOA A MÁ E A VILÃ: novo livro de Adelina Velho da Palma.

Especialista em pequenas narrativas de que saltam mundos, Adelina Velho da Palma é uma autora que escreve sobre o tempo presente, aquele que é de todos nós.

Depois de “Areias movediças e outras histórias de inquietação” e   “O gato das oito vidas”, a escritora brinda-nos com mais um punhado de histórias inéditas — sete relatos de leitura quase compulsiva, onde a natureza humana é dissecada em toda a sua profundidade psicológica, trazendo à luz as mais incontornáveis paixões, sem escamotear quer o seu lado trágico, quer o cómico.

Com um título claramente inspirado num clássico do cinema dos anos sessenta, esta obra é, também ela, forte e arrojada. De uma maneira ou de outra, todo o ser humano busca o seu pote de oiro. Todavia, por mais forte que seja a sua determinação, é a própria vida, sempre inconstante e impermanente que através dos seus múltiplos mecanismos se encarrega de lhe ensinar que o maior desafio é simplesmente permanecer vivo, isto é, acima da linha de água, seja por razões endógenas, inerentes à própria natureza, seja por força de uma sociedade cada vez mais implacável e descaracterizada.

Obra notável, assente numa inevitável verosimilhança, “A boa, a má e a vilã” não deixa de se atrever a umas pitadas de fantástico e de absurdo.

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12 de março de 2008

LITERATURA: NOEMI JAFFE MINISTRA OFICINA DE CONTOS EM SP

A doutora em literatura pela USP e colaboradora da Folha Noemi Jaffe dá início amanhã a uma oficina de contos na Escola São Paulo (r. Augusta, 2.239, tel. 0/ xx/11/3081-0364). O curso se estende até 26/6, sempre às quintas, das 19h às 22h. A bibliografia inclui textos de Gogol e Dostoiévski. Inscrições pelo site www.escolasaopaulo.org ou na própria escola. O custo é de R$ 480.

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28 de fevereiro de 2008

ENTRELINHAS, uma nova antologia da Editora Andross

EDITORA ANDROSS está recebendo contos e microcontos  para uma antologia a ser lançada em 31 de maio de 2008. Seu título: ENTRELINHAS. A pretensão é que esse livro seja um dos destaques no estande da Andross na 20º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontecerá de 14 a 24 de agosto de 2008.

Para participar da comunidade do livro no orkut, clique em http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=46985046
Para submeter um conto ou um microconto para avaliação (até 15/03/2008), clique em www.andross.com.br

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10 de fevereiro de 2008

Modelos e outros contos, ebook de Leandro Andrade

Modelos e outros contos , como o próprio tíulo anuncia, é o fruto literário do fetiche (por que no dizer tara?) do autor, o cineasta (ele detesta essa palavra, mas...) Leandro Andrade, que espera ficar rico com literatura (diz ele, que dessa vez vai), pelos habitantes do universo fashion (a ala feminina, bem entendido).
O gaúcho, radicado em Santa Catarina, escreve há muito tempo, mas coragem mesmo para mostrar seu talento para o mundo só juntou em 2007, quando, incentivado por caras tão ou mais irresponsáveis que ele, se convenceu de que sabia escrever.
Os 12 contos que integram o livro eletrônico (ebook, em bom português) foram escritos entre 2003 e 2007 e são pequenos pedaços da realidade vistos pela ótica (ligeiramente astigmática) bastante peculiar desse escritor (palavra que ele também evita, porque ofender não vale!).
Alguns dos contos foram publicados anteriormente no site OVERMUNDO e no seu blog literário Contos do Leandróide (leandroide.blogspot.com). O livro tem 30 páginas, design e ilustrações de Tiago Spina, prefácio de Rei I. Mundo e vem no formato paisagem 17x23.

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7 de fevereiro de 2008

Leonardo Brasiliense com 'OLHOS DE MORCEGO'

"As situações narradas vão do ordinário ao estranho, e nem sempre são percebidas plenamente por seus personagens. O leitor, por outro lado, se inquieta e deixa seduzir pela escrita do autor que, com uma aparente simplicidade, surpreende ao revelar dimensões essenciais da vida".

"Assim como os olhos dos morcegos reagem diante da luz do dia, assim também a inteligência que está em nossa alma se comporta diante das coisas que, por sua natureza, são as mais evidentes."

"O livro de contos, de Leonardo Brasiliense, Olhos de Morcego, que faz parte da Coleção Rocinante, editada pela 7 Letras, é correto. Dividido entre histórias que se passam na cidade e no campo, traz como núcleo narrativo o desacerto. Brasiliense foi ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Livro Juvenil, em 2007, com o título Adeus Contos de Fadas, publicado também pela 7 Letras, em 2006". (Oswaldo Martins)

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Ítalo Ogliari com 'UM SETE UM'

"Dá pra acreditar? -- o narrador passa pelas mais incríveis peripécias enquanto vai enredando o leitor numa teia de verdades e mentiras. Assassino, traficante, pirata, nosso anti-herói derruba as fronteiras do fato e da ficção na busca de uma identidade. O escritor gaúcho Ítalo Ogliari é uma das maiores revelações da ficção brasileira atual, que a 7Letras tem orgulho de apresentar em sua Coleção Rocinante."


"Leitores, Ítalo é o cara. Li "Um Sete Um" e fiquei maravilhado. É muito bom. Não tem nada fora do lugar. Enxuto. Frases rápidas, secas. Novela cinematográfica na melhor tradição de "Querô, uma reportagem maldita", de Plínio Marcos; "Tremor De Terra", contos de Luiz Vilela, e "Os Meninos", contos de Domingos Pellegrine, parabéns."
Tem que virar filme! (José Couto - professor - RS)

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Uma estranheza plácida


O Globo - 03/02/2008 - por Marcelo Moutinho
A correlação entre Modesto Carone e Franz Kafka é tentadora - e quase inevitável. Primeiro, porque se trata do principal tradutor brasileiro do autor de clássicos como O processo e A metamorfose. Se não bastasse, os 49 contos reunidos em Por trás dos vidros (Companhia das Letras, 208 pp., R$ 38), seu novo livro, caracterizamse pelo registro realista e pelo matiz insólito que sempre foram caros ao escritor tcheco. Engana-se, no entanto, quem pensa em pastiche. Além de apresentar um estilo próprio - e mesmo singular dentro de nosso atual panorama literário -, Carone abdica de perscrutar sentidos no absurdo. A angústia da pergunta nunca respondida, que atormenta os personagens kafkianos, dá lugar a uma melancólica e passiva adaptação ao estado das coisas. >> Leia mais

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1 de fevereiro de 2008

Andross seleciona contos para antologia de temática medieval

Anno Domini - Manuscritos Medievais é mais nova antologia da Andross Editora, organizada pelos escritores Claudio Brites (O Livro Negro dos Vampiros, da Andross) e Helena Gomes (Lobo Alpha, da Rocco, O Arqueiro e a Feiticeira, da Devir, e Aliança dos Povos, da Idea). A obra vai reunir tanto contos ambientados em realidades histórica quanto aqueles passados em universos mágicos inventados pelos próprios autores.

Raphael Draccon, autor de Dragões de Éter, da editora Planeta, participará especialmente desta antologia com um conto de sua autoria. A capa será ilustrada por Octavio Cariello (The Queen of the Damned, de Anne Rice), conceituado desenhista de inúmeras HQs de editoras americanas, como a DC Comics e Marvel.

Autores interessados em participar da obra podem enviar seus textos para seleção até o dia 31 de março. O lançamento de Anno Domini - Manuscritos Medievais acontecerá dia 19 de julho, na Casa das Rosas, em São Paulo. O regulamento está disponível no site www.andross.com.br . Mais informações na comunidade Anno Domini no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=46251734

Mais informações
Andross Editora
Contato pelo telefone: (11) 6943-7687
edson@andross.com.br

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21 de dezembro de 2007

O jogral de Nossa Senhora, por Paulo Coelho

Conta uma lenda medieval que no país que hoje conhecemos como Áustria, a família Burkhard - composta de um homem, uma mulher, e um menino - costumavam animar as feiras de natal recitando poesias, cantando baladas de antigos trovadores, e fazendo malabarismos para divertir as pessoas. Evidente que nunca sobrava dinheiro para comprar presentes, mas o homem sempre dizia a seu filho:
- Você sabe por que a sacola de Papai Noel não se esvazia nunca, embora haja tantas crianças neste mundo? Porque embora ela esteja cheia de brinquedos, às vezes existem coisas mais importantes para serem entregues, os chamados "presentes invisíveis". Em um lar dividido, ele procura trazer harmonia e paz na noite mais santa da cristandade. Onde falta amor, ele deposita uma semente de fé no coração das crianças. Onde o futuro parece negro e incerto, ele traz esperança. No nosso caso, quando Papai Noel vem nos visitar, no dia seguinte estamos todos contentes de continuarmos vivos e fazendo nosso trabalho, que é de alegrar as pessoas. Jamais esqueça isso.  =>>> LEIA MAIS

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2 de dezembro de 2007

PARA ALIVIO DOS IMPULSOS INSUPORTAVEIS

Dov Binyamin não sabia mais o que fazer. Apesar de todos os apelos, sua mulher recusava-se terminantemente a dividir a cama com ele. O problema já se arrastava por semanas. Quanto mais Chava Bayla o rejeitava, mais Dov desejava estar ao seu lado. Disposto a salvar seu casamento a qualquer custo, Dov Binyamin decide, então, ouvir os conselhos do sábio rabino de sua comunidade, que lhe recomenda mais e mais paciência. Mas como resistir às tentações carnais comuns a todo ser humano? Para alívio dos impulsos insuportáveis, o rabino tem uma sugestão nada convencional - Dov Binyamin deve procurar imediatamente uma prostituta. Esta é a história que empresta seu nome ao livro de estréia do jovem escritor judeu-americano Nathan Englander, que chega agora às livrarias do país pela editora Rocco. Aclamado pelo público e pela crítica especializada dos Estados Unidos, Para alívio dos impulsos insuportáveis reúne nove contos sobre o fascinante universo da religião judaica, em uma linguagem apropriada tanto para especialistas quanto para os não-iniciados.

Escrito quando Englander tinha apenas 29 anos, o livro reúne histórias universais e irreverentes sobre o sisudo universo judeu ortodoxo. A coletânea de contos ganhou o PEN/Faulkner Malamud Award e fez de seu autor um dos selecionados pela revista The New Yorker como um dos 20 escritores mais promissores do século que se inicia. Englander viaja no tempo para construir histórias de amor, desilusão e heroísmo, desfazendo estereótipos e trazendo à tona conflitos internos nunca antes revelados ao grande público. No conto que abre o livro, O vigésimo sétimo homem, ele conduz os seus leitores até a antiga União Soviética, lembrando a perseguição de Stalin aos escritores judeus. Sem perder o bom humor, característico de sua obra, o autor recria um universo mágico em que a esperança nunca é derrotada pelo horror da guerra. A prova está no conto seguinte, Os acrobatas, que narra a trajetória de prisioneiros judeus que fogem da morte disfarçados de artistas de circo. O improviso e a imaginação, ele parece recordar, já salvaram a vida de muitos judeus ao longo dos anos. Mas Englander não escreve somente sobre o passado. Em A reunião e A peruca, o jovem escritor judeu mergulha fundo no cotidiano das comunidades ortodoxas de seu tempo, revelando os conflitos entre a tradição e a modernidade, com personagens que imediatamente despertam a simpatia e a curiosidade dos leitores. Como Charles Morton Luger, protagonista de O gilgul da avenida Park, que descobre de um dia para o outro ser portador de uma legítima alma judia. Ou mesmo Rabi Yitzhak, em O Rabi Noel, um senhor judeu de barba branca que faz as vezes de Papai Noel durante o Natal. As mulheres também ocupam papel de destaque na literatura de Nathan Englander. Em O último descartável, uma jovem senhora chamada Gitta, integrante de uma comunidade ortodoxa, luta para conseguir o divórcio depois de 18 dolorosos anos de espera. O livro se encerra com um conto dramático sobre a atual sensação de insegurança em Jerusalém. Em essa é a nossa sabedoria, Englander reproduz a tensão dos judeus israelenses em meio às bombas que explodem por toda a parte. Mais uma vez o autor convida seus leitores a uma viagem para além do senso comum.

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3 de novembro de 2007

Secretos de un inédito: 'Las caras de la medalla', de Julio Cortázar

cortazar Ciao, Verona, el relato oculto durante 30 años, desvela las sombras de Las caras de la medalla

En la primavera de 1977, Alfaguara publicó en la elegante colección de cubiertas de color violeta diseñada por Enric Satué el libro de relatos Alguien que anda por ahí, de Julio Cortázar, cuya edición íntegra había sido prohibida en Argentina. Por primera vez se publicaba en España un libro inédito de narrativa del autor, y si bien éste era ya conocido en el país y en dicha ocasión se resignó al circo de las presentaciones y de las conferencias -algo a lo que años atrás se negaba en redondo-, el volumen fue recibido con tibieza o desdén por aquellos que no le perdonaban repeticiones formales ("Cortázar, pero menos") o aquellos otros que no consentían que la política se entremezclara en sus textos ("¡qué lástima, un escritor que había empezado con tan buena letra...!").

Con la lectura del por treinta años inédito Ciao, Verona, el lector sabrá a qué correspondía la sombra de Las caras de la medalla y, al mismo tiempo, podrá imaginar otras atmósferas, otras sombras no menos inesperadas. -

Matéria completa no EL PAIS (03/11/2007). Dica de Alfredo Aquino

 

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25 de outubro de 2007

Cassandra Corbu, por Ademir Pascale Cardoso.

Sul da França. Aldeia de Rennes-le-Château, em algum dia de outono do ano de 1877.

Desde criança, eu enxergava coisas que os outros não enxergavam... O que eu via? Pessoas... mas não pessoas normais de carne e osso; enxergava espectros.

Tudo começou quando eu tinha apenas 14 anos de idade, quando arrumei meu primeiro namorado; David Uriel - este era o seu nome. Nas tardes de Outono, costumávamos passear de nossas casas até a igreja de Santa Maria Madalena. O caminho era curto, mas a prosa era longa. Não saberia dizer de onde desencadeávamos tantos assuntos. Sentia-me bem ao seu lado... sua expressão era sempre sorridente; seu espírito tinha uma força benevolente e sua fala era talhada de sabedoria e cordialidade. As minhas perguntas eram sempre supridas com elucidativas respostas, porém, em uma tarde como todas as outras, não o encontrei no lugar e horário onde sempre costumávamos nos encontrar; no final do grande jardim de peônias de sua casa às 17h em ponto. Esperei por trinta minutos; minutos que duraram uma eternidade... +++++++

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'Orelha de Van Gogh' em Quadrinhos

O conto A Orelha de Van Gogh, de Moacyr Scliar, foi adaptado para os quadrinhos pelo cartunista Leandro Dóro. A história, com sete páginas, integra a coletânea de quadrinhos Tempero Verde (44 pág, p&b, 15cm x20,5cm, papel reciclado, R$5). A revista apresenta mais sete histórias em quadrinhos roteirizadas e desenhadas pelo artista gráfico. O lançamento foi durante a 12ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo.

A Orelha de Van Gogh é um conto que me fascina desde a adolescência. O pai sonhador e o filho com consciência das loucuras do progenitor sempre me tocaram — diz o Dóro, que é autor da ficção Revolta dos Motoqueiros (2006). Mais Leandro Dóro Aqui aqui e aqui

Fonte: Jornal Vaia

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23 de outubro de 2007

'Meu nome agora é Jaque' é o primeiro livro da mineira Eltânia André

jaque Eltânia André, autora da obra MEU NOME AGORA É JAQUE, abandonou estabilidade profissional para conquistar seus dois sonhos: psicologia e literatura. Está no sétimo período do curso de psicologia e a obra "Meu Nome Agora é Jaque" é a primeira conquista literária.

A obra é do gênero de contos, sendo todos eles narrados pelo mesmo personagem, Tizé, de um modo peculiar que conduz o leitor, inevitavelmente, a reflexão sob forma de humor e ironia.

O Tizé (ou seria melhor dizer Jaque?) vive um momento conflitante de sua vida, suas lembranças estão voltadas para casos familiares e vivências diversas das quais se tira alguma lição, embora nem sempre elas pareçam claras. O personagem é saudosista, engraçado, ora turrão, ora alegre, ora tímido, ora expansivo... Há uma mescla de características, que, mesmo antagônicas, ficam ligadas ao conteúdo dos contos.  Ele se revela a partir de cada história, e isso é um recurso interessante, porque motiva o leitor a descobrir o que é ser jaque, em meio a seus conflitos pessoais e existenciais.

Onde encontrar?  principais pontos de venda:

Belo Horizonte:
Manuscritos- 31-3226-7473 - Rua Padre Rolim, 616 - Sta Efigênia
Manuscritos - 31-3222-6020 - Rua Gonçalves Dias, 1581 Bairro de Lourdes - Belas Artes.
Usina de Letras - Av. Afonso Pena, 1537 - Palácio das Artes
Usina de Letras - Rua Aimóres, 2424 - Sto Agostinho - Usina Unibanco
Leitura Shopping Cidade Mega - Rua Rio de Janeiro, 910

Cataguases, Conselheiro Lafaiete e Barbacena
Principais Livrarias e Bancas ou no telefone
31-8879-4377

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Literatura de Chico Lopes é destaque em Brasília

Desde sábado, 13 último, o Correio Braziliense, diário de Brasília e um dos mais importantes jornais do país, vem dando destaque, em seu caderno “Pensar”, na área de Literatura, ao escritor Chico Lopes, de Poços de Caldas. O espaço é ocupado regularmente, todo mês, pelos maiores nomes da literatura do país.

Chico Lopes foi convidado pelo editor do caderno para ser o contista em destaque por quatro edições do “Pensar” com quatro contos inéditos, de tema livre. O primeiro conto publicado, no sábado passado, foi “Perdendo Heitor”. A narrativa mostra o envolvimento de uma mulher casada com um sedutor de pequena cidade do interior e o que ela decide fazer quando ele a abandona. No sábado, 20, o segundo conto de Chico foi publicado. Trata-se de “O quarto da atriz”, em que ele defende, por oposição à vulgaridade do mundo atual (onde o voyeurismo impenitente se difunde) um ética da não-violação da intimidade alheia pelo olhar.

O nome de Chico Lopes como contista vem crescendo nacionalmente desde a publicação de seus dois livros pelo IMS/SP, “Nó de sombras” em 2000 e “Dobras da noite” em 2004. O contista de Poços teve contos inéditos publicados na revista “Cult” de São Paulo, no suplemento literário “Minas Gerais” de Belo Horizonte, no jornal literário “Rascunho”, de Curitiba e na revista literária “Jandira” de Juiz de Fora. Seus livros foram objetos de crítica elogiosa em jornais como “Opção” de Goiânia, o “Estado de S.Paulo”, “Estado de Minas”, “Jornal do Brasil” (Rio), “O Comércio” de Franca, SP, e seu nome comparece regularmente em sites literários como “Cronópios”, “Verdes Trigos” e “Germina”. No site “Germina”, publicou recentemente o conto “O nome no ar”. Contos seus foram inseridos em duas antologias, na do “Conto brasiliense”, organizada por Ronaldo Cagiano, e na “Cenas da favela”, organizada por Nelson de Oliveira. Ele também recebeu Menção Honrosa por três novos contos no concurso Josué Guimarães, de Passo Fundo, realizado dentro da Jornada Literária de Passo Fundo, RS, a mais importante do país. O concurso, neste ano, bateu recordes de inscrições.

Ele já tem pronto o seu terceiro livro de contos, mas ainda não lhe deu título. “É coisa com que só vou mexer de fato em 2008”, afirma ele, sempre ocupado com novas idéias.

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23 de setembro de 2007

Décima terceira antologia da Andross Editora, a terceira só este ano, chega às livrarias no final do mês.


Muitos autores de renome já se debruçaram sobre esta questão: o que é o conto? Edgar Allan Poe, Anton Tchecov, H.G. Wells, Rudyard Kippling - e Machado de Assis e Arthur Azevedo, para citar dois brasileiros - teorizaram sobre o assunto no passado.
A questão parece carecer de consenso mesmo nos dias de hoje, mas é possível extrair-se alguns pontos comuns. O que define um conto é seu tamanho compacto, a narrativa breve e direta, o número reduzido de personagens e o efeito único, sem divisões. Exceções a estas regras há aos montes e sempre haverá, mas a maioria das obras já publicadas parece obedecê-las.
Por sua brevidade, o conto é tanto mais apreciado quanto mais se faz acompanhar de seus pares. Daí a importância das antologias, especialmente as que permitem ao leitor absorver diferentes estilos.
Retalhos - Contos e Microcontos (Andross Editora, 160 páginas, R$ 19,00) reúne 40 obras (16 delas microcontos, com até 600 caracteres) escritas por 35 autores em início de carreira e organizadas por Edson Rossatto, editor da Andross.
As histórias se misturam como retalhos de uma colcha, formando uma peça única. Há o taxista num dia ruim, o marido que lamenta a morte da mulher, a velha senhora perseguida pelas crianças do bairro.
Retalhos é mais uma antologia da Andross Editora com textos inéditos de novos autores, que encontram neste formato uma oportunidade de publicar suas histórias. Foram analisados cerca de 150 contos em seis meses até se chegar aos 40 selecionados. Há autores de vários estados brasileiros e também do Japão.


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6 de setembro de 2007

Chico Lopes termina terceiro livro de contos e fala de desertos e esperanças


O contista Chico Lopes, 55 anos, nascido em Novo Horizonte, SP, e residente em Poços de Calas, MG, colaborador de Verdes Trigos com artigos sobre cinema e literatura e também crônicas, terminou recentemente seu terceiro livro de contos, vindo depois dos bem-sucedidos "Nó de sombras" e "Dobras da noite" (IMS/SP-2000 e IMS/SP 2004). Com onze narrativas, o novo trabalho não tem ainda um título definido, mas três dos contos inéditos que traz foram premiados com menção honrosa no recente Concurso Literário Nacional Josué Guimarães de Passo Fundo, enfrentando uma concorrência enorme, de escritores de todo o país, devido ao grande número de inscrições recebidas. Chico Lopes fala desse terceiro livro, dos percalços de todo escritorà procura de editor neste país em entrevista exclusiva ao Verdes Trigos.


ENTREVISTA => Chico Lopes +++++


LIVROS do Chico Lopes:
DOBRAS DA NOITE (em Portugues) (2004) =>
NO DE SOMBRAS (em Portugues) (2000) =>




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19 de agosto de 2007

Noctâmbulos é o mais recente lançamento da Andross Editora


Em Hitchcock por Hitchcock - Coletânea de Textos e Entrevistas, o diretor de cinema estabeleceu assim a diferença entre terror e suspense: o primeiro se obtém com a surpresa; o outro, pelo aviso antecipado. "Suspense é uma experiência contínua e vai crescendo até atingir um clímax; já o terror, para ser realmente efetivo, tem que vir todo de uma vez, como um relâmpago".
É por este terreno nebuloso que passeiam os 29 contos de Noctâmbulos (Andross Editora, 136 páginas, R$ 19), com lançamento previsto para início de setembro. Ao suspense e terror, soma-se o sobrenatural. Medos infantis, jogos de tabuleiro que invocam os espíritos, presentes macabros do Papai Noel e outros fantasmas que povoam o inconsciente coletivo estão presentes na obra, ora para surpreender o leitor ora para o fazer prender a respiração até o desfecho - para ficar na definição de Hitchcock. De um modo ou de outro, o que fica no final de cada conto é aquela sensação conhecida de pêlos eriçados na nuca ou de que há alguém observando por trás do armário.
Noctâmbulos é mais uma antologia com textos inéditos de novos autores, que encontram neste formato uma oportunidade de publicar suas histórias. A organização é de César Mancini, heterônimo do editor Edson Rossatto, que analisou cerca de 130 contos em três meses até chegar aos 29 selecionados. Há autores de vários estados brasileiros e também de Portugal e do Japão.

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7 de agosto de 2007

Loyola conta origem de ''Não verás país nenhum''


O Estado de S. Paulo - 7/8/2007 - por Ubiratan Brasil
Foi com o conto O Homem do Furo na Mão, escrito em 1972, que Ignácio de Loyola Brandão começou a rascunhar o texto que se transformaria no já clássico Não verás país nenhum (Global, 414 pp., R$ 65). Como um se transformou no outro é o tema da conversa que Loyola tem hoje (07/08) com o público, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2.073, Conjunto Nacional - SP), a partir das 19h30. Ele vai autografar também a edição comemorativa de 25 anos preparada pela editora Global (414 pp., R$ 65). Um livro realmente especial - além do texto original, vem acompanhado de um prefácio escrito por Washington Novaes e termina com um apêndice de 32 páginas coloridas, nas quais Loyola apresenta o que chamou Diário de trabalho.


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1 de agosto de 2007

Abertas as inscrições para coletânea de contos


Projeto é oportunidade para novos autores


[São Paulo - 31/07/2007] All Print lança coletânea de contos de crônicas para novos autores. Em homenagem ao Dia do Escritor, comemorado no último dia 25/7, a Editora All Print lançou, em parceria com a Popmídia Talentos, a "I Coletânea de Contos e Crônicas All Print" um projeto em sistema de cooperativa que visa criar oportunidades para os novos autores brasileiros.
Para participar, os interessados só precisam inscrever seus contos ou crônicas, sob qualquer tema no site do projeto. Uma equipe especial irá avaliar os trabalhos e selecionará os melhores para publicação.
Acesse o site do projeto agora mesmo, leia o regulamento e faça a sua inscrição online: www.allprinteditora.com.br/comunidade/projeto


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28 de julho de 2007

Contos moldam livro certeiro e desconcertante de Palahniuk


É chegada a hora de você encarar Chucky 7 -ou melhor, "Assombro", o sétimo e mais desconcertante livro de Chuck Palahniuk-, e, como de hábito na ficção desse seguidor macabro de Edgar Allan Poe, as surpresas não param na segunda página e seguem apavorando o leitor até o fim.
Quanto sofrimento, porém, será necessário para se atingir a revelação final? Bem, essa pergunta só poderá ser respondida pelo seu estômago.
Adianto que não se trata de figura de linguagem. "Assombro", um romance de configuração pouco usual e certeira que intercala poemas e contos "escritos" pelos personagens, é um livro difícil de roer e, principalmente, de digerir.
A história do grupo de pessoas que atende a um anúncio de jornal dizendo "Retiro de escritores. Abandone sua vida por três meses" começa pelo já célebre conto "Tripas". Palahniuk promoveu leituras do texto na turnê promocional do livro "Diário", em 2004, e pessoas desmaiavam à sua audição. >>>>


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2807200715.htm (só para assinantes)
JOCA REINERS TERRON é escritor, autor de "Sonho Interrompido por Guilhotina" (Casa da Palavra)


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21 de julho de 2007

LANÇAMENTO: A FENDA, de Alfredo Aquino, na Livraria da Vila, dia 28/07.


A ILUMINURAS convida para o lançamento do livro


A FENDA, de Alfredo Aquino


28 de julho de 2007, sábado, 11h30
Na LIVRARIA DA VILA - Rua Fradique Coutinho, 915


Alfredo Aquino é um artista plástico. Neste seu primeiro livro de ficção, procura o que chama de "texto pictural". Usa o texto como tela para retratar personagens que vivem situações entre o imaginado e o real. Personagens solitários, em histórias sem um aparente fio condutor, mas de grande poder narrativo - e expressividade visual. Um pesquisador que julga encontrar nas margens do velho mapa de um almirante francês em viagem pelo Brasil do século XVIII as origens da sua cidade natal. Uma mulher que não consegue controlar a própria intolerância e desenvolve uma língua de serpente. Um homem que recebe a visita noturna de uma vizinha misteriosa, que se torna sua amante sem nunca revelar seu nome. Um bancário obcecado pelo comportamento das baratas, que não recebe a atenção que pensa merecer das autoridades e da ciência para suas observações. A narrativa, concisa e direta, serve de moldura e contraste para as descobertas e fantasias de cada um, num clima insólito e fascinante. Não há dúvida, Alfredo Aquino também é um artista da palavra. (Luis Fernando Veríssimo, na apresentação)
Não bastasse a apresentação, ainda tem o Prefácio de Ignácio de Loyola Brandão, desenhos de Alfredo Aquino e capa de Pierre Yves Refalo


LIVRARIA DA VILA
Rua Fradique Coutinho, 915 - Vila Madalena - São Paulo
Telefone (11) 38 14 58 11


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11 de julho de 2007

LANÇAMENTO: Antologia Fição de Polpa - Volume 1, em Porto Alegre


Monstros, psicopatas, alienígenas e zumbis! Prepare-se pois a invasão de Porto Alegre acontece no mês de julho em sessão de autógrafos no bairro Cidade Baixa. O escritor Samir Machado de Machado fez um convite a outros 15 autores: cada um deveria escrever um conto de ficção científica, fantástico ou de horror, com temática livre. O resultado é Ficção de Polpa - Volume 1, que será lançado pela Editora Fósforo, no dia 12 de julho, a partir das 19h30min , no Insano Bar (Rua Lima e Silva, 601 - Porto Alegre). No evento, também será feito o lançamento oficial da Editora Fósforo.
O livro apresenta assuntos tão variados quanto populares: serial killers, crimes hediondos, delírios domésticos, demônios, monstros, mortos-vivos, ETs e outras insanidades. Participam da antologia os escritores Alessandro Garcia, Annie Piagetti Müller, Antônio Xerxenesky, Fernando Mantelli, Guilherme Smee, Gustavo Faraon, Luciana Thomé, Marcelo Juchem Rafael Bán Jacobsen, Rafael Kasper, Rafael Spinelli, Roberta Larini, Rodrigo Rosp, Samir Machado de Machado, Sergio Napp e Silvio Pilau.
O projeto foi inspirado nas revistas Pulp, ou Pulp Fictions, que foram publicadas entre as décadas de 1920 e 1950 e recebiam esse nome por serem impressas no papel mais barato possível, feito da polpa da madeira. Esses pequenos livros traziam histórias de fantasia e ficção científica e apresentavam quase sempre em suas capas sempre uma bela mulher em perigo à espera do herói que a resgatasse.
A antologia ainda traz dois destaques. O primeiro é uma faixa-bônus, com a publicação de O Cão de Caça , de H. P. Lovecraft, em tradução especialmente feita para o livro. O conto foi originalmente publicado em Weird Tales em fevereiro de 1924. Além disso, o livro contém o making of da capa, com ilustração de Gisele Oliveira.
O livro estará disponível nas livrarias na data mais adequada possível para a proposta: dia 13 de julho - Sexta-feira . Consulte a relação dos locais de venda no site www.editorafosforo.com.


LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA FICÇÃO DE POLPA - VOL. 1 E DA EDITORA FÓSFORO
com sessão de autógrafos dos autores
Data e horário: 12 de julho, a partir das 19h30min
Local: Insano Bar (Rua Lima e Silva, 601 - Porto Alegre - RS)
Preço: R$ 15,00 o exemplar


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9 de julho de 2007

Nuevo premio en España para Guillermo Pilía


El escritor platense Guillermo Pilía acaba de recibir un nuevo reconocimiento en España. Se trata del segundo premio del Certamen Internacional de Cuento Taurino "Félix Rodríguez" de Santander. El jurado estuvo integrado por escritores e intelectuales españoles y el resto de los premios y menciones recayeron sobre narradores peninsulares. El cuento lleva por título "Como todos los muertos de la tierra" y se trata del monólogo interior de Ignacio Sánchez Mejía, torero y escritor amigo de García Lorca, en las horas previas a su muerte.


Guillermo Pilía, profesor en Letras y director de la Cátedra Libre de Literatura Platense de la Universidad de La Plata, ya había obtenido en 2002 el primer premio del Concurso Internacional de Cuento Taurino "El Albero" en Quito, Ecuador. En lo que va del año 2007 es el segundo reconocimiento que recibe en España por sus trabajos narrativos. El anterior fue en segundo premio del concurso "La Revelación" en Madrid. Asimismo, ha alcanzado en otras oportunidades importantes premios en la Argentina, otras ciudades de España, EE.UU y Francia, entre otros países.


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22 de junho de 2007

Oficina de Contos


Oferecida durante a FLIP 2007, a Oficina de Contos trabalhará um tema capital na vida e na obra de Nelson Rodrigues: a tragédia. Só o conjunto de oito peças chamadas de "Tragédias Cariocas", que inclui obras como "O beijo no asfalto", "Toda nudez será castigada" e "Perdoa-me por me traíres", já inscreveria o dramaturgo na história como o grande autor do teatro moderno brasileiro. Foi esse universo que a responsável pela oficina, Sonia Rodrigues, resolveu transplantar para o Rio de Janeiro de hoje, e para o formato "contos".
A Oficina acontecerá durante a Festa Literária Internacional de Parati e está com as inscrições abertas até 26 de junho. Serão selecionados 20 inscritos e somente estes deverão pagar a taxa de R$ 50. Para conhecer o regulamento e inscrever-se clique aqui.

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16 de junho de 2007

Sérgio Sesili lançou seus ''OLHARES DESATENTOS''


O cotidiano é a matéria-prima de Sérgio Sesiki em seu primeiro livro de contos, crônicas e poesias. Nos diversos gêneros literários que escolhe como suporte de sua escrita, opta pelo registro das impressões. Ironia e sensibilidade iluminam fatos aparentemente prosaicos e delineiam o foco do autor para os objetos do mundo e o universo afetivo, como atestam sobretudo seus poemas.
As fobias e obsessões, a solidão e depressão que assolam o homem contemporâneo invadem a cena sob a forma de jargões neurocientíficos e psicológicos, um quê de sarcasmo que Sesiki recorrentemente lança mão em sua escrita leve e informal, especialmente nos contos.


Nas crônicas, as impressões se voltam para a humanidade, suas paixões e mazelas, bem como para o eu interior, sob a forma de insights. Citações bíblicas, mitologia e artes plásticas constituem os principais instrumentos de reflexão, a partir dos quais Sesiki traça considerações sobre sexualidade, religião, política, noções de moral e ética, entre outros temas. Mas sem perder o ritmo ágil e bem-humorado, característico de sua poesia e prosa breves, inicialmente posts de seu blog, do qual o livro leva o nome.


Dentro da estética blogueira, os textos são acompanhados de reproduções coloridas de obras de arte (como de Klee, Caravaggio, Salvador Dalí, entre outros), fotografias e ilustrações (estas de autoria de Stefan Umhauser).
Sérgio Sesiki é administrador formado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, diretor do Grupo Melhoramentos e blogueiro de crônicas e poesias do cotidiano. (Livro recebido da Ateliê Editorial)


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15 de junho de 2007

''O Heterônimo'', um conto de Ademir Pascale Cardoso


Dentro do elevador, cabisbaixo e com o olhar serrado, dentro de um deselegante paletó bege, Paulo Nogueira se preparava para mais um dia de labuta. - O 12º andar era o seu segundo lar.
Paulo toca o interfone e, logo em seguida, a grande porta de vidro se abre. Abaixo dos negros mocassins, o lindo e limpo tapete vermelho. A altura dos olhos, fixada na parede, a logomarca, o brasão da empresa, o orgulho do velho careca: "TecNolog Corporation". Abaixo do xodó do velho, a velha rabugenta atendia aos telefonemas dos que não tinham o que fazer, afinal, eram 7h 50 da manhã. - A velha, quatro olhos, Maria Inês, dizia roboticamente: "Tecnolog Corporation,bom dia. Um momento por favor" - apertava outro botão e repetia: "Tecnolog Corporation, bom dia. Um momento por favor". Naquela cena, Paulo se sentira um fantasma, um Zé ninguém, apenas um número na folha de pagamento da empresa. Como gostaria de adentrar-se na empresa todas as manhãs e vislumbrar uma bela musa como telefonista, ou, pelo menos uma velha simpática. Um bom dia seria verdadeiramente o começo de um "bom dia", mas, de início, as trevas prevaleciam. morreu para a empresa. >>>> Leia mais


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6 de junho de 2007

21 contos escolhidos a dedo


Organizada pela escritora sul-africana Nadine Gordimer,a coletânea Contando histórias (Companhia das Letras, 320 pp., R$ 49, trad, Moacir Amâncio, Laura Barreto, José Rubens Siqueira) traz 21 contos escolhidos pelos próprios autores, que abriram mão de seus direitos autorais, revertendo-os para a TAC (Treatment Action Campaign), campanha em prol do tratamento e da prevenção da AIDS. Trata-se de uma amostra representativa do que de melhor se produziu na literatura das últimas décadas. Se a morte ronda boa parte das narrativas, como as de García Márquez, Margaret Atwood, Amós Oz, Njabulo Ndebele, Kenzaburo Oe e John Updike, os descaminhos da sexualidade fazem a graça dos contos de Arthur Miller e Hanif Kureishi. Se alguns autores, como Nadine Gordimer e Chinua Achebe, optam por um realismo implacável para relatar os horrores da guerra e da fome, há outros que preferem o viés do mitológico ou do fantástico para se expressar. É o caso de José Saramago, Salman Rushdie e Paul Theroux. Da sátira exacerbada de Woody Allen à curiosa fábula de Michel Tournier, o volume ainda traz - Es'kia Mphahlele, Ingo Schulze, Susan Sontag, Claudio Magris e Christa Wolf. Trágicos ou cômicos, os textos tão díspares do volume têm em comum, além da excelência literária, um profundo empenho em compreender a humanidade de seus personagens. Basta lembrar que cinco dos autores reunidos aqui ganharam o Nobel de literatura: José Saramago, Gabriel García Márquez, Günter Grass, Kenzaburo Oe e a própria Nadine Gordimer, que estará na Flip deste ano.


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3 de junho de 2007

Lima Trindade : mitos, desencantos e os mortos muito vivos, por Chico Lopes


Conheço Lima Trindade (Vivaldo, ou, para mim, apenas Valdo) desde alguns anos, quando comecei a publicar alguns ensaios sobre filmes e livros no seu site, Verbo 21, por onde muita gente nova, que está escrevendo, já passou. Lá, publiquei um conto, "Debaixo de praga", que depois iria se juntar a outros tantos na antologia "Cenas da favela", organizada por Nelson de Oliveira e recentemente lançada pela Geração Eitorial/Ediouro. Ele escreveu com perspicácia e brilho sobre meu livro "Nó de sombras" e me entrevistou quando do lançamento de "Dobras da noite". Também esteve aqui em Poços de Caldas e se revelou de uma grande simpatia, de um calor humano especial, um calor que poderia ser classificado de baiano se ele não fosse brasiliense residente em Salvador e se, felizmente, essa questão de calor e simpatia não transcendesse geografias e tribos.


Vivaldo faz resenhas literárias muito bem, é bom leitor, atento às nuances das obras, meticuloso na análise e nas leituras (sei que nunca emite opiniões sem ter um quadro bem definido de influências, referências e informações em sua cabeça; faz parte de sua honestidade intelectual patente). Demorou um tanto para estrear em livros publicados, o que lhe dava certa angústia. De modo que li "Todo Sol mais o Espírito Santo", livro da Ateliê Editorial (coleção LêProsa, de Marcelino Freire) antes que tivesse a forma atual. E percebi um talento que tateava, que procurava a melhor direção para desabrochar. O livro, quando me chegou, foi lido meio às pressas e acabou por sair de minhas mãos, em circunstâncias que acho, em retrospecto, até bem poéticas. Mas, insisti junto a Valdo que me mandasse outro exemplar, o que ele fez recentemente. E aí, a releitura me deu uma dimensão mais precisa desses contos e de sua organização.>>> Leia mais


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Concurso de Contos: inscrições até dia 15 de julho


As inscrições para o 14º Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho estão abertas até o dia 15 de julho, na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, para todos os escritores brasileiros e estrangeiros, desde que radicados no Brasil por mais de dois anos. O concurso realizado pela Prefeitura de Campos vai premiar os cinco primeiros colocados com uma quantia total de R$ 15 mil; e cada autor poderá inscrever no máximo três contos. Segundo o diretor de projetos especiais da fundação, Artur Gomes, os textos devem ser assinados com pseudônimo, em cinco vias (digitados em espaço 2, com corpo 12, qualquer fonte e impresso em papel A 4), contendo em um outro envelope, a ficha de identificação do autor. As inscrições podem ser feitas pelo Correios ou na própria sede da fundação. O tema é livre e cada conto deve ser inédito, contendo no mínimo, 30 linhas. As inscrições feitas fora da cidade terão como data válida, o dia de postagem no correio e devem ser endereçadas ao projeto "O Coronel e o Lobisomem", 14º Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho, Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Praça da Bandeira, s/n, Campos (RJ), CEP: 28030-550. As fichas de inscrição e o regulamento do concurso podem ser retirados na portaria da fundação ou pelo site www.fulinaima.com.br.

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20 de maio de 2007

Lançamento: ENGANO SEU, de Andréia del Fuego



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18 de maio de 2007

ABISMOS DE UMA REALIDADE SEM SAÍDAS, por José Aloise Bahia


Na página 92 de Formas breves, Ricardo Piglia observa uma de suas teses sobre o conto: "Kafka conta com clareza e simplicidade a história secreta, e narra sigilosamente a história visível, até convertê-la em algo enigmático e obscuro. Essa inversão funda o kafkiano". Os contos da antologia Dicionário de pequenas solidões, de Ronaldo Cagiano, bebem de maneira fértil nessa fonte citada por Piglia e outras mais - João Antonio, Samuel Rawet na narração e Augusto dos Anjos, Drummond e Torquato Neto na poesia, pois o autor também é poeta. Vai além: reproduz e revela de maneira implacável e lúcida o resto, a sobra de um Brasil trágico e dramático, cenas que povoam uma sombra ingrata e incômoda aos olhos do Planalto Central.


Dicionário de pequenas solidões é um labirinto descontente. Ficções profanas, extremas e brutais, castigadas pelas patologias de uma certa urbanidade, na qual transitam, lado a lado com a história oficial, personagens corroídos pelo silêncio, partidas, idas, vindas e o vazio de suas vidas ordinárias. Consumidos e cuspidos pela voraz realidade de um país que desconhece o seu povo. Desesperança pura.>>> Leia mais


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Prêmio de R$ 5 mil e viagem para Santiago de Compostela


A comissão organizadora da 12ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo anunciou a premiação surpresa ao vencedor do 10º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães. Além dos R$ 5 mil e Troféu Vasco Prado, o(a) contista vencedor(a) realizará uma viagem de 10 dias a Santiago de Compostela, na Espanha, com passagem (saída de São Paulo) e hospedagem gratuitas. Criado em 1988, em parceria com o Instituto Estadual do Livro, o Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães homenageia o jornalista e escritor gaúcho que estimulou a criação e expansão das Jornadas. As inscrições podem ser feitas até o dia 31/05, por meio da entrega dos originais nos locais de inscrição ou por correio. Informações pelos telefones 51-3311-7311 e 51-3311-7299.


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Três garotas da pesada


O Estado de S. Paulo - 17/5/2007 - por Ubiratan Brasil
A chilena naturalizada brasileira Carola escreveu seu livro durante um ano de vida monástica em Berlim, na Alemanha. A gaúcha Veronica, por outro lado, aproveitou a mudança para São Paulo, onde preparava um trabalho de tese. E a carioca Mayra também encontrou na capital paulista o refúgio. Três jovens escritoras, cuja experiência, serviu para a criação de obras surpreendentes, que nada faz lembrar daquilo que se convencionou chamar de literatura feminina. Textos que impressionaram olhos argutos a ponto de convencer grandes editoras a lançá-los logo em livros. Carola Saavedra é autora de Toda terça (Cia das Letras, 160 pp., R$ 35), Veronica Stigger escreveu Gran Cabaret Demenzial (CosacNaify, 128 pp., R$ 29,50) e Mayra Dias Gomes, Fugalaça (Record, 288 pp., R$ 36).


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Editora recebe inscrições para novos autores


Estão abertas as inscrições para seis novas antologias da Andross Editora, entre contos, crônicas, poemas e microcontos (textos até 600 toques incluindo espaços). As antologias são voltadas para escritores iniciantes, mas autores com obras já publicadas também podem participar. O regulamento e instruções para envio das obras estão disponíveis no website da editora: www.andross.com.br


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16 de maio de 2007

O interior de todos nós, por Vivaldo Lima Trindade.


Não há uma forte tradição na literatura brasileira em produzir autores de livros de suspense. Alguns bons escritores, como Machado de Assis e Ricardo Ramos, praticaram o gênero ocasionalmente em narrativas curtas. Edgar Allan Poe, nos E.U.A. foi um dos grandes mestres dessa arte. Manter uma narrativa que se baseie na suspensão de um segredo primordial para a história é uma formula comum à prosa policial, de terror e, nos tempos da Guerra Fria, de espionagem. Culminou ainda numa expressão de cunho mais popular recheada de muito sexo e morte, o pulp, de que no Brasil são exemplo aqueles livrinhos vendidos em banca, com capas berrantemente coloridas e papel jornal, espécie de entretenimento descartável. O difícil mesmo é encontrar esse suspense puro, desligado do policial e do terror, e que, ainda assim, exiba rigor formal, apuro de linguagem e alguma criatividade. Pois é esse o caso de Nó de Sombras (Instituto Moreira Sales, São Paulo, 2000), de Chico Lopes.


Já no prefácio, Ignácio de Loyola Brandão afirma sua originalidade, incômodo e emoção que a leitura dos dez contos do livro lhe proporcionou. E remete ao cinema como fonte de comparação, talvez pelo fato do autor ser um estudioso da matéria. Fala também de seu caráter de independência por não correr atrás da mídia, mesmo residindo fora dos grandes centros - ele mora em Poços de Caldas - e sabendo da importância desta para se construir uma carreira bem-sucedida, sua oposição à auto-ajuda e à influência opressiva de Rubem Fonseca. Na verdade, o significativo é a literatura de Chico Lopes e está na destreza com que ele utiliza as palavras, na exatidão com que constrói o seu mundo a partir de um cenário de cidade do interior e na investigação que faz da alma humana. >>>> Leia mais


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Um catolicismo bem divertido


Folha de S. Paulo - 15/5/2007 - por Marcelo Coelho
"No instante em que abriu a porta da sala, viu somente uma coisa: viu o que não estava ali." Paradoxos e surpresas desse tipo são a marca do estilo narrativo de G. K. Chesterton (1874-1936) e, depois de um papa tão previsível como Bento 16, sem dúvida vale a pena conhecer as aventuras de um padre bem mais inesperado, o padre Brown. O primeiro livro de contos protagonizados por esse clérigo-detetive acaba de ser publicado, em boa tradução, pela editora Sétimo Selo. Trata-se de A inocência do Padre Brown (Permanência, 303 pp., R$ 39), coleção de 12 narrativas originalmente editada em 1911. Complementa o volume um curto ensaio de Chesterton, Como escrever histórias de detetive. >> Leia mais

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10 de maio de 2007

UMA ÁRVORE ENCANTADA: a estréia de Edna Rezende como contista, por Chico Lopes


São os contos que formam "A árvore das encomendas", livro que estará sendo lançado brevemente em Brasília pela LGE -Editora em parceria com o FAC - Fundo da Arte e da Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Distrito Federal.


Edna Rezende milita pela densidade do Feminino. Seus personagens são mulheres, casadas, solteiras, solitárias, ricas, de classe média ou pobres, em contato com o Mundo, fazendo descobertas, tendo seus malogros, reinventando a vida através dos encantamentos que lhes são possíveis. O conto que abre o livro, "Lágrimas do mar", é muito original, com um desfecho surpreendente de fato. A heroína chama-se Pearl, em homenagem a Pearl White, estrela americana de seriados do cinema mudo ("Os perigos de Pauline"). Por vezes, uma imensa seriedade, quase trágica, brota dessas personagens femininas, cuja resignação é só aparente (ver "Verde-malva") Edna nunca escamoteia a seriedade da vida, mas sabe rir. Ela sempre se recupera, seja pelo bom humor, seja pela poesia, e isso fica evidente em contos como "Fisiologia", "Petúnia" e no conto que dá título ao livro, que mostra uma hábil mistura do encantamento infantil com a dor da experiência. As experiências de menina juntam-se às da mulher adulta e, seja como for, veremos Edna se safar do peso de viver pelo uso da poesia e da ironia. Com habilidade e astúcia no uso das palavras. Ela sabe sustentar um tom entre evocativo, cômico e dramático.


São contos que revelam uma estreante que demorou a estrear por timidez, hesitação, por na certa ponderar muito sobre seu fazer, até sentir-se um pouco mais segura para publicar seu primeiro livro. Mas, nem era preciso hesitar tanto. A edição, com 150 páginas, é bem cuidada, com capa de Gustavo, filho de Edna. O lançamento será no próximo dia 23, no restaurante Carpe Diem, de Brasília, às 19h. Todos devem conferir. >>>> Leia mais, por Chico Lopes


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